Chaos escrita por Scoutt


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

É com muito prazer, que eu venho postar uma fic quentinha pra vcs.
Bem, essa é minha segunda fic postada, e a primeira de Os Vingadores, espero que vocês goste.



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Eu sempre achei que poderia me dar bem em tudo, ou quase tudo. Sabia que ser a filha do dono de um grande conglomerado, que fazia doações absurdas para a escola, me daria algumas broncas, não suspensões e estava certa, até meu querido pai ir até o diretor e dizer que ele deveria me punir como fazia com as outras crianças, e é assim que começa minha ida ao inferno.

As “crianças normais”, adolescentes inconsequentes com pais ricos o suficiente para pagar aquela escola, eram expulsas depois da 3 suspensão. Já a “criança inconsequente golden”, como passaram a me chamar, apenas depois que o diretor decidisse, digamos que ele toma decisões rápido.

Primeira Suspensão: trocar as maçãs do amor por cebolas do amor era para ser engraçado, mas foi melhor que isso, exceto por uma criança do primário ter me visto trocando-as, assim eu tive o primeiro carimbo vermelho na minha carteira da escola e fui mandada para casa por três dias;

Segunda Suspensão: correr pela escola com um braço falso amputado cheio de sangue pingando não foi uma boa ideia, quanto mais correr com ele gritando que um maníaco tinha invadido a escola e me ferido, a professora de biologia surtou tendo um ataque de pânico e começou a ter convulsões até que, não apenas eu, como vários outros alunos à olhavam em pânico, ela sobreviveu, mas eu quase tive um AVC ouvindo um sermão do meu pai quando viu o segundo carimbo vermelho, foi que eu quase perdi meu cartão de débito, o único que ainda permanecia comigo;

Terceira, quarta e quinta suspensão: foram por coisas como colar em uma prova, colocar cola na cadeira da professora e furar os pneus do carro do diretor, esses 3 carimbos me renderam um certa fama, por terem sido dados em intervalos de 4 dias, 3 de suspensão em casa e 1 de aula, sendo que eu a matava para fazer minhas proezas;

Sexta suspensão: Havia gente me festejando nos corredores por ter conseguido chegar ao dobro de suspensões permitidas sem ser expulsa, e isso meio que me tirou do sério, assim como tirou o diretor do sério, então eu resolvi me acalmar por cerca de duas semanas antes do golpe finale.

Preocupando-me com nada, esperei o diretor achar que eu tinha tomado rumo, coitado. Entrei no seu escritório e o fiz, no site da escola, uma grande imagem do diretor com seu sempre impecável terno... rosa com pequenas Hello Kitty’s em vários lugares. Ok, poderia acontecer de ninguém ver aquilo antes de 1 ou 2 dias, ou de verem e não pensarem em mim de primeira, mas pensando nisso, eu já tinha um plano.

O que eu fiz a seguir deveria receber aquele aviso: “CRIANÇAS, NÃO REPITAM ISSO EM CASA”, ou em lugar nenhum, a não ser que extremamente necessário. No copo de água do diretor, eu coloquei um calmante esfarelado e me escondi atrás das cortinas, minha sorte era o sol não ter aparecido, ou minha sombra me denunciaria; observei o diretor tomar o golinho, esvaziando o copo e fazendo careta murmurando algo sobre o gosto estar ruim por a água estar quente, esperei, esperei e esperei, o homem não dormia nunca, até que caiu de leve na mesa e dormiu.

Parte 2 do meu plano, pintar o cabelo do diretor de rosa, acho que ele não me processaria, afinal era uma tinta lavável, então fiz. Sai apenas quando ouvi sua secretária avisando que iria almoçar e iniciei a fazer 3: mensagens para toda a escola, de um celular descartável claro, enviar.

DIRETOR RONSARD ADORAAAA A HELLO KITTY, CONFIRAM NO SITE DO COLÉGIO.

AH, E NÃO PERCA A DEMOSTRAÇÃO DO SEU MAIS NOVO VISUAL EM 3...2...1...

