Life escrita por Jennie


Capítulo 50
Graduation


Notas iniciais do capítulo

Criaturinhas? Pessoinhas? Ainda estão vivas?

Eu sei que demoramos tipo MUITO pra postar o capítulo, eu peço um zilhão de desculpas por isso, kay? I'm so sorry!

Olhem pelo lado bom, esse capítulo tem mais de 7.000 palavras! Todo esse tempo vale a pena.

Eu falei com a Glêh sobre dividí-lo em duas partes, ela aceitou, então haverá o capítulo 51, mesmo que nos planos eram apenas 50... Ele.vai ser o epílogo. O tal do 51 provavelmente será a Glêh que vai postar, então vou logo fazer meu discurso antes que seja tarde demais.

Genti linda, agora vem meu discurso. Se não quiserem ler, pode abaixar e pular para o capítulo. MAS, quem quiser, vamos lá...

A ideia de fazer essa fanfic ocorreu-me no meio da noite, eu e a Glêh já discutíamos sobre fazer uma fanfic juntas, isso desde que nos conhecemos. Até então, eram apenas rascunhos e ideias vazias... Passou muito além disso. Life pra mim foi um avanço. Eu melhorei tipo MUITO! E o carinho em cada pequeno comentário já era um incentivo a mais para continuarmos. Particulamente, Life não acaba aqui, pelo menos pra mim, por quê eles não morrerram, continuam vivíssimos e sempre irão viver.

Eu amo todos vocês, fantasmas. Passava-se um dia e eu via cerca de 50 á 60 visualizações. Aquilo era o stopim pra mim e eu ( particulamente) me achava um máximo.

Life, como a maioria das recomendações e leitores dizem, é nada mais que a retratação da pura realidade da vida. Nós só queríamos passar a ideia de que a ficção pode sim ser uma realidade. Não há nada de estranho ou absurdo aqui, convivemos com isso todos os dias. Está a nossa volta e não podemos simplesmente ignorar tudo.

Tentamos juntar a realidade com uma ficcãozinha. Se isso vicia, somos todos drogados.

Chega de discurso, vocês querem ler esse capítulo gigantesco ( o maior que eu já fiz em toda minha life).

Pela última vez :(

Não seja rígido, as cenas poderão ser mudadas, trocadas ou invertidas.

Aqui a imaginação é livre e é seu prazer em ler.

Ótima leitura para TODOS vocês! Os encontro lá em baixo.



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Domingo- 16:20.

A cerimônia da formatura estava prevista para começar às 18:30. Muitos pais já estavam lá desde o começo da tarde, todos com câmeras e celulares para fotografar aquele momento tão especial. Todos estavam com roupas bastante elegantes, já que haveria uma festa de formatura, após a cerimônia.

Jade olhou pela pequena janela do seu quarto todos aqueles pais.

Mas os seus não estavam lá.

Uma lágrima solitária invadiu seu rosto, e ela a secou rapidamente quando sentiu alguém a abraçar por trás.

– Ei, coisinha... - Beck falou baixo e fez cócegas na namorada. - O que tanto olha pela janela? - Perguntou o moreno calmamente, seguindo o olhar da garota.

– Eles... Tão burros. - Ela sussurrou e ajeitou a franja. - Esses pais nem sabem o quanto seus fihos são irresponsáveis e idiotas. E ainda pagam para nos manter nessa prisão. Querem nos dar uma educação melhor mantendo eles longe da gente... Hipócritas. - Jade se virou e fechou a janela.

– Você queria seu pai aqui, isso sim. - Beck fitou a garota, que negou com a cabeça. - Qual é Jadelyn, na minha frente não cola. Você queria que sua mãe fosse uma dessas " tontas e hipócritas " que ficam horas plantados aqui se matando no frio de dezembro. Eu te conheço muito bem e sei que você só faltaria pular de felicidade se a sua mãe estivesse alí...

– O que acontece é que a minha mãe me odeia. Eu matei o meu irmãozinho e o meu pai, não entende? Acabei com minha família, ela está certa em não vir. - A garota cruzou os braços e analisou sua beca preta e branca.

– Pequena, pare de se sentir culpada... - Beck abaixou mais o tom de voz e foi andando até Jade.
– Não, Beck... - Ela saiu do caminho dele e se trancou no banheiro.

Beck suspirou. E percebeu que ao lado da beca de Jade estava um álbum de fotos. O abriu, e na primeira página estava não uma foto, mas sim um papel no qual havia escrito : " Deixe-me sentir culpada. Nada agora irá mudar. Eles se foram. "

Beckett sentiu o peso que Jade carregava a anos. E só havia um jeito dela se sentir melhor.

A solução era encontrar, onde quer que seja, Elena West.

E fazer ela perdoar Jade esta noite.

Esta noite.

* * *

18:25.

A formatura já ia começar. Todos os pais estavam acomodados em suas cadeiras. Os alunos estavam atrás do palco, em ordem alfabética, aguardando serem chamados. A primeira seria Allie, logo depois Beck, depois Carly, Cat, e assim por diante.

Primeiro, eles pegariam o diploma, depois de entregarem a todos, começariam o discurso.

Allie se sentiu mal por estar entre inimigos. Permaneceu sem olhar para trás.

– Olha só! A puta por aqui! Achei que iria fugir depois de tudo... Olha, você é bem resistente hein. - Carly se dirigiu a Allie, soltando uma gargalhada boba. Allie permaneceu calada.

Allie Esther Morrison Luntter.– Theresa pronunciou ao microfone e ela foi de cabeça abaixa pegar seu diploma. Não havia fotos, não havia ninguém batendo palmas... Seus pais não estavam lá e sua dignidade também estava longe daquele colégio.

Beck seria o próximo. Sentiu uma revirada no estômago, mas permaneceu firme alí.

Beckett August Oliver.– Theresa pronunciou e o garoto respirou fundo. Acenou para Jade antes e subiu os três degraus.
Seu pai estava lá e bradou muito, as pessoas bateram palmas com vontade. Algumas meninas suspiraram quando viram o garoto, mas algumas perceberam que ele usava uma aliança prata no dedo anelar. Ele tinha um compromisso. Ele também usava um colar em que havia uma pequena caixinha. E a chave para abrí-la? Estava no colar de Jade. Só ela tinha a permissão. Só ela tinha o coração dele.

Carly? Estava mais normal que todo mundo. Fazia graça, imitava pessoas, dançava... Parecia moleza para ela.

