O Início escrita por Mabi, YasGordelia


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bem, esse é o primeiro capitulo da história, que se tiver um bom feedback e se vocês gostarem irá virar um livro.
Vamos postar aqui alguns capítulos e se gostarem vamos transformar em livro. Esperto que gostem ♥



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O Salão estava silencioso. Menna achou estranho. Sempre ouvia Pedro gritando, reclamando, cheio de frescurinha com os Representantes, brigando... hoje estava tudo tão... quieto. Estranho.

Menna caminhou pelo Salão até a escada. O Salão estava imundo, cheio de poeira. Fazia 15 anos que Pedro dispensou a empregada. Achava que ela não fazia um bom trabalho. Melhor com ela aqui do que nada.

O Salão era cheio de pilares com desenhos de símbolos e com vasos ao lado. Tinha dois espelhos enormes de cada lado do Salão, o que dava um efeito meio “louco”, como se tudo fosse repetido, como se tivessem clones. Se olhou no espelho e viu que seus cabelos estavam bagunçados e sua roupa não estava nem um pouco adequada para participar da reunião. Gostou disso. Sabia que iria irritar Pedro. Era o que mais gostava.

Saiu de perto do espelho e continuou andando. Fazia tempo que não participava das reuniões. Olhou para o piso do Salão. Tinha um enorme circulo com símbolos, imagens de deuses e dos planetas. No meio ficava o sol, com os planetas girando ao seu redor. Sim, os planetas e estrelas giravam no desenho do piso, mas de uma forma bem lenta, como se fosse o universo no chão do Salão. Ao redor do círculo ficava símbolos do zodíaco, símbolos dos planetas –que giravam conforme o seu planeta girava, o que era bem confuso. Tinha símbolos oficiais dos exércitos, das escolas e dos centros de treinamento do UNIVERGROUP. O UNIVERGROUP era meio que uma “sociedade secreta” que treina a anos soldados e representantes de planetas.

Tinha um mapa no teto. O mapa das cidades do Império. O Império era como se fosse cada planeta e cada satélite existisse na terra, em forma de cidade. Era um Império que não era do conhecimento dos habitantes dos países. O Império ficava escondido por magia, num lugar bem distante dos países. As pessoas chamavam de “Área Proibida” pois tinham medo de ir no local. Os corajosos que iam acabavam morrendo. No Império ficavam cidades com os nomes dos planetas e eram comandadas pelo rei ou rainha que comandam o UNIVERGROUP –que também é desconhecido para as pessoas. Nessas cidades moravam apenas os reis e os futuros soldados dos exércitos e os aprendizes. Os países não eram nada em comparação ao poder que emana do Império.

Continuando a andar, Menna chegou a escada espiral que levava para a sala de reuniões. Subiu a escada e chegou na sala. Viu que cada representante estava sentando em seu respectivo lugar, todos bem vestidos com uma papelada ao lado. Uma típica reunião de empresa, era o que parecia. Estavam todos, até Elly, representante da Lua, filha da rainha Luna. Todos estavam. Menos Menna. Sempre a última a chegar.

Menna andou até sua cadeira que ficava entre os assentos de Vênus e Saturno. Pôs sua mão na cadeira, olhou para Pedro que estava com a cabeça baixa. Seus cabelos loiros e ondulados faziam uma franja em sua testa, tão grande que quase encostava na mesa. Estava com as mãos cruzadas. Menna então disse:

-Saudações Pedro, filho de Juan, rei do Sol. –Disse Menna com um tom de humor. Fez como se fosse se sentar mas Pedro levantou uma das mãos.

-É muita cara de pau faltar em 12 reuniões, chegar mal vestida como se fosse comprar um simples pão e ainda dirigir a palavra a mim com um tom humorístico.

Menna então se sentiu obrigada a melhorar a aparência. Fechou os olhos, pensou em seu vestido e “bumf” . Sentiu um calor por todo o seu corpo e logo que abriu os olhos viu que seu vestido estava no corpo. Seu vestido vermelho possuía mangas que iam até o cotovelo e tinha um corselet vinho. A saia era aberta na frente, com desenhos de chamas ao longo da abertura. Vestia uma bota marrom com alguns desenhos que ia até o joelho. Logo depois que viu se estava certo, virou-se para Pedro e perguntou:

-Já está bom, senhor “estilista solar”?

-Não me chame assim, lembre-se que sou filho do rei de Sol. E não pense que sua “magiazinha” com fogo vai me impressionar. Seu atraso e suas faltas não podem ser desculpadas com uma simples roupazinha para reuniões e demonstração de poder –disse Pedro, sem nenhuma delicadeza. Logo foi se levantando e indo em direção a Menna.

-Perdoe-me Pedro. Mas minha rotina não é apenas ficar sentando o dia inteiro com cara de abusado assistindo a desgraça acontecer no mundo. –respondeu secamente. Sabia que ela mesma era abusada. Mas era impossível suportar Pedro- lembre-se de que eu sou responsável por uma nação, não tenho tempo e nem força o suficiente para participar de várias reuniões ao mesmo tempo.

