Não Posso Brincar na Neve, Anna escrita por Catelyn Everdeen Haddock


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!Faz um ano que Frozen chegou às telas dos cinemas. Por isso fiz questão de publicar uma história aqui.Bjos da Cat ❤



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Só de pensar no que aconteceu a nós duas, eu machuquei a Anna, sem querer, enquanto ela ia pular na neve. Na hora em que eu simplesmente toquei em seu cabelo ruivo, uma mecha branca apareceu do nada. Eu me senti culpada por isso. Mas, por pura sorte, os trolls aconselharam os meus pais a nos isolarem no castelo, para que não haja nenhum acidente com os súditos. Me bastou a ficar no meu quarto, para que eu controlasse os meus poderes. Antes disso, o meu pai me forneceu um par de luvas para eu aprender a controlar os meus poderes.

Mas nada adiantou. À medida que toco em um determinado objeto, os poderes se manifestam, congelando tudo o que toco. Me senti uma doença contagiosa. Eu contagio gelo.

Um belo dia, Anna aparece na minha porta, entoando uma canção, enquanto bate:

(toc toc)

– Elsa? - Anna me chama, enquanto bate. Ela canta:

Você quer brincar na neve?

Um boneco quer fazer?

Você podia me ouvir e a porta abrir,

Eu só quero te ver...

Só de ouvir, me dá pena. Anna e eu continuamos sendo amigas, mas não posso mais vê-la, enquanto eu protegê-la dos meus poderes e da minha angústia.

Nós éramos amigas, de coração

Mas isso acabou também...

Você quer brincar na neve?

Não tem que ser com um boneco...

Ouvir a Anna cantar do outro lado da porta, me dá pena. Só me resta responder a três palavras, para que essa angústia sair de mim:

– Vai embora, Anna!

Por fim, ela acabou respondendo, com uma pontada de desilusão em sua voz:

– Tudo bem.

Eu também queria brincar na neve, fazer um boneco de neve, o Olaf, que ela tanto gostava. Mas, infelizmente não dá. Caminho até a janela e olho para fora, quando toco o parapeito. Os meus poderes fogem ao meu controle. Tento pensar na próxima vez em que posso ver a minha irmãzinha. Pobre Anna.

+ + +

Passados quatro anos, ainda continuo isolada no meu quarto. Anna ainda bate à minha porta. E ainda sinto que os meus poderes estão aumentando, a cada dia que passa.

Você quer brincar na neve?

De alguma coisa que eu não sei?

Faz tempo que eu não vejo mais ninguém

Até com os quadros da parede já falei...

Firme aí, Joana!

É meio solitário, tão vazio assim

Só vendo o relógio andar...

Tic tac, tic tac...

Pelo visto, Anna ainda está feliz, mas não contente, por vivermos sem sair do castelo. E eu continuo triste, ainda mais angustiada, quando os meus pais entram no meu quarto e se deparam com a parede toda congelada. Eu fiquei nervosa, sem fazer nada, a não ser sentir o peito palpitar. O meu pai disse que ficar nervosa não resolvia nada. Mas mesmo estando calma, não adiantava. A cada dia eu ficava com medo, até de ver a Anna. Ela não parava de me chamar para brincar na neve.

Anos mais tarde, os meus pais tiveram de viajar a navio para um compromisso real. Anna não mais me chamava, mas ficava na minha porta a toda hora. Fazia muito tempo que não a vejo. Tenho 18 anos e ainda não consegui controlar os meus poderes. Mas ainda temo pelo meu destino. Pelo dia da minha coroação. Eu, como rainha de Arendelle, terei que administrar o reino, estabilizar laços comerciais e diplomacias. Mas enquanto os meus poderes estiverem fora de controle, não vou levar jeito.

Depois de um tempo, fui atingida por uma triste notícia, quando o mensageiro real confirmou o naufrágio do navio em que os meus pais estavam e a morte deles. Fui atingida pela faca do destino. Encravada bem no fundo do meu peito. Chorei o dia todo. O que será de mim, quando chegar a hora? Arendelle inteira ficará em apuros por minha causa. E ainda ouço a voz da Anna na minha porta de novo. Ela também sabia da morte dos meus pais e está desolada.

– Elsa? - Anna bate à porta, pela última vez.

Por favor, me escuta

Todos perguntam sem parar...

Lemos encorajam para te dizer,

Mas espero por você,

Me deixa entrar?

Bem que eu queria, Anna. Ah, como eu queria.

Só temos uma à outra

O que vamos fazer?

Temos que decidir...

Você quer brincar na neve?

Ouço a Anna chorar do outro lado. Eu também choro. Me pergunto, onde os meus pais estão agora? Onde eu estou? Onde todos estão? Os meus poderes, a Anna, as pessoas, o meu destino...

Me bastou a olhar para a frente e rezar para que tudo dê certo. Eles não podem vir; não podem ver...

Sempre uma boa menina, eu deveria ser.


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