Carlotta Taylor Monroe Shay.– Theresa sorriu amarelo para a garota que arregalou os olhos. Olhou para Sam e Mel, que sorriram docemente para a morena. Deu uma conferida em James, e soltou um beijo no ar para o namorado.
Subiu os três degraus. Quase tropeçou.
Pegou o diploma e sorriu para a platéia, tentando achar seu pai. Alguns batiam palmas. Alguns ainda a odiavam, a olhavam com cara feia.

Mas ela conseguiu. Se formou.

Catherine olhava para Emma, que estava atrás dela.

– Estou bem? - A ruiva perguntou se encarando pela enésima vez.
– Difícil dizer, estamos todos iguais. - Emma fez graça, deixando a ruiva tranquila.

Catherine Hannah Valentine.– Theresa riu com o nome da garota depois de pronunciá-lo. Cat olhou para trás, na esperança de ver Robbie. Mas a única coisa que viu foi Melanie sorrindo.

Subiu os três malditos degraus.
Pegou seu diploma e saiu apressadamente do palco.

Emma se sentia normal. Quase fez isso uma vez. Mas repetiu de ano e aí não deu.
Nanda, que estava atrás dela, deu um beijo na bochecha da amiga, dizendo " boa sorte".

Emma Hathaway Albert.– A diretora falou e Emma se apressou, tropeçando em 2 dos 3 degraus. Por sorte, quase ninguém viu. Pegou o diploma, e ao sair, tropeçou novamente nos outros três degraus.

Nanda subiu antes de seu nome ser chamado. Se apressou ao pegar o diploma do próximo cara, Freddie. Theresa estranhou e pediu gentilmente para que ela voltasse, dando-lhe o diploma certo. Não houveram palmas, mas sim caras estranhas.

Muito estranhas.

Freddie se sentiu mal por estar bem na frente e sua namorada atrás. "Maldito F!", ele pensou.
Sam pediu para que Sophie guardasse seu lugar, e foi até onde Freddie estava. Ela o surpreendeu sussurrando no ouvido dele.

– É só um diploma... - A loira sussurrou e ele riu.

– Volta pro seu lugar... - Ela levantou as mãos em rendição, mas antes deu um selinho nele, e ficou olhando para trás enquanto andava, com um sorriso malicioso.

Freddward Karl Benson.- Theresa quase errou a pronúncia tão difícil do nome do nerd.
Sua mãe louca estava lá, gritando : " Vai, meu Fredinho! Este é o meu garoto!" , freneticamente.

Freddie tentou ignorar isso e saiu sorrindo com o diploma em mãos.

Jadelyn estava chorando. Não de felicidade, porque estaria realmente recebendo um diploma. Mas sim, de tristeza.

Mas tudo poderia mudar naquela noite.

Jadelyn Esther West.– Theresa estranhou o " Esther" do nome de Jade. Algo tão gótico com um nome tão fofo?
Ela secou as lágrimas rapidamente, e se recompôs, levantando a cabeça e subindo os degraus elegantemente.
Ela estava usando um colar de chave, que abria a caixinha do colar de Beck. Isso representava a união entre os dois.

Pegou o diploma e evitou olhar para aqueles pais orgulhosos.

Mas ela não sabia que Elena estava alí.

James se encostou numa pilastra qualquer e esperou ser chamado pacientemente. Era um dos mais calmos naquela fila.

James Baker Diamond.– Pronunciou Theresa, suspirando um pouco.
O moreno subiu sorrindo, mas viu Carly de longe, e fechou seu sorriso.
Pegou o seu diploma, o levantou com ar de " Consegui, toma seus filhos da puta!", e saiu com sorriso vitorioso.

Jhenny respirou fundo e apenas sorria. Queria acabar de uma vez por todas com isso.

Jennifer Dickinson Wilde.– Theresa falou, e a loira apareceu desfilando e sorrindo alegremente.
Acenou como uma miss para seus pais, que exibiam com muita alegria seu cartaz escrito: "Parabéns, Jhenny!"

Costumes de Denver.

Karma estava tremendo. Depois de toda confusão, ainda achavam que ela era Kelly e a julgavam como puta.
Era bastante visível a diferença entre as duas. Mas as pessoas nesse quesito eram cegas.

Karma Nicole Hensel.– Theresa pronunciou e a garota bufou ao ouvir seu nome do meio ser pronunciado.

Subiu os três degraus bem pausadamente, como se não quisesse pegar seu diploma.

Ao contrário do que pensava, todos aplaudiram e sua mãe gritou.

Karma sorriu. E saiu do palco, levando de ante-mão o seu diploma carinhosamente.

Kendall era o próximo. Respirou fundo e sentiu suas mãos soadas.

Kendall Knight Schimidt. - Theresa sorriu para o público e Kendall rapidamente subiu ao palco.
Pegou seu diploma e deu uma piscadela para algumas meninas.

Saiu do palco. Tropeçou nas escadas e caiu.

Mas continuou sorrindo.

Lucy estava aflita. Provavelmente nenhum dos seus pais estariam lá para vê-la.
Afastou esses pensamentos quando ouviu seu nome ser chamado.

Lucyana Anne Stone.– Theresa falou e rapidamente Lucy já estava ao seu lado, sorriu educadamente e tirou o diploma das mãos dela, arrancando risos de alguns.

Coisas de pessoas loucas.

Melanie era a mais nervosa de todos. A garota tremia tanto, que se tocasse nela iria sentir um cala frio.

Olhou para Sam, que não estava tão longe dela. A gêmea a acalmou e disse que iria ficar tudo bem.
Mel pirou quando ouviu todos se aquietarem.

Melanie Joy Puckett. - Theresa balbucinou, e tomou um copo com água.

– Vai lá... - Sam sussurrou e sorriu levemente.

Mel estampou um sorriso de orelha a orelha e subiu no palco.
Ajeitou sua beca e pegou o diploma. Encarou Carly que estava no fundo.

E sorriu, mais e mais...

Robbie já sabia que iria ser cazuado por um tempo... Então, pediu para que seus pais não vinhessem.

Robert Daniel Shapiro. - Theresa pronunciou já cansada de tantos nomes e pediu uma cadeira para se sentar.

Robbie subiu rapidamente e recebeu maus olhares de todos que estavam na platéia. Pegou seu diploma e saiu rapidamente, tropeçando nos próprios pés.

