A Liberdade do Corvo escrita por Raquel Barros, Ellie Raven


Capítulo 34
Capitulo Trinta e Três - Arya


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas por conta de muitos motivos, como escola e física, não deu tempo de escrever o capitulo e eu só conseguir terminar hoje. Então foi mal mesmo, não tinha a menor intenção...



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De vez em quando o obvio é terrivelmente surpreendente.

Depois que as grandes, belas e brancas asas brancas de Vinicius apareceram o mundo foi tomado por um silencio tão grande que consigo ouvir-lo falar, se movendo pelos cantos. Ninguém estava tão surpreso quanto os protagonistas dessa historia: No caso meu tio Alef, Emma e Vinicius. E todos sabiam o que significava aquelas asas como as de um anjo. Das duas famílias com Alados do mundo, existe apenas uma família no mundo em que os Alados têm asas brancas. Independentes se são Darks ou não. São claro que se for, essas mesmas asas alvas vão se tornar negras quando seu dono estiver no modo “Vou matar o mundo e o resto”. Mas, mesmo assim o gene A é apenas de duas miseras famílias: os Troubles e os Greats. Mas as asas de um Trouble protegem apenas o seu dono e a de um Great são asas para um Guardião, grandes o suficiente para proteger duas ou três pessoas dependendo da idade de seu dono, e as asas de um Trouble é um tantinho menor, chegando à panturrilha, enquanto a de um Great as pontas se arrastam no chão e podem ser recolhidas de volta, onde fica em forma de marca, uma grande tatuagem prateada que pega normalmente toda a costas. E olhando para o padrão das de Vinicius, brancas, que arrastam no chão, estava tão claro quanto à luz do sol de que família ele é. Basicamente estava claro antes, mas como de nós somos muito apegados a detalhes como o fato que O Dark não pode ter filhas e Vinicius tem uma gêmea, simplesmente ignoramos o fato que ele é a cara, somente uma copia fiel apenas com uma quantidade maior de sardas, de meu tio Alef quando tinha a idade dele. Poderia ser filho do William? Definitivamente não! O meu avô William com toda e total certeza não tem o gene A. Ele é um tradicion. Sobretudo, Alef tem. Tem por que fez parte de um experimento quando tinha cinco anos em que aumentaram um pouco a quantidade de soro delta que já estava em seu sistema, mas a maioria não sabia por que a mãe do Alef nunca contou para ninguém, a não ser a Bonnie, que o pai do Alef e de seus outros dois filhos, não o mesmo homem tenho que deixar claro, era sadics. Por isso deu certo com o sangue A+ dele. (Deu o nome A ao gene Alado também por esse mesmo motivo, por que meu tio Alef era A+ quando criança e depois do soro Delta se tornou AO+). A maioria das pessoas não sabe por que o soro Delta assassinou tantos humanos no inicio do século passado, isso tem menos de duzentos anos em uma contradição a guerra que já tinha começado em segredo há 220 anos, sobretudo, qualquer bom estudante de biologia sabe o tipo sanguíneo O- e O+ é mais ralo do que o restante, e a maioria da população humana teve o azar de ser de outro tipo.

Alef se meche desconfortável no trono, antes de fazer uma careta. Depois ele olha para os dois novos integrante de sua prole. Vinicius prostrado, com suor escorrendo pelo seu rosto e Emma em pé, altiva, com a mais bizarra confusão de sentimentos. Odiando a mulher que a escondeu do meu próprio pai. Carmem a olhava com mais frieza ainda. A Emma tinha se tornado de uma filha a ninguém para ela. Por que a chefe das damas da luz escondeu de toda a verdade sobre os gêmeos? Não teria sido mais fácil se ela tivesse entregado eles quando ainda eram bebes para seu tutor legitimo? Para seu pai? Por que a Carmem roubaria os filhos de Beverly Blood? Alef levanta do trono e vai em direção a Emma. Olhando para ela agora já da para perceber o porquê parece tão familiar para muitos. A Emma parece com a mãe. E a personalidade dela é a mais perfeita mistura de Alef com Beverly. Nos últimos tempos está mais Alef do que Beverly. Mais imprevisível e mais impulsiva e muito mais obstinada. Parece mais com o irmão mais velho Henry. Meu tio está feito com a vida dele. Como se não bastar-se o Henry e sua aversão aos comportamentos maldosos do pai, agora ele tem que dá conta de uma versão feminina do filho mais velho. Mas, talvez, ele até pegue mais leve com a Emma, a transformando em seu xodó.

