Dark Angel escrita por BabiihFr
Notas iniciais do capítulo
Oie. Vou falar sério, tenho uns cinco capítulos prontos dessa fic, mas tenho que deixar mais, as aulas vão começar e vai ser difícil arranjar tempo pra escrever. MAS EU CONSIGO! CONFIEM EM MIM, LEITORAS *dando uma de líder mundial*
Mais um capítulo fresquinho. Enjoy.
O Hay-Adams é o hotel mais perfeito que se pode imaginar. Quando eu entrei no restaurante, tinham poucas mesas e poucas pessoas, mas o luxo era absoluto. Eu sorri e sentei numa das mesas da janela, onde se via perfeitamente a Casa Branca. Pedi o jantar pro garçom e fiquei toda feliz e saltitante (bom, não saltitante, uma vez que eu estava sentada) saboreando a riqueza daquele lugar.
É, mas logo um pensamento cortou a minha felicidade. Eu estava trabalhando. Eu estava lá pra gritar com fantasmas até eles aparecerem pra mim, ou pra minha câmera. Pode parecer ridículo, mas é bem isso.
Terminei de comer, paguei a conta e dei uma última olhadinha da janela, para a Casa Branca. Deve ser uma delícia morar lá.
Entrei no elevador de novo e apertei o botão do 6º andar. Tinha um cara parado do meu lado. Que isso, homem doido.
Whathever, cheguei no andar, entrei na minha suite linda e apaixonante. Tomei mais um banho (adoro banho!) e abri meu notebook, numa planilha. Escrevi bem grande no topo "Hay-Adams Hotel - Noite 1". Hora de trabalhar.
Deviam ser umas nove horas da noite. Eu posicionei as câmeras e as programei pra começar a gravar, naquele momento mesmo. Ai, droga. Porque eu escolhi essa profissão? Em vez de simplesmente dormir a noite, eu tinha que caçar espíritos. Aaai, droga.
Whathever, peguei o Medidor K-2 (aparelhinho que mede campos eletromagnéticos, quanto mais alto, mais..."presença", vamos dizer) e liguei. Levei um susto. O troço ia do 2 ao 9,5 do nada. Que ótimo, eu tinha que ver se não era a fiação...ah, whathever.
Tá, vamos ver. Peguei o EVP (eletronic voice phenomena, fenômeno de voz eletrônica, usado pra captar vozes de outro mundo. Parece ridículo, né? Hm, não é) e saí pelo quarto fazendo as perguntas de sempre: "Quem é você?", "Tem alguém aqui?", "Porque está aqui?", "Pode fazer um sinal, mover alguma coisa, para eu saber que você tá aqui?". E enquanto eu ia que nem uma bobona falando com o ar, o EVP gravava tudo. Tudim. E as minhas câmeras também.
Fui dar uma olhada na câmera de visão térmica. Tinha um pico de calor perto da minha janela. Fui saltitante, com o EVP na mão, até a janela e coloquei a mão na parede. Estava fria. OK, deixa gravar.
Passei o resto da noite estreando meus aparelhinhos amados. Meus preferidos, claro, o EVP e a Hi8 (câmera portátil).
Deviam ser umas 4 da manhã quando eu cansei. Deixei as câmeras e todo o resto gravando e fui dormir. Se alguma coisa acontecesse, eu ia saber.
Tá, eu tenho que admitir que esse trabalho é exaustivo. Acordei totalmente massacrada, apesar de estar acostumada.
Catei meu notebook e acoplei os vídeos da noite e todas as demais gravações num arquivo. Ótimo, depois eu assisto isso.
Resolvi dar um oi pro meu pai. Disquei o telefone dele com calma até ele atender.
- Alô?
- Oi, pai.
- Lianna! Como foi a primeira noite por aí? Achou muitos fantasminhas?
Eu gargalhei.
- Bom dia pra você também, pai.
- Não assistiu os vídeos ainda ou o hotel não é tudo o que dizem ser?
- O hotel é...intrigante. Sabe, o K-2 dá uns picos, mas não sei se é atividade ou se é a energia elétrica.
- Ha, pois é. Continua investigando, minha detetive. - ai, pai brega, ninguém merece.
- Pai, cê tá chapado? Tá tão esquisito hoje.
Ele soltou uma gargalhada gostosa de ouvir.
- Não. Só andei passando um tempo com as suas borboletas. Elas me deixam tão feliz.
Ah é, acho que não disse isso ainda. O quintal da casa do meu pai é cheio de borboletas. Se você for lá a tarde, tem umas cinco voando por ali. Eu sempre fui apaixonada por borboletas, elas me faziam ver quanta sorte eu tinha. Algumas vivem dois dias, outras um mês, o fato é que eu tenho 22 dois anos e vou chegar aos 34, quando as borboletinhas só tinham alguns dias, ou horas de vida.
- Que bom, pai. Elas sentem minha falta?
- Muita, Lianna. Só...tem uma coisa meio ruim acontecendo aqui.
- O quê? - arqueei uma sombrancelha.
- Então, o Teddie tá comendo suas borboletas.
- AAAH, MATA CACHORRO ASSASSINO - fiquei irada. Aquele cachorro sedento de sangue de borboleta estava devorando a sangue frio elas! Whathever, Lia, é só um cachorro brincando. A propósito, Teddie é meu Terranova. Ele é meio gigante, mas é uma fofura. Fora o fato de comer as minhas borboletas - Prende ele no canil, pai, não deixa ele comê-las.
- Não vou deixar - ele riu.
- Tá, agora eu tenho que tomar café e assistir as gravações, beijinhooos...
- Curte o dia, Lia!
- HAHA, xá comigo pai.
Desliguei o telefone e respirei fundo, sorrindo, quando vi uma borboleta entrar pela minha janela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ow, adoro borboleta
Deixem reviews pra essa pobre autora?