POV - EDWARD

Estava sentado com uns colegas, entre eles o Lucas, meu amigo, bebendo e conversando, de onde eu estava podia ver a Bella com a namorada do Lucas dançando e se divertindo.

Depois de um tempo, uns já tinham ido embora, alguns saíram pega alguma garota, sai para ir ao banheiro, quando voltei encontrei com outros colegas e acabei conversando um pouco com eles. Quando cheguei onde estávamos antes o Lucas já não estava mais, e nem a Bella e a Sophia estavam dançando, resolvi ir embora na saída me encontrei com  o Lucas e sua namorada, com uma Bella meio bêbada. Fui ate ele me despedir

- Já vão?

- Já e você?

- Também

- Você podia nos ajudar com ela né!? - pediu a namorada do Lucas

- Eu?- perguntei

- É claro que é você, camarada dos cartões!

- Como? – perguntei a ela sem entender como ela sabia disso, a não ser que o Lucas tenha contado.

- A Bella me contou. Você a ama, não é?

- Amo

- Então vai cuidar dela, não acho que seja seguro deixar ela sozinha em um apartamento.

- Ok! - disse antes de pega-la no colo

Caminhei ate meu carro, a coloquei no banco da frente, passei o cinto pelo seu corpo, fechei a porta me despedi do casal, combinando de nos encontrar na garagem do prédio onde morávamos, dei a volta no carro e entrei nele, dei partida e sai.

Estacionei na minha vaga na garagem, e enquanto esperava o Lucas com a Sophi fiquei vendo a Bella que dormiu durante o trajeto, suavemente toquei em seu rosto, parecia um anjo dormindo. Logo eles chegaram, enquanto ele estacionava eu dei a volta no carro, abri a porta do passageiro, tirei o cinto da Bella e a peguei no colo, empurrei a porta com o corpo, travei o carro, acionei o alarme, com a chave que estava em uma de minhas mãos, e me juntei ao casal no elevador. Já no nosso andar dei a chave de casa que estava junto com a do carro na minha mão ao Lucas para que ele abrisse a porta. 

Entramos e fui ate o meu quarto a deixando na minha cama

- Me de uma blusa sua - pediu, ou melhor, mandou, a Sophi

Peguei uma dentro do closet, e assim que pegou da minha mão nos mandou para fora, sentamos na sala e eu perguntei ao Lucas

-Ela é sempre mandona assim?

- É- respondeu ele rindo

Depois de uns minutos ela apareceu, saiu pela porta e entrou no apartamento deles, eu e o Lucas ficamos vendo o que ela ia fazer, logo voltou com um potinho na mão, e me perguntou se eu tinha algodão. Fui ate o meu banheiro, peguei o potinho que tinha algodão e entreguei a ela, a vendo passar aquele troço de dentro do potinho com um algodão no rosto da Bella, fazendo sair a sua maquiagem.

- Vai ficar ai olhando? – perguntou ela

- Por que esta incomodando?

- Já que vai ficar ai, pegue um algodão e molhe com um pouco de agua.

Achando graça dela, fui fazer o que ela pediu, e peguei uma toalha de rosto limpa para ela, voltei ao quarto e entreguei tudo a ela. E fiquei vendo ela terminar de limpar o rosto da Bella, para ela fazer esse trabalho todo ela deve gostar muito dela. Assim que terminou ela se despediu de mim e do Lucas e foi para a sua casa, antes de ir o Lucas me pediu desculpa pela a namorada mandona, eu disse que não tinha problema e que ela devia gostar muito da Bella. Ele me respondeu dizendo que a Bella é a melhor amiga dela. Assim que ele se foi, tranquei a porta, fui para o meu quarto olhei-a dormir por um tempo, e depois foi tomar banho, vesti uma roupa de dormi, peguei cobertores e travesseiro e fui me ajeitar no sofá. Poderia ir deitar no quarto de hospedes, mas preferi ficar na sala. Vai que ela acorde no meio da noite e resolve sair por ai, melhor estar na sala.

De madrugada acordei, fui ate o meu quarto e a vi dormindo, ela estava descoberta, e a blusa tinha levantado e pela a posição que ela estava, meio de lado meio de barriga para baixo, deixava a sua bundinha empinada na minha direção, e eu podia ver a minúscula calcinha que ela usava. Assustei-me quando ela se mexeu, virando-se de frente para mim, como minha camiseta ficava grande nela, ela subiu ate acima de seus seios, os deixando expostos para mim, os seios durinhos e empinadinhos, com os mamilos rosados, me deu vontade de tocar, desci o olhar por seu corpo vendo sua barriga lisinha, as coxas torneadas, a minúscula calcinha sexy, sentia meu pênis endurecer e latejar. Minha vontade era de deitar ao seu lado, abraçar seu corpo e dormir junto dela. Cobri-a e sai do quarto antes que fizesse uma besteira. Deite-me no sofá, tentando esquecer o que vi no quarto, mas era difícil, acabei indo ate o lavabo batendo uma. Depois de estar mais aliviado fui tentar dormi de novo, não sei em que momento adormeci.

