My Calling escrita por Crystal


Capítulo 8
She can fuck you good, bet I can fuck you better.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/581661/chapter/8

Acho que qualquer mãe no mínimo normal não gostaria que a filha ficasse no quarto sozinha com o namorado, mas como minha mãe não é nem um pouco normal, ela nem se importou quando disse que ia assistir um filme com o Wes lá em cima. As vezes eu acho que minha mãe se inspira na mãe da Regina George em Mean Girls ou talvez ela saiba que eu to fraca demais para ter qualquer relação sexual.

Wesley tirou o tênis e se jogou na minha cama agarrando o Frug, meu bichinho de pelúcia. O único que não me dá alergia e combina perfeitamente com meu abraço na hora de dormir.

– Mentira que você ainda dorme com bichinho de pelúcia. - falou rindo e jogando Frug para o alto.

– Sim, eu durmo. - falei pegando o ursinho azul.

– Quem te deu esse bichinho? - ele falou me encarando.

– Um menino. - falei sem muita importância.

– Que menino? - falou arqueando a sobrancelha.

– Não importa, eu não falo com ele faz tempo.

– Se eu to perguntando é porque importa.

– Foi o John.

– Seu ex-namorado?

– Como você sabe que ele é meu ex?

– Cora, você morou a vida toda em frente a minha casa, eu via vocês dois na escola e eu já gostava de você quando vocês namoravam.

– Ah... - não sabia muito bem o que responder.

– Pode parecer idiota, mas... Eu não gosto que você durma com um ursinho que seu ex te deu. É estranho pra mim.

– Ok, eu guardo ele se te incomoda tanto. - falei jogando o Frug dentro do armário.

Dei play no filme e deitei na cama, na verdade, no Wes. Ele estava deitado, eu deitei minha cabeça em seu peito e ele passou o braço sobre mim me abraçando. Sabe o que disse sobre o Frug se encaixar perfeitamente a mim quando durmo? Estava errada. O Wesley se encaixa perfeitamente a mim, não o urso. Eu juro que queria prestar atenção no filme, mas observar o Wesley era tão mais interessante. Cada detalhe do rosto dele era simplesmente perfeito, eu tinha vontade de mordê-lo. Ele pareceu perceber que estava sendo observado e ficou me fitando, começamos a nos beijar e o beijo foi ficando cada vez mais intenso.

– Cora? - minha mãe falou do outro lado da porta, me afastei dele rapidamente.

– Oi, mãe.

– To indo pro jantar da senhora Leefault, o Wesley pode ficar e cuidar de você?

– Posso sim, senhora Laragnoit. - Wes respondeu por mim.

– Ok, comportem-se. Amo você, Cora.

– Também te amo. - disse e ouvi os passos da minha mãe descendo as escadas. - Onde estávamos? - falei sorrindo para o Wes e até me surpreendi com a minha capacidade de falar com malícia.

– Você sabe o que estávamos prestes a fazer, certo?

– Sim, eu sei...

– E você tem certeza que quer? Que pode? Que não vai te fazer mal?

– Wesley, eu não quero morrer virgem. - senti meu rosto ruborizar quando me dei conta do que acabara de dizer.

– Eu não sabia que você é virgem.

– Passar os dois primeiros anos do ensino médio com leucemia não te da muitas oportunidades de transa.

– Você tem certeza?

– Wesley, eu te amo, você é meu namorado e eu vou morrer a qualquer momento, não posso ficar com exigências quanto a tempo de espera para coisas que eu quero fazer.

– Vem cá... - ele me puxou e me beijou, um beijo calmo e lento.

Subi em cima dele e tirei sua camisa, passeei com minhas mãos por seu abdômen definido e voltei a beijá-lo. Tempos e alguns orgasmos depois estávamos ofegantes e nus embaixo do meu edredom com nossas mãos entrelaçadas. Não vou dizer que foi a melhor coisa do mundo, porque não foi. Não que o Wesley seja ruim ou sei lá, apenas porque as vezes a dor era maior do que o prazer, acho que isso só acontece na primeira vez.

– Ta tudo bem? - Wes disse acariciando meu rosto, assenti. - Foi perfeito.

– Melhor que a Melanie? - arqueei uma sobrancelha.

– Não sou eu quem ainda dorme com o ursinho que o ex deu.

– Como você é ciumento, meu Deus.

– Eu te amo, por isso eu tenho ciúmes.

– Acho que eu nunca vou cansar de ouvir isso de você. - ele abriu aquele sorriso perfeito. - Posso pedir um favor? Na verdade, dois?

– Você fala que ama a pessoa e ela já começa a abusar.

– Primeiro, coloca a cueca, eu fico meio desconfortável com seu amiguinho "livre". - ele gargalhou e levantou para a procurar a cueca boxer da Calvin Klein, eu perdi minha virgindade com um menino que usa Calvin, quão perfeito isso é? Pode parecer meio fútil, mas eu e a Chloe desde que descobrimos o que era pinto achamos que ele deveria ser mantido em uma Calvin Klein Underwear. - E segundo, dorme aqui hoje?

– Sua mãe não vai reclamar?

– Ela nos deixou sozinhos aqui, o que poderia acontecer já aconteceu.

– Isso é verdade. E foi muito bom. - ele falou sorrindo com malícia.

– Você não presta, Stromberg.

– Eu sei e você gosta mesmo assim.

A campainha tocou, já era quase meia-noite e fiquei com medo de abrir, então o Wes foi. Ele voltou acompanhado do Drew, Keaton e Chloe.

– O que vocês tão fazendo aqui? - falei sentada na cama.

– A gente soube que você saiu do hospital e quis passar um tempo com você. - Drew falou sentando ao meu lado e dando um beijinho na minha bochecha. Wesley olhou feio pra ele. - Esse Wesley é muito ciumento, meu Deus, como você aguenta?

– Ela é ciumenta em dobro. - Chloe falou e veio me abraçar.

– Eu trouxe uns filmes. - foi a vez de Keats falar. - Me fala que tem comida aqui, por favor.

– Não tem nada, minha mãe deixou dinheiro pra pedir pizza.

– Vamos pedir então, porque eu to morto de fome e minha mãe também foi no jantar e o Drew não quis fazer comida de gente normal pra mim. - falou quase chorando.

Depois de uns dez minutos discutindo, finalmente decidimos que sabor iriamos pedir e então liguei para a pizzaria que por sorte ainda estava aberta. Assistimos um filme de terror que eu odiei, não que eu tenha medo - só um pouco, bem de vez em quando - mas esses filmes quase nunca tem fundamento, sentindo ou uma história boa. O pessoal foi embora bem tarde, minha mãe já tinha até voltado do jantar e o Wes ficou pra dormir comigo.

Queria ter contado para a Chloe sobre o que tinha feito alguns minutos antes dela chegar, mas o Keaton ficou agarrando ela o filme todo e parei para pensar que talvez eles também já tenham feito e ela ainda não me contou, ou talvez o Keats ainda seja virgem e tenha nem tentado.

Acordei e Wes não estava mais ao meu lado, dormimos abraçados e achei estranho nem sentir quando ele saiu. No seu lugar havia um bichinho de pelúcia lindo e um bilhete.

Para quando eu não puder dormir com você. Tive que ir pra escola, mas depois do almoço venho ficar com você.

PS: já dei o nome dele de Nick.

PPS: esse é o nome do meu pinto.

PPPS: to rezando pra sua mãe não ler isso.

TE AMO.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Calling" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.