XOXO GOSSIP GIRL.

Não resisti a fazer aquela assinatura, logo depois de enviar, acionei o alarme de incêndio e observei todos saírem do refeitório de celular na mão, tirei o meu do bolso e me camuflei.

No corredor eu observei quando o diretor se juntou a todos no corredor, ainda meio sonolento do calmante, ele olhou confuso todos rindo e apontando para ele e tomou o celular mais próximo, sua cara ficou vermelha, combinando direitinho com seu cabelo rosa Pink, cortesia minha, e o berro foi a parte mais emocionante do dia.

- ARIZA! DIREÇÃO, AGORA! – apontei dramaticamente para o meu queixo e ele ficou ainda mais vermelho, se isso era possível, e o resto foi observar o diretor enumerar todas as minhas travessuras para meu pai, e por fim dar o veredito: expulsa.

E assim eu acabei, uma semana depois, de pé em frente à grande torre na W 58th St, próximo ao Columbus Circle.

Era uma construção gigantesca de 93 andares, fora os edifícios anexos àquela monstruosidade de concreto.

Assim que eu cheguei à entrada, com meu pai no meu encalço percebi como ele nunca havia realmente me levado à escola, sempre ocupado demais, sempre precisando fazer uma viagem por alguns dias ou coisa do tipo; minha mãe, ah, minha mãe era como uma irmã mais nova, ela não tinha consciência de tempo ou realidade, ela apenas fica lá, brincado com o nada, como se manejasse o ar nas mãos magras e frágeis, eu não sabia o que ela tinha, nunca me disseram e eu desconfiava que também não sabiam, porque uma mulher jovem e forte, ficaria tão frágil mental e fisicamente apenas semanas após ter uma filha? O histórico de doenças da minha mãe se limitava a gripes e coisas pequenas sem gravidades, nada explicava a súbita doença que a afligia por 19 anos, quase 20.

Um pai me conduziu por um saguão tão exagerado quanto o prédio e parou para chamar o elevador, ele não falou nem sequer uma palavras desde que entramos no carro. Mas falou agora, dentro do elevador, enquanto descíamos para o andar -2, não bastavam todos aqueles andares para cima, havia cerca de 10 para baixo.

- Você sabe que essa é a última chance que eu lhe dói, não é Ariza? – levantei a cabeça, surpresa pela conversa súbita e assenti. – Se você não for bem aqui, não sei mais o que farei com você.

- Talvez uma escola-quartel na Rússia? – sugeri, em tom de brincadeira.

- Para você a explodir e iniciar a terceira guerra mundial? – ri, mas engoli o riso ao ver sua cara decepcionada.

- Ok, e que escola é essa que eu nunca tinha ouvido falar? – não era como se eu pesquisa-se as escolas dos EUA para me divertir, mas, eu queria manter a conversa.

- É uma escola secreta, experimental ainda, que as Indústrias Stark financiam, várias crianças e adolescentes de temperamento ruim farão parte do experimento. – Stark, hm, Stark, onde eu já ouvi isso?

- Uau pai, escola secreta? Que demais, eu sempre quis fazer parte das Espiãs Demais! – pelo olhar gelado do meu pai, ele não estava brincando, alias, ele nunca brincava.

- Ariza, mesmo tendo 20 anos você se comporta como alguém com 10 anos, não? – hm, lá vem o sermão pelas minhas reprovações.

Antes que ele começasse, o elevador tremeu e parou, as portas se abriram e um mulher com cabelos curtos nos encarou, ela fez um gesto de abeca ao vê-lo.

- O’Neill.

- Hill. – ele repetiu o gesto.

- O Stark está lhe esperando, essa é?

- Ariza O’Neill. – olhei-a desconfiada quando me apresentei.

- Prazer, eu sou Maria Hill, me acompanhe Ariza. – olhei para meu pai, que assentiu e caminhei ao lado daquela desconhecida, até chegar a uma sala, minha nova sala de aula, onde 29 surpresas me aguardavam.


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Notas finais do capítulo

Review não mata, não engorda e não faz mal ♪



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