P.D.V Myla

Aparatamos na praia, que esta deserta, para nossa sorte, como a Hermione falou que estaria e esta a noite já, ao analisar o céu negro com poucas estrelas e as ondas se quebrando veio a sensação de calmaria, paz e tranquilidade, respirei fundo e apenas observei por alguns minutos junto com os garotos ao meu lado.

–Vamos em qual direção?- perguntou Frank chamando minha atenção.

–Vamos na direção da cidade- falei virando na direção oposta do mar- arrumamos um albergue ou hotel e passamos a noite amanha vamos no endereço que temos.

–Ok- falou Jay ao meu lado sorrindo para mim.

Caminhamos passando por algumas dunas e ao avistarmos a cidade ficamos maravilhados, as luzes da cidade a noite era simplesmente lindas, imagine os lugares para visitar como deve ser espetacular.

–Pena que não estamos de férias- falou Fred depois de um longo assobio.

–Não entendo por que nossos pais nunca sugeriram férias por aqui mesmo?!- falou Frank.

–Seria incrível estar aqui para férias- falou Jay.

–Seria mesmo- concordei com um leve sorriso- mas não estamos, vamos manter o foco no que viemos fazer.

–Vamos achar um lugar para dormir- falou Jay passando o braço pelos meus ombros, caminhando em direção à movimentação das pessoas. Fred e Frank estavam logo atrás de nos.

Andamos uns três quarteirões ate acharmos um hotel mais calmo, próximo a praia, ao entrarmos pedimos dois quartos já que Frank e Fred não se importam em dividir um, e outra para mim e o Jay. Nossos quartos ficam um em frente do outro.

–Podíamos tomar um banho e depois ir comer em algum lugar para dar uma olhada por ai- sugeriu Fred com certa esperança.

–Por mim tudo bem- falou Frank.

Jay deu de ombros e olharam os três para mim, e não posso negar que estou louca para dar uma olhada por ai nem que seja um pouco.

– Ok- falei me dando por vencida sorrindo ao ver a cara de crianças felizes dos três- 30 minutos saímos então?

–Beleza- falou Frank abrindo a porta do quarto e entrando com Fred.

–Você consegue se arrumar em 30 minutos?- perguntou Jay ao abrir a porta do quarto me dando passagem.

–Só trocar de roupa é rápido- falei sorrindo e colocando a bolsa sobre a cama, observando o quarto, que é simples a cama de casal com criados mudo ao lado uma tv de plasma uma porta ao lado que deve ser o banheiro e uma sacada que tem vista para praia.

–Esse lugar é fantástico- falou Jay indo para a varanda.

–Realmente- falei sorrindo e me aproximando dele trocando a blusinha- quem sabe umas férias futuramente só nos dois- o abracei por trás e beijei seu pescoço.

–Melhor se trocar- falou Jay se virando para mim me abraçando de frente- vamos por aqui perto?- perguntou beijando minha testa.

–No Maximo dois quarteirões daqui – falei saindo do abraço pegando as coisas que faltava na mochila ( Roupa da Myla aqui ). Ao terminar de me arrumar os garotos entraram no quarto.

–Olha no tempo certo- falou Fred sorrindo da porta.

–Bora- falei sorrindo e pegando minha bolsa e caminhando para a porta.

–Bora- falou Jay sorrindo e fechando a porta atrás dele.

Saímos do hotel e procuramos entre a movimentação da cidade por uma lanchonete, depois de uns 20 minutos para escolhermos entramos em uma com menos movimento e calma. Ficamos cerca de 2h na lanchonete ate decidirmos voltar para o hotel.

–Tem piscina- falou Fred apontando para o fundo do saguão.

–Vamos dar uma olhada lá- falei não sentindo nenhuma vontade de ir para o quarto agora, os garotos me seguiram e nos deparamos com uma piscina enorme com escorregador e varias espreguiçadeiras espalhadas envolta dela, completamente vazia.

–To afim de um mergulho- falou Jay.

–Troca de roupa então- falei sorrindo para ele.

–Você não vai entrar?- perguntou Jay me observando sentar em uma das espreguiçadeiras.

–Não- falei tirando o notebook da bolsa.

–OK, a gente já vem- falou Jay saindo com os garotos.

Quanto tempo não ligo esse notebook mesmo? Antes eu usava para falar com o pessoal era como uma obrigação ao menos dar sinal de vida uma vez. Sorri ao ver a foto de tela, nossa ultima fogueira juntos, todos no sitio. Conectei na internet e abri o Google maps, digitei o endereço que a Hermione me passou e observei o caminho ate que não é longe daqui, de carro leva 30 minutos. Observei o caminho mais alguns minutos e fechei a pagina, continuei observando a o papel de parede principal por um tempo indeterminado ate o Jay chamar minha atenção.

