Les trois escrita por MiissMarte


Capítulo 1
Capítulo 1 - Piloto


Notas iniciais do capítulo

Olá! Ta afim de diversão? Seja bem vindo kkkk
Espero que gostem ;)



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Seria mais uma segunda-feira normal, rotineira, daquelas em que o Sr. Gary Taylor voltava de uma viagem à trabalho no fim de semana, entrava em sua casa para tomar um banho e depois retornava ao trabalho. Porém aquela não era uma dessas segundas-feiras normais e rotineiras. Aquela seria uma daquelas bem extressantes.

O sr. Gary chegou de carro à rua de sua casa e logo estranhou-a pelo fato de que não estava rotineira como sempre. Havia muitas pessoas nela, alguns carros de polícia e alguns caminhões de uma empresa conhecida por ele. Ele acelerou mas teve que estacionar à alguns metros longe de sua casa. Havia uma pequena multidão em volta dela.

- Ah não não. – ele disse para si mesmo enquanto saía do carro e percebia que não havia nada lá.

- Dessa vez o Sr. teve bem mais prejuízo do que quando bateram com o carro no seu muro Sr. Gary. – uma senhorinha do outro lado da rua disse para ele.

- Do que a senhora está falando senhora Amelliana? – ele disse olhando para ele por um segundo.

Depois de abrir espaço entre algumas pessoas ele não pode acreditar no que estava vendo.

- O que é isso?! – ele disse alto

O lugar onde antes estava situada a casa do Sr. Gary, agora só tinha escrombos. Ela havia sido demolida. Completamente e com todos os móveis dentro!

Um policial, acompanhado de um homem de terno e gravata chegou próximo à ele.

- Senhor, tenho que pedir que fique calmo, é o senhor Gary? – o policial perguntou?

Gary apenas estava com as mãos na cabeça, bagunçando os cabelos negros e lisos, repetindo para si mesmo, não e não.

- É ou não o sr. Gary? – o policial repetiu.

- Mas é claro que ele é o sr. Gary policial, não vê que ele nem pode falar? – o homem engravatado comentou – Deixe que eu fale com ele.

Gary fitou o homem, reconhecendo-o.

- Sr. Gary, sou Harry Owens, da empreiteira Owens, já deve ter me visto quando viemos aqui na semana passada avisar sobre a demolição que aconteceria...

- Na quadra de trás! – Gary o completou – Mas vocês demoliram minha casa ao invés disso?! - ele disse nervoso pegando no colarinho passado de Harry.

- Sr. Gary, fique calmo tudo bem? Nós podemos explicar... – Harry disse se defendendo.

- Solte ele agora cidadão, tudo o que tiver que ser resolvido será resolvida na conversa. – o policial disse colocando uma das mãos no braço direito de Gary.

Gary soltou-o imediatamente lembrando que havia uma autoridade ao lado.

- Obrigado policial, como eu ia dizendo senhor, houve um terrível engano por parte de nossa empreiteira e pela falta de profissionalismo de alguns de nossos empregados também, devo dizer... – Harry começou.

- Olha aqui engravatado, eu não quero saber quem errou ou quem fez certo na sua porcaria de empreiteira o que eu quero saber é como vão trazer minha casa de volta! – Gary disse nervoso

- Desculpe senhor, de verdade, eu imagino como deve estar se sentindo mas... por enquanto, vou precisar que colabora conosco em uma coisa. – Harry explicou.

- Colaborar?

Alguns minutos depois Gary estava sentado em algumas caixas dentro de uma apartamento grande. A expressão no rosto dele era de profundo descontentamento. Depois de conversarem mais um pouco em frente à casa demolida, Harry explicou que a empreiteira cobriria tudo depois que eles fechassem um acordo de negociação das despesas com o seguro da casa dele. E poderia demorar meses até que a negociação fosse aprovada no tribunal. Enquanto aquilo não acontecia, era ali onde iria ficar. Um apartamento financiado pela empreiteira, com alguns móveis e tudo pago. Não que ele pudesse reclamar, porém Gary só pensava em sua casa e nas coisas que havia perdido nela.

Ele estava absorto em seus pensamentos quando repentinamente alguém abriu a porta da sala. Era uma homem quase de sua mesma altura, com cabelos cacheados e loiros. Em suas mãos havia uma mala meio velha e desbotada e suas roupas estavam igualmente sujas. Ele não parecia estar surpreso de ver Gary ai, ao contrário do mesmo.

- Quem é você? – Gary perguntou levantando da caixa onde estava sentado.

- Bom dia pra você também senhor... – ele leu um papel em sua mão. – Gary Taylor, certo?

