Sempre Estive Morto escrita por Nena Lorac


Capítulo 1
O Silêncio Mata


Notas iniciais do capítulo

Acho que HetaOni foi o único jogo de terror/suspense que eu joguei (sou medrosa para kraleo em relação a esse tipo de jogo!).
E depois de jogar esse troço umas quatro vezes, e de ler muitas fanfics em relação a isso, eu resolvi fazer a minha própria, e como vocês devem saber, eu tive que colocar o Matthew!~~
Não que eu realmente quisesse que isso acontecesse, mas no mundo de HetaOni essas coisas acontecem...

OBS: não estou acostumadas a escrever fics desse tipo, e qualquer coisa, me avisem para melhorar!

Boa Leitura! (Ou não, né! É HetaOni!)



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O tic-tac incessante de um relógio ficava mais alto e a sua cabeça iria explodir se ouvisse aquilo por mais algum tempo. Mas de qual relógio seria? Onde ele estava? Ele não queria experimentar aquela sensação agoniante de visualizar seus amigos morrendo. Ele queria permanecer calado e só se manifestar caso fosse necessário. Mas por favor, que não visse aquelas coisas novamente.

Ele não sabia quantas vezes já tinham feito aquelas mesmas coisas. Aquelas mesma ações. Essa vez seria qual? Com certeza já tinha passado da decima... Quantas vezes ele já tinha morrido naquele maldito lugar? Não bastava visualizar a morte dos outros, ele tinha que se ver ao chão, caído ao lado daquele piano branco com muito sangue em volta. A morte possivelmente foi por causa de uma daquelas coisas, aqueles denominados de Steves...

“Eu estou me vendo... morto.”

Com certeza alguém quebrou algum relógio. Mas ele não esperava que a sua visão dessa vez seria dele mesmo. E talvez o pior nem fosse o fato de estar jogado sem um único suspiro de vida naquele chão terrível, e sim o fato de não ter ninguém por perto. Nem mesmo na hora de sua morte aqueles países tinham a decência de pelo menos lhe dar um último adeus. Mas de tanto tempo que já estava preso naquela mansão, Matthew aprendeu a ignorar esses fatos. E querendo ou não, ele teve que aprender a confiar mais naqueles caras... Mesmo que Ivan não demonstrasse tanta confiança quanto necessário.

Ele voltou daquele transe totalmente assustado por causa da quebra de um relógio, e logo que abriu os olhos para a realidade, pode enxergar Francis ao seu lado. A cara dele... isso era uma cara de desespero ou de preocupação? Por que ele era o único que fazia essa cara? Ao olhar ao redor, os outros só estavam meio tontos e preocupados com Feliciano. Francis deveria fazer o mesmo.

– Matthew, o que você viu?

– Nada que você tenha que se preocupar, eu estou bem.

– Seu susto não foi normal. O que você viu?

– Já disse que não foi nada.

Francis segurou a gola da camisa de Matthew e o puxou para mais perto com o intuito de fazê-lo falar. Matthew apenas segurou a mão dele e pediu para Francis que o solta-se, e vendo que ele não faria isso, ele apenas se calou mais ainda.

– Quem você viu morrer? – Matthew apenas virou o rosto, ele não queria responder aquilo – Pare com essa brincadeira e me conte logo! – Matthew continuava calado e fazendo com que Francis perdesse a paciência – Por acaso fui eu que morri??

– Não... Agora me solte.

Os outros encaravam a briga daqueles dois, e até tentaram apartar. Mas foi inútil. Francis queria a maldita resposta. Qual era o problema de falar sobre a visão infernal que todos teriam naquele lugar? Francis então fez com que Matthew levantasse e o colocou em uma cadeira. Ele queria saber o por quer dele ter acordado da visão tão assustado e com um aspecto triste.

De tanto pressionar Matthew, Francis já estava desistindo de conseguir alguma resposta. Acho que o canadense conseguia ser firme e forte quando ele queria e do jeito dele. Ele não poderia cobrar muito depois de ser vencido pelo cansaço.

De repente alguns barulhos foram ouvidos de um dos quartos, e todos já ficaram de prontidão em relação aos seres que rondavam aquele lugar. E depois que dividiram os grupos, o grupo que iria tentar deter o tal Steve se foi. Mas por algum motivo, Matthew se sentiu estranho em relação ao grupo que tinha ido. Talvez eles não devessem ter saído!

“Não, eles não podem morrer!”

Sem pensar muito sobre suas ações, ele saiu em disparada atrás do grupo. Mas para qual andar eles tinham ido dessa vez? Será que eles foram para a os andares superiores? E sem demorar e não notando os riscos que estava se expondo, Matthew seguiu para esses andares. Nada. Não encontrou absolutamente nada! O que será que tinha acontecido com eles? Ele então voltou a sua direção para a porta que dava acesso a sala do piano.

Adentrando naquele local, ele pode perceber algumas partituras nele. Eram as melodias que Arthur e Feliciano tinham tocado uma vez. Mas por que elas continuavam ali?

“Será que eu devo tocar isso?”

Mesmo tendo isso em mente, Matthew não pode nem tocar uma nota sequer. Uma das criaturas surgiu do nada e começou a ataca-lo. Era tanto sangue saindo que ele não tinha mais certeza se ainda conseguia sentir alguma coisa. Ele só caiu pesadamente ao lado daquele piano esperando que aquele monstro fosse embora.

“Isso é tão parecido com aquela visão... Será que isso ainda ia acontecer quando eu vi aquilo?”

Se passou alguns minutos e Matthew estava perdendo cada vez mais a sua consciência. Talvez morrer naquele lugar não fosse tão ruim. Ele não precisaria ser mais humilhado sendo visto daquele jeito pelos outros. Talvez ele sempre estivera morto e a visão foi só para alertá-lo disso. Aquele sentimento ruim era o de sacrifício, com certeza. Ele tinha que evitar a morte desnecessária dos outros países. Ele não faria diferença naquela mansão.

“Acho que eu deveria ter contado isso para Francis... sabe... ter trocado as minhas últimas palavras com ele.”


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Notas finais do capítulo

Pretendo voltar a jogar HetaOni para relembrar algumas coisas. Sinto que depois de UM ANO sem jogar, eu possa ter errado em alguma coisa...

Mas enfim, essa foi a minha versão do Matthew em relação a um dos loops do jogo (não me pergunte qual!) e espero que tenha ficado boa, mesmo que tenha ficado curtinha.

Obrigada por lerem~~



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