Algumas quadras do edifício Bushwell, havia uma casa modesta aonde um casal de adolescentes se engolia no sofá de tanto se beijar. Era uma loira e um moreno, ambos não muito altos, mas com uma diferença de altura perfeita para qualquer casal.

Eles estavam se encontrando na casa da família dela, os Pucketts, por dois motivos:

Seus amigos não gostavam de quando eles demonstravam afeto um pelo outro na frente deles e eles realmente queriam se pegar naquele momento.

Eles não podiam se pegar na casa do moreno, pois a neurótica da mãe dele podia chegar mais cedo do trabalho e os pegar no "agarra-agarra". Freddie tinha certeza que se ela os pegasse no ato, a reação seria pior que a que ela teve quando o pegou com Carly .

Certamente não era uma questão de vergonha da parte de Freddie por namorar Sam. Ela sabia disso. Pra ele, depois de duros e longos anos na fria friendzone, era incrível ter uma namorada tão incrível e bonita (e gostosa) como Sam. Mas, a mãe dele com toda certeza surtaria ao vê-lo namorando qualquer pessoa e como Sam e Marissa nunca se deram exatamente bem, logo Sam sabia do quão estressante seria a vida dos dois se ela descobrisse.

Ambos estavam tendo provavelmente um dos amassos mais quentes que já tiveram. Estavam pressionados um contra o outro com ela sentada no colo dele. Ele segurava fortemente a cintura dela e ela por outro lado não deixava as mãos paradas: acariciando os cabelos macios dele, segurando o pescoço dele ou os ombros largos.

Sam estava definitivamente inquieta. Já não era a primeira vez que ambos ficavam sozinhos sem supervisão nenhuma, mas ela finalmente entendia o ditado "quando se acende em cima, também se acende em baixo".

Um dos lugares aonde eles sempre vinham namorar era a casa dela, justamente pelo fato de que nunca tinha alguém em casa. A mãe dela estava sempre fora com um dos mil namorados dela. Pam tinha melhorado, mas ainda tinha conservado muitos hábitos ruins.

Sam pensava o quanto que Pam sempre estava a procura do amor verdadeiro e como que ela sempre oferecia a esses homens a mesma coisa: sexo. Sam nunca tinha achado ninguém que merecesse isso dela, mas ela tinha quase certeza de que Freddie era a excessão (também, gostoso daquele jeito).

Sua mãe era o único exemplo que ela tinha. Inconscientemente estava seguindo os mesmos passos de Pam ao tentar fazer o quê estava prestes a realizar, mas nem se deu conta disso.

Começou a desabotoar a camisa azul-escura dele enquanto se beijavam. Ela ainda se esfregava nele e ele começou a perceber as segundas intenções por trás do amasso.

— S-sam... O quê você está fazendo? — perguntou nervoso.

— O quê você acha que eu estou fazendo? — perguntou com um sorriso entre travesso e malvado. Depois mordeu o lóbulo da orelha dele.

— Sério, Sam, para. Se-senão, eu não respondo mais p-por mim. — disse ele alertando. Sabia que por mais que no "modo Freddie normal on" não importava o quanto tempo ele passasse na academia, Sam ainda seria mais forte que ele, mas temia que no "modo Freddie tão excitado que não está batendo vem das ideias e só quer enfiar a chave na fechadura on" ele conseguisse a dominar a qualquer custo, querendo ela ou não, recorrendo talvez a genética que assegurava que os homens tinham mais força que as mulheres.

— Talvez eu não queira que você tenha controle. — quando ela começou a morder o pescoço dele e distribuir chupões ele não aguentou e gemeu baixinho. Um gemido que fez Sam querer seguir ainda mais a diante.

Freddie quase se entregou de vez ao momento, mas balançou a cabeça e deu um empurrãozinho de leve em Sam.

— Sammy, é sério. A gente não namora nem há quinze dias...

— Mas, já fazem mais que sete... — ela arqueou a sobrancelha de forma sensual. Freddie já estava desistindo.

— Mas, a gente nem tem preservativo...

— Pff. Você já conhece a minha mãe. Tem um monte no banheiro e um bem aqui... — disse ela pegando um preservativo entre algumas coisas na cômoda. A mãe de Sam era realmente bem precavida. —, além de pílula. Que eu já venho tomando há alguns dias, só pro caso de... Você sabe. — disse Sam se inclinando constrangida. Ao fazer isso dava pra ver até demais no decote redondo da blusa dela.

