Eram oito horas do dia 31 de dezembro, todos os Rizzoli estavam reunidos na casa de Jane, todos riam, se divertiam, trocavam histórias, e falavam alto, alto de mais para o gosto de Jane. Mas ela não estava se sentindo muito bem no meio de todas aquelas pessoas, ela queria que Maura estivesse com ela, mas Maura estava em sua casa junto com os Isles. Maura no meio de toda sua família de classe alta, não estava se sentindo do jeito que deveria se sentir, ela se sentia sozinha, como se aquela não fosse sua família, e no fundo ela sabia que não era. Os Rizzoli eram sua família, Jane era sua família.

– O que houve filha? – Perguntou Constance.

– Nada, só estou com um pouco de dor de cabeça...

– Certo, por que não vai dar uma volta? Celine ainda está fazendo a janta – Celine é a empregada que Constance havia contratado.

Maura então subiu para seu quarto, pegou uma jaqueta, o celular e a chave de seu carro, e dirigiu até a casa de Jane. Ao chegar à rua da amiga, ela viu pela janela, a casa cheia de gente, e Jane rindo de alguma coisa que Tommy acabara de dizer. Não vou e não quero atrapalhar eles, melhor ir para outro lugar. Pensou Maura. E assim seguiu dirigindo.

Jane em seu apartamento estava rindo de uma história sobre TJ que Tommy estava contando, quando ela olhou pela janela viu um carro parado em frente a sua casa, mas ela reconhecia aquele carro, era o carro de Maura, ela então sorriu mais abertamente, mas esse logo se desfez quando ela viu o automóvel ir embora. Então pegou seu celular e mandou uma mensagem para Maura.

Hey, por que não Entrou? – J

Maura sentiu o celular vibrar, parou no acostamento e sorriu ao ver de quem era à mensagem.

Não queria atrapalhar – M

Você sabe que não atrapalha, você é sempre bem vinda. Onde você está? – J

Olhou para os lados e viu que estava perto da praia. E logo respondeu:

Na praia– M

Okay. – J

Maura estranhou não ter recebido mais nenhuma mensagem, decidiu então sair do carro e ir caminhar um pouco na praia. Não tinha tanta gente como ela pensava que teria, sentou na areia e observou as ondas indo e vindo. Seu celular não parava de tocar, havia várias chamadas perdidas de Constance e Richard, olhou de novo e viu que era quase ano novo. Desligou o celular e o devolveu para dentro da bolsa.

Jane estava a caminho da praia, ela saiu do apartamento sem ninguém vê-la, ela já estava avistando o mar e logo reconheceu a figura loura sentada na areia com algumas pessoas ao redor. Estacionou o carro em qualquer lugar e foi em direção a Maura. Ela se aproximou da amiga e sentou ao seu lado.

– Oi – Jane disse

– Oh! Oi... O que faz aqui? Por que não está com sua família?

– Sem você não tem graça.

Maura corou e deu um soco fraco no braço de Jane.

– Ei!! Vai começar o ano me agredindo?

– Você deveria estar com a sua família.

– Você também.

– Eu tive que fugir deles...

– Quem disse que eu estava falando dos Isles? – Jane interrompeu

– Jane... Você consegue ser mais infantil que o TJ.

– Verdade. Mas você me ama mesmo assim.

Maura riu e sentiu seu rosto corar de novo.

– Vem, vai começar. – Jane levantou e estendeu a mão para a amiga.

– O que vai começar?

– Os fogos, o ano novo e essas coisas. Anda logo.

– Ta bem, ta bem! – Maura segurou a mão de Jane e as duas andaram até a beira do mar.

Elas podiam ouvir as pessoas fazendo a contagem regressiva. Jane estava pensando no ano que estava por vir, ela queria que fosse diferente, ela queria que seu único desejo se realizasse, e ela faria ele se realizar. A contagem acabou e todos estavam desejando feliz ano novo todos, Jane virou-se para Maura e perguntou:

– Fez um pedido?

– Jane, isso é besteira.

– Claro que não!

– Vai me dizer que fez um pedido? – Maura parecia não acreditar no que sua amiga estava falando.

– Claro que fiz, faço esse pedido todo o dia antes de dormir.

– E por que ele se realizaria agora? Só por que é ano novo?

– Não, porque eu vou fazer ele se realizar.

– Jane, sinto muito, mas isso é ridic...

Maura não conseguiu terminar sua frase, Jane a puxou pela cintura e juntou seus lábios ao dela, e só se soltaram quando o ar se fez necessário.

– Viu? Meu desejo se realizou.

– Jane... Pelo mais incrível que pareça... O meu também.

– Feliz ano novo Maur.

– Feliz ano novo.

Jane se aproximou de Maura de novo e voltaram a se beijar, Maura segurava o rosto de Jane, ela queria que esse beijo durasse para sempre, assim como o sentimento. Maura delicadamente parou o beijo e disse:

– Eu me esqueci de uma coisa.

– Do que Maura? – Jane parecia indignada por Maura ter feito isso

– Eu te amo Jane. – A outra abriu um sorriso enorme de orelha a orelha e respondeu

– Eu também te amo Maur.

Voltaram a se beijar com fogos de artifícios atrás delas, e as pessoas que ali estavam, aplaudiam a cena que se formou. E foi assim que o ano delas começou, com a certeza de que daquele momento em diante, tudo seria novo

désirs peuvent devenir réalité