Friendzone escrita por Blue, Mary


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo e não há muito o que dizer, né? Só que torcemos muito para que gostem!!



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É perturbador como o tempo é o agente mais perigoso da nossa existência, o carcerário mais diabólico e malvado que consegue arruinar e dificultar tudo a nossa volta. Por exemplo, um mês atrás eu não esperava ter minha vida arruinada por um britânico almofadinha. Um ano atrás eu não esperava estar prestes a perder minha sócia, e há alguns anos que minha mente perturbada não consegue se lembrar, eu não esperava perder minha noiva porque ela se revelou uma piranha sem coração.

Mas o pior de tudo é que ne no momento mais louco da minha vida, eu não esperava estar apaixonado pela minha melhor amiga.

 

Olho ao redor do bar e parece que está tudo triplicado. Talvez já tenha bebido demais. Meus olhos se desviam para as pernas da garota ao meu lado e ela ainda se parece com ela mesma. Acho que é melhor beber um pouco mais. Estico o braço sobre o balcão e peço outra dose para o barman.

— Acho que já chega, amigo. Você devia ir para casa. – Ele se aproxima secando um copo com o pano que estava pendurado no ombro. – Amanhã ainda é quarta-feira.

— N-não... Foda-se... ic! -Merda, o soluço começou. — ...o amanhã, cara.

O Cara revira os olhos, mas pega outra dose, enche um copo e o coloca no balcão, quase debaixo do meu nariz. A garota que está comigo se debruça sobre mim e beija meu pescoço, mas é tão molhado que parece uma lambida. E o que quer que eu esteja bebendo nesse copo tem um gosto embolado para o meu paladar.

— Você... ic! — Já se... ic!... Apaixonou por alguém? — Começo a me arrepender por ter comido tantos amendoins. Está me dando enjoo.

— Posso me apaixonar por você, se quiser. — Agora ela lambe minha orelha.

— Por acaso... Ic! O seu nome é... Li... Lily?

— Eu posso ser qualquer uma que você quiser que eu seja.

— Você é meio... Ic!... Submissa... — Submissão. Ao contrário de Lily, que é bem mandona. Os amendoins me fizeram um mal danado, parece que agora todos eles querem voltar — Quer... Ir até... Comig...

Os espasmos sacodem todo o meu corpo e quase não consigo me equilibrar sobre o banco enquanto vomito tudo. E em cima da Submissa. Droga.

— Seu idiota! Essas botas eram novas!

Sinto meu rosto arder e demoro para perceber que é por que ela me bateu. Lily pode até ser mandona, mas não me bateria por causa de vômito. Ela já me viu vomitar bastante. Que nojento.

Me apaixonar pela minha melhor amiga não estava no meu plano de dez anos, com certeza não. Mas não pude controlar isso, não é como um interruptor que você aperta e puft, adeus sentimentos. Não sei, eu não entendo nada mesmo. Ela sempre soube o que e quem eu era, entendia meu sentimento sobre o mundo e não me julgava.

— Seu problemático! Ninguém pode se apaixonar por um problemático! —Ela cospe em mim enquanto grita e suas palavras foram piores do que o tapa.

Ela sai andando e rebolando de um jeito estranho e eu apenas continuo meio babado de vômito encarando aquilo.

— Ei, cara! Que nojo! Você vomitou no chão todo! — O Cara bate em mim com o pano. — Vai, saia daí! Vou levar você até seu prédio. Bill, cuida aqui, vou levar o Tyler para casa.

— De novo? Esse sujeito precisa de ajuda!

Eu? Precisando de ajuda? Não. Não preciso de ajuda nenhuma, só preciso de uma garota. A garota.

O Cara me arrasta para fora do bar e atravessamos a rua correndo. Meu prédio é bem em frente ao Pub Bar, o que ajuda muito quando quero ficar bêbado. O que, agora, é praticamente todo dia.

— Certo Tyler, você vai subir e tirar essa roupa nojenta cheia de vômito, então vai tomar um banho e dormir, ok? — O Cara me olha nos olhos e fala de um jeito que me lembra minha professora do primário, a Senhorita Jones. Tenho certeza de que Lily se lembra dela, aquela vaca me odiava — Vá logo!

Caio para dentro do elevador e um cara, vestido inteiramente de vermelho, me pergunta para qual andar eu vou, o que é engraçado, já que moro aqui há cinco anos e esse idiota do Dimitri finge que não me conhece todos os benditos dias.

— Cobertura... ic!.. Sempre a cobertura.

Demoram quase oito minutos para atravessar todos os dezenove andares e quando, enfim, o maldito Dimitri diz que chegamos apenas me arrasto para fora. Meu apartamento não tem porta, o número dele é vinte, ou seja, a porta de elevador é a minha porta da frente. Não posso nem pôr uma planta ou um capacho para limpar os pés, que saco.

Arrasto-me de um jeito tosco pela casa até o meu quarto e arranco a roupa, mas nem lembro por que... Ah é, o vômito. Eca. Corro para o banheiro e tomo uma chuveirada rápida, coloco uma cueca e me deito por cima dos cobertores.

Eu poderia ter trago uma garota para casa hoje.

Mas não quero a Submissa. Eu quero a Lily.

Ela ficou meses longe de mim, estava na Inglaterra. Passei todo o tempo tão bravo com o que ela me disse que nem percebi a diferença que fazia na minha vida. Até semana passada, quando ela disse que iria se casar.

Por que ela tem que se casar com outro? Será que não entende o quanto somos bons juntos? O quanto me modifica e me ajuda?

Nada disso interessa já que agora ela é de outro.

E eu não tenho muito tempo para fazê-la ser minha. E nem sei por onde começar.




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Notas finais do capítulo

Prólogo rápido mesmo, mas entenderão tudo direitinho nos próximos capítulos, claro. Deixem reviews se gostaram e dizendo o que esperam da história, ok? Bêjos, e até a próxima!



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