Como ele fez isso?

Sam estava cansada de tanto esperar. E aquela beca preta fazia muito calor. Se bem que, era dezembro, época de frio. Mas o lugar era quente, então ...

Samantha Joy Puckett. - Theresa arfou. Não aguentava mais.

" Aleluia !", planestou Sam entre pensamentos. A loira subiu e recebeu muitos aplausos. Pegou seu diploma e soltou um beijo no ar para seu namorado, enquanto descia as escadas.
Ele fez um coração para ela com uma mão, pedindo para que ela completasse a outra.
Samantha sorriu abobalhadamente. E completou o coração.

Sophie não estava tão afim de receber um diploma. Afinal, a única coisa que fez no ano todo foi colar.

Sophie Estelle Winfrey.– Theresa falou, entre pausas nos nomes.

A garota foi, de cabeça abaixada até o palco, pegou seu diploma e saiu. Seus pais, que estavam lá, se sentiam mal.

Sophie se perguntou por que foi tão estúpida. Por que não quis estudar, não quis se esforçar ...

Mas ela só deu valor no fim.

Tori estava incomodada demais com aquela beca. Se sentia suada e seu cabelo estava uma mistura de suor e fedor, um tremendo lixo...
– Que merda, quem mandou eu lavar o cabelo bem antes de começar a formatura ... - Resmungou para si mesma.

Victoria Dawn Vega. - As sílabas para Theresa pareciam cada vez mais difíceis... A mulher bebeu mais água.

Tori olhou para a platéia, vendo apenas sua mãe lá, com cara de sofrida e com a mínima vontade de parabenizar a filha.

Pegou seu diploma e saiu disfilando.

Zayn era o último.

– E por último e não menos importante, Zayn Eric Hensel.– Theresa comemorava em seus pensamentos. Graças a Deus aquilo havia acabado.

Theresa meio que jogou o diploma para Zayn, que agarrou.
A mulher desceu apressadamente para uma mesa, onde finalmente pode relaxar.

Zayn saiu do palco, e as cortinas se fecharam.

Ao saber que ainda haveria a parte do discurso dos alunos, Theresa deu um pequeno surto.

Ainda haveria muita coisa naquele domingo...

* * *

19:00.

A festa começaria depois do discurso, às 19:30.
O discurso não era obrigatório, quem quisesse falar, falava.

Todos ainda estavam com a beca.

Nessa hora, os pais já se dirigiram a festa, o discurso era apenas para os próprios alunos ouvirem.

– Alunos. - Theresa falou no microfone novamente, chamando a atenção de todos. - Como vocês sabem, o discurso não é algo obrigatório. Então, quem quiser falar algo, venham até aqui e façam uma fila, organizadamente, por favor. - Assim que Theresa disse isso, vários alunos se amontoaram encima dela e começaram a conversar animadamente. - Silêncio, gente! - A mulher falou fora do microfone, mas isso não foi o bastante. - Calem a boca! - Ela gritou, e todos se calaram. - Uma fila organizada. - Ela ordenou e todos fizeram uma fila. - Carly, você primeiro. - A mulher falou e Carly assentiu.

– Então pessoas... - Carly pegou o microfone e passou a andar pelo palco, enquanto ia falando. Alguns cochichavam e até riram da garota. - Eu meio que não preparei nada para esse momento. Eu poderia falar qualquer merdinha que me vinhesse na cabeça e vocês iriam amar. Mas não. Eu vou dizer umas coisinhas para vocês. - A morena respirou fundo. - Antes de mais nada, meu nome é Carlotta Taylor Mornoe Puckett Shay. Sim, Sam e Mel são minhas irmãs de sangue. Por isso me ajudaram tanto quando eu tive leucemia. Atento a vocês, não comam e vão para o banheiro tacar tudo pra fora. Foi assim que desenvolvi a leucemia. Era uma anemia boba e achei que ia passar. Mas a situação foi piorando, piorando... Até eu ter um câncer no sangue. - A garota suspirou e contou até dez, para assim voltar a falar. - James também foi um grande amigo na época em que fiquei mal. As pessoas que eu pensei que ajudariam foram aquelas que deram as costas. Por isso, nunca duvide de nada nem ninguém. Pessoas são como comida. Algumas são amargas, outras são apimentadas. Tem aquelas gostosas, tem as doces. Tem comida que você odeia, e tem comida que você ama. - Ao falar isso, vários alunos assentiram em sinal de concordância. - Claro que, não se deve trocar pessoas por comida, é claro! - Carly riu de sua própria piada e trocou olhares com Sam, que assentiu sabendo que a indireta era para ela. -Mas gente... Uma outra coisa que vocês não sabem é que eu sempre tive um carinho especial com a Mel, e odiava a Sam. Hoje, estamos todas bem. Bem, pelo menos eu estou. - Outras risadinhas vinheram do fundo do auditório, onde Sam, Mel, Freddie, Jade, Cat e James estavam. As gêmeas riram.
– Pulando essa parte... Já houve dias em que eu queria pegar um punhal e cravar assim no coração da Samantha. - Carly encenou com o microfone, o colocando para trás e depois para a frente com força. - Mas graças ao de cima, eu me contive, e não matei minha irmã. - A garota colocou o microfone na base. - Então... Estamos nos formando... E eu ainda não sei o que quero fazer da vida. É sério! Eu estou entre moda, arquitetura ou até psicologia, mas não sei o que fazer! Isso em pleno dia da minha formatura! Pode uma coisa dessas? - Carly fez-se de desentendida e alguns aplaudiram e riram. - Eu não tô brincando! Por fora eu estou na paz, mas aqui dentro tá tudo malucado. Se é que essa palavra existe! - Algumas pessoas riram novamente, e Carly os olhou de cara feia. - Gente, eu não vim fazer um concurso de stand-up, então vou resumir e falar coisas mais sérias aqui antes que Theresa educadamente me tire do palco. Bom, eu quero agradecer a todos presentes por serem meus amigos, alguns não... Por me ajudarem quando eu precisava, por me fazerem superarem meus medos... Eu cresci aqui dentro, entrei como uma menina e hoje saio como uma mulher. É isso aí gente, muito obrigada! - Carly gritou e todos ( todos mesmo) aplaudiram de pé o seu discurso. A garota acenou para todos e saiu do palco elegantemente, indo para o fundo do auditório sem causar algazarra.

