É, ia mesmo. Eu cochilei um pouco, mas logo levantei e fui tomar banho, afinal, já estava quase na hora de jantar. Pff, nunca vou me acostumar com isso.
 Quando eu estava pronta (lê-se linda, poderosa, vitaminada, com todo o material em ordem para pegar um fantasma) resolvi sair. Me espreguicei rapidinho e corri pra fora da suíte. Entrei no elevador enorme. Adivinhe? Tava o povo todo lá.
- Oi Lianna! - disse Bill, todo sorridente veio me cumprimentar.
- Oi - eu disse, cumprimentando todos eles.
- Você está...cinco minutos adiantada. - Tom começou, mexendo naquele piercing e me olhando. Correspondi o olhar com intensidade.
- Hm, que pena, né? - retruquei.
- Calma gente, alguém quer chocolate? - disse o Gustav, enquanto mastigava chocolate.
- Ah, a gente está indo jantar, porque você tá comendo chocolate agora? - chiou o Georg.
- Ai, eu mereço - Jost completou, aborrecido, levando as mãos a cabeça.
 O elevador abriu e nós fomos pra uma mesa completamente isolada, na janela. Não entendi o porque, mas eu gostava daquela mesa, então, whathever.
 O David pediu o cardápio todo. OK, gente famosa tem mania de pedir tanta comida assim? Deve ser.
- Então - eu disse, batendo minhas unhas gigantes na mesa - Vocês nunca pensaram em ter uma reação normal e ficar com medo de fantasmas?
 Eles gargalharam.
- Não - Georg começou - Pra ser sincero, acho que a gente nem acreditava nisso, mas sei lá... Você apareceu pra provar que existe.
- OE, profundo - Tom chiou. Gente, menino irritante.
 Respirei fundo e contei até dez mentalmente
- Poxa vida, cadê a comida? - Bill começou a ficar impaciente.
- Cara, a gente acabou de pedir. Espera.
  Ah, já entendi. Ia ser um loongo jantar...

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 Depois que a gente jantou, o Bill, Gustav e o Jost ficaram na suite deles, e o Tom e o Georg foram comigo pegar as câmeras, etc. Enfim, o material todo.
 Quando a gente entrou, eu vi uma borboletinha verde voando em cima da minha cama.
- Ah, desgraçada... - comecei.
- Gente, não era você a defensora das borboletas? - TOM, VOCÊ ME IRRITA.
- Isso não é uma borboleta, isso é uma praga - eu disse, semicerrando os olhos.
- É? - Georg perguntou, inocente.
- É claro que é só uma borboleta, seu otário, ela só está implicando com a pobre borboletinha - Tom Kaulitz, um dia eu ainda bato a sua cabeça na parede até sangrar. Tá, exagerei, eu sei.
 Anyway, pegamos o resto do material e voltamos para a suite deles. Ligeiramente apressada, eu despejei todaaas as paradinhas de investigação em cima da mesa e comecei a selecionar as câmeras e os ângulos pra instalá-las.
- O que é isso? - Tom perguntou, com o K-2 nas mãos. Resolvi provocar um pouquinho.
 Parei tudo o que eu estava fazendo e cheguei bem perto dele, que parou de encarar o aparelhinho para olhar nos meus olhos. Encostei meu corpo no dele.
- Tá vendo essa telinha? - eu disse, numa voz sexy - Ela mede a quantidade de energia eletromagnética aqui. Quanto mais alto ela indicar, maior é a atividade. Sabe como se chama? K-2 - eu disse o nome do aparelho numa voz baixa, rouca. HAHA, eu estava matando ele.
 Ele gemeu um "aham". Eu sabie que ele não estava prestando atenção nenhuma na explicação. Soltei uma gargalhada e voltei a instalar as câmeras. Ah se as fãs doidas soubessem o quão esse cara é otário, duvido que gostassem dele assim.
- Well, terminei - eu disse por fim.
  Olhei pro lado. Bill se divertia mexendo na Hi8 e no EVP.
- E isso, pra que serve? - ele disse, gravando no EVP.
- Pra captar vozes do além - respondi, rindo da cara dele ao não entender nada de como mexer no aparelhinho.
- Ei! - Tom protestou - Porque você não fala daquele jeito com ele também? - ele começou a mexer no piercing, com um sorrisinho safado no rosto.
- Não devo satisfações a você - comecei a rir. Ele me olhou indignado.
 Depois, ficamos assistindo TV até que fossem 1hr da manhã. Gustav já bocejava que nem louco.
- Tá, vamos começar. Georg, apaga a luz. - eu disse.
 O Jost, tinha ido pro quarto dele, alegando não gostar de participar dessas coisas. Luzes apagadas, começamos.
- Tom, você pode cuidar do K-2 pra mim? Vai ditando os números que ele indica.
- Tá - ele disse, indiferente, pegando o aparelhinho de cima da mesa e começando a andar pelo quarto.
 Bill sacudia freneticamente a Hi8 na mão. Depois olhou pra mim com uma carinha de pidão e eu fiz que sim com a cabeça.
- Então - eu disse, segurando uma câmera nas mãos - Podem ir fazendo perguntas. E...por favor - olhei de relance para o Tom - perguntas sensatas.
 Eles riram e fizeram o trabalho deles. Foi um tanto engraçado, porque as perguntas que o Tom julgava sensatas não eram realmente tão sensatas assim.
 E assim ficamos, só perguntando e rezando para que o EVP gravasse as respostas, até as cinco da manhã.
- Tá, beleza - eu disse, ligando as luzes e soltando um longo bocejo - amanhã a gente analisa as gravações.
 Eles fizeram que sim com a cabeça.
- Deixa as coisas aqui, amanhã a gente te ajuda a desmontar tudo - Bill sugeriu.
- Tá - bocejei de novo - Agora eu vou dormir - me despedi deles e quando eu ia sair, ouvi uma voz perguntar. Tom.
- Posso ir com você?
- Ir comigo? Fazer o quê comigo? - OK, entendi é nada.
- Dormir.
- A-HA-HA-HA - eu disse, cínica - Se liga, Kaulitz.
 Ele tinha falado tudo em tom de brincadeira e eu, óbviamente, também. Ai, já vi que a minha estadia no Hay-Adams vai ser bem movimentada, eu pensava, enquando me dirigia a minha suite.