My Girl escrita por Sophi Lessi


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Queria agradecer a AM e a Aniinha por terem comentado, esse cap vai pra voces
espero que gostem



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As três batidas na porta de meu quarto avisam que chegou a hora mais indesejada do meu dia. Parece que só por eu ter rezado para que o dia passasse devagar ele passou mais rápido que o comum. Tentei fazer de tudo para perder o horário, mas meu pai não deixou que isso acontecesse.

– Vamos! – Ele diz do outro lado da porta
– Pai, eu não vou poder ir – ele abre a porta e eu faço a cara mais “doente” que eu consigo
– E por que não? – cruza os braços
– Estou doente.

Meu pai revira os olhos pra cena, então nós entramos numa breve discussão até que ele me joga por cima de seu ombro e me leva a força até o carro. Eu grito, esperneio, faço chilique e desisto quando ele passa pela porta da sala e começa a atravessar o jardim, vendo que tudo aquilo seria em vão.

– Vai ser legal, você vai ver. – Diz empolgado e eu me limito a olhar pela janela do carro, menos de 20 minutos depois nós chegamos ao:

Centro de artes águas turbulentas? – grito indignada – pai isso parece um manicômio, você está querendo me internar? É isso?
– Claro que não florzinha – ele sorri, com aquele sorriso que me faz perder a paciência

Saio do carro ainda abismada que meu pai me trouxe aqui para me internar, mas minha opinião muda quando vejo que no enorme – imenso – jardim frontal há um grupo de pessoas praticando o que eu julgo ser yoga.
Seguimos para o grandioso prédio cinza com alguns detalhes vermelhos vinho e eu fico me perguntando como nunca vi isso aqui antes, mas quando se trata do meu bairro, eu sou totalmente desligada.
Meu pai vai até a recepção e eu o sigo

– Boa tarde, eu vim trazer minha filha para o grupo de música – Diz para a moça loira que esta detrás da bancada. Presto atenção em seu cabelo e deduzo que é pintado, e bem mal.
– Qual o seu nome? – a loira tingida pergunta
– Charlie, Charlie Everdeen

Meu pai continua dando as informações para moça, mas eu só consigo prestar atenção em seu cabelo extremamente tingido de amarelo com umas mexas mais claras. Meus irmãos me acham esquisita por eu estar sempre viajando em um universo paralelo, mas acontece que um pensamento me leva a outro e eu acabo entrando em uma longa linha de raciocínio, como agora.
Eu fico me perguntando se essa moça não tem espelho em casa, por que seu cabelo esta super mal pintado, parece – aliás, está mais do que evidente – que ela tentou fazer mexas com um cabelereiro cego e....

– Vem filha – meu pai me tirar de meus devaneios e me guia até uma sala onde a 9 pessoas formando uma roda e apenas uma cadeira vazia
– Bem vinda Katniss – diz uma moça muito bonita, beirando seus trinta anos, com cabelos e olhos castanhos e um sorriso acolhedor no rosto – ela me guia até a cadeira vazia.
– Não deixe ela escapar está bem – meu hilário pai diz – eu venho para te buscar – e vai embora.
– Bom, meu nome é Blair Iorc e eu vou ser o apoio de vocês nesse período, não quero que você me chamem de professora e sim pelo meu primeiro nome. Primeiro eu quero que todos aqui se apresentem. Quero que digam seu nome, idade, coisas favoritas e por que estão aqui – ótimo! Não tem coisa que eu odeie mais do que dizer “quem sou eu”, aliás, tem sim uma coisa que eu odeie mais, Peeta Mellark. Ainda não consegui descobri o porquê da sua “boa ação” comigo ontem, eu e aquele cretino nos odiamos desde pequenos. Ele nunca fez uma coisa daquelas e afinal, a blusa de Glimmer não tinha pó de mico nem descosturou no meio do dia, o que deixa tudo mais suspeito ainda

– Sua vez Katniss – a voz de Blair chama minha atenção
– Bom...eu não sou muito boa com apresentações
– Ajuda se você ficar de pé – eu me levanto e encaro o chão – diga seu nome, idade...
– Essa parte eu já entendi – a interrompo – Meu nome é Katniss Everdeen, tenho 16 anos, minha cor favorita é....verde e eu estou aqui porque...- não posso dizer que meu pai me trouxe arrastada pra cá, então decido contar a verdade – eu preciso vencer um pequeno trauma de infância relacionado à musica
– Bem vinda Katniss – todos dizem em coro.
A primeira hora da nossa reuniãozinha foi totalmente entediante, só todo mundo se apresentando e algumas pessoas faziam questão de dar um discurso sobre o porquê delas estarem lá. Mas acabou ficando mais interessante quando Blair disse que quem quisesse expressar seus sentimentos, poderia fazê-lo cantando uma música que se encaixasse
e eu fiquei impressionada como as pessoas daqui cantavam bem, e fiquei envergonhada também, pois minha voz não era nada comparada a de Rue por exemplo, uma garota um ano mais nova que eu e que cantou Mean da Taylor Swift.
Quando minha vez chegou eu optei por passar, porque nenhuma canção sobre ter de ir a um grupo de música que mais parecia um grupo de apoio veio em minha cabeça na hora. Blair insistiu e disse que eu poderia cantar qualquer música aleatória então eu cantei The Only Exception do Paramore de cabeça baixa e com o coração acelerado o tempo inteiro. É claro que eu estava nervosa, as imagens de mim mesma no palco da escola vinham em minha cabeça e isso só me deixou mais apavorada ainda, mas Blair me acalmou e no fim eu consegui. Todos aplaudiram se seguiu o resto da “reunião

****

–E ai? - meu pai se apronta em pergunta assim que eu entro em seu carro.

Eu não posso dizer que odiei, até porque eu realmente não odiei, eu esperava que fosse uma coisa super entediante e maçante que durava duas horas, mas não foi bem desse jeito. O fato de que eu consegui cantar me deixou mais feliz, mas eu não ia dizer isso ao meu pai, porque não quero ter ele esfregando isso na minha cara pelo resto da vida então me limito a dizer:

– Foi legal – sem sorrisos nem nada.
– Que bom, porque você volta quinta-feira
– Duas aulas por semana? – Ele concorda com a cabeça enquanto dirige. Não vou negar que estava um pouquinho ansiosa por isso, mas fiquei com o pressentimento de que alguma coisa iria acontecer quinta-feira, agora se é boa ou ruim eu vou ter que descobrir sozinha.


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Notas finais do capítulo

até o proximo
XOXO



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