–A foto esta bonita- falou Jay se sentando atrás de mim todo molhado.

–Você esta gelado- falei fechando a tela do notebook o colocando de lado pegando uma toalha próxima dando para o Jay.

–O que você estava fazendo?- perguntou Jay apontando para o notebook ao lado.

–Vendo o caminho para o endereço que vamos amanha- falei observando ao redor não encontrando os garotos- cadê Fred e o Frank?

–Já subiram- falou Jay.

–Serio?- perguntei não acreditando.

–Descemos e você estava concentrada e deixamos você quieta- falou Jay- ficamos na piscina tipo 20 minutos ai eles resolveram subir já que amanha o dia será relativamente cheio.

–Nossa eu nem percebi o tempo passar- admiti.

–Percebi – falou Jay sorrindo de lado- mas e ai nem um mergulho na piscina?

–Não sei nem se eu trouxe biquíni Jay- falei sorrindo.

–E quem disse que precisa de biquíni- falou Jay sorrindo maroto se levantando e me pegando no colo.

–Jay, por favor, não joga- pedi passando os braços pelo pescoço dele.

–Esta calor amor- falou Jay sorrindo.

–Se eu for você vai junto então- falei sorrindo e beijando ele assim que parou na beira da piscina, e a única coisa que senti em seguida foi a água gelada na minha pele, não parei o beijo, submergi com o Jay então me separei dele sorrindo.

–Beijo subaquático e muito bom- falou Jay sorrindo.

–Não posso negar- falei sorrindo e me aproximando dele o beijando novamente e afundando para outro beijo debaixo d’água.

–Estou com sono- falou Fred pela décima vez bocejando em seguida.

–São 10h40- falei ao me levantar da mesa que estávamos tomando café.

–Mas estou com sono oras- falou Fred.

–E eu não estou ligando- falei sorrindo e caminhando para a saída do hotel.

–Jay o que você fez com ela essa noite?- perguntou Fred para o amigo que deu de ombros- não deu conta...

–Estou ouvindo- falei me virando para eles.

–Eu sei- falou Fred sorrindo.

–Só quero encontrar isso logo pra voltarmos- falei voltando a fazer meu caminho- taxi?- perguntei de costas para ele.

–Não- responderam juntos logo me alcançando e ficando ao meu lado.

–Vamos achar um lugar calmo e aparatar- falou Frank baixo para apenas nos escutarmos.

–Ok- falei assentindo com a cabeça junto com os garotos.

Caminhamos em direção a um beco e de lá aparatamos uma rua antes da que fica a casa por precaução, pois se tiver feitiços próximos iria detectar a gente e talvez a família não fosse tão receptiva conosco, apesar de que não sei como vou conseguir convencer a me entregarem essa parte da pedra.

–Acho que devíamos ter aparatado em frente mesmo- falou Fred- ou o mais próximo possível, por que ai já saberiam que estamos aqui.

–Não seria uma boa, não sabemos nada dessa família- falou Frank de modo cansado para o Fred, já que esse foi o assunto do café da manha.

–Fred já falamos sobre isso- falou Jay sorrindo para o amigo.

–Ok, entendi- falou Fred levantando as mãos em gesto de rendição.

–Entendeu, mas não concordou muito- falei dando de ombros para ele que sorriu.

–Você que manda aqui patroa- falou Fred passando por mim e sorrindo.

–Eu?- perguntei rindo – eu não mando em nada não, vamos debater e ver a melhor opção, Ruivo.

–Você sabe que no fundo manda- falou Fred sorrindo- deixamos você ser a líder.

–Obrigada- falei sorrindo e fazendo uma mensura na frente deles- mas vamos tentar agir de acordo e fazer o que achar certo sem besteiras ok?!- falei voltando a andar ao lado deles.

–Ok- falou Jay sorrindo e passando o braço pelos meus ombros.

–Bom de acordo com o endereço e aqui- falou Frank parando e admirando a casa do outro lado da rua.

–Parece abandonada- comentei observando a incrível mansão na minha frente.

–Por que você acha isso?-perguntou Fred.

–Sei lá sabe, tem três janelas quebradas no andar de cima, os muros têm pequenas pichações, apenas pequenos detalhes Fred- respondi em tom irônico que fez os três rirem.

–Vamos pra NYC então?- perguntou Frank.

