Impossible escrita por Tamy Black


Capítulo 2
CAPÍTULO I;




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CAPÍTULO I:

MOTIVO PARA VIVER

 

Bella POV.

 

Já tinha se passado um mês, um mês depois de tudo. Daquele beijo desesperado, daquela confusão... E já se fazia um mês que ele havia ido embora. Soube por Alice – irmã gêmea dele e minha melhor amiga – que Edward fora convocado para o grupo de honra de Harvard, então ele teve que ir desesperadamente rápido. Fora uma válvula de escape para ele e para mim, já que eu não o veria mais.

 

Eu estava em meu quarto, jogada em minha cama, tinha acabado de acordar – como se eu tivesse dormido alguma coisa nesse último mês – e me assustei com a presença de um ser minúsculo e me encarando com seus olhos cor de esmeralda, o mesmo tom de esmeralda dos dele.

 

- O que faz aqui? – indaguei.

- Eu que te pergunto, Bella. – disse, ríspida – Amiga, já tem UM MÊS. – esbravejou.

- Eu sei, Alice. – sentei-me na cama – Ainda não desaprendi a contar. – bufei.

- Bella, você tem que parar com isso! – disse, fria – Foi vocês dois que decidiram isso, então arquem com as conseqüências!

- Alice, não estou me sentindo bem há semanas, quer parar com o sermão a lá Renée Swan, pelo amor de Deus? – pedi, desesperada.

- Eu sei que está péssima, Bella. – disse docemente – Ele também está, mas... Eu estou vendo que você está ficando doente, não gosto de te ver assim! – ela disse, chorosa.

- Desculpe, Allie. – murmurei – Não quero que você se preocupe.

- Não tem como não me preocupar, Bella. – minha amiga disse, triste – Você está adoecendo, não percebe isso? – indagou-me – Você mais magra, não come direito, mal dorme...

 

Eu estava segurando as lágrimas para não chorar, mas já era impossível segurá-las. Alice me abraçara, também chorando. Ficamos por vários minutos abraçadas e debulhadas as lágrimas. Eu já estava passando dos limites, Edward estava seguindo sua vida, então eu teria que seguir também, nosso namoro foi uma coisa de colégio e independente do que acontecera, eu ainda tinha que viver. Afastei-me de Alice e me levantei, ela se assustou a me ver de pé. Encarava-me confusa, mas não disse nada.

 

- Está na hora de voltar a viver, certo? – sorri forçadamente para ela.

- Mais do que na hora. – concordou, sorrindo.

- Eu vou tomar um banho e vamos comer algo. – eu disse.

- Claro! – disse a minha amiga nanica, sorridente.

 

Eu estava me sentindo mal, enjoada para dizer a verdade e quando levantei, senti uma vertigem, pensei que ia cair, mas logo passou.

 

Adentrei ao meu banheiro e comecei a tirar as roupas, abaixei minha cabeça para pegar a roupa do chão e quando voltei à superfície, lá vinha à tontura novamente. Respirei fundo e entrei no chuveiro, a água quente sob o meu corpo me fez relaxar, talvez melhorasse esse mal estar.

 

Demorei mais que o normal no banho, depois que desliguei o chuveiro e comecei a me secar, pensei que o mal estar tivesse passado, mas ele fez foi piorar. Voltei para o meu quarto e encontrei a Alice entrando no mesmo com uma bandeja de café da manhã.

 

- O que você tem, Bella? – me olhava assustada – Você está mais branca que o normal e sem cor nos lábios... – disse.

- Não sei, estou me sentindo enjoada. – eu disse e comecei a me vestir.

- Será que está doente? – indagou-me.

- Pode ser. – suspirei.

- Bom, eu fui lá embaixo e sua mãe preparou essa bandeja pra eu trazer a você. – sorriu e começou a tagarelar.

 

Depois de vestida, comecei a comer que nem uma desesperada o que Alice trouxera pra mim. Eu estava esfomeada e comigo tudo que continha na bandeja. Estava satisfeita e Alice fora deixar a bandeja lá embaixo, disse que já subiria para nós duas começarmos a planejar sobre a faculdade. Alice também iria para Yale comigo, eu iria fazer jornalismo e ela iria fazer moda.

 

(...)

 

Nós estávamos em Port Angeles, Alice insistira em comprar algumas coisas para o nosso apartamento, mas eu disse a ela para comprarmos lá em Connecticut, mas quando foi que aquela anã de jardim me escutou? Eu estava me sentindo mal, enjoada demais. Alice reclamou de fome e nós duas entramos na minha lanchonete preferida, mas foi só eu senti o cheiro do hambúrguer que meu estômago embrulhou. Corri para o banheiro e despejei todo o café da manhã no sanitário.