- O que está fazendo no meu apartamento? – ele disse bravo se aproximando do rapaz.

- Relaxa coroa, isso aqui agora parece que vai ser o “nosso” apartamento. – ele fez as aspas com as mãos.

- Como é que é? – gary estranhou.

- Não te disseram? A rua 42, teve duas propriedades demolidas. A casa do senhor e o meu apartamento. Acho que éramos tipo, você sabe, vizinhos. – ele disse fazendo uma cara de inocente.

- Vizinhos? Não. Eu me lembraria. Quero que saia desse apartamento AGORA. Eu não te conheço e não me disseram nada sobre você. Isso só pode ser algum tipo de piada. – Gary disse bravo empurrando o homem.

- Ei ei ei, calma coroa. É verdade. Você não deve se lembrar de mim porque eu não ficava muito lá. Eu vivia mais na casa da minha mãe, dona Josefina. – ele disse tirando uma foto da carteira e mostrando ao Gary.

- Eu não quero saber da sua mãe rapaz! Olha aqui, é melhor sair do meu apartamento agora antes que eu chame a polí... – ele foi dizendo mas parou quando seu celular começou a tocar.

- É pra você ne? – o rapaz disse sorrindo. – É melhor atender.

Gary olhou para a cara dele, já não gostando daquele sujeito. Depois atendeu.

- Alô. – era Harry no telefone. – É ele está aqui sim. Só pode ser algum tipo de piada... Como assim não tem dinheiro para financiar mais de um apartamento? Vocês devem ser a empreiteira mais cara de Nova Iorque! – ele escutou mais um pouco. – Processos? Eu é que vou processar você seu... Ah! – ele gritou quando percebeu que Harry havia desligado.

- Era o Harry? – o rapaz disse sorrindo novamente – Boa pessoa... – ele deu uma risadinha – Sou Clark.

Gary o encarou, fazendo cara de quem deseja cometer um assassinato e ignorou a mão que Clark havia estendido para ele.

- Eu é que não vou ficar aqui com esse maluco... – ele sussurrou para si mesmo porém de modo que Clark pudesse ouvir e começou a pegar suas coisas.

- Espera, onde o senhor vai? – Clark perguntou impedindo-o.- Não podemos sair daqui até sair o nosso processo.

- O seu apartamento também tinha seguro? – Gary perguntou.

- É tinha. Eu não queria colocar sabe como que é ne? Todo aquele dinheiro e tudo mais, mas a minha mãezinha... aah ela sempre tem razão. Não sei o que seria de mim agora se ela não tivesse pagado o seguro. – ele disse e riu.

- Eu vou pra um hotel... – Gary afirmou balançando a cabeça, sabendo que não teria como conviver com aquele rapaz.

Porém, antes que ele pudesse abrir a porta, a campainha tocou e ouviu-se três batidinhas. Gary paralisou onde estava.

- O que foi? – Clark perguntou.

- SHHH. – Gary fez para que ele fizesse silêncio.

- Pai? Sou eu, Lisa. – uma voz feminina veio do outro lado da porta.

Gary se assustou. Imediatamente ele começou a empurrar Clark com uma das mãos em sua boca, levando-o para qualquer cômodo do apartamento o mais longe da porta possível.

- Pai? Eu sei que está aí. Posso ouvir seus passos! – a moça continuou falando.

Gary e Clark foram para no último quarto no apartamento. Era grande e espaçoso e possivelmente o único que estava equipado com uma cama de casal. Gary fechou a porta atrás de si.

- Ai que que eu faço, que que eu faço.. – Gary dizia indo de um lado para o outro.

- Calma aí coroa, que que ta pegando? – Clark disse.

- Não que seja da sua conta mas, essa era a semana que minha filha viria passar comigo em Nova Iorque! Como eu pude me esquecer de uma coisa tão importante? – ele dizia culpando a si mesmo.

- Ué é só dizer pra ela voltar na semana que vem. –Clark disse como se fosse fácil.

- Você não esta entendendo seu cabeça de miolos, essa é minha única filha. E ela não fala comigo desde que a impedi de namorar com um hippie quando ela tinha dezenove anos! Nós não nos falamos a anos! – Gary dizia com as mãos no colarinho de Clark. – Só agora ela decidiu falar comigo e eu disse que ela poderia vir passar a semana comigo.

- Puxa cara, você ta encrencado. Como foi que esqueceu que sua filha que você não ve há anos iria vir na sua casa? – Clark disse, não ajudando muito.

- Eu sie seu idiota, não precisa piorar as coisas! Como foi que ela soube que eu estaria aqui? Eu dei o endereço da minha casa pra ela! – Gary disse andando novamente de um lado para o outro.

