Dile: A prometida escrita por Anilábelle


Capítulo 1
Capítulo 1 - Querubim


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal.
—Essa historia é original minha.
—Comentários são de extrema importância, para me informar se estão se agradando com história, o que devo melhorar e me incetiva a melhorar.

Observação: Esta é uma obra de ficção,qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência

Obrigada e Boa leitura.♥



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Capítulo 1 - Querubim

Boa leitura

Obs: Alguns trechos da historia estão em latim e em italiano

Obrigada e boa leitura.

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''Enquanto não tiveres conhecido o inferno, o paraíso não será bastante bom para ti.''

Provérbio curdo

Capitulo 1- Querubim

Querido Diário.

Seres humanos passam suas vidas sempre esperando a morte, ultimamente estava pensando o quão à vida é incerta e o que as pessoas procuram nela.

A propósito isso era para ser um simples diário, como de qualquer garota adolescente preocupada com seu namorado ou algo do gênero.

Adolescentes em si me cansam, mesmo eu ser considerada uma não me encaixo nesse meio.

Tenho 19 anos, e minha vida mesmo que algumas pessoas possam não considerassem monótona porem ela é, nunca posso me encaixar em nada ou me apegar a ninguém porque eu estou sempre me mudando, morei em vários países, meus pai é um cientista renomado e esta a todo o momento viajando e vou com ele, afinal somos apenas nós dois, minhas mãe esta morta, mais isso não me afeta mais, meu pai me considera uma pessoa fria sem emoção, isso obviamente é mentira, por isso escrevo isso porque tenho sentimentos demais, apenas não os demonstro com facilidade é como uma mascara de proteção, conheço pessoa diferente a todo o momento e todas elas me encantam, com suas formas e belezas, mais isso não significa amor apenas como mágica ela te encanta mais não de coração.

Meu pai Joseph Vandort , sempre diz que faço comparações confusas e diz que sou confusa em si, eu concordo, nunca me apaixonei realmente, sou tão diferente dos jovens e ao mesmo tempo tão igual, á quanta contradição.

Minha aparência é totalmente comum, porém eu tenho acessos de raiva e me deixo influenciar pelo mundo me achando um monstro e tendo crises psicóticas, cabelos castanhos claros, olho castanho esverdeado, pele branca demais, me sinto uma ogra porque todos os amigos de meu pai falam (a clichê frase de ‘’elogio’’ para pais): nossa como você cresceu vai ficar maior que o pai, eu dou um leve sorriso mais odeio isso, queria ser baixinha e delicada, mais agora nem tenho mais tempo de me sentir feia ou lamentar a beleza que não tenho.

Hoje em dia estou morando em Veneza Itália, é um ótimo lugar e muito agradável, clima suave como as folhas de outono, comida de boa qualidade é com certeza uma cidade encantadora, estou nesse exato momento deitada em minha cama escrevendo isso.

Há poucos dias tudo mudou o meu jeito de pensar, minha solidão, meus sentimentos, conheci um rapaz, bonito até, pele bronzeada olhos claros azuis e cabelos loiro, ele me deu seu numero mais eu não vou ligar, porque me guardo para uma coisa que muitos falariam que não existem e me achariam totalmente maluca, homens venezianos são carregados de muita lábia e sensuais, confesso que nunca acharia que alguma pessoa tão bonita sentisse algum tipo de atração ou interesse em mim.

Eu sou apaixonada por um vampiro, muitos dizem que é idiotice e que foi apenas ilusão de uma criança e que ele não existe isso não é verdade, e que é só uma fase de adolescente que querem ‘’causar’’, eu sou completamente devota a ele, soube de sua existência quando tinha 5 anos numa noite quando estava na França em um campo, não me recordo a cidade, sai a noite em minha varanda, e lá estava ele, lindo como um anjo caído, olhos verdes puros porem ferozes, pele branca como mármore, e cabelos negros como se as trevas refletissem em suas madeixas, encantada e sem medo passei a mão em seu rosto sem vida e gélido como uma estatua, ele sorriu e mostrando seus dentes como agulhas brancas, eu toquei em seus cabelos ele pegou e minha mão e me disse:

‘’Entre as mulheres e seus encantos você é a escolhida, você provavelmente não se lembrará de mim, mais voltarei’’.

Desde então sonho com ele toda noite.

