Chaos escrita por Scoutt


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Bom dia?!

Agradeço a querida Ally Stoll, por ter comentado meus últimos capítulos postados, e estou mentalizando pra trazer de volta todos os leitores, se vcs sentirem uma magneticidade puxando vcs pro computador, sou eu.

Espero que estejam todos curiosos para o que aconteceu com a Ariza no último capítulo, saberemos agora o que houve depois daquela cena na sala de jogos.

Bye. bye.



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Eu estava na trilha de um sonho. De um lado estava a realidade, e do outro, o sonho.

Eu andei para a realidade, então corri, e me cansei, ela ficava cada vez mais longe, e aos poucos começava a desaparecer.

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— EU QUERO SAIR DAQUI! – gritei para o escuro. - EU QUERO SAIR DAQUI! Por favor, eu quero sair daqui... – pânico, cada vez maior.

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Ariza. – a voz era doce, e vinha do escuro.

— Onde?Quem está ai? – era idiota perguntar isso, mas eu estava tão só, que já não sabia o que dizer ou fazer.

— Ariza, saia do escuro. Venha aqui.

— EU NÃO CONSIGO!

— Ariza, o que minha menina não consegue fazer? Saia do escuro, você está pronta, precisam de você.

— Eu na consigo mãe. – a palavra me surpreendeu, mãe, como poderia ser ela?

— Siga minha voz, e venha. Existe mais dentro de você, do que você pensa.

— Não existe, todos me deixam porque eu sou vazia, nada em mim consegue prender as pessoas!

— As pessoas eram Ariza, agora venha, venha logo. Eles precisam de você, seus amigos.

— Quem é você – me encolhi na escuridão e puxei meus joelhos para junto de mim —, o que você quer de mim?!

— Quem você chamou antes de me ouvir Ariza? Quem você sempre chamou? – silêncio, meu coração doeu, as lágrimas quentes escorreram nas minhas bochechas e o reconhecimento adentrou na minha mente.

Mãe. Eu sempre chamei minha mãe. – a escuridão se desfez.

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Ela estava na minha frente, minha mãe, mas era estranho, era como se nenhum tempo tivesse passado, ela ainda estava como nas últimas fotos, linda, mas sem aquela barriga gigante, afinal eu estava ali.

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— Ariza? – ela sorriu e bateu ao seu lado no banco, só então percebi onde estava, em algo parecido com um jardim, e mamãe estava sentada em um daqueles bancos de praça. Mamãe, quantas vezes eu falei ou pensei essa palavra a direcionando para ela? Não muitas.

Queria falar tantas coisas, correr e abraçá-la, fazer mil e uma coisas que eu nunca pude fazer, mas a razão falou mais alto, pela primeira vez em muito tempo eu estava pensando em consequências.

— Quem é você? – ela apenas sorriu. – Como é possível? Eu... Eu morri? – me assustei com a hipótese, ela riu e voltou a bater no banco, fui e sentei-me.

— Ora Ariza, você acha mesmo que morreu? – silêncio. – Céus, o que diabos seu pai anda lhe ensinando? – pensei em meu pai, longe.

— Me ensina a como ser responsável por uma criança à distância. – mamãe me olhou.

— O quê? – conte-lhe sobre as raras refeições com meu pai, os momentos pai-e-filha cada vez menos frequentes, e então o fato de ser mandada para um colégio interno, omitindo o fato de não ser um colégio normal.

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Mamãe riu sem humor algo, imaginei que ela ia chorar, mas acho que agora sei de onde tirei a teimosia.

— Não acredito que o homem com quem me casei está morto para a vida que ainda tem... – ela virou-se para mim – Ao menos Anthony está cuidando de você!

— Como você... – ela sorriu.

— Ah Ariza, eu estava te esperando... – arregalei os olhos – Oh, não da forma “vou te levar pro inferno comigo há-há-ha”, ela me deixou aqui, aprendendo e olhando você.

Ela sorria como alguém em um comercial de pasta de dentes, mas era tão mais natural que eles, eu amei aquilo, mas ainda tinha tanto a saber, tanto a perguntar.

— Não, não. Você não pode ficar aqui de papo comigo Ariza, eles precisam de você e você irá salvá-los, a todos.

