A Liberdade do Corvo escrita por Raquel Barros, Ellie Raven


Capítulo 14
Capitulo Treze - Arya


Notas iniciais do capítulo

Oi sadizinhas. Desculpas pela demora, mas meu pc quebrou e eu tive que escrever as pressas no not da casa da minha avo, então saiu essa ideia que você vão ver.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/581239/chapter/14

Acordei antes de o dia começar a nascer. O que foi um milagre. Passei a noite toda chorando desde que descobri que o Bael sumiu e nunca mais tiveram noticias dele. Parece que Hazazel estava mais do que motivado a acabar e desmantelar de vez a família do irmão. Primeiro, assassina os pais, e depois separam os irmãos. Mas como eu estou viva, tenho esperança de que Bael também tenha sobrevivido. Afinal, ele sempre foi mais esperto do que eu. Toda vez que vejo minha imagem no espelho, tenho esperança de que meu irmão está vivo. Em algum canto do mundo. Se não estiver... Seguro o colar da minha mãe, que sempre escondi das sentinelas da fortaleza, parece que ele me dá forças, enquanto olho pela janela do meu quarto a movimentação que ocorre lá fora. Ouvi dizer que vão evacuar toda base para o nível dois. Não faço a menor idéia do que isso significa, mas parece que é grave. Com tantas pessoas e tantos automóveis saindo por um túnel grande e negro. O hospital parecia vazio. As mansões estavam sendo esvaziadas. Do lado de fora eu poderia ouvir a barulhada de moveis sendo desmontados. Alguém bate na minha porta fortemente. Suspiro pesadamente antes de destrancar a porta, e dá de cara com o humano Aspen. O Aspen de hoje estava muito diferente do Aspen de ontem. Toda aquela impressão de humano acabado tinha passado para sobrar nada menos do que o Aspen que manda em tudo nas horas vagas. Ele estava com uma camisa social branca sobre um suéter azul marinho bem escuro, com um blazer preto e bem alinhado por cima. Para completar usava calça caqui clara e coturnos marrom escuro. O que Aspen estava fazendo em minha porta uma hora dessas da manhã é uma grade incógnita. Afinal da contas não simpatizamos. E ele gritou comigo da ultima vez que nos vimos. Isso não adiciona nada em minha impressão positiva sobre o humano metido. Acho que Aspen deve ter percebido minha surpresa desinteressada em sua pessoa.

–Bom dia para você também, Litlle Raven.

Diz ele invadindo meu quarto, praticamente sem pedir licença. Cruzo os braços, até por que, não me sinto confortável perto do Aspen e não gosto de ser chamada de pequena, mesmo que eu realmente seja pequena. Tenho que levantar a cabeça para ver os olhos cinza do humano. E só isso me incomoda profundamente. E Aspen é muito, mas muito expressivo mesmo. Ele não precisa falar nada, só de olhar para ele dá para perceber o que a criatura está pensando. E agora, até o Aspen está tentando entender o que ele está fazendo aqui.

–Você sempre invade o quarto dos outros desse jeito em plena manhã?

–Não! Eu fui obrigado pelo seu tio, como pedido de desculpas, a colocar você em meu grupo de assistente, para ser minha pupila e te ensinar tudo o que você deve aprender.

–O que foi que eu fiz para ele querer me castigar dessa maneira tão brutal?

–Olha só, garota, eu fui obrigado pelo meu superior a ser seu mestre. E como foi ele que ordenou, eu vou ser seu mestre entendeu? Ou eu vou precisar desenhar?

–Quem vai desenhar um belo de um não na sua cara sou eu!

–Então diga isso para seu tio! Não pra mim.

–Eu? Ele é seu mestre. Dá um jeito, se vira!

–Ótimo!

–Ótimo! Agora cai fora da merda do meu quarto.

–Com prazer.