– Você foi incrível! - James falou abraçando a namorada.

– Perfeita! - Mel sussurrou segurando a mão da garota, e sorriu.

– Vocês acham mesmo? - A morena suspirou e olhou para todos os seis, que assentiram. A garota abriu os braços, e estes fizeram um abraço coletivo. - Vamos para a festa gente! - Carly falou baixinho e todos comemoraram, ainda no abraço.

– Hey, hey! Eu queria falar umas coisas aqui... - Um garoto pronunciou no microfone do palco. Ele recebeu maus olhares de todos da platéia. - Rapidinho gente, só para esclarecer tudo sobre a parada de ontem, aquilo foi obra de uma aposta. Eu perdi e tive de dançar " Wigle" só de cueca. E a mais bizarra que eu tivesse. Então escolhi a do Bob Esponja.

– Para de querer se desculpar! Você fez aquilo para chamar atenção! - Uma garota falou, interrompendo Robbie.

– É, seu mentiroso filho da puta! - Um garoto se levantou furioso.

E todos começaram a julgá-lo.

– Gente, eu não... - Robbie começou a falar, mas saiu do palco correndo.

Cat seguiu o garoto.

Este estava no local favorito dela.

O quartinho de limpeza.

Talvez fosse a última vez que eles passariam por lá.

Talvez não.

– Robbie... - Uma voz fina ecoou pelo local escuro e abafado no qual o garoto estava.

– Cat, agora não... - Ele abaixou a cabeça. A ruiva sentou-se no chão, ao lado do garoto.

– Fomos nós... - Ela pronunciou fracamente. - Desculpe.

– Não é tão fácil assim... Eu não posso fazer isso. Te perdoar acabaria com o meu ego. Ele está ferido...

– Eu aprendi a lição... Eu perdi você. E só percebi o quanto amo você agora. - A ruiva suspirou fundo e tentou fitar o garoto no meio da escuridão.

– Não dá Cat... Você fez a minha popularidade de idiota aumentar cem por cento. Eu gosto de você, mas olhe o que os outros...

– Vão pensar!? - Cat terminou a frase. Logo em seguida bufou. - Robert, você só pensa neles? Na opinião deles? Você é tão egoísta! Pense em nós, pense em como iremos ser felizes...

– Mas a distância... - Ele tentou intervir.

– O amor verdadeiro vence tudo. - A ruiva o interrompeu novamente.

Eles ficaram em silêncio.

Delicadamente, Cat o beijou de forma romântica e simples, com um selinho rápido.

– Vou deixar você pensando. Veja se vale a pena. Qualquer coisa, você sabe onde me encontrar... - Cat abriu a porta. E uma garota loira caiu e bateu a cabeça no chão. - Sam?

– Não, Cat... É a Melanie. - A loira se levantou e colocou suas mãos sobre a cabeça.

– Então você viu... Eu não sei o que fiz, eu...

– Calma. - Mel a aquietou. - Não gosto mais dele. Vá em frente. - A loira sorriu torto.

A ruiva a abraçou.

– Agora, vamos voltar para o auditório? O próximo discurso é do Beck... - Melanie contou, animadamente. Cat assentiu.

–-

– Oi, pessoal... - Beck falou timidamente ao microfone. As garotas da platéia piscaram um olho para ele, que estranhou. - Vamos lá... O que eu posso dizer desses cinco anos que estudei aqui? Foi mágico. Eu realmente vivi a minha vida. Me envolver com drogas não foi o certo, eu sei... Eu faço essa observação: NÃO usem drogas. Isso te destrói. E destrói tudo o que você conquista. Eu consegui amigos, e perdi amigos. E sabe, na época em que eu estava totalmente fora de mim, apenas Freddie, Sam e Jade me ajudaram. Eles não queriam ser populares ou ter fama de populares. Eles eram meus amigos e queriam me ajudar. E esta última citada me ajudou mais do que ninguém. Vocês já devem estar cansados de eu falar tanto dessa garota, ontem e agora hoje. Mas sabe... Pra mim ela é tudo. Tão vendo isso aqui? - Beck levantou seu dedo anelar para mostrar seu anel de compromisso. - Eu posso olhar para milhões de mulheres. Mas o meu olhar quando a vejo é diferente. É o olhar do amor. E através desses olhos eu mostro o quanto a amo. Amem suas namoradas.
Outra coisa que eu queria falar é sobre relação com os pais. Não é de hoje que filhos tem problemas com os pais por algo do passado. Todos aqui temos. Por exemplo, a minha mãe sumiu do mapa um tempo depois de eu nascer. E há mais ou menos dezesseis anos que não a vejo. Pouco me remete a lembranças dela. Não vou mentir, a odeio. Mas fiquem na paz, não quero saber dela e muito menos quero seu perdão por a ter me abandonado com meu pai. Eu não conheceria a Thallerman se ela tivesse ficado no Canadá. Então, obrigado mãe! Me fez passar os melhores anos da minha vida. - Beck olhou para cima. E riu. - Sabe, eu vejo a Thallerman não apenas como um internato. É muito além disso. Aqui dentro você passa um terço da sua vida. Meu Deus, como as coisas são rápidas! Você fecha os olhos e vê quando era inocente e chegou no colégio morto de medo achando que seria judiado para todo sempre... Pior que não. Eu acabei sendo um nerd disfarçado. E ser capitão do time de futebol não foi algo que passou pela minha cabeça. Eu não queria ser desejado, até hoje não quero gente! As meninas me olham como um objeto sexual, eu não sou assim! Sou um garoto com qualidades e defeitos. Um ex-drogado. Um cara que sofreu com a ausência da mãe a vida toda. Eu sou apenas um cara. Que tenta viver a vida do jeito que foi preparada. Sou apenas um sobrevivente. Vamos viver nossa vida. Apenas isso. - Beck abriu um sorriso torto pelos lábios, e saiu do palco.

Foi para o fundo, e abraçou Jade.

Sam, Freddie, Cat, Beck, Jade, Mel, Carly e James seguiram em direção ao ginásio, onde ocorreria a festa.

Muitas surpresas os aguardavam.

Muitas.

* * *

–- Festa --

A festa de formatura foi algo mais descontraído. Os alunos ainda permaneciam com a beca. Alguns tiravam fotos com os pais, outros foram comemorar perto da mesa dos salgadinhos. Já outros ficavam sentados na mesa com os amigos.