Estou sentada em um penhasco minha roupas sujas de sangue, estou com um vestido branco, cabelos até a cintura, e pés descalços, eu recito uma frase em forma de canção: ‘’ quis est abstracted nunquam sera locus , quisnam est electus mos nunquam exsisto insons insontis , quisnam est scelestus vel is spondeo nunquam is ero ingressus procul regnum of caeli.’’, e ele sempre está do outro lado do abismo me estendendo a mão e sorrindo com um terno branco e cabelos arrumados para trás.E com uma tentativa falha de alcança-lo eu caiu porém sorrindo.

Sempre termina assim desde meus 5 anos até hoje já não me importo mais, antes tinha medo achei que eram pesadelos, achei que tinha feito algo mal para merecer aquilo, hoje é o meu segredo e dele o nosso segredo,

Veneza, St. Mark's Square

18:34.

Querido Diário.

Oi é a Dile Vandort, nunca sei como começar, hoje vou a um baile, ele fica bem perto da onde eu moro temporariamente, vou sozinha não tenho ninguém para me acompanhar, meu pai estará essa noite trabalhando e não quero ficar sozinha, eu já não gosto de ficar com meu pai, um cara de 38 anos com cabelo grisalho castanho e magrelo, percebi que cientistas são muitos estranhos, digo a aparência física, mais isso não vem ao caso.

Sinto-me tão sozinha, mas essa noite vou tentar me divertir e comer, eu estudo em casa ao dia, estou de férias, meu pai não me deixa trabalhar diz que é perigoso e blá-blá-blá, minha cor favorita acho que é branco, odeio aquelas meninas que falam que gostam de rock e são patricinhas como exemplo: meninas que dizem gostar de rock mais se perguntarmos uma musica que elas gostam elas dizem:- Ah todas são boas não decoro nomes, o que me faz pensar em palavreados de baixo calão.

Tenho muitos ‘’amigos’’ virtuais, mais na real é muito difícil, nesse exato momento estou com uma saia vermelha mais o menos dois dedos acima do joelho, e uma blusa branca. Enrolei meus cabelos que são até a cintura e sai, minha casa é um sobrado típico veneziano antigo, Veneza parece que parou no tempo é tão linda, lembra-me castelos e algo encantador, pura magia.

Fui até o baile, o cheiro era de pizza, jasmim e suor, corpos dançavam e rodava, o chão era revestido com carpete vermelho, poucas mesas redondas no canto da sala com as toalhas típicas com a cor da bandeira da Itália estavam sujas de molho e cerveja, havia apenas um casal conversando, e a pista com musica doce e agitada, entrei e sentei em uma das mesas de canto e fiquei apreciando a dança que era tão bela e sedutora como Veneza em si.

Então uma mulher surgiu em meio da multidão com um lindo sorriso, mais o menos da minha idade com uma saia enorme e rodada vermelha com detalhes de renda preta e uma camisa branca justa, cabelos ruivos escuros e um olho azul glacial, pensei: nossa como eu queria ter esse olho, ela misteriosamente se aproximou de mim.

–Ciao bella ragazza!-Disse para mim com um sotaque perceptível, se aproximando e se sentando descaradamente na outra cadeira, notará agora mais de perto que seus cabelos grudarão no pescoço com um suor da dança, mesmo assim ela era linda demais.

–Oi. -Disse timidamente, afinal não entendi o que ela tinha dito.

–Esta acompanha?Você com certeza não é daqui, de onde tu és?- Ela disse com certa, malicia e petulância que não me agradou, mesmo assim seu sotaque Italiano era presente e forte.

–Não estou e tem razão sou daqui, nasci em Londres, você é daqui não é?-Tentei imitar e mesma petulância mais evidentemente não consegui.

–Meu nome Madeleine, e o seu bella ragazza?- Ela passou sua mão leve e sutil, sobre meus cabelos já suados pelo ambiente abafado, ela me encarava sorrindo,

–Dile...- Estava rubra com o toque, fico rubra muito fácil e minha pele sendo muito branca faz com que apareça ainda mais minha vermelhidão.

–Dile, Dile vamos ballare.Dile significa gosta de viver é inglês, da para perceber que é londrina - Ela me puxou pela mão e pegou em minha cintura me rodopiando sobre a pista, dançávamos como sutileza e leveza.

