My Letter escrita por Letter


Capítulo 1
Forbidden Love - One Shot


Notas iniciais do capítulo

Olá, esta é uma fica original e minha primeira fic! Ou seja... YEEEEY! Espero que gostem, e não se esqueçam de comentar, okay?! Bem, vamos ao capítulo!
Sugiro que escute a música que está no hiperlink em "Orange" mesmo que não esteja familiarizado com a linguagem japonesa e vejam a tradução depois de lerem a fic, ou antes. Tanto faz ;3
*Forbidden Love = Amor Proibido.



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My Letter - Forbidden Love

–--

“Você está indo bem?

Seu sorriso não murchou, não é?

Você pode profundamente, profundamente amar alguém?

Eu desejei por um dia com você, que não estava destinado a chegar.

–96Neko, Orange”.

Esta seria apenas uma carta.

Uma carta onde eu mostraria meus sentimentos, contaria meus medos e acontecimentos da minha vida. Como um simples diário.

Esta carta não tem destinatário, não é uma carta que eu vá enviar para alguém.

É apenas um papel no qual estão escritas minhas justificativas para esta ação.

Eu sou, ou melhor, era uma pessoa feliz, com vários amigos. Amigos que eu acreditava poder contar para sempre. Apesar de acreditar firmemente nisso, eu tinha medo que um dia eles me abandonassem. Tinha medo que eles compreendessem mal minhas escolhas. Eu achava que esse dia poderia chegar, mas eu sempre gostava de pensar que não.

Até que ela chegou na minha escola. E o dia de que eu tanto tinha medo... Bem, ele veio junto a ela. Mas eu não poderia culpá-la.

No início eu pensava que a admirava, ela nas carteiras da frente e eu atrás, observando silenciosamente. Eu senti vontade de conhecê-la e abraçar aquele pequeno corpo. Meu coração batia tão rápido só de ouvir o nome dela. No início eu pensei que fosse algum problema cardíaco, algo como arritmia. Mas eu apenas era ingênua.

Se eu estranhei o modo como isso acontecia só de pensar nela? De fato, eu estranhei, mas resolvi deixar de lado.

Eu apenas esperava uma chance, uma pequena chance de me aproximar dela. Uma só.

E Deus ouviu minhas preces: o professor de matemática anunciou que haveria um trabalho em dupla.

Ela parecia meio solitária, sem que ninguém a escolhesse e sem ter quem escolher. Logo, me aproximei daquela pequena loira dos olhos acinzentados e fiz uma pergunta simples, mas que mudou nossas vidas. Ela deu um sorriso inocente e aceitou meu pedido. Não conseguimos terminar no tempo necessário, assim como vários outros, mas o professor disse que poderíamos fazer em casa. Então, decidimos completar o trabalho em sua casa, já que meus pais viviam trabalhando. Depois de tudo, isso acabou nos tornando amigas. Só que eu não sabia o que seríamos depois. Talvez melhores amigas? Ou o tão clichê melhores amigas para sempre?

Não, felizmente ou não, seríamos mais que isso.

O tempo se passou e além de nos falarmos na escola, nos encontrávamos fora dela: ora assistíamos a um filme ora posávamos uma na casa da outra.

Éramos tão felizes.

Mas eu sentia algo mais, eu sentia que não era só admiração, que não era só amizade. Eu sentia que queria mais que isso, eu sentia que ser melhores amigas não era o suficiente. Eu sentia e desejava. Demorou um tempo, mas eu descobri que sensação era aquela, eu descobri o que eu sentia pela loira.

No início, eu tinha medo das pessoas não aceitarem meus sentimentos por ela, assim como eu não me aceitava. E eu tinha mais medo dela não me aceitar, do jeito que eu sou.

E se ela for igual? E se ela... Sabe, se sentir do mesmo jeito? E se as pessoas aceitarem?

Esperanças cresciam em meu peito de forma assustadora, assim como o medo.

E se ela não me amar? E se ela me tratar como lixo? E se ela me olhar com desprezo? E se ela achar que eu sou como um chiclete indesejado que grudou em seu sapato?

