Narrador: Youkais...

Narrador: Místicas criaturas do folclore japonês inexistentes em nossa realidade... Será mesmo?

Narrador: ... Ah sim... Naquele verão... Eu descobri a verdade.

(~) Em uma pequena floresta, um garoto de cabelos loiros e olhos azuis cumprimenta a vida animal do local recebendo alguns pássaros em seus braços, enquanto caminhava por aquele lugar iluminado pelo céu e cercado por árvores (~)

Garoto: Uhm... Acho que vou descansar por aqui mesmo...
(~) O jovem se espreguiça demonstrando seu cansaço, logo deita no tronco de uma árvore, sem perceber o mesmo cai no sono (~)

Narrador: Naquele verão...

(~) Após alguns minutos de sono o garoto acorda, com uma pequena companhia (~)

Narrador: Naquele verão eu...

(~) Ao acordar o mesmo pensou estar sendo assaltado, para sua surpresa o que lhe esperava não era humano (~)

Narrador: Naquele verão eu fiz amigos...

(~) Uma pequena raposa cujo os pelos assemelhavam a cor de seu próprio cabelo o estava observando, como se quisesse algo (~)

Garoto: Eu não tenho comida.

Raposa: E POR QUE EU IRIA TE PEDIR COMIDA!?

(~) O garoto com um rápido salto saiu de perto da raposa, com medo estampado em sua face, pensando que seria vítima de algum tipo de demônio, o animal confuso apenas encarou o mesmo enquanto realizava tal ato (~)

Raposa: Viu alguma assombração? jovem portador.

Garoto: A ÚNICA ASSOMBRAÇÃO AQUI É VOCÊ!, SAIA DE PERTO DE MIN!

(~) Ao pronunciar tais palavras, a raposa que até o momento só o observava erradia um pequeno feixe de luz se originando de seus brancos pelos, após apagar, tudo que restava era uma garota com um olhar um tanto quanto maléfico (~)

Raposa: Talvez sinta-se mais a vontade assim...

(~) A mulher-raposa se aproximava do mesmo com delicadeza em seus passos, seu cabelo era negro como a noite, estatura de uma soberana, postura perfeita (~)

Garoto: NÃO SE APROXIME, ESTOU AVISANDO, EU CONHEÇO UM PADRE!

Raposa: Oh não, um padre, Mas o que tem isso?

(~) O garoto ainda assustado se dispara em direção a saída da floresta, a mulher-raposa observa o mesmo correndo enquanto desaparece entre as árvores, o garoto pensando que sua imaginação o teria pregado uma peça decidi ir para a cidade e talvez comer um hambúrguer, essa hora seu pai já teria voltado do trabalho, porém ao chegar na cidade sua visão foi outra... (~)

Narrador: Ainda me lembro daquela coloração... Sangue espalhado por ruas e paredes, lá estava ele...

(~) Diversos corpos de pessoas espalhados por todo o lugar mortos, do centro da cidade algumas batidas podiam ser ouvidas, ele não podia acreditar... Não queria acreditar, seu primeiro instinto foi correr para casa e conferir a segurança de sua família, assim fez, a casa estava afundada no chão com uma marca gigante sobre a mesma, os barulhos ficavam mais e mais altos, logo uma figura aparecia vindo do sul, irá irradiava de seus ossos negros, com um rápido movimento ele brandiu sua calda sobre o jovem o causando grandes ferimentos, observando a cena estava sua pequena observadora (~)

Garoto: Por... Que... Por que você fez isto?

(~) A raposa novamente em forma de mulher se aproxima dele rindo (~)

Raposa: Ridículo, se rebaixou ao nível de manter uma pergunta com seu inimigo.

Garoto: Ele não é meu inimigo... Não tenho inimigos... Ele pode apenas estar bravo

(~) O garoto respondia soluçando e tossindo sangue (~)

Raposa: Poupe seus esforços, inútil! é mais que óbvio que se alguém destrói sua cidade e te acerta ferozmente essa pessoa ou coisa te odeia!

(~) Ela logo se abaixa ficando a altura do mesmo enquanto estava caído (~)

Raposa: Por que VOCÊ faz isso?

Garoto: Apenas... Tento ser uma boa pessoa.

Raposa: Ninguém é tão bom assim, você na verdade tem medo de fazer inimigos, não é?

Garoto: ...

Raposa: Te darei o poder que precisa para poder viver sua vida o quanto quiser, mas em troca você terá que me dar algo.

Garoto: Te dar algo?...

Raposa: Você... Bom... Terá de viajar comigo, mas depois acertamos isso.

(~) Antes mesmo do garoto ter a chance de responder a raposa tocou em sua mão, se transformando em apenas luz, o garoto sem entender nada apenas ficou parado esperando a morte, quando o mesmo reparou uma estranha mascara teria aparecido grudada no lado esquerdo de sua cabeça, é claro que ele tentou tirar, sem resultado, seus cabelos ficaram brancos assim como o luar, suas feridas se curaram e seu corpo ficou estranhamente mais quente, ele não sabia o que teria acontecido, mas o ghoul gigante deixou de fazer o que estaria fazendo e correu em direção ao garoto que mal conseguia se mover, (~)

Garoto: Então é nisso que minha vida se resumiu? Não...é nisso que a vida dessa aberração se resumiu.

(~) Poucos segundos depois o garoto já teria desaparecido, o ghoul confuso procura por todos os lugares, antes de mesmo de ter a chance de contra-atacar o ghoul estava coberto por chamas de uma coloração totalmente diferente do normal, antes que percebesse o mesmo estava caído no chão totalmente queimado, o garoto que estaria sentado em sua nuca observava o que já foi tal coisa, logo a máscara presa em seu rosto se converte em luz originando a mulher novamente (~)

Raposa: O contrato está firmado.