–Dá o braço.

Ordena Alef, autoritário como só ele é. Sempre que ele usa esse tom comigo me irrita e eu não faço o que ele manda, mas a Emma mesmo semicerrando os olhos de pura irritação da o braço direito para Alef. Ele puxa a manga do suéter azul até acima do antebraço. A adaga florida em seu braço estava avermelhada. O Dark fecha os olhos com força e puxa Emma e Vinicius para um abraço em um dos poucos momentos em que ele se permite ser sentimental. Ele da um beijo na testa de Emma. E a mantém perto de si como se fosse o seu premio particular. E teoricamente ela é. A menina que a Beverly sempre quis e o Alef nunca pode dar.

–Como você é tonto de não ter percebido antes, não é, Dark?

Pergunta Carmem rindo de desdém. Todos olham para ela e descobrimos que a Carmem não é a Carmem. O cabelo loiro quase branco que ela tinha antes agora era laranja quase puxando para o castanho e seus olhos cinza azulados se tornaram negros como o breu. Aquele sorriso bem conhecido por ser doce, agora era dissimulado. Até as sardas e o rubro tinham sumido para dar lugar a uma palidez anormal. Alef faz uma careta antes de perguntar para sua ex-noiva:

–Isso realmente só poderia ter dedo seu Nyx. Por que o fez?

–Hum, deixa-me, ver... Por acaso há alguma maneira melhor de castigar a Beverly do que tocando na prole amada dela? Ou em você? Por que sabes que se tivesse criado essas pestes não teria entrado em desespero nem nada do tipo. Estaria com uma cara bem melhor.

–Você bem sabe que não deveria ter tocado no que é meu! É contra as leis.

Rosna o Dark mais furioso do que o costume. Parece que é uma regra biológica entre a família Blood: possessão extrema. Tocar em algo que é de um Blood sem a sua permissão é assinar um contrato de morte a longo ou curto prazo. Dependendo de quem for. Mas, não tocar do tipo e barrar sem querer, mas é entre a morte e a humilhação. Ou como é o caso da Nyx, mudar radicalmente o curso de toda uma vida, como afastar os filhos do Dark dele, o privando de ver-los crescer como filhos dele. E também existe uma regra na lei dos Darks, sim eles têm leis, em que fica estritamente proibido de um dark ou uma dark de tocar em propriedade alheia ficando a mercê da justiça da vitima. Que em todos os casos é sempre o mais extremo de todos. Os Lordes Dark são realmente a maior causa de morte que existe no mundo atualmente. Principalmente por conta da guerra que lhes deu passe livre para agirem como bem entendem. O lado oposto das trevas é que fica doido para pará-los, por isso a quantidade de mortes não é bem maior.

–Ter filhos também é contra as leis e você a quebra constantemente.

Retruca Nyx levantando de seu trono. Até o vestido dela, antes bem comportado, tinha virado algo mais parecido com uma coleção de recortes. Deve mostrar mais a pele do que um biquíni, apesar de ter um pouco mais de pano. Agora olhando o conjunto da até para entender o porquê meu jovem tio caiu nos encantos de tão esnobe criatura. Ela é, em todos os sentidos da expressão, uma mulher fatal para qualquer descuidado de hormônios nas horas vagas. Mas precisa apenas ser homem, pegador e solteiro para ser vitima dela.

–Como se ninguém o fizer-se... Até você Nyx, tem filhos.

–Mas eu não os criei! Nunca que irei sacrificar meus poderes por causa de duas maldiçoes inconvenientes. Ah! Como o castiguei o Dragomir por tais criaturinhas incomodas!

–Amaldiçoados são eles de ter você como mãe.