Já depois de muito tempo na pista, Madeleine me puxou bruscamente para um canto do almoxarifado, eu estranhei já estava cheia de sua petulância, mas ela jogou-me na parede minhas costas doíam, ardiam como luzes de neon, olhei para ela com os olhos arregalados e gemi baixinho de dor, eu tentei me afastar mais ela era mais forte do que imaginei e algo totalmente inesperado aconteceu, ela me beijou selvagemmente e ao mesmo tempo cheia de delicadeza, meus olhos estavam quase saindo das órbitas, quando meus lábios de desvencilharam dos delas, ela estavam com a mão por baixo de minha camisa, entrei em pânico e chutei-a, sai correndo pela multidão, minhas lagrimas rolaram pela minha face, nunca imaginei que meu primeiro beijo seria assim horrível.

Cheguei a minha casa correndo e abri a porta, já era tarde da madrugada meu pai estava na cozinha bebendo uma enorme xícara de café.

–Dile, querida, esta em casa?

–Sim, vou dormir.

–Adolescentes... -Eu chorava e estava em prantos escovei meus dentes até minha gengiva sangrar, meu pai ficou confuso obviamente mais a sua fala ‘’adolescentes’’ com certeza era desdenhosa como um ‘’xingamento’’ , mais pouco me importei, fui dormir abraçada com minha vaquinha de pelúcia chamada meu mú, que era inseparável no meu sono, mais isso com certeza ninguém nunca saberá.

Veneza, St. Mark's Square

24:57

Querido Diário.

Ontem me senti totalmente violentada tanto moralmente quanto fisicamente, acordei com as roupas toda amassada e miserável, com uma marca enorme de caderno em meu rosto, mais essa noite foi excepcionalmente fantástica pelo menos em um sentido tive um sonho novo, diferente.

Estou no meio da rua em frente a uma ponte e o rio passa incessante em baixo da mesma, sinto o vento gelado da madrugada tocar meus cabelos, a cidade esta vazia, todos dormem, e eu danço e rodoem meio da ponte minha respiração acelerada e lua sobre mim, e sibilando essas palavrasExaudi nocte daemones clamatis nomine meo, me Aron appellant, duas horas psallant ei: et ego. Então um homem moreno de cabelos negros andava para perto de mim e sussurra com uma voz embriagadora em meu lóbulo era como um feitiço, ele me encanta desde a primeira vez que o vi ele me encantou, o mesmo homem que via, me chamava e disse duas noites à terceira venha aqui.

Então acordei, eu sempre escrevo no meu caderno as palavras dele e o que eu canto no sonho já pesquisei é latim só que é sem sentido algum mais não me importo, eu sei que isso é um sinal real irei velo é como uma profecia, daqui duas noites como ele disse.

Meu rosto estava todo marcado em com bolsas nos olhos, minha roupa toda amassada e molhada de suor, meu cabelos grudando em meu pescoço, era 11 da manhã, fui tomar um banho fiquei uma hora de baixo daquele chuveiro, meu estomago começava a reclamar e ronca; troquei de roupa pus uma calça jeans e uma camisa branca de renda bem larga e com meu chinelo preto, meus cabelos estavam molhados e penteados, meu pai estava dormindo no sofá, com um monte de papel em cima dele, fui até a cozinha, o chão era de madeira cerejeira, a casa era linda, era uma típica casa italiana, a cozinha cheirava a limpeza e queijo, sentei-me à mesa e bebi um café gelado que meu pai havia feito na noite passada, adoro café forte e doce como meu pai faz, e comi alguma coisa que achei na geladeira vazia, um pão com um queijo derretido.

Após acabar minha refeição, lavei a louça e fui voltando ao meu quarto quando meu pai me chamou.

–Oi pai... Bom dia...-Meu medo corria dentro de minha cabeça como quando eu tinha 5 anos e quebrei sem querer o relógio que a minha mãe havia dado á ele e entrei em pânico, essa era a mesma sensação.

–Sim, bom dia Dile, querida vou ter que ficar 4 dias na cidade de Murano é bem perto é só 1 hora e 75 minutos daqui, pesquisar uma nova rocha que se encontrou lá, vou te ligar todos os dias posso contar com você?

–Ah claro pode sim.

–Aqui esta uma grande quantia em dinheiro pode ficar e fazer compras, obrigada querida. - me deu um beijo na testa e assim me retirei.