– Carly, Sam, Mel... Tem uma pessoa querendo falar com vocês. - Karma interrompeu a conversa das três.

– E onde está essa pessoa? - Sam perguntou rudemente enquanto tomava um gole do seu suco.

– Me acompanhem. - A garota falou se virando e colocando seus cabelos com mechas para trás.

Levou as garotas até o jardim, para ser mais precisa, até o quiosque do jardim, onde lá estava uma velha loira que fora castigada pelo tempo. A mulher estava de costas, olhando para a cerca elétrica do internato. Karma sorriu docemente e se retirou, deixando as quatro a sós.

– Pamela... Imaginei que vinhesse. - Carly falou com sarcasmo e as gêmeas pediram para que ela parasse.

A mulher se virou lentamente.

As garotas se espantaram.

Pamela estava com os olhos inchados. Nem mesmo a maquiagem cobria o tanto de seu inchaço.

A mulher vestia uma roupa simples preta. Um macacão que ia até a altura de seu calcanhar.

Não exibia nenhum artigo de luxo. Brincos, anéis, colares... Nada.

– O que você faz aqui? - Melanie tentou ser rude e ao mesmo tempo doce, tentando não transparecer a ideia de que estava com pena da mãe. Ela não merecia seu perdão.

– Q-quero pe-d-dir d-des-c-culpas á vo-c -cês. - Pam pronunciou tremendo. Ela balbucinava. Segurava em uma mão uma bolsa pequena, e na outra um lenço de papel.

– Você acha mesmo que a gente vai te desculpar? Olha aqui sua...

– Carly, deixa ela falar. - Sam interrompeu a morena.

– E-eu não dei valor a vocês... Eu não percebi o quão vocês são importantes. Nunca. Eu não vi isso. Eu só percebi quando o Steven falou " Cuide bem das nossas filhas".

– Porque ele diria isso logo agora?- Carly perguntou, temendo a resposta.

– Pois ele... Está morrendo. - Pam falou aos prantos.

Carly sentiu seu mundo desabar.

Apertou fortemente a mão de Sam.

– Eu provavelmente serei a próxima, eu quero o perdão de vocês.Eu sei que eu errei. Eu não dei valor a vocês. Agora estão se formando. Vão se dar muito bem. Vão alcançar os seus objetivos. Acredito no potencial de vocês três. - As garotas sorriram. - Carly... - Pam pegou na mão gélida da garota. - Me desculpe. Sabe, tudo aquilo de filha rejeitada, foi algo meio sem querer, você sabe. Você é a mais velha. É sinal de responsabilidade. Me prometa por favor que você vai ser sempre essa garota forte e decida que sempre foi. Que irá ter sempre papas na língua. Que sempre vai ser a Carly. - Pam sorriu torto e em meio a lágrimas Carly a abraçou.

Um dos primeiros abraços entre mãe e filha.

– Prometo. - Carly limpou suas lágrimas.

– Você, Sam... - Pam olhou para a garota. - Sabe que das três foi a que mais recebeu um tratamento. Você foi a que mais cuidei... Mas você se rebelou e cresceu tanto e tão rápido... Parecia que ontem filmei teus primeiros passos, a sua primeira palavra, o seu primeiro pedido de aniversário... Eu te deixei muito presa. Mas você conseguiu sair dessa minha teia. E se tornou essa linda garota. Essa mulher que tem pulso forte. Que ama qualquer tipo de comida. Você também, nunca deixe de ser você mesma.

Samantha sorriu docemente. E passou a chorar.

Se juntou a Carly, que estava num dos banquinhos do quiosque.

– Melanie... Você foi a que tive mais problemas... Eu pensei que fosse a Carly, mas me enganei. Acho que ignorar minha própria filha por sete anos não é algo que devo me orgulhar. Eu quero pedir desculpas para você. Um milhão de vezes a mais do que pra suas irmãs.
Você é uma preciosidade, Mel. Você consegue ser o ponto de equilíbrio entre a doçura e a raiva. Você é perfeita. Uma filha perfeita que eu ignorei. Melanie... Você é algo muito raro. Não mude, por favor. Seja você mesma, sempre. Ninguém pode te mudar. Você é única... Vocês são únicas... - Pam não conseguiu terminar a frase. Curvou sua cabeça e silenciosamente começou a chorar.

As três a abraçaram singelamente.

O primeiro abraço singelo.

O primeiro de muitos.

– Mamãe... - Carly pronunciou esta palavra pela primeira vez e a abraçou mais forte. - Você quer ir para a festa conosco?

– Mas, eu estou assim, tão...

– Acabada? - Sam perguntou. - Todas nós estamos... Ainda não terminamos de arrumar o nosso quarto. Vamos retocar a maquiagem e aí deve ter uma roupa ou outra para você. Vamos logo, não quero perder um minuto da festa! - A loira exclamou, e logo se apressou em andar para o setor feminino. Puxou a gêmea, que puxou Carly, que puxou Pam.

–-

Todas as quatro já estavam no quarto 20C.

– Que tal essa aqui? Assim você não se sente uma puta nem uma velha. - Carly falou enquanto analisava um vestido seu. Ele era floral e ia até a altura dos joelhos.

– Acho que para a mamãe está bom. - Mel falou rapidamente enquanto retocava sua maquiagem.

– Entra aí no banheiro e põe esta roupa logo. - Sam falou apressadamente, empurrando a mãe e o vestido para dentro do outro cômodo.

– Estou pronta. - A morena falou dando um giro de 360 °.

– Eu também. - Sam falou enquanto passava seu gloss.

– Terminei. - A outra loira falou rapidamente.

– Bora logo mãe! - Carly bateu na porta do banheiro.

– Eu hein, já tô pronta! - Pamela abriu a porta lentamente, revelando uma linda mulher.

– Está linda. - Mel sorriu torto e as outras duas assentiram.

– Então cambada, vamos logo, porque o Freddie já deve estar doido me procurando! - Sam exclamou e abriu a porta.

Todas saíram.

–-

Allie fitou a mesa das líderes de torcida. Ela havia tramado algo bem maquiavélico com a ajuda de Kelly. Faltava apenas alguns minutos, para que ela colocasse seu plano em prática.

– Vamos ver quem é a puta agora... - A morena sussurrou para si mesma.

Foi até o DJ, e pediu um microfone qualquer. Ele entregou e ela agradeceu.

Allie subiu em uma mesa vazia, e pediu atenção de todos.

