Chaos escrita por Scoutt
Notas iniciais do capítulo
Meu coração é grandioso e... Mentira, eu que tô doida pra dividir Chaos com vocês, então teremos hoje os capítulos 12, 13 e 14!
Três dias depois da visita de Thor fui liberada da enfermaria.
Dessa vez fui liberada sob a observação de todos os agentes, assim como Teddy, monitorados noite e dia pelo povinho mais chato de Nova York, mas eu tinha uma atenção especial: Natasha Romanoff.
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Caminhei para o refeitório depois de uma enxurrada de perguntas feitas por Pepper, a maioria perguntando se eu tinha certeza que estava bem, a preocupação da ruiva era que Thor tivesse me assustado, e bem, me assustou um pouco o fato de eu parecer não existir?. No refeitório todos estavam esperando para me ver, ou talvez para ver o que sobrou de mim?
— Ih, ela não morreu ainda. – ouvi Brenda assim que passei pelo vão da porta, ‘ok, essa queria ver os restos de Ariza!’ pensei, mas ela sorriu como quem fica feliz por me ver?
— A estranha age de forma misteriosa, ou melhor, estranha. – Teddy disse, sorrindo – Parece um bêbado dando sinais do apocalipse. – ri sem humor.
— Obrigado pela parte que me toca. – ele fez uma reverência.
— Disponha milady.
— Aqui, aqui! – Alice surgiu de um canto qualquer e se materializou na minha frente, jogando algo por sobre meu ombro e cabeça – Perfeito!
Todos começaram a rir, e então olhei para baixo, vendo o que ela havia colocado em mim.
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Miss Enfermaria 2013.
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Era uma faixa improvisada com papel higiênico e canetas coloridas, bufei ao ler aquilo e fiz um bico.
— Eu deveria dizer algumas palavras? – perguntei a Alice.
— Ei! – EunBi levantou a mão com um rosto sério.
— Sim?
— Como a senhorita se sente ganhando o título? – entendi o que ela fazia, ela era uma repórter, e eu uma miss entrevistada após ganhar o título mais importante do mundo, o miss enfermaria 2013! Palmas, por favor.
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Sentei na ponta da mesa mais próxima e peguei uma colher que estava jogada lá, na mesa estavam sentadas Cassie e Tina e Brenda e Érica, com Victória a tira colo, dei uma resposta dramática.
— É tão emocionante! – coloquei uma mão sobre o peito, virei para as ocupantes da mesa – Eu queria dizer para as minhas concorrentes, que elas foram muito bem, mas não tão bem quanto eu! – ri e Victoria e Tina acompanharam, seguidos por vários risinhos dos outros, cruzei as pernas – Mais alguma pergunta?
— Hm, ela é humilde não? – EunBi falou em um gravador invisível.
Nossa brincadeira foi interrompida por um bater de saltos na porta.
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— Vejo que já está bem senhorita O’Neill. – Natasha falou, em um tom que em nada combinava com a preocupação da frase dita.
— É agente, infelizmente, não morri ainda, para a infelicidade de algumas pessoas, espero. – de onde saiu o ácido da minha voz, é uma boa pergunta para ser colocada na maleta de 1 milhão de dólares.
Senti a tensão cortar o ar e os olhos de Romanoff me cortarem, não, me fatiarem, salva por serem apenas olhos e não lâminas de verdade, me virei para os outros ignorando a agente, o que devia ser uma atitude perigosa.
— Cadê o café, to morrendo de fome! Comida de enfermaria não enche barriga. – aquela típica frase aprendida com a colega de quarto brasileira; ouvi o bater de saltos se afastando, o que anunciava que minha fã número #1 havia deixado o recinto.
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— Hum, Ariza?
— Hum? – olhei para EunBi ainda com uma colherada de pudim pendendo na boca, a extravagância de Anthony Stark tinha lá seu lado positivo, mesmo que o pudim fosse servido apenas algumas vezes na semana, três para ser exata, engoli o pudim e espere EunBi falar.
— Er... Pode ser apenas impressão minha, mas... A Viúva Negra queria te matar com um único olhar? – coloquei meu prato de lado, olhando tristemente seu fundo vazio e me voltei para minha amiga.
