Amigos, ou inimigos ?? escrita por FlorDeLiz


Capítulo 31
24 de Dezembro de 2014




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24 de dezembro de 2014 (quarta-feira/véspera de natal)

– porra _ Tomás praguejou ao se enrolar no pisca-pisca que estava enfeitando o corredor _ odeio essa decoração chata de natal, essa merda ta na casa inteira.

– só podia ser tu mesmo né Tom, pra se enrolar numa porra dessas, nem a Lola caralho _ Érika não perdeu a oportunidade de chatear o irmão.

– vocês tem uma boca limpa né? _ Diego fez uma pergunta retorica.

– caralho Diego _ falou ao ouvir um barulho _ cala a boca se não a gente não vai dá o fora daqui _ Érika concordou. De acordo com o relógio no pulso da garota já era uma e vinte da manhã, eles precisavam ir rápido se quisessem chegar na festa no centro da cidade, era uma rave, todo ano uma colega de Tomás fazia essas festas, era sempre no natal e no ano novo.

Entrando no carro de Tomas (N.A. ele já tem 18, por que faz niver uma semana depois do Dih) Diego foi no banco do passageiro na frente, ao lado do primo que estava no volante, deixando o banco de trás a disposição de Érika.

– ainda bem que a Nétte faz essas festas foda _ Tomás falou.

– Nette? _ Diego estranhou o nome.

– Antoinette Russeau, filha de Nicolas Russeau irmã do Clement... _ Érika falava.

– tá, já entendi, não precisa dizer a arvore genealógica inteira.

– falar nisso, oxigenada você vai ser a motorista da vez entendeu?

– não Tom, não faz isso comigo.

– por ter trocado minhas aspirinas no aniversário do Diego.

– coloca o Dih, ele também fez.

– mas quem teve a ideia foi você _ ela desistiu, se acomodando com raiva no banco de couro do carro do garoto. Brigava com sigo no seu sub consciente “merda de ideia que você teve Ka” ela dizia a si mesmo.

Chegando lá eles demoraram mais 20 minutos para estacionar o carro, o deixando longe já que as ruas mais próximas estavam todas cheias. Entraram no hotel onde a recepção, que não havia mais nada do que um bando de adolescentes, servia de salão de festas, apesar de sim, ter um salão de festas e o número de pessoas que estava lá não dá um terço do que tem na festa no total. Colocando as máscaras os três se dirigiram juntos para penetrar na multidão vibrante. Mesmo sem sentido a patricinha tinha feito algo sem noção, uma rave de máscaras.

– LUANA GOSTOSA _ Tomás gritou para uma garota de cabelo pintado em degrade de rosa e lilás. Fazendo Diego deduzir que era por esse motivo que a tinha reconhecido de máscara.

– Tomi, meu tarado e seu acompanhante totalmente comível _ ela falou olhando para Diego. O mesmo olhou para garota também a achando totalmente “comível”, dando uma piscada para garota ele se aproximou para falar no ouvido dela. Já que a música não os deixavam se comunicar direito.

– idem, linda _ ele cochichou e viu a garota se arrepiar, o fazendo dá um sorriso safado.

– tá afim de dançar? Não se importaria se nos fossemos depois para um lugar mais reservado? _ ela falou colocando as mãos ao redor do pescoço dele, e ele simplesmente balançou a cabeça a fazendo intender que sim. Tomás o observou indo embora e logo fez um comentário.

– eu espero que ele use camisinha, ouvi falar que ela tem sífilis _ Érika riu.

– com certeza vai usar, sempre usa.

– como sabe disso?

– por que obviamente, se não, já teria aparecido uma garota apresentando o novo herdeiro da família a muito tempo.

– tem razão _ falou lembrando de que todas as festas que iam juntos, o seu primo recém chegado sempre dava um jeito de dar uma “escapadinha” digamos assim.

– eu já vou indo, vou ver se encontro alguma coisa por ai.

– seu cardápio é qual hoje?

– ainda to pensando, acho que vai ser homem mesmo _ela deu de ombros como se não ligasse para sua bissexualidade.

– ótimo, não mude de ideia, sobra mais mina pra mim _ falou quando a garota já se afastava _ vê se não bebe _ ele gritou e viu a irmã mexendo a boca, que por leitura labial constatou ser: eu sei, não vou. O fazendo suspirar calmo e pegando um copo vermelho que achou ter cerveja, mas ao dar o primeiro gole, percebeu ser algum suco de frutas com tequila, ou talvez, uísque, não sabia ao certo.