–Eu ainda posso matar seus filhos, Dark! A mãe deles não está aqui, se não vê, e a garota é fraca de mais para lutar contra mim. E você está fraco o que o seu coraçãozinho também está.

–Está novamente ameaçando minha família?!

–Ainda a muito que você tem que me pagar! Todos esses séculos que eu perdi por sua culpa!

–Minha culpa? Você foi responsável por sua própria desgraça, Nyx! Só você!

–A Beverly, aquela vadia da luz, também é tão culpada quanto você! Eu a mandei ficar longe e que ela fez, o seduziu.

–Acho que foi o contrário! Eu a seduzi novamente. E depois eu que terminei o nosso fatídico noivado e eu que a convenci a voltar para mim. Mas ainda assim, você quer por que quer culpar minha esposa para ter uma desculpa para se vingar nela as suas frustrações. E só apareceu por agora por que a Beverly não está aqui para te dar uns tapas.

–Você confia muito na capacidade de sua esposa, Alef! Ela não é mais forte do que eu! Não tem as mesmas motivações.

Insiste Nyx rosnando. As trevas pareceram perto dela em forma de gravetos. Eles acariciavam a pele de seu tornozelo. Meu tio não reagiu com mais trevas. Ficou na dele. Há muito tempo aprendeu que não se combate trevas com trevas, mas sim com luz. E nesse momento ele é quem não tem luz.

–E você continua a subestimá-la.

–Ela por acaso está aqui, Alef? Para defendê-los? A você e os seus filhos?

–Não fisicamente, mas está bem aqui, nesse canto que você nunca conseguiu chegar!

Retruca Alef tocando no lugar onde deveria está seu coração, mas não está. Ele foi tirado ele há alguns séculos atrás. E a Beverly foi quem teve o azar de se tornar o coração do Dark. Ou seja, ela sempre, sempre estará na mira de Hazazel na sua vingança contra o Alef. Pelo menos não é todo mundo que sabe disso. Só os mais próximos, basicamente a família dos envolvidos. Nem os pupilos de Alef devem saber disso.

–Continua o romântico tonto imprestável de sempre. Seu Coração não vai protegê-lo!

–Na verdade, vai!

Discorda meu tio com seu melhor sorriso bobo. Deve está pensando na Beverly. Apesar de que ele sempre está pensando em Beverly. De cada cem pensamentos que meu tio deve ter noventa e nove e meio deve ser sobre a Beverly, só o meio que restou deve ser sobre o restante.

–Veremos.

Desafia Nyx, levantando os braços. As Trevas sobem até em cima dela, como uma grande onda negra. Emma respira fundo atrás de Alef. Tudo levava a sua primeira batalha como uma dama da luz e como uma nêutron. E seria contra alguém que com certeza ela nutre sentimentos fraternos. Nyx foi sua mãe, a mulher que a criou apesar de tudo. Aquela com certeza seriam a primeira batalha dela. Apenas a primeira em sua vida por que suas lutas com o Ethan não contam pelo fato que ele é apaixonado por ela. Alef também respira fundo e toca no chão. Um circulo perfeito se forma e logo ele é tomado por desenhos. Nove pequenos círculos se formam em semicírculos a frente de Nyx. O braço de Alef toma em fogo e ele o manobra, antes de dizer em alto e bom som:

–Convoco Henry William Blood, Príncipe de Onyx, Primogênito de Beverly Blood, Herdeiro do trono de Onyx, símbolo do vigor de seu pai.

Um segundo depois o circulo do meio no semicírculo pega fogo e aos poucos vai tomando forma. As asas brancas aparecem primeiro do fogo. E logo depois uma forma humanóide se levanta. É bem mais jovem do que o Dark, tipo uns dez anos. Tem um cabelo que chega aos ombros e são lisas como penas negras, a barba está mal feita, tem sardas leves na região do rosto, e é rubro como uma criança apesar de já aparentar seus vinte e três anos. Ele se veste com roupas negras que deixam a luz que emana dele ainda mais intensa. Ele se parece como Alef quando mais novo. Só que Henry está mais para um rei eminente a um Dark. As asas de Henry se estendem e ele dá um sorriso irônico para o pai. O Dark revira os olhos e convoca o ar. Um vento que não sei de onde vem parece e esfria o lugar, Alef chama seu segundo filho:

–Convoco Príncipe Richard, Herdeiro do titulo de o Lorde Dark, filho da Senhora dos Lizards, o orgulho de sua mãe.