E se... ela começar a me odiar?

Tantas dúvidas, tantos medos...

Se fosse tarde demais de me confessar, de falar o que eu sentia...

Eu tinha medo disso também.

Mas então, eu senti a coragem brotar do fundo do meu coração. Como uma pequena chama, que logo se alastrou pelo meu corpo inteiro.

Foi no terraço que eu disse tudo o que eu sentia. E no final, foram apenas três simples palavras que resumiram os meus sentimentos.

“Não só como amiga, eu amo você”.

Se eu chorei? Quase, mas consegui manter as lágrimas sem cair até certo momento.

Certo momento esse em que você chorou e, vendo isso, eu desabei também.

Aos prantos, você dizia que também me amava, nos meus braços. Aquilo havia me deixado tão feliz.

Meu dia estava feito, apenas com isso.

Mas então a fase que menos esperávamos, mas que mais tínhamos medo, veio. Não sabemos como.

Será que uma pessoa havia nos visto do terraço? Ou quando saíamos durante a noite às escondidas?

Não se sabe, mas o pesadelo havia virado realidade.

Éramos torturadas pelas pessoas, não só fisicamente, mas psicologicamente. E isso afetou tanto você quanto eu, os amigos que pensávamos que estariam ao nosso lado para sempre, que nos apoiariam nas nossas escolhas...

Já não existem mais. Nunca existiram, eles não passavam de meras ilusões.

Eu tentava te proteger sempre que podia e nos mantínhamos escondidas na hora do intervalo. As nossas carteiras sujas de xingamentos que nos abalariam, eu as limpava, para que você não sofresse mais.

Eu fazia de tudo apenas para te proteger, no fim não deu certo.

Me desculpe por abandonar você.

Por favor, mude de escola, mude de cidade, e, se necessário, pare de me amar.

Minta, diga que nunca tivemos nada, diga que o “nós” nunca existiu. Diga que você nunca me amou, diga que eu nunca fui nada para você. Faça o que for necessário, mas mantenha oculto em seu coração o fato de que um dia você me amou.

Apenas para você viver feliz.

Só lhe peço uma coisa... Não me esqueça, tá?

Não se esqueça dos momentos que passamos juntas, não se esqueça dos nossos sorrisos e das noites preciosas. Assim como eu não esquecerei.

Dos dias que passamos juntas, dos dias em que nossas preocupações e medos eram deixados para trás, quando nossas mentiras deixavam de existir, junto ao nosso lado podre e feio, junto ao lado que não gostaríamos de mostrar a ninguém, mas sim manter guardado para nós mesmas.

Nós apenas mostramos esse lado uma para outra e nos aceitamos do jeitinho que éramos.

Assim como você me aceitou, eu te aceitei. Aceitei o lado que você não gostaria de mostrar para ninguém, mas que havia sido descoberto junto ao meu.

Não se esqueça desses fatos também.

E o fato de que não existirá um futuro para nós... Bem, podemos manter isso oculto também, okay?

Para que apenas nossos corações saibam disso. Para que eu morra feliz.

Ah, se você for ao meu velório, vá de branco e leve uma hortênsia. Sabe como eu amo elas, não é?

Chore, chore muito. Assim como nós choramos naquele dia no terraço. O dia em que mostramos nosso amor.

Prometa-me que viverá feliz e que não me esquecerá. Que amará outro alguém. Que se você sofrer irá me dizer e lhe consolarei, como uma leve brisa no calor do verão.

Então, diga baixinho, que tudo ficará bem.

“O fato de que eu sorri em um mundo onde você existiu,

O fato de que eu amaldiçoei o futuro que você viu,

Sua voz, calor, comportamento e todo o seu amor...

Adeus.

– 96neko, Orange”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e comentem o que acharam e suas opiniões! Quaisquer erros, "falem" para mim okay? Nos vemos na próxima! Agradeço à Klariza que betou a minha OneShot! Muito obrigada! Até mais, dears! ;3



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