Naquele momento Diego estava se indagando onde estava, percebeu ser meio que um escritório, bem luxuoso aliás, já que ele estava se agarrando com a garota misteriosa em cima de um sofá, caro, de couro vermelho. Uma coisa ele não podia negar, a garota tinha um fogo insaciável, e Diego com certeza iria se aproveitar disso...

{...}

– que azar do caralho _ Tomás praguejava, como diabos uma coisa dessas tinha acontecido. A 20 minutos atrás o seu colega do colégio, Gustavo, mandou um áudio no whats (quase indecifrável aliás, já que ele perceptivelmente estava bêbado de um modo quase impossível, totalmente explicável, já que namorava é dona da festa e poderia ir a “fonte” do álcool) que dizia estar vendo um guincho pegar o seu carro, e que se não corresse poderia voltar a pé para casa. Foi o que ele achou ouvir já que estava com cortes e soluços o negócio inteiro.

Saindo de lá correndo, o espanhol de olhos azuis conseguiu, depois de uma ajudinha da sua amiga carteira, deixar o carro no local. Depois de tirar o seu “vermelhinho” (era como a irmã chamava o carro, por motivos óbvios de cor) do local proibido e achado outro canto para colocar, o que não demorou por que o montante de carros tinha diminuído, pouco, muito pouco, mais havia. E agora lá estava ele, tentando entrar na festa mais o segurança o empatava.

– cara, já disse, eu estava ai dentro, mais meu carro quase foi guinchado e tive que sair. Agora me deixa entrar na festa, é Tomás Heredia Sanchez.

– vou repetir garoto _ o homem alto e incrivelmente de olhar repressor falou _ esse nome já foi riscado da lista _ apertou a prancheta na mão, fazendo Tomás pensar que ela poderia se partir _ não vai me enganar. Esse cara já está lá dentro, a menos que você tenha um clone, háaa, é mesmo, isso ainda não existe. Agora vaza que tem gente querendo entrar de verdade.

– puta merda! _ foi em direção a praça já que não podia entrar e nem voltar para casa, não podia deixar sua irmã aqui, e nem Diego que se perdia de uma forma incrível, só precisava dar dois passos na rua que Tomás já via uma mensagem “cara! Acho q me perdi!?!”. Pelo menos agora ele tinha o banco de madeira envernizada. Na verdade não era bem uma praça, estava mais para um canteiro que ficava ao redor do circular* mais famoso da cidade, praça de Cibeles, mesmo com esse nome, continuava só sendo uma fonte bonita e antiga no meio de um circular.

Foi ai que viu, uma garota, ela atravessou a pista indo direto para fonte e depois tropeçando e caindo dentro dela e se afundando deixando só os pés a amostra. Tomás correu, achava que ela estava bêbada e poderia até se afogar, já que não estava com seu sentido em melhor estado.

– ei!! Garota, você ta bem? _ falou a pegando no colo.

– tá doido? Me solta, é claro que estou _ a garota falou ele sentiu seu hálito de menta em vez de álcool. A colocando no chão ele se encheu de curiosidade.

– calma ai lindinha _ ela se virou toda molhada e Tomás pode confirmar que ela era realmente linda, apesar da máscara atrapalhar um pouco ­_ você não está bêbada, está?

– claro que não! Porque pensou isso?

– acabou de cair em uma fonte, enorme e totalmente perceptível _ falou apontando para a fonte. A garota ruborizou, ele tinha toda razão, mas será que o mesmo podia culpa-la por ser simplesmente desastrada, ela caia até mesmo com um vento, imagine com uma fonte gigantesca.

– sou um desastre ambulante _ ela sussurrou, por vergonha e frio.

– só mais uma pergunta, aonde estava indo com tanta pressa?

– iria pegar uma carona, mais acho que já perdi, mas isso não importa. Pode me emprestar o seu celular?

– claro _ ele falou passando as mãos nos bolso, mais ainda não encontrara o aparelho _ já sei _ ele olhou para o banco que estava sentado, lembrando que iria ligar para Érika e que o tinha deixado lá. Pegou na mão da garota percebendo a pedra de gelo que se encontrava, puxando contra si atravessou a pista antes mesmo dela questionar o porquê daquilo _ tá aqui _ tirou a senha e colocou na discagem entregando a garota. Rapidamente ela já estava falando.

– tia Lupi? -

– sim sou eu -

– eu sei que é tarde, mas preciso de você - a garota bufou fazendo bico e Tomás não pode negar que aquilo era fofo.

– sabe aquela festa no centro? Pois é, preciso que venha me buscar, e rápido - a garota fez uma cara feia, ainda fofa de acordo com Tomas.

– tudo isso, tem certeza que demora tanto pra chegar? -

– está bem, tchau - entregou o celular ao garoto de olhos azuis, que em falar nisso ainda estava com a máscara.