Acordei cedo no outro dia com o corpo suado, fui ate o meu quarto e a vi dormindo, entrei no banheiro fiz minha higiene e tomei um banho rápido e frio, vesti uma bermuda, e fui fazer um café e comer alguma coisa, liguei a TV baixinho e fiquei vendo um programa que passava. Até que alguém bateu na porta, levantei do sofá e eu fui atender.

Abri a porta e Sophia entrou sem nem ao menos eu convidar.

- Bom dia pra você também Sophia.

- Bom dia Edward. Cadê a Bella?

- Está dormindo ainda

- Esta bem então, toma – disse ela me entregando uma pequena mala.

- O que é isso? – perguntei pegando a mala da sua mão

- Uma roupa pra Bella, tomar banho e a bolsa que ela estava ontem e ficou comigo.

- Sei, e você acha que ela vai passar o dia aqui por acaso?

- Você vai mandar ela embora? – perguntou ela com os olhos arregalados.

- Claro que não, mas não sei se ela vai querer ficar aqui.

- Não interessa você vai a fazer ficar e curar a ressaca dela. Sabe como fazer isso não é? Vai a fazer tomar banho, tomar um remédio pra dor de cabeça, faze-la suar o álcool do corpo, como você que escolha e depois a deixa dormir. Simples assim. Agora eu vou voltar pra minha casa, alimentar o seu amigo. – disse e saiu do meu apartamento

Fui pro meu quarto deixei a mala perto do seu vestido e o seu sapato. E voltei pra sala ver TV.

Pouco tempo depois fui ver se ela já havia acordado. Vi que ela abria e fechava os olhos por algumas vezes, se sentou na cama olhando o quarto onde estava e começou a dar sinal de desespero.

- Vejo que acordou – disse a ela.

Ela se virou de frente pra mim

- Onde eu estou? - perguntou

- No meu quarto.

- E o que eu estou fazendo aqui?

- Não se lembra de nada do que aconteceu ontem?

- O que aconteceu ontem? – perguntou assustada.

- Você bebeu demais, a Sophia pediu pra que eu ajudasse a te carregar, achamos melhor trazer você pra cá do que te deixar sozinha no seu apartamento. Com dor de cabeça?

- Um pouco

- Eu já volto – disse antes de sair do quarto.

Fui até a cozinha peguei um copo de agua e um comprimido pra curar a ressaca dela, voltei pro quarto encontrando-a deitada na cama com uma cara de dor.

- Toma – disse lhe entregando o copo e o comprimido.

- Obrigada – disse ela antes de tomar o comprimido com a agua.

- Eu fiz café, quer vir comer alguma coisa? – ofereci a ela.

- Sim, eu posso usar o banheiro?

- Claro, é ali – disse apontando pra porta – Vou deixar você a vontade, te espero da sala – disse antes de sair do quarto.

Fui até a cozinha e terminei de arrumar a mesa, e fui me sentar no sofá da sala, logo ouvi a porta do meu quarto ser aberta, e os seus pés descalços tocando levemente o chão, fingi que prestava atenção em algo na TV, e esperei-a vim, quando percebi que ela estava na sala olhei pra ela, vestida com a minha camiseta que ficava no meio das suas belas coxas, os cabelos bagunçados, tão sexy.

- Oi

- Vamos comer – disse me levantando do sofá e indo em direção à cozinha e ela me seguiu.

- Sente-se – disse indicando uma cadeira a ela

- Obrigada – ela se sentou na minha frente

Comecei a me servi e vi que ela fez o mesmo, percebi que não parecia incomodada em tomar café forte e amargo.

Comemos em silencio, não sabia como fazer o que a Sophia mandou, mas a conhecendo a pouco tempo que conheço e pelo que o Lucas contou seria melhor obedecer, alias que seria uma boa oportunidade de estar perto dela e mostrar que a amo.

Dei uma olhada nela que mantinha os olhos abaixados e a bochechas levemente coradas, às vezes parecia um pouco preocupada.

- O que a incomoda?

- O que?