-A senhorita pode ser presidente e cuidar de uma nação, mas eu cuido de algo maior. Sou responsável pelo exército solar e vários outros, –disse parando de frente à Menna- sou responsável por ensinar a lutar no exército, sou responsável por essas reuniões e sou responsável pelas armas que são fornecidas a sua tão pequenina nação. Acho que...

-Você não tem o mínimo direito de chamar meu país de pequenino –respondeu Menna, se segurando para não gritar.

-E você não tem o direito de chegar aqui de qualquer jeito e ir me provocando...

-Você pede para ser provocado.

-NÃO ME INTERROMPA REPRESENTANTE DE MARTE. –gritou Pedro chegando mais perto de Menna- VOCÊ NÃO É NADA COMPARADA A MIM, NÃO FEZ NADA DE IMPORTANTE E QUER CHEGAR AQUI COMO SE COMANDASSE EM TUDO?

Menna sabia que ele estava certo. Mas não podia perder sua fama de encrenqueira e atrevida. Era obrigada a seguir as regras de Pedro.

Percebeu que os outros Representantes estavam assustados e prontos para o que fosse acontecer. Viu que alguns estavam segurando suas espadas e outros estavam quase se levantando. Olhou para Pedro e percebeu que estava suando. Menna disse, relutante:

-Perdoe-me Pedro. Sei que não tenho o mesmo poder que você. Apenas não quero que desrespeite meu país.

-Vai dizer apenas isso? –respondeu Pedro com olhos cerrados e um pouco surpreso.

Menna não disse nada. Apenas sentou-se e pôs as mãos sobre a mesa. Viu que Pedro continuava em pé, no mesmo lugar olhando para ela.

-Não vai se sentar? –perguntou Menna com um tom sarcástico. Pedro não disse nada, apenas se dirigiu para seu assento e ficou quieto, olhando para suas mãos.

-Ok, isso foi tenso –disse Marcus, Representante de Mercúrio. Ele tinha olhos verdes e cabelo castanho ruim, tinha uma pele morena. Era um cara engraçado, sempre de bom humor. Menna gostava dele- Bem, vamos aos assuntos. Então quer dizer que a Rainha de Saturno está se recusando a ajudar nossos exércitos?

-Olha, eu sinceramente não acho que ela esteja se recusando por vontade própria –interveio Luana, Representante de Saturno. Ela era uma menina calma, bonita, tinha olhos escuros, pele branca e cabelos castanhos escuros. Parecia uma elfa infiltrada no meio de humanos- não acho que ela faria isso.

-Claro, você é Representante de Saturno, tem que defender. –respondeu Menna

-Eu não acho que esse seria um assunto pra agora. Temos uma coisa mais importante pra discutir –disse Elly, levantando-se e andando até Pedro. Elly era uma menina magra, morena, com cabelos longos e loiros, quase brancos. Tinha olhos cor de mel e uma boca carnuda. Não era muito bonita, mas com certeza chamava bastante atenção.- Ouvi dizer que tem uma gangue que está querendo declarar guerra contra nós. Dizem que esta gangue usa magia e está tentando invocar deuses e seres com poderes malignos. O que dizem?

-Onde ouviu isso? –indagou Nathan, Representante da Terra. Ele era irmão de Luana, apenas alguns anos mais novo mas era super parecido. Apenas era mais explosivo e impaciente. Coisa que Luana não é.

-Não trabalho com nomes.

-Mas nós sim –disse Pedro, virando para Elly- como quer que acreditemos em você se sua fonte não parece ser tão confiável assim?

-Tenho minhas razões.

-Ok ok –disse Marcus com uma expressão de deboche- mas pode nos dizer o que quer que façamos?

-Preparem os exércitos. Junte-os em dois ou três. Nunca se sabe quando pode acontecer um ataque.

Menna olhou para cada um dos Representantes. Todos pareciam concordar, mas Marcus ficou com a cabeça abaixada. Todos viraram para Elly e concordaram menos Marcus. Pedro percebeu e logo perguntou:

-Algum problema Marcus?

-Minha prima... minha prima era do exército de Saturno. Ela saiu dele pois disse que tinha achado um grupo melhor, um exército melhor e maior. Depois de um tempo, não vi mais ela –Marcus levantou a cabeça- quando a vi novamente, ela estava usando um símbolo estranho na camisa. Quando perguntei o que era ela disse que era de uma gangue.

Todos pareciam desconfiados e ao mesmo tempo, assustados. Surpresos. Elly chegou perto de Marcus e perguntou:

-Acha que ela pode fazer parte dessa gangue?

-Tenho certeza. Mas não sei se deveria ter falado isso.

-Ora, mas por quê? –perguntou Nathan.

-Ela me jurou de morte se eu contasse para vocês. E disse que se descobrisse, iria matar não apenas a mim mas também as crianças aprendizes. Os soldados. Vocês. E iriam não apenas nos atacar. Atacaria também as cidades do Império.

Todos ficaram em silêncio. Olhando pro chão ou pro nada. Perplexos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Aceitamos sugestões, reclamações, dúvidas essas coisas... ♥ -MABI



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