 

- Bella, você está assim há dias... – Alice falou assim que eu saí do banheiro.

- Alice, pelo amor de Deus, vamos sair daqui antes que eu vomite novamente! – implorei, meu estômago já embrulhando novamente.

 

Eu a puxei pelo braço e saímos da lanchonete, pude respirar o ar puro e gelado de Port Angeles, sem aquele cheiro de fritura enjoativo. Alice me avaliava minuciosamente.

 

- O que você dizia, Alice? – a indaguei.

- Bella, você está estranha. – ela disse séria – Não querendo me intrometer, mas já me intrometendo... – ela suspirou – Você já pensou na possibilidade de estar grávida?

 

Eu não tinha pensado nisso. Todos os sintomas levavam pra isso. Eu estava tão absorta na minha dor, no meu sofrimento, que não levei em consideração que a minha menstruação estava atrasada há quase uma semana; e ela nunca atrasou um dia se quer em toda a minha vida. Era bem possível que eu estivesse esperando um filho... Um filho. Oh Deus!

 

(...)

 

Eu perdi a consciência, sabia disso, mas quando dei por mim. Abri os olhos devagar e fui tentando me adaptar com a intensa claridade. Não estava em meu quarto.

 

- Ela está acordando. – reconheci a voz de minha mãe.

- Mã-mãe? – murmurei, rouca.

- Oi amor. – ela estava bem próxima de mim.

- Onde estou? – perguntei.

- Está no hospital, querida. – ela disse sorrindo – Você desmaiou na rua e a Alice com a ajuda de algumas pessoas conseguiu te colocar no carro e te trouxe pra cá. – ela acariciou meus cabelos.

- E o que eu tenho? – a indaguei.

- Bom... – ela suspirou – Você está grávida de quatro semanas, Bella. – e me olhou seriamente e eu arregalei os olhos – Por que você não nos disse, amor?

- Eu não sabia. – disse, sincera – Eu estava tão... Tão absorta comigo mesma que não me preocupei com mais nada, mãe.

- Oh meu bebê. – ela fungou – Você vai ser mamãe e vai me dar um neto!

 

Então era verdade, eu estava grávida. Minha mãe me abraçou de leve ainda fungando, sinceramente, eu não entendi essa reação dela, eu só tinha dezoito anos e mal tinha me formado no ensino médio. Meu Deus que futuro darei para o meu filho?

 

- Quando eu posso sair do hospital mãe? – perguntei, desnorteada, eu não estava conseguindo pensar em nada.

- Não sei, temos que falar com o Carlisle... – estaquei, Carlisle era o pai de Edward.

- Não mãe! – gritei – Ele sabe que eu estou grávida? – perguntei hesitante.

- Mas é claro que sabe, todos sabemos. – ela disse, revirando os olhos – Menos o Edward, é claro, Esme ainda não conseguiu contatá-lo. – ela disse sorridente.

- Mãe. – a chamei seriamente – Edward não pode saber que eu estou grávida. – disse a encarando.

- Como não Bella? – ela me olhou confusa – Ele obviamente que é o pai desse bebê, não é?

- Não. – disse firme.

- COMO É QUE É ISABELLA SWAN? – minha mãe berrou.

- Isso que você escutou mãe, esse filho não é do Edward. – fiz uma força maior do mundo para encará-la nos olhos.

- O que está havendo aqui? – de repente meu pai e os Cullen adentraram ao meu quarto e quem fez a pergunta mágica, fora meu pai.

- Esse filho que a Bella está esperando, não é do Edward. – minha mãe disse com repulsa.

- O que? – eles disseram em uníssono.

- Será que vocês podem me deixar sozinha, por favor? – implorei, já sentindo as lágrimas caírem por meus olhos.

- Deixem-na quieta, vamos. – era Alice, santa Alice.

 

Meus pais e os pais de Edward saíram do meu quarto meio que relutantes, Alice ficara e se aproximara de minha cama, ela me olhava confusa.

 

- Pode me dizer por que não quer contar ao meu irmão e a todos sobre o meu sobrinho? – perguntou docemente.

 

Era óbvio que ela não acreditara naquilo. Ela sabia que a única pessoa na vida que eu amo é o irmão dela.