– Essa garota é louca. - Jade sussurrou no ouvido do namorado.

– Completamente... - Concluiu, olhando para a garota.

– Pessoal, atenção! - Ela gritou. - Antes de vocês irem embora, eu quero falar umas coisinhas de certas pessoas que estão aqui. Os nomes delas são: Tori, Lucy, Emma, Nanda, Jhenny e Carly. - A última a olhou com indiferença. - Sim, você mesmo Shay. Então... Vocês sabiam que a Tori transou com TODOS os garotos do time de futebol? Uma completa puta, sabemos. E que a Lucy ABORTOU uma criança? O quê, isso é verdade? Sim minha gente, isso é. E que a Emma era tratada como uma prostituta em casa? Beber e transar aos 15 anos? Precoce, muito! Nanda era amiga de Jade e foi influenciada a vomitar e se cortar para acabar com a frustração de não ser a melhor modelo do mundo? Nossa, West. Que belo exemplo!

– Gente, como ela soube disso tudo? - Lucy perguntou encarando as outras líderes que também não sabiam a resposta.

– A Jhenny? Deu seu primeiro beijo com Donsold, o maior nerd da face da terra! Antes guardar seu BV pra mais tarde! Tava desesperada, não foi amor?– Allie deu uma risada maquiavélica e acenou para Carly. - Oh, Shay. Você já fez tantas coisas aqui que teria uma listinha de 12 páginas sobre seus segredinhos. De você, eu nem vou falar, por extremo respeito a sua mãe, que nunca ligou pra você. Então, vou ficar aqui na minha.

– Já chega! Chega disso tudo, chega! Tô cansada dessa palhaçada! - Jhenny gritou com convicção e arrancou o microfone das mãos de Allie. - Olha gente, por mais que isso tenha acontecido, isso tá no passado. Todo mundo erra, porquê a gente também não pode? Que mania essa de achar que o mundo da líder de torcida é perfeito? Pura idiotice. Eu admito, meu primeiro beijo foi com o Donsold, e ele beija melhor que muito idiota por aí, viu? Que porra de achar que só fazemos as coisas certas. Nossa vida não é a melhor. Se fizemos coisas erradas, tá lá no passado. Deixa ele lá. E vamos viver o presente. Agora, dona Allie... Que todo o mal que você fez não retorne. Que o feitiço não vire contra o feiticeiro. Tenho é pena de você. Cuida da sua vida, garota. Se toca. - A loira largou o microfone no chão e deu um sorriso cínico para a garota. Recebeu aplausos de muitas pessoas.

Theresa chegou no ginásio e perguntou para um aluno o que estava acontecendo. Ele explicou e ela ficou perplexa. Chamou Allie num canto, e falou que ela iria para um manicômio, a mandado de seus pais.

– Seus idiotas, filhos da puta... Concretizei parte da minha vingança. Pensa que acabou? Ela só está no começo... - A garota berrou para o púbico, e saiu da Thallerman ' acompanhada' de dois médicos e uma camisa de força.

–-

20:26.

– Jade... Vamos alí no jardim, por favor? - Beck perguntou timidamente.

– Pra quê? - A garota encarou o moreno com raiva. - Estou bem aqui.

– Estou com dor de cabeça. Só uns minutos, por favor... - Ele fez uma voz fofa.

– Okay ... - Ela cedeu e recebeu um selinho do namorado.

Eles saíram do ginásio de mãos dadas, e seguiram lentamente em direção ao jardim.

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20:30

– Obrigado. Não gosto de ficar sozinho em lugares escuros... - Beck sorriu timidamente.

– Bobo. - Jade correspondeu a seu sorriso.

Estes dois chegaram ao jardim.

– Então, Jade... Eu não só te trouxe ao jardim para aliviar minha dor de cabeça, e sim, para você aliviar a dor que carrega há cerca de cinco anos.

– Beck, você não... - Jade interviu mas não conseguiu terminar a frase, assim que uma mulher se virou, olhando fixamente nos olhos da garota.

Jade passou a chorar.

– Vocês tem muito o que conversar. - O garoto falou rapidamente, e se retirou.

– Jadelyn... - A mulher falou com rancor na voz.

– Elena... - A garota pronunciou, enquanto secava as lágrimas.

– Seu namorado me procurou e disse que você carrega muitas mágoas daquele dia. Desculpe. Eu falei aquilo sem pensar.

– Até a parte do " Foi um erro você ter vindo ao mundo?" - A garota fitou os olhos claros da mulher.

– Sim. Tudo. Sabe, você foi a única que sobrou da nossa família. E ao invés de eu tentar me aproximar de você, não... Eu te afastei ainda mais. Foi um momento de raiva. Eu quero esquecer tudo aquilo.

– Eu já esqueci. - A garota falou rapidamente.

– Não, você não esqueceu. O Beck conversou comigo a tarde toda, e falou sobre os seus cortes, o álbum de fotos, as coisas que você falou pra ele ... Você se sente culpada por algo que não teve culpa nenhuma. Eu vejo nos seus olhos que você ainda tem uma ferida não cicatrizada em seu coração. Pode colocar para fora, Jade. - Elena falou serenamente e aproximou a sua mão com a da sua filha.

Jadelyn fechou os olhos.

E abraçou sua mãe, chorando.

– Eu sempre soube que você nunca gostou de mim. Mas aquilo ficou na minha memória até hoje. Eu não consigo, não dá. Eles morreram porque eu não desviei daquele caminhão. Era pra eu ter morrido. Eu! Se eu era algo indesejável, porque eu continuei viva? - A garota soluçava e Elena tentava interpretar o que Jade falava.

– Por quê ele quis. Ele levou o Tom e o seu pai por quê ele quis também. Não se culpe, Jade. - Jade cessou o abraço. Elena limpou as lágrimas da garota. - Tome. - A mulher retirou de sua bolsa um estojo de maquiagem e um espelho, para Jade se ajeitar. - Se sente melhor? - Elena perguntou encarando os olhos da garota. Jade assentiu.

As duas viram Beck chegar. Jade virou-se para o namorado não ver seu estado deplorável.

– Fique tranquila, amor. Continuo te amando. Até borrada de rímel. - Ele brincou e a garota virou-se para ele, sorrindo. Ela terminou de retocar a maquiagem e se levantou, entregando o estojo a sua mãe.

– Ahn, Jade... - Elena a tocou e ela se virou. - Você... Me perdoa? Por tudo o que eu disse naquele dia?