Concorda Aspen já caminhando para fora do meu quarto para meu grande alivio. Ok! Dessa vez a culpa de temos discutido foi minha. Mas sou impulsiva e se não gosto de alguém deixo isso bem claro. Alguém pigarra no canto do quanto antes que Aspen saia completamente do quarto. Era claro que para Aspen o som já era conhecido, por que ele tirou a mão da maçaneta deixando a porta bater. Demorei um pouco para perceber que meu tio Alef estava vendo a cena nas sombras, em surdina. Viro para onde o som tinha vindo e vejo-o escorado na porta, com o braço cruzado e a expressão séria, tentando decidir o que iria fazer. Aspen vem para o meu lado lentamente claramente sem graça. Talvez ele tenha colocado a culpa de eu ser mal educada com ele em mim. O que não deixa de ser verdade, mas não fui eu quem começou isso. Foi ele. Cruzo os braços e mantenho em minha posição contra a ordem de meu tutor. Alef suspira pesadamente. Acho que ele deve ter passado isso antes. A tia Bev tinha seus lapsos de super rebeldia. E minha mãe era uma onda que nunca poderia ser contida. E quem a criou foi meu tio, porque meu avô William, morreu quando minha mãe tinha quatro a cinco anos de idade.

–Ok! Vocês dois me digam o que está acontecendo aqui?

–Como assim o que está acontecendo aqui?

Pergunto tentando entender do que ele está falando. Até por que, para mim o que acontece aqui parece obvio, eu estava tendo uma discussão com o humano. Alef caminha lentamente até nós, ainda em seus pensamentos.

–Eu não sou bobo, crianças, ou ainda não estaria vivo. Tem alguma coisa estranha entre vocês dois.

–Tio, não tem nada de estranho em ser sincero sobre quem você gosta ou não.

–Não estou falando disso, Arya, estou falando que vocês não agem assim normalmente. Você não é bruta com ninguém e você, Aspen, não faz o tipo que perde a paciência fácil. Eu estou tentando entender por que os dois agem na defensiva um com o outro. Como se tivessem medo de alguma coisa.

–Que coisa?

Pergunta Aspen falando por fim. Eu estava confusa, ele claramente não. De que tipo de coisa meu tio estava falando, por que segundo meus conhecimentos eu vivo na defensiva. Não imagino o porquê com Aspen isso se torna mais evidente.
–Você sabe do que eu estou falando, a Arya claramente não. Isso faz Aspen que quem está sendo o predador aqui seja você. Apesar da Arya está mexendo com os hormônios de muitos nessa base, ela ainda é uma garota ingênua. Esperta, mas ingênua. Isso fez com que eu coloque-a sobre sua proteção permanentemente. Afinal, tudo o que menos quero é que minha sobrinha não passe por nenhum trauma que ela espertamente se livrou na Fortaleza. Ou seja, minha cara Arya, infelizmente para seu gosto, estou nomeando o caro Aspen, nosso melhor estrategista como seu namorado oficial. De mentirinha é claro. Mas se rolar algo real já está aprovado desde já.

–Senhor?

–Vai reclamar da mãozinha? Posso revogar minha decisão tão rápido quanto a fiz.

–Não, seja como você quer.

–Não seja não!

Discordo batendo o pé. Imagina, eu fingindo ser a namorada de Aspen para me proteger. Não tem nem cabimento uma coisa dessas. Parece que o Lorde Dark ficou louco. E é estranho Aspen nem ter falado nada. Era como se fosse à oportunidade que ele esperava. Tio Alef afaga minha cabeça deixando em mais evidencia o quanto eu sou baixa. Depois rir para mim como um garoto traquinando alguma coisa. O que me dá medo. Depois dá uma tapinha de leve nas costas de Aspen e completou:

–Cuide bem da filha de Hector Apache, Aspen, ela ainda tem muito a que viver.

Depois Alef saiu e fechou a porta, me deixando perplexa, parada e com a boca aberta em exclamação. Não pude parar de pensar o que foi que eu fiz para merecer isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O Alef brincando de anjo depois de tanto tempo, gente. Quem imaginaria? Eu nem pensei nisso até terminar o capitulo. E agora? A Arya vai acatar tão facilmente a ideia? E o Aspen, o que ele vai fazer? Acho que nem eu sei. Bem, sadizinhas desculpas novamente pela demora e comentem e de opiniões.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Liberdade do Corvo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.