Eu sai da sala com o dinheiro, me despedi-me do meu pai e voltei ao meu quarto, comecei a desenhar o meu amado querubim, era muito dinheiro eu vou comprar um belo vestido para me encontrar com meu príncipe das trevas, tenho que pensar que ele ira me levar com ele então vou escrever uma carta para meu pai, excluir minha conta de todos os sites, e não deixar rastros virtuais.

‘’ Meu querido pai, vivemos tempos juntos eu sei minha vida toda você sempre estava lá me apoiando e sendo um ótimo pai... Espero que se lembre de quando eu tinha 14 anos e nenhum menino nunca tinha vindo falar comigo e tive uma longa crise, então você me disse: - Você é especial se nenhum menino veio falar com você até agora é que você é destinada para um e um dia vai vir uma pessoa muito especial como você,. Amado pai que sempre me apoio e me deixava feliz fazendo palhaçadas apenas para me sentir melhor, você foi o melhor, mais mesmo assim vou trair tudo agora, tudo o que tu me deste, e lhe peço que perdoe sua filha pecadora, como o senhor acredita em existências de alienígenas eu acredito em uma coisa... Isso dói meu coração de todas as formas porque eu queria ser normal mais como você mesmo disse sou especial sou prometida, mesmo o Senhor sempre tendo de trabalhar, e me deixando longos períodos sozinhos sempre foi um ótimo pai, e espero que o reencontre um dia e que ache esta minha carta, o caminho que sigo hoje é muito perigoso, arriscado e solitário. Não chore sei que a mamãe faleceu e eu vou indo, mas, por favor, não faça nada de imprudente. Essa carta que lhe faço tem muito poucas palavras mais são as mais sinceras.

Eu te amo eternamente’’

3 dias depois, Á tarde.

As palavras da carta de meu pai saíram como o fluxo da água como se entaladas há muito tempo e chorassem de mim, o rastro virtual sedado, sempre me imagino escrevendo uma carta para ele e o dia em que eu iria conhecer meu amado, porém confesso que tenho certo receio, de nada dar certo, ou de mexer com algo que não posso ter o controle mais tarde.

Fico imaginando como vai ser, porém isso me afligiu, não sei costumo a ser ansiosa, mais o meu amor por esse ser é algo incontrolável é o ar que respiro, sou depende é como uma droga que eu não consigo me curar.

Fui a vários psicólogos, porém eles sempre diziam isso é coisa da sua imaginação algo inexistente ou diz que procuro algo para me apegar por causa da solidão e da perda de minha mãe, talvez em parte seja verdade mais não totalmente, isso me machuca tanto, minha mãe me deixou um baú e um colar é um anel pendurado, tem hora que quero apenas chorar, no colar esta gravada dentro: Usque in infernum, nisi animus sericis te Angelic, dentro e no baú á um vestido lindo e fotos dela com um homem que é meu pai porem não tem nenhuma semelhança entre eles...

O vestido da minha mãe...

Não preciso comprar outro. Não á vestido melhor, branco de renda, comprido atrás como o de uma noiva e com uma faixa vermelha pela cintura, meu sapato de salto preto que nunca usei, bom agora é a hora.

Há muito tempo tinha comprado uma lingerie, desde meus 14 anos esperando um momento que á usaria.

Tomei um longo banho, escovei os dentes, passei um batom vermelho que realçava meus lábios bem desenhados e com uma pinta natural, um rímel preto e um lápis da mesma cor, enrolei meus cabelos deixando-os cacheados assim dando volume, a sensação que eu tinha era de morte, felicidade extrema, medo, nervoso, um sensação inexplicável, queria gritar, e foi o que fiz gritei dei risada, então posicionei a carta, peguei todo o dinheiro que meu pai havia me dado, já era 1:39 da manhã, ele pedirá que eu estivesse lá as duas, era perto a praça.

Quando sai tudo estava deserto ninguém na rua, mesmo sendo uma noite quente, meu coração tamborilava meu estomago tinha borboletas voando, cada vez mais próxima e acompanhando o horário 1:57, então cheguei 1:59 em ponto olhei para o rio que só agora podia ver, não reparei em meu caminho apenas como se eu fosse automaticamente para a praça, minha respiração acelerada.

Medo de tudo isso, estou com medo, medo dele, mas mais medo dele não vir, medo de algum estuprador, mais eu estava lá com o coração entregue, o ponteiro do relógio bateu forte e nesse momento soube são às duas horas, então...

Veneza, St. Mark's Square

2:00

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Notas finais do capítulo

...Continua



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