— Foi impressão sua. – sorri, ela relaxou – Aquele olhar era mais pra me fatiar, explodir e despejar os restos pelas beiras da galáxia, - EunBi abriu a boca - o olhar para me matar foi dado três dias atrás na praia. – voltou a ficar tensa, fiz uma careta – Mas eu tô bem, não tô? – tentei sorrir.
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O tempo estava voando, dentro de 6 semanas a fase 1 do projeto terminaria e, talvez, alguns voltassem para suas antigas vidas, então a idéia era aproveitar ao máximo, não os perigos e chatices do projeto em si, mas as amizades que foram cultivadas ali.
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Um dia tinha se passado desde minha saída da enfermaria, e isso de enfermaria já estava ficando chato, eu sempre perdia algo, e o que eu perdi nesses 3 dias foi algo que me deixou de cabelo em pé.
Brenda e Tina não desgrudaram de Faur nesses três dias, e senti medo do que podiam ter feito com meu amiguinho Smurf!
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— E ai Faur? – sentei ao lado dele – Que andou fazendo de bom enquanto eu dormia na enfermaria? – ele me olhou desconfiado.
— Falando sobre as missões do meu grupo e ouvindo sobre as missões de outros. Agora você pode parar de pensar que Brenda estava fazendo minha cabeça para nós dominarmos o mundo e jogarmos você num fosso? Isso é estranho. – abri a boca pensado em falar algo. – E nem que ela está usando seu charme oriental para me seduzir e fazer eu pensar isso? – revirei os olhos e comecei a caminhar para a mesa mais próxima com ele no meu encalço.
— Gueixas sabem seduzir muito bem, aposto que você foi tragado por aqueles olhinhos puxados demoníacos com um tom meio verde e está prestes a seguir para o lado negro da força! – ouvi um riso rouco e contagiante, e me virei para ver que era de Faur. Era a primeira vez que o via rindo, e era bonito e minha vontade foi de arrancar os olhos de Brenda, que o olhava do outro lado do refeitório.
— Ariza... – Faur censurou e eu fiz bico.
— Mas, argh! – cravei os cotovelos na mesa e fiquei olhando pra cara dele.
— Não precisa arrancar os olhos dela ou coisa do tipo, esse ciúme é idiota. – abri a boca – Nem fale que não sente, você sente ciúmes dos seus amigos sim. – sorri.
— E se, de repente, eu gostasse de você? – a intenção era provocar, mas surtiu tanto efeito quanto bater num manequim.
— Se você gostasse de mim, eu saberia.
— Okay. – ele estava certo, não gostava dele, não daquela forma, só não queria aquela songamonga japonesa grudada no meu amigo!
— Se alguém gostasse dessa forma de mim, eu já saberia. – conti o riso.
—Apesar que, às vezes, até os caras mais inteligentes erram. – ergui uma sobrancelha.
— Será que o Teddy é inteligente o suficiente? – fiz uma careta que deve ter sido um misto de repugnância e náusea.
— Acho que se eu imaginar algo sobre essa sua idéia, eu terei um derrame e meu cérebro vai sair pelas orelhas! Prefiro mil vezes um crepe de arsênio! – levantei da mesa e comecei a andar para qualquer lado do refeitório, me virei para Faur — Faça-me um favor Faur, não pense em coisas inúteis! Credo! – ele teve a cara de pau de rir, e riu ainda mais quando dei alguns passos olhando pra cara dele e bati em algo, e o algo me segurou.
— Ouch! – ouvi Teddy antes de vê-lo – Que coisas inúteis você tá pensando Faur, a estranha deixando de ser estranha? – Faur riu ainda mais – Cara estranho, não é estranha?
Fiz uma careta e empurrei Teddy para o lado, andei com passos pesados até a mesa onde Alice estava.
— Ariza... – Alice começou.
— Nem pergunte, nem pergunte! Dá isso aqui! – arranquei uma rosquinha da sua mão e a abocanhei, enquanto pensava nas mais variadas formas de matar Teddy... Não, Faur que merecia isso!
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