- Eu vejo que algo a incomoda, o que é?

- Sobre ontem

- O que tem?

- O que eu fiz? – perguntou mordendo o lábio inferior nervosa, parecia sexy.

- Nada demais, dançou e bebeu nenhum vexame.

- Mesmo? – perguntou com um pequeno sorriso nos lábios.

- Mesmo, segunda-feira ninguém vai comentar algo sobre você. Não se preocupe.

- Obrigada.

- Sophia venho aqui hoje cedo. Deixou algumas coisas pra você que ela pegou no seu apartamento, a sua bolsa tinha ficado com ela.

- Como?

- Eu deixei no meu quarto perto do seu vestido. Já terminou? – perguntei vendo que ela parou de comer.

- Já.

- Certo, então vá tomar banho e por a roupa que a Sophia trouxe, nos vamos sair. – disse a ela.

- Como assim?

- Vamos caminhar.

- Não eu vou pra casa.

- Não mesmo, vai fazer o que eu pedi, você vai caminhar comigo pra suar o álcool do seu corpo, e depois você pode descansar, ou prefere ficar o dia se sentindo péssima?

- Tudo bem, eu vou – disse se levantando

- Pode usar o banheiro do meu quarto.

- Obrigada, quer ajuda? – perguntou enquanto eu tirava a mesa.

- Não, pode ir se arrumar – disse sorrindo a ela.

- Esta bem – respondeu e se virou de costas pra mim e saiu da cozinha, fiquei olhando ela sair, o balançar do seu quadril.

Suspirei e voltei a tirar a mesa, guardei as coisas e lavei a louça. Depois voltei pra sala e me sentei no sofá pra esperar.

Poucos minutos depois ela apareceu com uma calça de ginastica preta, regata comprida branca e tênis, com os cabelos presos em um rabo de cavalo.

- Estou pronta – disse ela

- Vou por uma camiseta e o tênis, já volto.  A proposito, está bonita. – disse me levantando.

- Obrigada – respondeu com as bochechas vermelhas

 Fui pro meu quarto, entrei no banheiro, que cheirava a morangos, deliciosamente, escovei os dentes, arrumei o cabelo, coloquei uma camiseta, o tênis e voltei pra sala.

- Vamos? – perguntei a ela

- Vamos – respondeu se levantando.

Desliguei a TV, e caminhamos até a porta, abri-a pra ela sair, saindo em seguida, tranquei a porta e coloquei a chave no meu bolso e fomos pro elevador.

Em silencio descemos até o térreo, peguei a sua mão entrelaçando os nossos dedos e a levei pro sentindo contrario do seu apartamento, duas quadras depois, virei e caminhei até o parque perto de onde morávamos, torno de sete quadras do meu apartamento.

Caminhávamos em silencio até o parque, depois que chegamos a levei pelo caminho mais bonito que tinha.

- Por que está fazendo isso? – perguntou ela

- Isso o que?

- Me deixar dormir na sua casa, caminhar, me deu remédio. – a especificou

- Porque eu quero que fique bem

- Por quê?

- Eu já disse, eu amo você, e quero que fique bem.- justifiquei.

- Eu não consigo entender – sussurrou ela

- Entender o que?

- Como você pode me amar, depois de tudo, eu não entendo.

- Você se refere ao msn falso?

- Sim

- Eu te perdoei por aquilo Bella, e se não fosse assim, talvez nunca teríamos nos conhecidos, já pensou nisso?

- Não, nunca pensei que se não fosse pela aquela historia nunca teríamos nos conhecidos.

- Quando você descobriu que me amava? – perguntou ela não muito segura com a palavra que usava.

- Eu não sei direito, eu nunca reparei o suficiente em você, eu te falei na sexta-feira sobre isso, mas naquele dia que eu e meus pais fomos jantar na sua casa, eu sentia vontade de entender como você estava, o que sentia, antes eu tinha uma certa curiosidade pra saber como você era, mas no jantar ficou mais forte, tudo em você me chamava a atenção, eu não conseguia parar de te olhar e depois venho aquela apresentação de dança, vendo você dançar tango me excitou, eu não sentia desejo sexual por ninguém, desde que comecei o tratamento assim que nunca sentiria, mas eu senti por você, desejei estar no lugar no cara que dançava com você, desde então não parei de pensar em você, e sempre sentia a mesma coisa, vontade de ter ver, ver seu sorriso, os seus olhos brilhantes, ouvir a sua voz doce, meu coração batia mais rápido, assim como ele esta batendo desde ontem.

- Eu achava que você me odiava me desprezava.