–Ainda não- falei olhando a casa atentamente- vamos perguntar aos moradores alguém deve saber o que aconteceu. Vamos descobrir o que ocorreu aqui para depois irmos para New York ou qualquer outro lugar.

Atravessei a rua e toquei a campainha da mansão.

–Não faz isso- falou um menino parando com a bicicleta ao meu lado, pela aparência deve ter uns 13 anos, cabelo loiro com olhos azuis.

–Desculpa- falei sorrindo para o garoto – mas por que não posso apertar a campainha?

–Todo mundo sabe que ninguém mora ai há uns 20 anos- falou o garoto.

–Não somos daqui- falei sorrindo – Sou Camila esses são James, Fred e Frank- apontei para cada um dos meninos que acenaram- o que aconteceu pra ninguém morar ai?- apontei para a casa.

–Me chamo Robert- falou o garoto- percebi que não são daqui, pelo sotaque. Só não mora ninguém oras, essa casa esta a venda.

–Não esta não- falou Fred- esta precisando de uma reforma isso sim.

Robert encarou Fred como se apenas tivesse compreendido algo agora.

–Vocês são bruxos- murmurou o garoto consigo mesmo- por isso que não esta funcionando o feitiço de ilusão.

–Bingo- falei sorrindo para o garoto.

–Vem comigo- falou o garoto descendo a rua com sua bicicleta. Olhei para os garotos que deram de ombros, e seguimos o Robert cinco casas mais para baixo da mansão- Mãe – chamou o menino largando a bicicleta na calçada e entrando na casa, eu e os garotos paramos no portão sem saber o que realmente fazer. Uma mulher loira apareceu na janela e nos observou e volto a falar com o filho, uns 2 minutos depois Robert voltou ao portão- entrem.

Troquei um rápido olhar com os garotos que estão incertos também, mas Jay tomou à dianteira e acompanhou Robert, o segui com o Frank e o Fred logo atrás de mim, observei Jay que esta com a mão no bolso segurando a varinha, fiz o mesmo passando a minha mão dentro da bolsa segurando a varinha, e a outra toquei a costa do Jay.

–Olá- falou a mulher loira que nos espiou pela janela na varanda sorrindo.

–Olá- falei sorrido.

–Sentem- se- apontou para o sofá que tem na varanda – vou pegar umas bebidas para nos e conversamos, sim- e saiu não esperando resposta nossa.

–Ok- falei olhando para os garotos que estão tão confusos quanto eu, mas nos sentamos no sofá, Fred, Jay, eu e Frank.

–Aqui- falou a mulher voltando com uma bandeja em mãos com copos grandes com algo gelado, colocou sobre a pequena mesa – desculpe não ter me apresentado, sou Miranda Deleasa.

–Prazer, Camila, Fred, Frank e James- falei sorrindo e apontando para os garotos.

–E um prazer- falou sorrindo e pegando os copos nos entregando- então o que vocês queriam naquela mansão? São de onde? E difícil ver bruxos estrangeiros por aqui.

–Somos de Londres- falou Jay- o garoto Robert, falou que ninguém mora lá há uns 20 anos.

–Mais ou menos isso- falou Miranda- só um minuto- e se levantou – Robert pode ir andar de bicicleta, e pare de escutar atrás da porta, não me faça usar feitiços para você não escutar.

–Ah mãe- reclamou o garoto saindo de perto da janela.

–já falei que esse assunto não é para criança- falou Miranda- vá andar de bicicleta ou suba pra estudar, você esta atrasado em algumas matérias não?!

–Ta bom estou saindo- falou Robert caminhado em direção ao portão de forma irritada.

–Desculpe – falou Miranda voltando a se sentar- e que esse assunto não é para crianças mesmo.

–Tudo bem- falei- você pode em dizer o que aconteceu com as pessoas que morava naquela casa?

–E você do por que de virem de longe atrás da família Buster?- perguntou Miranda.

–A família Buster no passado fez negocio com a minha e eu descobri uns documentos sobre uns artefatos, e creio que eles tenham esses artefatos, e estou fazendo uma pesquisa e tudo mais- respondi.

–Quatro adolescentes?- perguntou Miranda arqueando a sobrancelha na minha direção, senti-a tentando invadir minha mente e bloqueie, espero que os garotos perceberam tal ato.

–E Miami- falou Fred sorrindo- viemos aproveitar enquanto ela faz a pesquisa dela.

–Entendo- falou Miranda- Mas lamento informar que aqui vocês não vão encontrar nada.

–Você conhecia a família?- perguntei para Miranda com a esperança de descobrir algo.

–Minha melhor amiga Jasmin Buster morava lá- falou Mirando com um certo brilho do olhar ao falar o nome da amiga- aconteceu um acidente há 20 anos e eles se mudaram.