Jade encarou Beck, que assentiu com a cabeça e sorriu torto.

Ela respirou fundo e abraçou sua mãe.

– Isso lhe responde? - Ela perguntou ainda no abraço.

– Elena, não quer ficar pra festa? - Beck perguntou olhando para a mulher, que cessou o abraço.

– Não, obrigada. Tenho que ir. Jade, se precisar de mim sabe onde vou estar. - Elena respondeu olhando para o casal.

– Ok. Até mais. - Jade acenou para Elena, que saiu pela porta dos fundos da Thallerman. Jade encarou Beck com raiva. - Porquê fez isso?

– Você precisava colocar tudo pra fora. E eu sei que só com ela você iria falar alguma coisa. Está brava comigo? - Beck franziu o cenho.

– Não. Obrigada. - A garota sorriu. - Vem, bora voltar pra lá. - Jade puxou o namorado, que sorriu.

Finalmente o sorriso da sua pequena apareceu.

–-

– Karma? - Um garoto a chamou.

– Algum problema Zayn? - Karma se virou e pegou seu suco de laranja. Ele a puxou para a saída do ginásio.

– Não... Eu preciso que você me responda uma coisa. É a Karma ou a Kelly que está aqui?

– Bobinho, sou eu, Karma Hensel. - A garota apertou as bochechas dele. - Porquê a pergunta?

– Bom, porque acho que estou completamente apaixonado por você, Nicole.

– Que porra, já disse que não gosto do... Espera aí, você disse apaixonado? Zayn... Nós somos primos. - Karma respondeu o olhando nos olhos.

– De 3° grau. E outra, quem disse que primos não podem se apaixonar? - Zayn respondeu exibindo um sorriso um tanto diabólico.

– A bíblia... - Karma respondeu com receio.

– Você não é santa, dona Karma.

– Talvez uma amizade colorida não mate ninguém... - A garota sussurrou no ouvido dele quase se entegrando.

–Vamos para o inferno, baby... - Zayn exibiu um sorriso e beijou a garota ferozmente, que deu um gritinho abafado e empurrou a porta da saída.

– Vamos mesmo... - Karma respondeu exibindo o mesmo sorriso do garoto.

–-

Melanie estava sentada na quadra de esportes. Sozinha, apreciava sua latinha de coca-cola enquanto ouvia de longe o som abafado vindo do ginásio.

Kendall estava passando por lá. Ia pegar uma coisa no seu quarto a mando de seus pais.

– Mel? - O garoto falou baixo, mas sua voz ecoou por todo a quadra.

– Estranho, não me confundiu com a Sam. - A loira fez graça, e bebeu mais um pouco da sua coca.

Kendall foi até a arquibancada, onde a garota estava, e sentou-se ao seu lado.

– Impossível te confundir com a Sam. Você é bem diferente dela, em todos os sentidos. Só você estar de perna cruzada já te diz que você é a Melanie. - O garoto encarou os olhos azuis da garota.

– Você não me conhece direito, garoto. - Ela foi fria. Mas ele ignorou isso e voltou a falar.

– Observava as diferenças entre você e a Sam na aula de química.

– Você era da minha aula de química? - Mel perguntou arregalando os olhos.

– Tínhamos os mesmos horários. Até o chamego com o Robbie na aula de física eu via. - O garoto respondeu enquanto olhava para a quadra.

– O Robbie é da Cat. Não tinha chance com ele. Aliás, eu sou a única que ainda tô sozinha aqui.

– Como assim? - Kendall perguntou chegando mais perto dela.

– A Sam tá com o Freddie, a Carly com o James, a Jade com o Beck, a Cat tá num rolo com o Robbie, e eu vi a Karma com o Zayn na saída do ginásio. Na minha roda de amigos, eu tô de vela. - A loira resmungou enquanto bebia o último gole que sobrou na latinha. - Se eu esqueci de alguém, deve tar de rolo com alguém também.

– Para de se lamentar, Melanie! Você é uma Puckett!

– Eu sou uma Puckett sensível que está mal e pra baixo. E que quer chutar as partes íntimas de um cara que está bem ao seu lado. - Mel respondeu exibindo um sorriso cínico.

– Se toca, Mel. Tem um cara do seu lado que te ama e você nunca percebeu! - Kendall praticamente gritou, e saiu da arquibancada.

– Espera Kendall... Por favor. - A loira desceu e foi até a quadra. - Desculpe.

– Eu estou disposto a tentar... Se você não quiser, sem problemas.

– Eu quero tentar. - Mel fitou os olhos do garoto. Estes foram se aproximando até que os lábios um do outro se tocaram.

Mel o abraçou.

– E se não der certo? - A loira perguntou enquanto ainda o abraçava.

– Você nunca vai saber... Se não tentar. - Ele respondeu.

Se beijaram novamente.

E voltaram para a festa.

–-

22:00.

A mesa das líderes estava movimentada. Os pais de Nanda e Tori estavam lá. Todas as líderes estavam na mesa conversando e batendo papo.

Alguém tocou levemente nos ombros de Lucy.

Esta se virou. E arregalou os olhos.

– Papai, Karen? -A garota perguntou já sabendo a resposta. - Que surpresa!

– Lucyana, posso falar com você? A sós? - Simon, o pai de Lucy perguntou. Ela assentiu.

Eles saíram do ginásio e foram em direção ao pátio do colégio.

– Não guarda mágoas? - Simon perguntou.

– Estava fingindo na frente das minhas amigas. Apenas a Jhenny sabe da história toda e ela me compreende. Ainda não te perdoei e vai ser difícil te perdoar. Se veio aqui pra isso, perdeu seu tempo Sr. Stone. - Ela o encarou friamente.

– Não foi só pra isso que eu vim. Eu estava vasculhando o seu quarto e vi isso na mesinha de centro. - Ele retirou da calça dois testes de gravidez. E colocou nas mãos da filha. - Acho que isso lhe pertence.

Os olhos de Lucy brilharam.

– Obrigada. - Ela sorriu torto. - Talvez seja a última lembrança que eu tenho do meu filho ou filha.
– Não precisa agradecer... Mas Lucy, me diz uma coisa... Você vai fazer que faculdade?

– Vou ser médica pediatra. Para ficar mais perto das crianças. - Lucy encarou os testes de gravidez e sorriu para o pai.

