A Droga escrita por Praude


Capítulo 1
A Droga




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Magrí, Calu, Miguel, Crânio e Chumbinho saíram da escola.

-Finalmente! –Disse Chumbinho entusiasmado.

-Amanhã estaremos no Rio de Janeiro.

Os cinco foram pra casa e passaram a tarde fazendo as malas e arrumando o que fosse preciso para saírem na manhã seguinte. Foram todos dormir cedo, pois iriam se encontrar com o Detetive Andrade antes de partirem para a despedida.

Os Karas acordaram cedo, se arrumaram e seus pais os levaram até a praça, onde encontrariam Detetive Andrade que os levaria para o aeroporto. Miguel foi o primeiro a chegar, logo em seguida Crânio, Magrí e Chumbinho chegaram quase juntos e ficaram esperando a Chegada do Detetive Andrade.

-Olá, onde está Calu?

-Atrasado, como sempre –Era o líder dos Karas quem falava.

Detetive Andrade abraçou-os e eles ficaram lá, a espera de Calu. O garoto logo chegou e eles entraram no fusca do Detetive. Foram até o aeroporto falando para onde iriam quando chegassem ao Rio.

Logo estavam no Aeroporto Internacional de Cumbica, estava quase na hora do voo e o Detetive Andrade tinha que ir para a delegacia, se despediram com abraços e ficaram a espera do avião. O avião chegou não muito depois da despedida e os Karas entraram.

Sentaram-se Magrí, Crânio e Miguel de um lado, Chumbinho Calu e uma mulher desacompanhada do outro lado. Os Karas estavam conversando sobre as belezas do Rio de Janeiro e como aproveitariam a viagem, mas Magrí só prestava atenção nos rumores sobre uma nova droga que havia chegado lá pouco tempo atrás.

A menina ficou interessada e se virou para trás com a intenção de perguntar para o menino da cadeira de trás sobre o assunto, já que ela o ouvira comentando sobre o assunto.

- Se chama Metanfetamina – Disse o homem- Está fazendo muito sucesso, dizem ser um cristal azul e muito forte. A polícia está atrás do laboratório em que estão fabricando isso, mas não descobriram nada ainda ou descobriram e não divulgaram.

-Você é de lá? Desculpe, eu sou Magrí e estou com meus amigos indo viajar lá, somos de São Paulo. Qual o seu nome?

-Rafael, prazer Magrí. Sou carioca, estava em São Paulo para o aniversário de 16 anos de minha prima.

Rafael era um jovem bonito, era alto tinha cabelos castanhos claros e lisos, sua pele era branca, mas não a ponto de ser pálida e seus olhos eram azuis. Ele usava uma calça jeans, um All Star preto e uma camisa branca onde tinha uma foto de alguém que Magrí não conhecia, era um homem loiro com o cabelo comprido e liso, ele estava sem camisa e era particularmente magro, também usava um pano vermelho na cabeça em que estavam desenhadas algumas caveiras brancas. Ele tinha um belo sorriso e aparentava algo em torno de 19 anos.

Magrí virou pra frente novamente e falou com Crânio e Miguel que estavam ao seu lado sobre a droga, Crânio já percebendo a empolgação de Magrí disse:

- Nem pense em desvendar o laboratório, estamos de férias e vamos curtir.

-Não me parece má ideia- Disse Chumbinho –Aliás, já fizemos coisas mais difíceis.

Eles ficaram conversando o resto da viagem sobre a droga e às vezes Magrí se virava para perguntar algo para Rafael. Quando chegaram ao Rio foram direto para o hotel onde ficariam, Copacabana Palace.

Era quase hora do almoço, mas eles resolveram ir primeiro na praia de Copacabana, acharam incrível, mas logo a fome bateu e eles tiveram de ir ao hotel para almoçar. No caminho para o hotel que não era longe da praia, eles encontraram Rafael passando feliz.

-Rafael? Oi! Sou a Magrí do avião, que coincidência você mora por aqui?

-Magrí, olá! É eu moro em uma cobertura aqui perto, vocês estão no Copacabana Palace?

-Estamos a propósito eu não lhe apresentei meus amigos. Crânio, Calu, Miguel e Chumbinho, este é o Rafael com quem eu estava conversando no avião.

-Oi, Rafael –Disseram os garotos quase que em coro.

-Precisamos ir para o hotel, estou morrendo de fome.

Eles foram para o hotel, comeram como loucos para depois visitarem o Corcovado. Como aquilo era bonito! Uma verdadeira obra de arte, Magrí principalmente se sentiu no céu. Ela sentia cada vento que batia em seus cabelos e cada beleza que via naquela cidade que era realmente maravilhosa.

Voltaram para o hotel satisfeitos, gostavam de andar para reparar em cada detalhe da cidade. Na esquina do hotel viram um homem com aparência horrenda, ele tinha olhos fundos e sem esperança, era pálido e muito magro. O homem estava pegando um pacote embrulhado com papel e entregando algum dinheiro para outro homem que eles haviam visto lá mais cedo. O homem com o dinheiro subiu em uma moto e saiu em disparada.

Magrí tinha fingido amarrar os sapatos para ver a cena, ela achava ser Metanfetamina o conteúdo do pacote. Quando o homem com o dinheiro se foi, Magrí se levantou e falou para Calu seu palpite.

Eles foram para o hotel e ao chegarem Magrí declarou:

-Temos que fazer algo a respeito deste laboratório e começarei amanha de manhã, vocês vêm comigo?

Os garotos hesitaram por um instante, mas sabiam que Magrí não iria desistir, então concordaram, mas ela queria saber com que eles estavam lidando e perguntou para Crânio quais os efeitos da droga.

-A Metanfetamina pode causar alucinações, fazer com que a pessoa se sinta mais ativa, confiante e às vezes invencível, impulsiva, menos propensa a sentir dor, com alta libido e menos inibições. Além disso, eleva a temperatura do corpo, os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea a níveis perigosos, com risco de ataques cardíacos, derrame cerebral, coma ou morte. A pessoa pode ficar dias sem comer ou dormir. O fim do efeito pode deixar o usuário se sentindo exausto, agressivo e paranoico, e, em alguns casos, pensando em suicídio. Dependendo de como se aplica o cristal, pode-se danificar os pulmões, nariz, boca e estômago.

Na manhã seguinte eles acordaram cedo, tomaram café e foram para a esquina do hotel. Esperaram até que aparecesse o homem do dia seguinte. Ele apareceu quase ao meio dia e olhou para os garotos desconfiadamente, mas ficou em silêncio.

-Onde acho Metanfetamina? –Disse o ator dos Karas.

O homem nada falou, fingiu não ver as pessoas que estavam lá e olhou para rua como se fosse atravessa-la.

-Não sou policial –Disse Calu- Estou viajando e queria algo para me divertir.

-Me encontre aqui às 18h e lhe darei um pouco, traga 100 reais em dinheiro e isso dará para você e eles.

-Estarei aqui.

Eles saíram, foram até o Pão de açúcar e depois a praia de Ipanema, mas eles não se concentravam na diversão, somente ficavam olhando o relógio com aquelas horas que nunca passavam, mas às 18 horas estavam na esquina do hotel esperando o homem.

O homem chegou novamente em uma moto com um pacote embrulhado em papel, pegou o dinheiro e entregou o pacote para os garotos.


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