–Que acidente?- perguntou Frank.

–A Mansão pegou fogo no 2° andar e o Sr. Buster morreu- falou Miranda – depois disso elas se mudaram.

–Você mantém contato com sua amiga?- perguntei.

–A ultima vez que falei com ela estava em NYC, mas isso faz meses- falou Miranda- se você quiser tentar a sorte nessa sua pesquisa.

–Acho que vou fazer isso- falei sorrindo e colocando o copo sobre a mesa – obrigado pela informação.

–Por nada – falou Miranda sorrindo.

Eu e os garotos levantamos agradecemos mais uma vez Miranda e saímos da casa.

–Acho que vamos para New York- falou Fred passando o braço pelo meu ombro e o do Jay ficando entre nos dois.

–Vamos almoçar e passar no hotel, então vamos-falei.

–Sem uma ida à praia antes?- perguntou Fred não acreditando no que acabei de dizer.

–Não estamos aqui para férias- falei me afastando deles e aparatando no beco próximo ao hotel em seguida, caminhei e direção ao hotel escutando os garotos atrás de mim.

– Deixa que eu falo com ela- falou Jay assim que entramos no saguão do hotel.

–Vamos comer por aqui mesmo- falou Frank atrás de mim.

Caminhei ate o elevador e apertei o botão.

–Não vai nem almoçar?- perguntou Jay parando ao meu lado.

–Vou arrumar minhas coisas depois desço, pode ficar ai com os garotos- falei entrando no elevador.

–Eu te espero- falou Jay entrando e apertando o nosso andar e parando ao meu lado.

–Ok- falei dando de ombros.

–Você pode me dizer o que esta acontecendo realmente- falou Jay olhando para mim.

–Não tem nada do que você já não saiba- falei sorrindo de modo irônico.

–Camila, achei que a fase de esconder as coisas já tinham acabado- falou Jay.

–E acabaram- falei saindo do elevador assim que abriu caminhando para o quarto.

–Não parece- falou Jay abrindo a porta me dando espaço para entrar.

–Não sabia que era obrigada a contar tudo para você James- falei fechando a porta.

–Não é- falou Jay me analisando.

–Me deixa sozinha por uma hora- pedi- vai almoçar com os garotos e vão a praia como tanto querem, e me deixa pensar sozinha- falei passando as mãos pelo cabelo de forma cansada olhando para ele.

–Camila o que esta acontecendo?- perguntou se aproximando e segurando meus braços.

–Nada, apenas preciso de espaço- falei me desvencilhando dos braços do Jay.

–OK- falou Jay parecendo magoado com a minha reação- só acho que é muito drama por apenas uma ida a praia.

–Não é apenas uma ida a praia- falei- e tudo isso e toda a situação. Ok? Eu vi você falando com os seus irmãos, eu vi seus pais preocupados, então o quanto antes voltarmos melhor, mas a única coisa que vocês querem e ir à praia como se nada tivesse realmente acontecendo. Como você acha que eu me sinto em relação a isso tudo?!

–Camila... - Jay começou a falar.

–Não me venha com Camila- falei o cortando- não é só uma ida a praia.

–Eu só...

–Me deixa sozinha um pouco, por favor, Jay- pedi me sentando na cama apoiando a cabeça nas mãos e os braços nas pernas.

–Ok- falou Jay saindo e fechando a porta atrás de si.

Joguei-me para trás na cama e fiquei olhando o teto. O que esta havendo comigo? Esses surtos todos, Jay veio para me ajudar como Fred e Frank eu poderia ser mais compreensiva, mas não tem como. A culpa por fazer o James ter vindo por afastar ele da família dele, a culpa pelos garotos quase terminarem o namoro. É isso no final das contas culpa, e não poder conversar com nenhum deles sobre isso não ajuda, sinto falta de poder ligar ou simplesmente aparecer na casa do Luke e falar e falar. Luke... Como será que ele esta? Será que tem problema ir ver ele? Ao menos de longe... Que mal faria? Levantei e caminhei ate a varanda, os garotos não estão à vista, uma hora não vai fazer mal. Fechei os olhos e aparatei em um parque próximo a casa do Luke. Sorri ao ver o parque vazio como sempre, me aproximei do balanço e me sentei daqui da pra ver o segundo andar da casa dele, balancei meu corpo para frente e para trás e os dias que passamos aqui veio em mente, toda vez que eu precisa conversar vínhamos para cá e passávamos a tarde aqui.

–Desculpa, não achei que teria alguém aqui- falou uma voz atrás de mim, não pode ser.

