Dangerous Ways - Caminhos Perigosos escrita por BabySophiaBR


Capítulo 17
17 - Rapto III


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap. o último do rapto



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POV Nessie
Não estava conseguindo mais dormir. Depois de Mary ter dito que não me queria levar com elas, meu coração se destroçou. O que eu ia fazer agora? Ia continuar vendo elas me visitarem e eu implorando pra elas me levarem?
Eu podia ver pela cara de Lilian e Jane que elas me queriam levar com elas, mas Mary estava bastante decidida. É. Parece que vou ter de me contentar com as visitas delas. Mas e quando eu tiver alta? O que vai ser de mim Meu Deus? Laurent vai me matar. E Tyler? Quando ele me apanhar eu vou ser uma garota morta, literalmente. Ele vai acabar comigo e ninguém vai sequer sentir pena de mim. Ninguém vai sentir minha falta. Ninguém. E eu que tinha botado um pouco de esperança nessas três garotas. Mera ilusão Renesmee. Elas não querem nem saber se você vai ficar bem. Elas só querem se livrar da culpa de te terem atropelado e logo depois vão te abandonar e te esquecer pra sempre. Se bobear nem vão lembrar mais de sequer te ter conhecido.
Algumas lágrimas corriam minha face silenciosamente. A porta foi aberta e alguém entrou. Muito provavelmente uma enfermeira qualquer. Eu estava de costas para a porta por isso nem quis saber.
-Ei, garota. Acorda. – A enfermeira me cutucou
Eu não me movi. Não queria ser “acordada”, mas ela continuou insistindo.
-Acorda logo porra. Eu não tenho o tempo todo. Será que esses enfermeiros doparam ela? Que merda. Ela é grande demais para eu carregar. – A garota falou e só ai eu percebi que a voz me era conhecida
-Mary? – Perguntei me virando
-Não, é a mãe Joana. Anda logo. Vista suas roupas. Temos de sair daqui. – Ela sussurrou olhando para trás
Eu abri um largo sorriso e saltei fora da cama. Fui até o armário onde tinham minhas roupas e comecei me vestindo.
-Que você tá fazendo? – Alguém falou entrando no quarto
-Era mesmo isso que eu ia perguntar. Que você pensa que tá fazendo? Tá querendo fugir, é mocinha. Volte já para a cama. – Mary falou vindo até mim e me puxando pelo braço pra me deitar na cama
Antes de se virar para sair ela piscou o olho pra mim e em seguida foi ter com o enfermeiro que continuava parado na porta do quarto olhando nós duas suspeitamente.
POV Alie
Mas que puta merda de sorte! Que esse coroa tinha de vir agora no quarto dela? Ainda por cima vai ficar aqui feito dois de paus olhando nós duas. Vou ter de tomar uma atitude.
Passei por ele e pisquei o olho o olhando de alto a baixo. Ele deu um sorriso matreiro e cuidou minha boca de cor vermelho vivo, por causa do batom. Fiz um sinal com a cabeça para ele me seguir para fora do quarto e ele assentiu discretamente. Saiu na minha frente e só deu tempo de eu fazer um sinal pra Renesmee continuar se vestindo e me esperar.
-Você é nova aqui, certo? – O coroa me perguntou passando com a palma da mão no meu braço
Fiz um enorme esforço para não chutar ele e o xingar de tudo quanto era nome. Abri um sorriso sedutor e passei a ponta dos dedos pelos botões da camisa branca dele.
-Aqui eu sou nova. Fui transferida. – falei com um tom de voz super doce
-E porque foi transferida? – Ele perguntou
Mas que cara mais inchirido. Pior que mulher. Mary Alice Brandon. Você vai ter de inventar alguma coisa super convincente o mais rápido possível.
-Problemas pessoais. Caso amoroso. Se você me entende. – Falei me encostando na parede e passando a mão nos botões do meu fato de enfermeira o que fez ele seguir essa mesma trilha que eu tava traçando, com os olhos
-Algum médico?
-Meu chefe.
-Uuuh. Deve ter sido sério então. Pra ele pedir sua transferência.