– obrigada _ falou se sentando no banco.

– de nada, vai ficar aqui sozinha? _ ela confirmou com a cabeça _ então está me expulsando? O cara que te salvou.

– primeiro, o lugar é público, fique à vontade, e segundo, não, você não me salvou _ ele mal percebeu seu tom de raiva, já que as suas pernas chamavam mais a atenção, e naquilo Tomás percebeu os pelos que se encontravam lá estavam eriçados e que suas cochas estavam tremendo constantemente. Então tomou uma decisão.

– vem comigo _ estendeu a mão ao se levantar do banco.

– por que diabos eu iria?

– para não morrer de frio é uma boa resposta, não? _ ela finalmente pegou na mão dele _ vou te levar até o meu carro, lá tem um casaco e você pode ficar um tempo dentro, ligo até o aquecedor se quiser.

– hó que gentileza _ falou sarcástica.

– não me chateie, se não mudo de ideia _ ela parou de falar, simplesmente por que se não aceitasse com certeza quando a tia chegasse já teria morrido de hipotermia. Principalmente agora _ você realmente tem mais azar do que eu _ ele falou olhando a neve começar a cair.

Chegando perto do carro a garota para instantaneamente ao ver o “Sr. Olhos azuis” destrava-lo. Tomás não pensou duas vezes até chegar a conclusão: outra garota fresca que se impressiona com o meu carro, mas que por motivos óbvios não chega nem ao menos saber o nome da marca, mais obviamente sabe que custa muito caro, muito mesmo.

– vai ficar parada ai? _ ele falou e a garota se acordou do transe. Abrindo a porta do lado do passageiro Tomas faz um gesto de reverencia esperando que ela entre logo, pois até mesmo ele estava com frio. Ela entrou congelando e o dono do carro passou pela frente do mesmo indo até o lado do volante entrando _ toma! _ falou pegando uma jaqueta vermelha da GAP e dando para a “mascarada”.

– obrigada _ ela tirou o blazer colocando em cima das pernas, e ele ligou o aquecedor do carro.

– não é nada. Na verdade se quiser eu coloco isso no banco de trás _ apontou para o blazer. E ela o entregou, sem questionar.

– belo A7 o seu _ o garoto se surpreendeu.

– como você sabe o nome do carro?

– você pode ter até colocado a pintura fosca, mais isso não significa que... _ ela parou de falar olhando para suas roupas, e de como estava vestida, dando um suspiro de decepção e continuando _ deixa pra lá, já entendi.

– não... não, eu não quis te jugar e tudo mais, só _ ele suspirou derrotado _ eu nunca encontrei uma garota do seu tipo.

– de que tipo mais especificamente? _ ela sabia a resposta, mas queria ouvir da boca dele.

– legal e interessante, dificilmente encontrada nesse estilo de corpo _ falou olhando novamente para as pernas dela, fazendo a garota corar _ você fica linda assim _ não se conteve _ sabe, dessa cor _ falou tocando as bochechas dela.

Ela simplesmente se calou, e quanto mais o garoto se aproximava mais o frio que ela sentia era substituído por seu calor interior, ele estava olhando para os olhos dela, mas quem disse que ela estava fazendo o mesmo? A garota ficou vidrada nos lábios que estavam a sua frente, mesmo o dono dele tendo um par de olhos azuis cintilantes que também a deixavam sem folego.

Ambos não se aguentaram, e em menos de cinco segundos já estavam com as línguas em uma sincronia calma que logo se atreveu mais. Tomás logo pensou que seus planos, de comer uma menina na noite não estavam acabados, mais agora com certeza estava agradecendo pelo carro quase guinchado. Já que a garota misteriosa a sua frente era tão gostosa e interessante quanto qualquer outra que ela já tinha pegado.

As mãos da Mascarada subiam e desciam no tórax definido dele, e o mesmo não pode se conter em pegar algo que ele estava observado a tempos. A garota se atreveu e pulou se sentando no colo dele tomando, Tomás inteligente afastou o banco do carro para trás o máximo possível para que ela não se sentisse desconfortável...

1 de janeiro de 2015 ( 12:15 da noite – 31/12/2014 )

– aaahhh _ ela gemeu ao chegar ao ápice. Olhando para a expressão de prazer do namorado e seus olhos verdes gritando o seu desejo, tornava todo o ambiente mais safado, e o certinho incorrigível que estava se levantando e colocando a cueca em sua frente um pouco mais depravado. Saindo totalmente da sua zona de conforto...

Porem!! Ela garantia que ele nunca se arrependeria de nenhum de seus “toques”.