–E um parque – falei parando e me virando para a voz e como esperava era o Luke, ele não mudou quase em nada o cabelo impecável, calça jeans clara camiseta preta e uma camisa xadrez azul por cima, e o vilão em mãos- sinta- se a vontade- me levantei.

–Não precisa ir- falou Luke – você estava aqui primeiro, eu vou.

–Não fica- falei com certo desespero na voz, vendo ele se virar- o parque e grande o suficiente para os dois, não?

–Pode ser- falou Luke se virando para mim sorrindo de lado, como quando fica sem graça e caminhou em direção ao balanço deixando o do meio entre nos dois vazio, sentando na outra ponta- desculpa se parecer enxerido e tudo mais, afinal você nem me conhece... Mas você esta bem? Parece que tem problemas?

Nem mesmo se lembrando de mim, consegue me conhecer tão bem.

–Uns problemas ai- falei sorrindo de lado analisando melhor o rosto dele, parece triste.

–Se quiser contar sou bom ouvinte- falou Luke sorrindo.

–Apenas problemas demais- falei dando de ombros.

–Hum- falou Luke dedilhando o violão.

–Demons- falei ao reconhecer os acordes, fechando os olhos por alguns segundos para conter as lagrimas.

–Toda vez eu toco ela, tento entender o real significado dela, mas – falou Luke pensando alto, em seguida balançou a cabeça em negativa e sorriu- não consigo lembrar.

–Ela e bonita, digo a musica- falei sorrindo- deve ser por isso que você sempre toca ela.

–Deve ser- falou Luke sorrindo – você toca?

–Alguns instrumento e canto- falei sorrindo de modo convencido como fazia antes.

–E tem cara que tem bom gosto musical- falou Luke sorrindo divertido- vamos ver se tem bom gosto mesmo- começou a dedilhar outra musica. (link para a música aqui ).

Eu não sei o que eu to fazendo, mas tenho que fazer
Naquela noite que eu te conheci eu acho que nunca vou esquecer
Um momento quase perfeito inocente em seus defeitos
Tudo que é bom dura pouco e não acaba cedo. – Luke começou a cantar olhando apenas para o violão.

Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse adeus
Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse.- Luke cantou olhando para mim com certo sorriso.

Eu disse vamo embora to meio tonto
Preciso respirar lá fora
Me leve para sua casa
Eu quero dormir onde você mora
Eu passando mal e você ria
Tanto barulho eu não entendia
Mas concordava sem saber
Com tudo que você dizia.– Cantei o junto com o Luke que sorriu para mim.

Se me pedisse pra pular de um prédio
Eu diria sim
Qualquer coisa pra você gostar de mim.–Luke apenas tocou e olhou para mim deixando eu cantar sozinha enquanto fazia gestos com a mão ele ria.

Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse adeus
Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse.–Luke cantou sozinho e eu acompanhei batendo palmas no ritmo.

Eu perdi o rumo e comecei a delirar
Acho que prometi até parar de beber e de fumar
De repente a noite acaba e todo mundo some
Eu me lembrei que eu esqueci de perguntar o seu nome
Sem endereço nem direção por onde começar
Qualquer coisa pra poder te encontrar- Acompanhei Luke nessa parte.

Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse adeus
Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse.- Luke me deixou cantar sozinha.

Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse adeus
Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse.- Luke cantou sozinho.

Eu não como eu não rio
Eu não sei o que é adormecer
Me desculpe se eu fechar os olhos e
Desaparecer- cantei sozinha fechando os olhos.

Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse adeus
Agora pra sempre
foi embora mas eu nunca disse.- Luke cantou me fazendo abrir os olhos sorrindo, ao me deparar com o sorriso dele.

–Não é que você tem bom gosto musical- falou Luke sorrindo.

–Não esqueça a bela voz- falei sorrindo de modo convencido.

–Não posso negar, ate que canta bem- falou Luke rindo da cara que fiz.

–Sei que canto bem- falei jogando meus cabelos de modo convencido.

–Sim você canta tava apenas brincando- falou Luke rindo e negando com a cabeça.

–Eu tenho que ir- falei ao sentir meu celular vibrando no bolso, o peguei e vi o nome do Jay na tela, apenas bloqueei e coloquei de volta ao bolso- foi legal cantar com você- me levantei.

–Foi legal – falou Luke se levantando e me abraçando, aquele abraço apertado que eu estava precisando, o abraço que sempre ganhava dele antes- seja lá seu problemas e só seguir o coração que da tudo certo.

–Obrigada- falei retribuindo ao abraço – mas tenho que ir- me afastei ao sentir o celular vibrando no bolso novamente.