– Será que você não pode me perdoar? Eu estava mais apavorado que você, não sabia o que fazer... Aquilo iria prejudiciar a nossa imagem e eu só vi isso na época. E esqueci de você.

– Só deu valor quando perdeu não foi, papai? - Lucy perguntou sarcasticamente.

– É, foi... Desculpe. Sabe Lucy, eu pensei muito se vinha aqui...

– Foi bom ter vindo. - A garota o interrompeu. - Sinta-se desculpado. - Lucy sorriu e saiu dalí saltitando, enquanto abraçava os testes de gravidez.

Simon sorriu.


Só de ver o sorriso dela já tinha valido a pena.

–-

– Emma... Tem alguém muito especial querendo falar contigo... - Tori vendou a garota.

– É a Kimberlly? Tori, é ela? - Emma bateu palminhas.

– Não. Nem sei quem é essa daí. -Tori respondeu e recebeu um tapa da garota.

– É a minha irmã, sua trouxa. - A garota resmungou e dessa vez els recebeu um tapa de Tori.

– Se você continuar assim, não vou tirar essa venda dos seus olhos nunca... - A morena fez um joguinho e começou a cantarolar, até que Emma tirou a venda dos seus olhos e em sua frente estava seu pai.

– Ainda estou tentando achar a pessoa especial... - A garota cruzou os braços.

– Ahn, vamos lá Emma. Temos muito o que conversar. - Vitor, seu pai, abriu os braços e sorriu. Mas seu sorriso logo se desfez ao ver que Emma não queria papo.

– Lá fora. - A garota apontou e se levantou. O pai a seguiu.

Eles andaram um pouco e Emma se encostou na parede.

– Ainda não entendi o que você veio fazer aqui. - Ela cruzou os braços novamente.

– Querida... Eu quero pedir seu perdão. E pedir desculpas pela humilhação que eu te fiz passar. Depois de uns dias que você saiu de casa e veio pra cá, eu percebi que estava acabando com minha família. E desde lá, eu nunca mais coloquei um pingo de cerveja na minha boca. Espero que você também tenha parado.

– Não pode bebidas alcoólicas dentro de uma instituição de ensino. Eu nunca mais vou beber. Só aquele cheiro já me causa náuseas. - Emma fez uma cara estranha e seu pai riu.

– Eu também vim aqui porque eu passei esses anos tentando te dar um futuro melhor. - Vitor mudou de assunto, e Emma voltou a ficar séria.

– Me colocando num internato? - Confusa, ela perguntou.

– Não... Abra. - Ele deu uma carta para Emma que a abriu rapidamente.

" Meus parabéns! Por seu excelente desempenho por toda sua vida escolar, por favor, receba essa bolsa de estudos da universidade Yale. "

O QUÊ? EU VOU PRA YALE? EM CONNECTICUT?– Emma berrou e seu pai assentiu, sorrindo.

A garota abraçou seu pai como nunca antes.

– Você vai poder cursar o que quiser. Amanhã mesmo você já vai para Connecticut ! - Exclamou Vitor. - Sua passagem.

– Ai meu Deus! Pai eu te amooo! - Emma gritou novamente e abraçou seu pai. - Eu te perdoou, sim senhor! - A garota sorriu. - Mas pera aí, eu repeti um ano... Isso não agrava em nada?

– Disse a eles que você repetiu um ano por um erro da escola, e que foi melhor pra você já que aprendeu muito mais. - Vitor sorriu torto e Emma riu.

– Que gritaria é essa? - Tori apareceu rapidamente onde os dois estavam.

– Eu vou pra Yale! - Emma gritou esfregando a carta e a passagem na cara de Tori.

– Legal, dá pra gritar mais baixo? - Vega perguntou se afastando de Emma.

– Não! Foda-se o mundo. Eu vou pra YALEEE! - Ela deixou as coisas com o pai e começou a saltitar e dar piruetas por toda a Thallerman.

–-

Cat mais uma vez estava no quartinho de limpeza.

Encostada numa parede, colocou o celular no máximo e começou a ouvir pela vigésima vez " Count On Me"... Na cabeça dela a música não fazia mais sentido.

– Cat... - Alguém sussurrou calmamente o apelido da garota. Ela fez a proeza de parar a música assim que ouviu seu nome ser chamado.

– E aí, você se decidiu? - Ela perguntou friamente.

– A distância não separa um amor verdadeiro. O que as pessoas vão pensar? Pouco me importa. Foda-se o estereótipo. Você é baixinha mas é gostosa. Vamos viver a vida. E pronto.

Cat se levantou com a ajuda da parede e sorriu levemente.

– Esse é o Robbie que eu conheço. - A ruiva segurou na mão dele.

Ficou na ponta dos pés.

E o beijou serenamente.

–-

23:30.

Carly subiu na mesa e chamou atenção de seus amigos, que se juntaram ao redor da mesa.

Cat e Robbie entraram de mãos dadas no ginásio no exato momento em que Carly estava falando.

– Gente, eu queria propôr um brinde. Mas eu quero fazer diferente. Quero que cada um faça um brinde e levante sua taça de vinho ( sem álcool) aqui pra cima.

– Eu começo! - Cat pronunciou e pegou uma taça com vinho. - Um brinde a felicidade.– A ruiva levantou sua taça.

Um brinde a esperança. - Robbie também pegou uma taça e a levantou.

Um brinde ao amor. - Beck falou e levantou sua taça para cima olhando para Jade, que colocou as mãos nos ombros dele.

Um brinde ao respeito.– Jade levantou sua taça.

Um brinde a fidelidade. - Sam sorriu para Freddie e levantou sua taça.

Um brinde a amizade.– Freddie levantou sua taça.

Um brinde a paz. - Karma levantou sua taça, enquanto sorria levemente.

Um brinde a coragem.– Zayn também levantou a sua taça.

Um brinde a união.– Melanie sorriu, tocou na mão de Sam, e levantou sua taça com a outra mão.

Um brinde ao sorriso.– Kendall sorriu para Mel, enquanto levantava sua taça.

Um brinde a alegria. - James foi o penúltimo a levantar a taça, e sorriu para Carly, que estava encima da mesa.

Todos olharam para Carly.

Um brinde a vida!– Carly gritou e todos bateram suas taças, sorrindo entre si.

Fim!

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Fim?


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Notas finais do capítulo

Até uma próxima fanfic...

Beijos,

Emma / Larissa Stefanny