– Violetta, nós precisamos descer antes que seus pais percebam, a barriga da minha mãe não vai conseguir distrair por muito tempo _ Leon falou começando a abotoar a camisa.

– se você me devolver a minha calcinha eu agradeceria _ ela falou abotoando o sutiã, e segurando o vestido branco nas mãos _ não acho ela!!

Leon sorriu, passando a mão no rosto. Como ela não consegui se lembrar?!

– você me pediu pra rasga-la lembra? _ ela fez uma cara de quem havia lembrado.

– eu não pedi, so disse pra você ir direto ao ponto, não aguentava mais, estava quase enlouquecendo de tanta excitação.

– de qualquer forma ela já estava destruída mesmo, estava tããããããããããooooo molhada _ falou subindo o zíper do vestido da namorada.

Violetta pegou os restos da sua peça intima e colocou na bolça, logo depois segurando a mão de Leon e o puxando para saída do quarto dela.

Todo ano German fazia essas festas de fim de ano, e dessa vez o convite para os Vargas foi bem garantido por sua filha única.

– por culpa sua vou ficar sem calcinha _ ela fez bico antes de descerem as escadas totalmente.

Pilar se aproximou com a típica pose de gravida, ambas as mãos estavam nos quartos, aumentando a sua barriga de 4 meses.

– onde diabos vocês estavam? 2015 começa e eu não posso nem ao menos abraçar meu filho e minha nora, por eles serem egoístas de mais para perceber que esses tipos de momento devem ser passados em família _ falou abraçando os adolescentes _ que desde agora somos todos nós.

Violetta acenou com a cabeça concordando, porem Leon sabia que ela estava bêbada de mais para ter uma opinião solida do que a mãe dele disse.

{...}

Francesca olhava o loiro fumando, ele estava calmo para alguém que não tinha nenhum familiar por perto, normalmente pessoas assim ficam tristes, não? Francesca se perguntou, como alguém fica assim nesse estado no ano novo?

Mais ela sabia que Thiago sempre foi assim, solitário...

Podia lembrar das suas férias na Itália, mesmo com o pai tão longe ele sempre expressava a mesma sensação de calma.

É surreal, era como olhar para a praia com ondas fortes e agressivas, ela ainda sim exalava o cheiro salgado que deixava qualquer um relaxado. Atualmente ela pensou que ele havia perdido essa habilidade, principalmente com as suas trocas de farpas eventuais no dia a dia, já que ele estava morando na casa da italiana desde a chegada, porém, ao vê-lo fumar o cigarro olhando inexprimivelmente para o lago e segurando a sua típica garrafa verde de cerveja da Heineken, a fazia transportar para um relaxamento total.

– serio! _ ele exclamou ao vela dando um gole de sua bebida.

– só estou conferindo.

– hum...

– sabe, Thiago, eu não achei que você não se emportasse assim com os seus pais estarem aqui ou não em ano novo.

– você se acostuma com os anos.

– como? Eles, sei lá, nem ao menos falaram contigo?

– há... bem... meu pai me deixou uma mensagem de voz no telefone antes de eu acordar _ deu outro gole na cerveja _ ele está na Alemanha e... _ ele parou subitamente ao ouvir um gemido feminino.

Que francesca constatou logo ser de esmeralda.

– eca! Não ligue, por favor!! Isso... é tão constrangedor.

– pelo menos seu pai sabe quem é, e a ama. Já meu pai deve está fodendo com uma desconhecida que ele achou em alguma rua, com um nome horrível, que nem mesmo ele que sabe alemão consegue ler direito.

Francesca ficou inexpressível.

– oque? Tem que lidar com a realidade querida _ ela começa a rir.

– o que ele deixou?

– como?

– na mensagem de voz. O que o seu pai falou?

– disse que era pra eu ficar na linha, nada de bebedeira, nem drogas, nem confusão, que não queria ser incomodado na festa de ano novo que ele iria em homenagem a um alemão amigo dele lá, um médico fodão sabe?

– a ta.

– Francesca você esconde algo não é?

– han? Do que fala?

– teu jeito, esconde algo, não sei, você passa a isso quando olha.

– nem vem, você que é o aspirante a senhor mistério aqui, não sou eu _ ele ri calmo, como qualquer outra expressão facial dele.

– está bem, vamos?

– pra onde?

– pra cama.

– han?

– depois eu sou o poluído safado, eu já vou dormir, indico que faça o mesmo _ deu um beijo no topo da cabeça dela e saiu em direção ao seu quase permanente quarto. Francesca, estava parada, literalmente, a garota estava em choque, a muito tempo não tinha contato com o sexo oposto que não fosse o pai ou o primo.


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