- Nunca, eu me senti ferido pela mentira, mas nunca te odiei e muito menos desprezei você. Tanto é que guardei todas as suas cartas e as nossas conversar.

- Como?

- Eu as guardei e imprimir as nossas conversas, e as trouxe comigo. Tudo que escrevi foi o que eu sentia, a verdade.

- Eu ainda acho tudo isso muito inacreditável.

- Acho que eu posso entender – disse a ela, acha mesmo que seria difícil de convence-la que a amo, mas nem por isso desistiria.

Voltamos a caminha em silencio.

Depois de um tempo voltamos para o meu apartamento, ao entrarmos perguntei se ela queria tomar banho primeiro ou eu podia ir tomar o meu, ela me deixou tomar o meu primeiro, entrei no quarto, já que ela estava na sala assistindo TV, deixei a porta aberta, entrei no banheiro deixando a porta encostada, tomei meu banho quente para relaxar, e só de tolha fui ao closet por uma roupa, coloquei uma boxer branca, um jeans, e uma camiseta. Tentei arrumar o cabelo, mas não teve jeito, ele sempre ficava desajeitado. Fui para a sala, e lhe disse que ela podia ir tomar o banho dela, enquanto ela tomava banho eu via um programa qualquer na TV.

Tocaram a campainha e eu fui atender, abri a porta encontrando Lucas e Sophia parados.

- Oi, entrem – disse a eles abrindo mais a porta.

Esperei eles entrarem e fechei a porta e fomos pra sala.

- E a Bella?

- Tomando banho no meu quarto

- Posso ir até lá?

- Pode

Assim que respondi ela foi em direção ao meu quarto.

- E como foi a sua noite?

- Bem

- E como vão as coisas entre vocês?

- Simplesmente não vão, ela não acredita que eu a amo.

- E o que pretende fazer?

- Convence-la que a amo.

- Sophia me contou sobre a conversa entre ela e a Bella, e me disse coisas sobre você que eu não sabia.

- Como assim?

- Que você teve depressão e se envolveu com drogas.

- Eu não cheguei a usar, fumei dois cigarros, e sobre a depressão é verdade, e foi por ela que eu quis ser melhor, eu tinha parado de estudar e achava que tinha que ser alguém, que ela merecia alguém de verdade e não um vagabundo que não fazia nada.

- Entendi, mas não há necessidade de se justificar pra mim, eu não estou te julgando, você é o único amigo com quem eu realmente confio, embora achasse você um pouco estranho.

- Como assim?

- Às vezes você ficava meio aéreo, sempre recusando as garotas que se jogavam sobre você, até pensei que fosse gay, agora entendo que é pela Bella.

- Sim, é por causa dela.

- Como pretende convence-la que a ama?

- Não sei. – disse me sentindo frustrado.

Logo Sophia e Bella apareceram na sala, Bella estava com uma calça jeans justa e uma blusa decotada deixando ver um pouco da pele dos seus seios. Sophia se sentou ao lado do namorado e Bella ao meu lado.

- Como está se sentindo?

- Bem, só um pouco cansada

- Descanse um pouco.

- Eu devia ir pra casa

- Não, devia ficar e descansar.

- Mas

- Descanse Bella – disse puxando-a pra se deitar em meu peito e comecei a acariciar seus cabelos.

Minutos depois ela estava dormindo. Ficamos conversando em voz baixa pra ela não ouvir.

- Como pretende convence-la que a ama? – Sophia me perguntou

- Ainda não sei

- Posso ajudar?

- Como?

- Não sei, mas posso pensar em alguma coisa.

- Pode ser.

Uma hora depois a Bella acordou, e afastou-se de mim.

- Podemos ir almoçar naquele restaurante perto da faculdade, o que acham? – Sophia sugeriu

- Por mim tudo bem – respondeu Lucas

- Por mim também

- E você Bella, vai com a gente? Por favor.

- Vou – respondeu dando de ombro.

- Venha, vamos dar uma ajeitada nessa cara de ressaca sua – disse Sophia a puxando pro meu quarto.

Algum tempo depois elas voltaram, Bella havia colocado os sapatos de salto alto de ontem, penteado os cabelos e com uma maquiagem discreta no rosto, com a sua bolsa e a mala.

Descemos pra garagem, Bella colocou a mala no carro do Lucas, e foi comigo no carro até o restaurante. Comemos conversando como amigos que se conheciam a anos, Bella e Sophia se davam muito bem.

Na hora de irmos Sophia resolveu ir pra casa da Bella pra conversarem, então foram com o carro do Lucas e ele voltou pra casa comigo.