- Isso é fácil. O Harry esta la na sua casa, provavelmente contou à ela sobre o endereço.

- Foi isso! Pela primeira vez nos últimos dez minutos você esta se mostrando útil! – gary exclamou.

- Valeu... eu acho. – Clark disse meio confuso.

- Pai? To entrando. Você deixou a porta aberta. Ta tomando banho? – a moça dizia.

- Droga! – Gary exclamou – preste atenção. Você vai ficar aqui até eu distrair ela e então você vai cair fora ouviu? Eu pago um hotel pra você qualquer coisa. Só fique aqui! – Gary disse saindo do quarto e fechando a porta.

- Mas... – Clark nem pôde dizer.

Chegando no corredor que dava para a sala, Gary deu quase de cara com sua filha. Ela era alta, tinha os cabelos lisos do pai e usava uma saia e terninho social, como de aeromoças.

- Oi, querida. – ele fez um sorriso forçado.

- Oi pai.

Os dois se encararam por alguns segundos. Depois ela foi até ele e lhe deu um abraço. Gary se surpreendeu, mas retribuiu, emocionado.

- E aí... com quem estava falando? – ela comentou saindo do abraço.

- Eu... o que? Com ninguém.

- Qual é pai, não vai me apresentar à ele? – ela disse tentando passar para a porta do quarto.

- Ele? Ele quem? Filha, que tal irmos, comer alguma coisa o que acha?

- Pai, - ela parou e olhou nos olhos dele. – Tem certeza que ainda quer mentir pra mim?

Gary ficou sem reação. Ele não queria perder a filha novamente. Não queria ficar mais tanto anos sem falar com ela.

- Pode entrar! Lisa, certo? – uma voz veio de dentro do quarto.

Gary colocou as mãos nas têmporas, não acreditando no que ele estava fazendo.

- É isso mesmo. – Lisa sorriu enquanto abria a porta.

Quando ela abriu, pôde ver Clark deitado na cama de casal. Ele estava sem camisa e com o resto do corpo coberto pelo lençol.

- Eu sabia. – ela disse e sorriu, depois olhou para o pai. – Sabia que tinha se tornado homossexual.

- O que? – Gary se surpreendeu.

- É o Gary, sabe como é que é ne Lisa... ele tinha medo que você reprovasse nossa relação, então na queria que eu estivesse presente nessa semana que você passar é aqui, que ele com certeza se lembrou. – ele deu uma piscadela para Gary – Sabe eu até pensei em viajar mas, depois decidimos assumir de uma vez. – ele sorriu.

- Aah pai, não precisava ter medo. – ele disse indo abraçar o pai mais uma vez. – Eu não me importo que seja gay, eu até apoio. – ela sorriu.

Gary ficou sem reação. Ele não era gay e não queria ter relação com Clark, ele nem gostava dele como pessoa. Mas sua filha estava ali, acreditando naquilo e ele sabia que se explicasse a verdade para ela seria bem mais provável que ela achasse que era mentira. Então, embora que relutantemente, ele decidiu aceitar aquilo, por hora.

- Me desculpe, querida. – ele forçou uma voz menos máscula.

Lisa sorriu, olhando para Clark.

- E qual seria o nome do príncipe encantado do meu pai?

- Clark, meu nome é Clark.

- É um prazer conhece-lo Clark. – ela apertou a mão dele – E então, parece que acabaram de se mudar pra ca não é? Um tal de Harry me disse que estavam morando aqui. Você mandou mesmo demolir sua casa para ter uma vida mais simples com Clark pai? Eu achei isso incrível da sua parte! Acho que você finalmente mudou. – ela sorriu.

- É...eu ... quer dizer, você sabe como é ne...

- Depois que você se apaixona sua vida muda Lisa. – Clark comentou- E comigo e seu pai não foi diferente – ele riu.

- Eu imagino... Então suponho que não tenha comida ainda. Que tal sairmos pra comer alguma coisa?

- Perfeito! – Clark disse – Que tal acompanhar a Lisa até a porta amor? Eu vou colocar a roupa.

Gary se segurou para não voar no pescoço dele quando ele o chamou de amor. Ao invés disso ele o fitou com um olhar mortal. Ele levou a moça para fora.

Gary decidiu que iria deixar aquilo por hora. Mas de maneira alguma ele iria continuar com aquilo após Lisa ir embora.


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Notas finais do capítulo

Oi! Gostaram? Deixem seus comentários para eu saber se devo prosseguir com a história ou nao ok?
Obrigada pessoal, até o próximo!



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