 

- Alice, se ponha no meu lugar por um instante... – choraminguei – Eu acabei de terminar com o único cara que amei em toda a minha vida, apesar de que o meu amor por ele não tenha servido para nada, só para fazer com que eu sofra; e agora eu acabo de descobrir que estou grávida? – minha voz praticamente sumiu – Não que eu vá tirar essa criança, porque ela é a única que não tem culpa de nada. – disse antes que ela pensasse besteira – E sem contar que mesmo ainda não racionando direito... – sorri um pouco – Eu já a quero.

- Mas isso não explica, Bella... – ela disse.

- Alice, eu não vou deixar o Edward desistir do sonho dele pra vir cuidar do filho. Assim como eu não vou desistir do meu por isso. – disse séria – Nós vamos para Yale, estudar... – parei, eu não tinha perguntado se ela me ajudaria – Mas só se você me ajudar, é claro.

- Claro que eu vou te ajudar, claro que cuidarei do meu sobrinho com você! – ela disse sorridente.

- Obrigada, Alice. – disse sincera – Eu sei que depois dessa afirmação, meus pais me odiarão e provavelmente os seus também.

- Eu acredito que não por muito tempo. – ela disse doce.

 

(...)

 

Quando menos se espera, o tempo passa. Meus pais não estavam falando comigo, mas disseram que eu podia fazer o que quisesse. Eles não iriam pagar a minha universidade, pois havia conseguido uma bolsa de estudos. Então só estavam custeando a minha ida para Connecticut, minha mãe me perdoou logo, mas meu pai iria demorar um pouco mais.

 

Eu saí do hospital dois dias depois daquele e descobri que estava grávida de quatro semanas. Passei a me consultar antes ir para fora de Forks com a minha médica de costume, mas ela disse que eu teria que procurar outra assim que chegasse a New Haven*.

 

Alice e eu saímos de Forks quando faltava apenas duas semanas para o início das aulas. Eu já estava com dois meses, os enjôos constantes, assim como os vômitos. Minha vida estava estranha, sinceramente, eu só pensava em uma coisa ultimamente: no meu filho, no meu bebê, era o motivo que eu tinha pra viver agora.

 

(...)

 

Hoje era o dia, o dia de saber o sexo do meu bebê. Eu já estava com seis meses, graças aos céus os enjôos passaram, só sinto muitas dores nas costas. New Haven era um lugar bem legal de morar. Alice estava indo de vento em poupa em seu curso de moda e eu também estava indo bem no meu curso de jornalismo.

 

Saí da universidade e passei no apartamento, tomei um banho relaxante, aproveitei para lavar os cabelos. Saí do Box e ouvi o telefone tocar insistentemente, somente me enrolei na toalha e fui atender.

 

- Alô? – disse ofegante, pois vim rapidamente.

 

Ouvi a pessoa do outro lado da linha ofegar, mas esta não disse nada.

 

- Alô? – repeti a saudação, mas ninguém me respondeu.

 

Depois disso apenas escutei aquele barulhinho indicando que a pessoa tinha desligado o telefone. Ótimo. Fui para o meu quarto e me vesti, coloquei uma roupa legal, depois iria comprar as coisinhas do bebê. Alice queria ir, mas como tinha conseguido um estágio logo no primeiro semestre de faculdade, enquanto eu estava tentando lutar por um, mas estava difícil, ainda mais com esse barrigão.

 

O consultório da minha médica não era muito longe de casas, peguei um ônibus e logo estava lá. Eu era a próxima, estava nervosa demais. A Doutora Johnson me chamara e eu fui, conversamos por alguns minutos e depois fui trocar de roupa. Ela não conseguiu ver o sexo do bebê no mês passado, pois o mesmo não deixou, espero que hoje nós tenhamos sucesso.

 

- Será que hoje veremos? – ela me perguntou, enquanto passava o gel pela minha barriga.

- Eu espero doutora. – disse nervosa.

- Então vamos lá... – ela começou a passar o aparelho sob o gel – Hm...

 

O nosso bebê está bem, Bella, ouça seu coraçãozinho. – e depois o som do meu pequeno anjinho ecoou por toda a sala, meus olhos encheram de lágrimas – O que temos aqui... – ela começou a fazer mistério e eu a encarei – Hm... Bella, você será mãe de um rapazinho! Um meninão para cuidar da mamãe! – ela dizia contente e eu não agüentei, comecei a chorar.

 

(...)