–Ok- falou Luke sorrindo e se afastando comecei a caminhar de costas para ele- ei espera.

–O que?- perguntei me virando para ele.

–Não sei seu nome- falou rindo.

–Camila- falei sorrindo e acenando.

–Luke- falou acenando para mim.

–Ate Luke- falei sorrindo e voltando a fazer meu caminho.

–Ate – falou Luke.

Assim que sai do campo de visão dele aparatei de volta na sacada do hotel.

–Onde você estava?- perguntou Jay assim que apareci na sacada- e por que não atendi o celular?

–Precisa de ar- falei dando de ombros observando Fred e Frank sentados na cama observando- bem estou aqui não estou sem se preocupar.

–Você às vezes tem atitudes que me tira do seio- falou James demonstrando irritação.

–Me diz que ao menos foram à praia- falei- por que eu vou almoçar e estou saindo em seguida.

–Bipolaridade domina essa garota -falou Fred ao me ver saindo do quarto.

Caminhei em direção ao elevador e apertei o botão esperando, o pouco tempo que fiquei naquele parque com o Luke, mesmo ele não se lembrando de mim do nosso passado, me fez bem. Na verdade o abraço dele me deu certa coragem. Sem contar com a escolha da musicam, e como se ele adivinhasse, como uma indireta para o que aconteceu conosco.

–Vai me dizer onde estava?- perguntou Jay entrando no elevador comigo.

–No parque- respondi sem dar detalhes, evitando olhar para ele.

–No parque?- perguntou Jay como se não tivesse acreditando no que escutou.

–Olha eu precisava pensar colocar as ideias no lugar só isso- falei suspirando.

–Você sabe que pode contar comigo- falou Jay.

–Eu sei que posso- falei respirando fundo e olhando para ele em seguida- é só que eu não posso falar certas coisas com você diretamente, sabe tem coisas que e preciso ficar só comigo – e talvez um amigo para escutar completei em pensamento.

–Por que tanto segredos?- perguntou James ao sair do elevador comigo.

–Eu estou cansada desse assunto- falei por fim.

–Como você acha que eu estou?- perguntou Jay revidando.

–Você quer conversar então vamos conversar- falei me irritando e puxando Jay pela mão em direção a piscina que esta calma me sentei em uma espreguiçadeira mais afastada de todos- Estava no Brasil, em um parque que costumava ir para pensar.

–Como?- perguntou Jay sem acreditar.

–Precisava ver se ele estava bem- admiti abaixando a cabeça- Jay a única coisa que venho sentindo ultimamente e culpa por tudo que está acontecendo. Culpa por fazer você se afastar da sua família, pelo o que aconteceu com a minha família, com meus amigos, pelos garotos estarem arriscando o namoro e ate mesmo a vida deles. E não adianta falar que não é culpa minha, pode ate não ser realmente, mas esse sentimento não vai sair de mim, não assim...

–Hey- falou Jay se sentando na espreguiçadeira e passando a mão pelo meu rosto fazendo olhar para ele – tudo vai ficar bem. Ok?! Confia em mim tudo sempre da certo para os mocinhos não é mesmo?

–E o esperado- falei sorrindo e abraçando o Jay- desculpa pelos meus surtos.

–Tudo bem- falou Jay no meu ouvido retribuindo ao abraço- agora você vai ir comer algo e eu e vou falar com os garotos- se afastou olhando para mim.

–Ok- falei sorrindo me levantei com o Jay- vou comer aqui no restaurante mesmo, encontro vocês no quarto?

–Certo- falou Jay sorrindo.

–Daqui a pouco subo- falei-me aproximando e dando um selinho no Jay, que segurou minha cintura e aprofundou o beijo.

–Quer que eu te acompanhe?- Jay perguntou ao separar nossos lábios.

–Não precisa- falei sorrindo e caminhando na direção do restaurante.

Almocei e subi encontrando os garotos no quarto Fred e Frank estão sentados no notebook e o barulho do chuveiro ligado no banheiro mostra que o Jay esta lá dentro.

–Hey- falei caminhando ate minha mochila.

–Myla- falou Frank chamando minha atenção.

–Diga- falei olhando para ele.

–Desculpas, vamos fazer o que temos que fazer o que viemos fazer- falou Frank.

–E depois que fizermos o que temos que fazer você vai passar em psicólogo para tratar dessa sua bipolaridade- falou Fred nos causando risadas.

–Ok- falei sorrindo- e desculpa o surto de mais cedo.

–Tudo bem- falou Frank sorrindo.