Richard aparece em forma de um tufão no circulo do lado esquerdo de Henry. Richard parece muito com o avô materno. O cabelo branco dele é como a neve nova e a sua pele é tão branca e perfeita quanto mármore. Parece uma estatua perfeitamente esculpida em movimento. Ele tem os olhos do avô paterno. Verde cor de musgo quase puxando para o negro. O sorriso é da mãe, com o sarcasmo do pai. Richard está de branco e uma aura negra o envolve. Ele também tem asas. E elas são negro como petróleo. Herdeiro do Lorde Dark! Se Alef se aposentar ou morrer, é ele que se tornará o novo Dark. O que me faz pensar que talvez o meu tio esteja sendo irônico quando afirma que é o orgulho de Beverly.

–Chamo aqui o Príncipe Douglas, o magnífico, Senhor dos Alados, o que tem asas douradas como ouro puro, a alegria de seu pai.

Douglas é como a brisa suave. Apareceu como uma, acariciando a pele com um novo frescor. Quando se personificou no circulo ao lado direito de Henry, mostrou-se surpreendentemente jovem e brilhante para alguém que é considerado a alegria de seu pai, o Dark. Douglas aparenta um jovem de dezenove anos, dois anos mais novo do que seu irmão Richard, apesar de na realidade todos eles são já velhos e cada um tem a diferença de idade de cinco a quinze anos. O cabelo castanho dele está jogado sobre sua cara, como o cabelo bagunçado de alguém que acabou de tomar uma ventania, e ele tem os olhos dourados como de seu avô materno. O sorriso é idêntico ao do pai, tem até as covinhas fofas que aparecem quando o meu tio sorrir. Suas asas realmente são douradas, e estão junto as suas costas como o manto de um rei. Douglas olha curioso para a Emma.

Ela e Vinicius olham seus irmãos mais velhos com um tanto de fascínio.

–Peço pelo amor de Beverly Blood, que o jovem Príncipe David, o preferido de sua mãe junte-se a nós.

Pede Alef convocando a água. O fogo e o ar tremulem enquanto um tentáculo de água se levanta em pleno ar. Esse mesmo tentáculo envolve o circulo do lado do de Richard e quando ele aparece percebe-se por que a Beverly é tão apegada a ele. David é muito mais novo do que os seus irmãos. Ele é uma copia exata de Alef quando jovem, antes mesmo de o Dark saber que era filho do Lorde Dark. Olhos azuis celestes adocicados, cabelo preto bagunçado como de quem acabou de acorda, sardas fofas no nariz e na bochecha rubra como a de uma criança no frio, e lábios rosados. Estava de azul celeste e referenciou o seu pai. Servo da luz. Era envolto em gentileza e bondade. A água se mantém junto aos pés de David. Alef sorri para ele que retribuiu. Parece que não é só a Beverly que é muito apegada ao quarto filho. Ele foi o consolo que Alef deixou quando foi seqüestrado por Hazazel e passou anos sofrendo em Fell. Na mesma Fell em que eu sair recentemente.

–Convoco o quinto elo, Príncipe Jamie, o consolo de seu pai, a força de sua mãe.

A terra juntou-se no circulo do lado do de Douglas até atingir certa altura e revelar Jamie, o irônico. O quinto filho de Beverly é bonito de mais para o seu próprio bem. Tem olhos castanhos como a terra e o cabelo preto como a noite. Sua pele brilha como se fosse banhado pela lua. É a mais perfeita mistura da mãe e do pai, sendo capaz de reconhecermos os dois em suas feições. Jamie cresceu longe da mãe assim como Vinicius e Ema, a diferença é que ele foi criado pelo pai, sendo muito apegado a este. Ele não esboçou emoção alguma a não ser quando viu Emma, muito parecida com a sua mãe, ao lado do seu pai.