Eu havia me decidido, Alice além de tia iria ser a madrinha do meu bebê. Ela estava organizando o quarto dele, eu tinha medo, porque Alice Cullen era meio descontrolada em certas coisas. Eu havia decidido o padrinho também, Emmett McCarty, era um carinha super engraçado e grande amigo que encontrei no meu curso, ele tinha uma noiva, Rosalie Hale, que era super gente fina também, ela fazia Engenharia Mecânica. Eles eram a minha família aqui, já que meus pais mal falavam comigo, só a minha mãe e mal...

 

Eu já estava no oitavo mês de gestação e o medo do parto crescia a cada momento. Cheguei mortinha da faculdade, tinha ido pegar as notas do semestre, o Emmett também estava lá, ele foi comigo, depois de lá fomos para o meu apartamento e da Alice. Rosalie estava com a pequena sentada no sofá, ambas conversavam animadamente, pois Alice estava namorando o irmão da Rosalie.

 

- Oi pessoas. – cumprimentei.

- Oi Bella. – elas responderam em uníssono.

- Bella, venha aqui! – disse Alice – Temos uma enorme surpresa pra você!

- O que é? – a indaguei.

- Venha! – ela disse e se levantou com um salto do sofá.

 

Rosalie também se levantou e Emmett nos acompanhou também.

 

Andamos pelo nosso pequeno corredor e paramos na porta que era o escritório da Alice, nela tinha uma plaquinha escrita: NATHANIEL. Sim, esse foi o nome escolhido do meu bebê. Encarei a minha baixinha e a mesma me encorajou a abrir a porta, quando a fiz, estaquei. Era o quarto do meu príncipe, todo pronto.

 

Ofeguei ao ver tudo ali montadinho, só a espera dele. Olhei para Alice, podia apostar que meus olhos estavam cheios de lágrimas. Sem pensar em mais nada, corri para a pequena madrinha e tia do Nate e a abracei com força, apesar da minha imensa barriga tentar impedir.

 

- Obrigada, Alice. – disse abraçada – Você será a melhor tia e madrinha do mundo! – e ela deu uma risada.

 

(...)

 

Já estava tudo pronto, eu estava nervosa demais, mas a dor que eu sentia fazia dissipar qualquer sentimento.

 

- Vamos lá querida, quando vier à próxima contração você faz o máximo de força que puder. – dizia a Dra. Johnson.

- Eu... Não... Consigo. – eu dizia aos tropeços.

- Consegue sim, Bella. – ela me dizia séria – Você agüentou a gestação toda sozinha, consegue trazer o Nathaniel ao mundo, querida... Ou não quer ver a cara deste pequeno príncipe?

- Quero... Mas... Eu, não... Tenho mais... Forças... – eu ofegava.

 

E lá vinha mais uma contração, a dor era horrível. Eu gritei desesperadamente, mas também fiz muita força. Depois ouvi um choro de criança em seguida, era ele... O meu bebê. Pude acalmar a minha respiração agora.

 

- Seu menino está bem, Bella. – disse a doutora – Já vamos lhe entregar.

 

Eu apenas assenti e fiquei a esperar, em alguns minutos, uma das enfermeiras trouxe o meu pequeno Cullen embrulhado na manta azul, ainda cheio de sangue e chorando bastante. Ela o colocou em meu colo e no mesmo instante, ele parou de chorar. Peguei suas mãozinhas, tão pequenas e gordinhas. Não tinha descrição para esse momento, minhas lágrimas de felicidade escorriam por meu rosto, mas eu não estava nem ligando.

 

Assim que Nate sentira o meu toque, ele abriu os olhos. E foi aí que eu vi o grande erro que eu estava cometendo. Nathaniel tinha o mesmo tom de verde que o Edward, ele podia ser branquinho e ter muito cabelo, como eu, mas os olhos não negavam... Como eu iria esconder isso?

Mas agora não era momento de pensar em nada. Agora era o momento de pensar no meu bebê, na minha pequena vida.

 

-x-

New Haven*: cidade onde fica situada a universidade de Yale.

-x-

 

N/A: Meus amores lindos e maravilhosos, finalmente o primeiro capítulo da short-fic né? *se empolga* Mas só demorou mais porque vocês demoraram a comentar, falei. Então, eu já me decidi, a fic vai ter final feliz. *rebola* E esse capítulo foi corrido com o tempo. Vocês vão amar o Nate, ele é tão fofo. *aperta* Espero que tenham gostado desse capítulo, teremos POV do Edward no próximo capítulo,ok?

Beijos,

Tamy Black.


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