— Ninguém precisa de mim! Eu que preciso de você e quero ficar aqui! – me senti diminuir a ponto de achar que era uma criança de 5 anos, mamãe pegou minha mão, e sorriu enquanto disse:

— Você sabe quem precisa de você? – eu não queria dizer, não queria nem pensar, mas lá estavam eles, EunBi, Alice, Faur, Teddy, Peter, até mesmo Brenda, além de todos os outros, era como uma cena de filme onde o protagonista desiste do paraíso com alguém que ama, para voltar à realidade e fazer a felicidade de alguém que o ama e se preocupa com ele, porque na nossa turma, todos aprenderam a cuidar um dos outros.

— Meus amigos. – por fim eu falei, então ela sorriu.

— Agora você tem que ir. – senti como quem está acordando de um sonho muito gostoso, como quem não quer acordar, mas precisa ao menos ver o despertador para quebrá-lo. – Eu te amo Ariza, não se esqueça disso. E eu irei te ajudar, da forma que ela me deixou fazer. Adeus, filha.

Antes de tudo ficar branco tive um último vislumbre da minha mãe, Margareth Lowell Fritz, Maggie; olhei pela última vez a mistura de botas e a saia de girassóis, meus lábios se moveram em um adeus sem som e ela sorriu e assentiu.

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A luz era forte, e havia um constante arrastar de pés ao meu lado.

— O senhor Stark quer que ela seja movida para mais baixo, para ficar segura.

— Agente Hill, não sabemos se mais baixo é seguro, não sabemos nem com o quê estamos lidando! – Hayes gritava com Maria Hill, o que era bem atípico, abri meus olhos.

— Hayes, controle-se. – Maria foi curta e grossa, como quase sempre.

Levantei a cabeça, um tubo estava enfiado no meu nariz, ergui a mão para tirá-lo e havia mais tubos nela.

— Ela acordou! – uma enfermeira ao meu lado espantou-se.

— Como se sente O’Neill? Quer algo? – abri minha boca, estava seca e nojenta, e resmunguei algo. – O que disse? – respirei e engoli em seco.

— Eu disse... Tirem essas porcarias de mim, eu preciso sair.

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Maria Hill foi enfática ao dizer: — O’Neill, você não sairá até termos a liberação por parte da equipe de Tony, o que ainda não aconteceu.

Fiz menção de levantar, e Hill me empurrou de volta a maca, arrancando um ah da enfermeira.

— Eu disse não, O’Neill. – virou-se para enfermeira. – Dê-lhe um sedativo. – então saiu falando no seu comunicador.

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A enfermeira levantou a seringa e olhou para o meu braço.

— Não ouse. Chame a agente Hayes, agora! – não sei se foi medo, ou pena, mas a enfermeira chamou a agente.

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Assim que Hayes adentrou no quarto, eu comecei as perguntas.

— O que está acontecendo Hayes?

— Bom te ver O’Neill.

— Ande, não estou para sarcasmos.

— Estamos sob ataque, o mundo todo está. – ela foi direta. Enquanto ela falava isso, a enfermeira puxou o tubo do meu nariz, nojento.

— E porque eu estou aqui? – Hayes não respondeu, na verdade ela apenas mandou a enfermeira tirar os intravenosos e saiu do quarto, maldita seja.

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Ela voltou com Banner à tira colo.

— Olá, Ariza.

— Olá, doutor.

— Você estava sob choque, então você entrou em coma que eu chamo de autodefesa? Entendeu? - não sei se Banner percebeu, mas eu não havia entendido nada.

— Você absorveu a energia de metade da turma e ficou desacordada, acho que para descarregar. Agora você entendeu? – Hayes explicou. Então lembrei de Teddy me tocando, e tudo virando uma confusão.

— Merda. – ri sem humor. – Quanto tempo Banner, quanto tempo eu fiquei desacordada... dessa vez?

— Um mês. Mas não achamos que você fosse acordar, não dessa vez. – já sem os intravenosos, eu me levantei da maca, tonta e com fome.

— Me arrumem algo para comer, eu preciso subir, precisam de mim lá encima.

— Mas o efeito da pílula já passou Ariza, mesmo que você pudesse fazer algo...

— Hayes, se você não quiser me ver com muita raiva, traga comida e me leve ao meu quarto agora. Eu quase morri sozinha, não ligo de morrer com meus amigos.

— Banner, você vai deixar... – mas Banner estava sorrindo.

— Agente Hayes, faça o que ela pediu, acho que nós dois vamos subir para lutar.


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Notas finais do capítulo

Ui ui, o que a Ariza é? Alguém quer fazer um bolão? IUAHSIUAHSIUAHSIUAS



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