–Estamos acostumados- falou Fred- eu acho- fez uma careta.

–Ainda bem- falei sorrindo e abraçando os dois juntos.

–Vejo que esta tudo bem- falou Jay saindo do banheiro com uma calça Jens escura, e a toalha sobre os ombros enquanto seca o cabelo.

–Sim esta- falei sorrindo- vou tomar banho e arrumar as coisas e vamos- olhei para os garotos.

–Ok – falou Frank se levantando- tenho que arrumar as minhas também.

–Uma hora saímos?- perguntei na porta do banheiro.

–Beleza- falou Fred saindo com Frank do quarto.

Tomei banho e me troquei (roupa da Myla aqui ) arrumei minhas coisas e desci com os garotos, pagamos a diária do hotel e caminhamos ate o mesmo beco de mais cedo e aparatamos em uma viela em NYC, saímos em direção a rua movimentada andamos cerca de 30 minutos, procurando por um hotel.

–Estou com calor- falei amarrando minha xadrez azul na cintura.

–Esta quente mesmo- falou Frank- que tal aquele hotel?- apontou para o outro lado da rua.

–Pode ser- falei dando de ombros, não aguentando mais andar.

–Esses hotéis são incríveis- falou Fred invadindo meu quarto e o do Jay após nos acomodarmos.

–Não posso negar- falei sorrindo e olhando pela janela a cidade movimentada, agora com todas as luzes acesas a vista e magnífica.

–Vamos sair e comer algo como ontem?- perguntou Fred- por que estou com fome.

–Vamos agora então- falei sorrindo e saindo do quarto com os dois logo atrás de mim.

Como na noite anterior acabamos optando por uma lanchonete não muito longe do hotel, comemos e demos uma pequena volta pela cidade movimentada. Ao voltarmos para o hotel falamos com o Harry, contando o que descobrimos em Miami e que iríamos tentar por aqui em Manhattan- NYC algo. Foi um conversa breve tanto como com a Gina, fiz o Jay ligar para casa e saber como esta por lá.

–Acho que estamos perdidos- falou Frank olhando o nome da rua novamente.

–Dá para vocês ao menos ficarem quietos e andar ate o final da rua- perdi andando na direção da rua que a Hermione falou morar a Família Buster.

–Mas...- falou Frank respirando fundo e me seguindo com os garotos- Olhei essa rua inteira- disse ao chegarmos no final dela- não tem o numero que a Hermione falou.

–Ela não erra- falei pensando alto- e se for igual ao Largo Grimmauld,

–Mas se fosse a gente poderia ver- falou Fred.

–E se- falei analisando melhor a casa em nossa frente onde deveria estar o numero 45- tiver um feitiço de ocultação.

–E como você pretende descobrir isso- falou Fred olhando para mim.

–Talvez algo simples para algo tão grande resolva- falei pegando minha varinha- Specialis Reve...

–Posso ajudar?- perguntou uma senhora Morena com olhos acinzentados, mediana parece ter cerca de 45 anos- olhou para minha varinha- vocês deve ser os adolescente que Miranda viu em Miami.

–Desculpe – falou Jay- mas você e a Jasmin Buster?

–Sim e o senhor é?- perguntou a mulher

–James Potter- falou Jay –esses são Fred Weasley, Frank Longbottom e Camila Pardo.

–Pardo?- falou a senhora parecendo surpresa.

–E um prazer- falei sorrindo- mas Sra. Buster poderíamos conversar?

–Claro- falou Jasmin- imagino sobre o que você queria falar, e não pode ser tratado aqui fora.

–Se não for incomodar- falei sorrindo.

–Venham- falou Jasmin atravessando a rua e ao se aproximar vi usando a varinha a casa que estávamos procurando aparecer, olhei para os garotos e dei um sorriso que diz “eu não falei?!” e continuamos seguindo a Jasmin -entrem- falou abrindo a porta e nos dando passagem seguimos pelo hall de entrada ate chegar na sala, onde nos sentamos- Imagino que você venha atrás da pedra não?Digo à parte que esta conosco.

–Sim- falei ficando mais aliviada por ela ir direto ao ponto.

–Por que você está atrás dela?- perguntou Sra. Buster.

–E algo bem complicado- admite.

–Gostaria de saber o quanto- falou sra. Buster.

Então contei toda a historia, desde a tentativa de roubo no meu cofre que por conhecidência tirei a pedra no dia, aos ataques que ocorreram a minha família e amigos, aos ataques recentes e sobre o que desconfiamos e temos certeza que pode acontecer.