–Chamo a nossa reunião o Príncipe James, o milagre.

James parece em uma explosão de luz vermelha no circulo ao lado do de David. Olhos azuis celeste, cabelos negros, bagunçados, lisos e pesados na nuca, branco como a neve nova, rubro e com sardas pontilhando o nariz. Lindo como um anjo, apesar de não ser um alado. Estava totalmente de preto, mas não era um Dark. Está envolto por uma luz discreta que dava a impressão de que era banhado pela lua. O vi na Central de Comando Alfa, treinando com o irmão mais novo.

–Convoco também o sétimo filho, Príncipe Jeremy, amado de sua mãe, dê o ar de sua graça por aqui.

Rápido como um vulto, Jeremy aparece no circulo ao lado do de Jamie. O mais novo era loiro, de cabelo quase branco e com os olhos azuis celeste. Também tinha sardas. Ele sorria simpático como se a vida fosse uma eterna piada. Parece-me enigmático e consegue arrancar suspiro por onde passa com o seu olhar de predador por debaixo de cílios negros e volumosos. Jeremy é o grande caçula desde que a Beverly sumiu. Tem apenas trinta e dois anos, sendo que quando sua mãe sumiu tinha apenas quinze anos.

–Convido Vinicius Blood, símbolo do poder de sua mãe, a se juntar a nós, sua família, como o Príncipe de Onyx, o oitavo filho do Lorde Dark, para ser o orgulho do seu pai e a virtude de sua mãe, honrando seu sangue e quem você é.

Um segundo depois, Vinicius estava no circulo ao lado de James. Agora sim parecia um príncipe. Estava exalando uma timidez que não era dele. Talvez pelo o que tinha feito antes. Mas, não é algo a que ele tenha que se preocupar, quando jovem seus irmãos já fizeram bem pior. Os irmãos dele o olharam horrorizado com muita curiosidade misturada aos seus olhares. Com tantas lendas te olhando ao mesmo tempo é natural que Vinicius se sentir-se no mínimo acuado.

As Trevas de Nyx tentam entrar no circulo, mas esse acaba por criar uma barreira azulada por todo ele, em que as trevas batem e volta com muita insistência. Elas ignoram Emma do lado de fora do circulo. A própria Nyx ignora a Emma. Sobretudo, quem não a subestima? A Emma é muito esforçada, mas no quesito luz e força está deixando a desejar. Não que ela tenha alguma culpa. Para ter uma luz forte precisa está com o coração, a mente e o físico pronto para isso. E meu irmão não está ajudando quanto ao coração. Baelfire nem deve fazer por mal, ele nem deve saber como agir quanto ao que sente pela Emma, ou lidar com a dependência que está adquirindo por ela. Aposto que ele nem é sabe o que é ter alguém se importando com ele de verdade, ou não ser usado. Não que meu irmão seja um santo, ou uma vitima, o que ele é agora é só um pouco da sua natureza que foi esticada a ponto de tomar sua personalidade.

–Agora, na presença de todos os meus filhos, apresento e convido a pequena Emma, à caçula, filha única e símbolo do amor de seu pai a sua mãe, herdeira do titulo de chefes das damas da luz, primeira Princesa de Onyx, presente de Beverly Blood ao pai de seus oito filhos, dona do coração do Rei, a se junta a nós, sua verdadeira família, como uma Blood, para ser respeitada, temida, a amada de seu pai e o orgulho de sua mãe, honrando a nós, ao seu sangue e a quem você é como a filha única do Lorde Dark.

Convida Alef a Emma. A luz acima de nós se apaga por completo. E demora assim por um tempo até Emma aparecer no seu circulo em forma de luz azul e eletricidade, o ultimo que sobrou, ao lado de Jeremy. Sinceramente, a Emma não parece com a Emma. Não com aquele vestido branco, que ia se tornando azul e terminava preto, tomara que caia, ou com as ombreiras com pedras preciosas que desciam em uma capa azul de tecido transparente. O cabelo dela saiu direto de um rabo de cavalo desgrenhado e mal feito, para ondas perfeitas. Os olhos de Emma, agora delineados com preto estavam azuis elétricos, mas ainda tinha uma sombra de grande bondade. E seu sorriso de desdém beirava ao medonho com as afiadas presas brancas que Baelfire a deu. É a imagem da maldade e da bondade, da compaixão e do desdém, das trevas e da luz. É apenas Emma, sendo Emma. Talvez ela nunca tenha sido ela mesma todos esses anos.