-Na verdade fui que pedi transferência. Eu achei que não estava certo andar com meu chefe. Sendo que ele era casado. Estava me envolvendo demais. E isso iria acabar mal para o meu lado. Como todo mundo sabe, a corda rebenta sempre para o lado dos mais francos. – Falei fazendo uma carinha triste
-Ei. Não faz essa carinha não. Aqui você estará em segurança. Com certeza vai encontrar uma cara que a mereça. – Falou certamente se referindo a si mesmo
Argh, credo. Esse cara não se toca não? Tenho idade pra ser filha dele. Merda de vida. Esse cara não tem mais nada que fazer na droga desse hospital?
Meu celular tocou, com certeza um torpedo das meninas me apressando.
-É ele? – O enfermeiro perguntou vendo a expressão do meu rosto mudar
-É? – respondi seca mandando um torpedo de volta
-Porque você está respondendo? – Oh cara curioso
Mas que merda? Vai ficar me perguntando tudo. Só falta querer saber qual meu nº de conta bancária e morada.
Eu o abracei e fingi jorrar lágrimas.
-Eu ainda não o consegui esquecer. Preciso tanto de conforto e carinho. Preciso de um homem forte e que me compreenda. – Choraminguei alisando o braço dele
-Eu estou aqui. Você agora terá um homem de verdade. – Ele falou aproximando seu rosto do meu
Eu fui me afastando cada vez mais até não mais puder. Nem morta que eu vou beijar esse velho babão. Nem que a vaca tussa, o gato vista cueca e a girafa faça pirueta. Abracei-o de novo enterrando meu rosto no ombro dele.
-Obrigada. Obrigada mesmo. – Choraminguei e funguei – Você tá sendo como um pai para mim. – Falei cortando toda a possível onda que o cara estivesse tendo
É. Fiz ele cair feio. Mal falei as derradeiras palavras e ele me soltou e me encarou de cara fechada.
-Pai!? – Me questionou me segurando pelos braços
-É. Pai. O meu morreu faz tempo. E você me faz muito lembrar ele. Seu nariz, seus olhos, sua voz. Eu o amava muito. Foi muito bom eu ter mudado para aqui. Agora encontrei um verdadeiro alento. Papai. – Provoquei e ele fez cara de horrorizado
-Eu…Eu preciso ir moça. Passe muito bem. – falou me dando costas
Até que enfim esse velho se tocou. Affe. Só a mim pra essas coisas. Logo corri para o quarto da garota e ela já estava pronta. Ah, essa garota vai pagar direitinho por me fazer passar por tudo isso. Ah se vai. E eu vou cobrar alto. Agora sim podem me chamar de cabra.
(CABRA)
Você não pode!
-Vamos logo. Já perdemos muito tempo. – Articulei bastante arreliada por ter tido de seduzir um cara com o dobro (se não o triplo) da minha idade
Sentei-a na cadeira de rodas que eu tinha encostado no canto do seu quarto, bem atrás da porta e logo seguimos. Passamos por algumas enfermeiras e meu coração acelerou. Pior é que a garota dava muita mais bandeira que eu.
-Fica queta se não quer ficar aqui. – Ameacei e ela apenas abanou a cabeça
Mandei um torpedo para Bella avisando que já estava saindo e que era para elas virem ter comigo à porta principal. Mal pus o pé fora do hospital e o carro chegou. Em três tempos estávamos dentro do carro e arrancando para fora dali.
-Depois explico tudo. Agora dê partida. – Falei assim que entrei no carro junto com a garota
-Obrigada por tudo. – Ela falou com lágrimas nos olhos
Não pense que um simples pedido de desculpa vai fazer você pagar por tudo o que aconteceu aqui hoje. Vá se preparando pirralha. Se você achava que vivia um inferno no orfanato, agora é que você vai perceber que aquilo lá era o paraíso.
(Tá de TPM. Por isso esse humorzinho de cão. Liguem não.)
Cala a boca consciência. Ninguém perguntou nada pra você!
(Num falei? Pronto calei.)

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Notas finais do capítulo

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