Freddie levantou as sobrancelhas. Não sabia que Sam já pensava neles fazendo... "Aquilo". É claro que ele como garoto já pensava nisso. Era até um dos mais frequentes motivos para ele acordar de barraca armada (é claro que a circulação sanguínea durante a noite faz todo homem acordar "com barraca armada" tendo sonhos "especiais" ou não, mas os sonhos que Freddie estava tendo naqueles dias eram certamente especiais), mas era estranho pensar que ela pensava e que já estava até mesmo se precavendo. Ele suspirou.

— Eu... Ah, sei lá, Sam. Não é que eu não queira fazer. Não é mesmo que eu não queira fazer, mas é que... Dizem ser uma noite tão especial. Eu queria que fosse mais planejado, sabe? — Sam parou para pensar. Realmente fazer isso no sofá da casa da namorada não é algo especial.

— Acho que você tem um ponto. Não conte pra ninguém ou eu te quebro os dentes, mas eu sempre imaginei que teriam pétalas de rosa sobre a cama quando acontecesse. — Freddie assentiu.

— Sim! E pouca iluminação... — ele disse animado.

— ...Talvez a luz de velas... — ela disse sonhadora.

— ...Durante a noite, bem estrelada, sobre a luz da lua cheia...

— ...Com uma incrível peça de presunto do lado da cama porque dizem que dá fome. — ela disse e ele riu.

— ...Uma musiquinha ambiente na hora H... — ele disse com um tom safado e dessa vez ela riu.

— ...E uma romântica nas preliminares, talvez...

— ...Running Away! — os dois disseram ao mesmo tempo com a mesma empolgação. Eles riram. — Você se lembra? — riram de novo.

— Mas, é claro que eu me lembro! Foi o meu primeiro beijo. Dizem que o primeiro beijo é mais memorável do que a primeira vez... — comentou Freddie.

— Ei, você já parou para pensar que nós vamos ter em comum o primeiro beijo e a primeira vez?

— Own, somos tão agridoces que aposto que os outros casais agridoces querem nos chicotear! — disse Freddie com ironia na voz. Sam riu e abraçou ele.

— Desculpe por tentar apressar as coisas... — enquanto eles se abraçavam ele fazia cafuné na cabeça dela.

— Tsc, tudo bem. Na verdade talvez eu quem tenha que pedir desculpas, afinal joguei um balde de água fria sobre as suas expectativas.

— Nah, mamãe sabia que demoraria para convencer um certinho que nem você. — Freddie revirou os olhos, mas com um sorriso no rosto. Ela quebrou o abraço. — Freddie, a gente vai mesmo fazer isso?

— Mas, é claro! Esse final de semana mamãe vai ir num seminário de bactérias lá e como o meu quarto tem iluminação especial e uma ótima acústica pra música nós podemos fazer lá mesmo.

— Hm, parece que alguém ficou animadinho.

— Mas, é claro! Acredite em mim, eu quero muito fazer isso. — ele disse com um sorriso no rosto e beijou a testa dela. Depois o nariz. E então a boca. Começou bem inocente, mas foi se intensificando no sofá mesmo. As línguas entraram rapidamente em ação. Ela segurava no ombro dele e ele ficava por cima dela, segurando em sua cintura. Em algum ponto ele viu que estava perdendo o controle e só lhe restava uma coisa sensata a fazer: pegar a camisinha que estava na cômoda ao lado do sofá.

•••

Alguns minutos depois, ambos estavam respirando pesadamente no sofá. Era bem largo e os dois conseguiam deitar apertadinhos nele. Talvez nem tão apertadinhos quando se estavam completamente sem roupa, como era o caso deles.

— Uau! — ele disse em algum momento. Era a segunda vez que ele disse isso naquele dia. A primeira foi quando ela tirou o sutiã.

— Opa. — disse ela travessa.

— Isso foi...

— ...Bom.

— É, bom... Bom...

— Quer fazer de novo?

— Eu realmente quero, Sam, mas... Acho que vamos ter que esperar uns minutinhos até...

— Já entendi. — ela o cortou. Entendia a genética masculina e como que as mulheres eram mais "animadinhas" nesse assunto, por mais que ela quisesse muito bater naquela bunda durinha dele. Fazer academia realmente dá resultado. — Enquanto esse minutinhos não passam, eu vou pegar um presunto na geladeira. Dá fome mesmo. E quando eu voltar, pode me explicar por favor que treco era aquele que você usava na cueca?