Os sete irmãos mais velhos da Emma a olham como se ela fosse uma coisa de outro mundo. Estavam mais incrédulos do que qualquer um que estivesse aqui.

Nyx é tomada por um ódio temível enquanto olha para a prole Alefica a sua frente. Para os símbolos de seu fracasso. O plano inicial dela e de Hazazel era que Alef morrer-se sem descendentes, sem ninguém no mundo para reivindicar seu nome. O trabalho de Nyx era separar Alef da Beverly e matá-lo pouco tempo depois. Mas, tem coisas no mundo que por mais que haja luta para manter longe, sempre volta. E entre elas está o relacionamento de uma vida inteira de Alef e Beverly. Nem toda a beleza de Nyx, ou todos os poderes das Trevas foram capazes de separá-los. O pássaro sempre volta para o seu ninho, o lugar de suas origens. E aí está a prova.

–Quer que enfrentar-me com essas crianças? Com essa menina principalmente?Logo essa daí? Talvez, você não conheça a sua filhinha direito Alef, mas ela é incapaz de se manter viva se usar mais do que as forças físicas dela permite! Emma não é a mãe dela! Não é tão genial, nem tão inteligente, e muito menos sabe manobrar a luz como a Beverly! Isso sem contar é claro, que ela tem todos os problemas psicológicos e emocionais que uma dama da luz forte não tem. Diga a eles, Emma, o quanto és fraca e patética.

–Bem, talvez você tenha razão, quanto à parte de dama da luz fraca. Sobretudo Nyx, você tem razão sobre isso, mas isso apenas prova que acredita na sua própria mentira. Mentiu tanto para mim dizendo que eu era uma dama da luz que acabou acreditando nisso! Mas eu não sou uma, sou uma neutra. E apesar disso não ser uma desculpa, eu diz que você me atrofiou não apenas para se vingar de meu pai, mas por que tem inveja de mim.

–Inveja de você? Não sejas ridícula, por que eu teria inveja de você?

–Pelo o que eu vou ter amanhã, o que eu tenho hoje e o que eu deveria ter tido ontem. Eu posso o que você não pode, eu vejo o que você não vê, eu sinto o que você é incapaz de sentir, a minha força é a sua fraqueza e minha fraqueza é a minha força. Eu tenho um coração em que não está comigo e sou dona de um coração que não é meu. Eu tenho amigos, tenho uma família, e uma vida. Você não tem nada a não ser o seu poder que depende dos sentimentos alheios. E eu tenho tudo, absolutamente tudo, o que você não tem. E até não posso ser tão inteligente, bonita ou saber fazer o que minha mãe sabe, por que ainda sou jovem, estou aprendendo e vou aprender. E como eu iria fazer isso, não é? Sempre em toda a minha vida tive você como um espelho, não é a toa que eu me pareço tão patética e fraca, por que você é.

Retruca Emma tão calmamente que parecia que estava elogiando alguém, ao invés de ofendendo. Ela fez com tanta maldade que Alef gargalhou de prazer.

Nyx berrou de maneira feroz e as trevas começaram a destruir o salão. Elas chegavam tão perto de nós que poderíamos senti-las arranhando nossas pernas. Gritos de horror começaram a aparecer. Nyx abriu os braços e tudo começou a se transformar em pó enquanto ela era levantada no ar. O céu acima de nós estava negro e é cortado por raios e trovões. Os filhos alados de Alef e o próprio Dark abrem suas asas e pegam vôo. Os elementares formam e arrumam seus elementos. Uma chuva forte começa a cair do céu, e a terra treme com força. A verdadeira guerra tinha chegado a Onyx com toda a sua força e seu raio de destruição.


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Notas finais do capítulo

Comentem, recomendem e beijocas para vocês sadizinhas.



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