–Sei que estou sendo vigiada- falou Sra. Buster- só não sei por quem. E pelo o que você me falou deve ser alguém que esta com essa garota. Mas não sei se devo entregar ela á você.

–Por que não?- perguntou Fred.

–Essa pedra e o motivo de eu ter saído da casa que morei minha vida toda- falou Sra. Buster.

–O que aconteceu?- perguntou Frank.

–Meu pai guardava a pedra, foi passada do pai dele para ele. Essas coisas de famílias antigas. E quando Voldemort estava ameaçando a voltar meu pai temeu que ele fosse atrás da gente, que de algum modo ele descobrisse sobre a pedra e acreditasse nas histórias sobre ela. Então ele tentou destruí-la- falou Jasmin.

–Mas só se pode destruir a pedra ela estando completa- falei me lembrando de ter lido isso no livro- só se ele descobriu um modo...

–Não ele achou que tinha um modo – falou Sra. Buster olhando para mim – só que estava errado.

–O que ele tentou?- perguntou Jay.

–Fogo Gubraiciano conhecido também como Fogo Perpétuo- falou Sra. Buster- só que ele perdeu o controle e bem.

–O primeiro andar pegou fogo- conclui Fred.

–E ele não sobreviveu- falou Sra. Buster com os olhos marejados porem se recompondo rapidamente- entendam essa pedra não trás felicidade...

–Eu sei bem- falei olhando nos olhos da sra. Buster- por isso mesmo que quero destruí-la, não é isso que você também quer? Eu prometo que vou destruí-la.

–Sim eu quero- falou Sra.Buster- e o que mais quero.

–Então nos entregue a parte que esta com você – falou Frank- garantimos que vamos destruí-la.

Jasmin analisou nos quatro como se estivesse vendo nossa alma, após alguns minutos em silencio e após um longo suspiro ela disse- quero-a destruída, você me promete?- perguntou olhando para mim.

–Prometo- falei- pela minha vida.

–Eu acredito em você- falou Sra. Buster soando sincera “eu também e não gostei” murmurou Jay ao meu lado muito baixo, apenas fingi que não escutei e se mais alguém escutou fez o mesmo que eu- me acompanhe por favor Pardo- Sra. Buster se levantou e fiz o mesmo como os garotos- se não se importam gostaria de entregar para ela sozinha- olhou para os garotos.

–Já volto- falei olhando para os três que não gostaram nem um pouco de serem deixados ali, mas segui a Sra. Buster para fora da sala. Entramos em um corredor que nos deu uma porta que e uma biblioteca, ela caminhou por algumas prateleiras da enorme estante e pegou um livro com capa verde de couro e ao abri-lo mostrando ter um buraco no lugar que era pra ter as paginas, revelando um saquinho de veludo verde escuro- aqui esta- tirou de dentro um pedaço da pedra nos mesmos tons da minha- você esta com a outra parte?

–Sim – falei pegando um saquinho de veludo vermelho do meu bolso, o carrego para todo lugar nunca fica longe de mim e tirei a pedra mostrando para ela, quanto aproximamos ambas as partes esquentaram e emanaram certo poder- você...

–Sim- falou Sra. Buster- apenas destrua ela.

–Eu vou destruir- falei dando minha palavra.

–Sei que vai- falou Sra. Buster - acredito em você- e me entregou a parte dela da pedra, onde coloquei junto com a minha- sugiro que você se mude sabe, você disse estar sendo vigiada.

–Eu sei me cuidar Srta. Pardo, não se preocupe comigo e sim com a sua missão.

–OK- falei sorrindo minimamente para ela.

–Seus amigos devem estar agoniados com a nossa demora- falou Sra. Buster sorrindo me fazendo sorrir e fez o caminho de volta para a sala comigo a seguindo encontrando os garotos sentados no sofá.

–Vamos?- perguntou Jay me olhando.

–Sim- falei sorrindo- obrigada sra. Buster- olhei para ela e sorrindo agradecida.

–Não me agradeça por estar te ajudando em uma missão meio suicida- falou Sra. Buster seria porem com um leve sorriso no rosto como se fosse tornar mais leve o seu comentário.

–Desculpe o incômodo- falou Frank se levantando.

Sra. Buster apenas sorriu e caminhou em direção ao hall onde nos despedimos e caminhamos para fora, vendo a casa desaparece poucos minutos depois de estar fora dela. Caminhamos em direção ao hotel em silencio. Ao chegarmos fomos todos para o meu quarto.

–Então cadê?- perguntou Fred.

–Aqui- falei tirando do bolso e mostrando as duas partes.

–Próxima parada México – falou Frank sorrindo.

–México – falei sorrindo de lado.