Start of Time escrita por Duda Costa


Capítulo 9
Último beijo.


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sei que estou há quase um ano sem postar aqui e eu juro que não abandonei, só que o ano que passou me deixou atolada de tanta coisa que não tive criatividade pra escrever e eu espero que me perdoem por isso, também tava sem criatividade pra escrever esse, mas me obriguei a escrever e a criatividade veio, espero que gostem porque eu amei escrever esse capítulo.



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Lily Evans

Resumo dos últimos meses: estava tudo dando super certo em todas as áreas da minha vida. Eu tenho boas notas, a banda está ficando famosa, sim, as poucos, mas temos uma agenda de show recheada e as pessoas cantam a nossa música, estamos perto de começar a gravar o nosso primeiro cd e eu conhecera um rapaz incrível depois de um show em Crewe. Nada podia estar mais perfeito porquê até as brigas entre nós diminuíram vertiginosamente.

Ir para escola era incrível, se antes os meninos eram extremamente desejados e disputados com o sucesso da banda o assédio em cima deles triplicou e eles estavam aproveitando isso da melhor forma, exceto Remus que engatou um namoro com Dorcas e eles eram o casal mais improvável e mais lindo do mundo.

— Vocês não os acham incríveis juntos? — perguntei para James e Sirius no almoço certo dia na escola.

— Sim, são tão lindos que me dão vontade de vomitar — disse Sirius e eu revirei os olhos em resposta.

— Isso não surpreende vindo de você que tem a profundidade de uma colher de chá, Sirius — disse James — e eu concordo com você, Lils, eles fazem um belo casal.

— Você é incrível, James, tão fofo e tão sensível — disse e apertei as duas bochechas dele simultaneamente enquanto ele corava.

Espera, James corou, isso era novo pra mim.

— Ai meu Deus, James Potter, você corou, incrível — falei alto

— Claro né, você fica me tratando como criança na frente de toda a escola.

— Porque você é meu bebê, Jay — eu estava prestes a apertar as bochechas de James novamente quando uma Marlene chorosa aparece ao meu lado.

— Posso falar com você, Lily? — pergunta Marlene de cabeça baixa enxugando uma lágrima da bochecha.

— Claro, Lene, nos vemos no ensaio, meninos — Digo e sigo Marlene até uma sala vazia.

Nós entramos na sala e ela sentou na mesa do professor e desatou a choras e a única coisa que coube a mim fazer era consola-la, quando ela finalmente acabou ela falou o motivo que a levou as lágrimas.

— Ele terminou comigo, Lily — disse Marlene enquanto secava as lágrimas apenas para outros caírem de novo.

— O QUÊ? — sim, eu gritei — Como assim, Lene? Vocês eram maravilhosos juntos — disse sem pensar e isso provocou uma nova crise de choro em Lene — Desculpa, Lene, eu não queria...

—Tu... do b...em, Li...Ly — disse Marlene entre soluços

Dessa vez ela demorou mais para se acalmar.

— Respira e me conta como isso aconteceu — digo enquanto me sento a seu lado e seguro a sua mão em forma de apoio.

— Eu achava que estava tudo bem entre a gente, juro mesmo, um dia antes dele terminar comigo ele dormiu em casa, então na tarde seguinte ele apareceu e disse que queria terminar, meus olhos encheram de lágrimas na hora e eu perguntei por quê ele queria aquilo, ele primeiro disse que nunca quis me fazer chorar, mas que se ele ficasse comigo ele ia estar vivendo uma mentira e isso magoaria mais a mim e a ele no futuro — Marlene suspirou e eu vi mais lágrimas caindo de seus olhos — se ele estava vivendo uma mentira, então por que ele disse que me amava? Por que ele fez eu me apaixonar por ele? — ela me olha em busca de respostas e eu apenas balanço a cabeça, porque eu não tinha o que falar — Naquela noite eu chorei vestindo uma blusa que ele esqueceu em casa, eu nunca tinha imaginado que teríamos um último beijo, com ele tudo parecia tão certo, tão no lugar, até mesmo a mão trêmula dele conhecendo meu pai, o jeito que ele me interrompia com beijos enquanto eu estava falando alguma coisa, ele ficava lindo andando com as mãos nos bolsos e aquele maldito sorriso nos lábios quando nos víamos, Lily, eu achei que ele fosse ser pra sempre, como eu pude me enganar novamente?

— Eu também achei, Lene — digo e a abraço com um braço — Eu não quero defende-lo, mas entenda, você preferia que ele continuasse com você sem ama-la e acabar virando um cafajeste como o Taylor virou ou do jeito como foi? Ele sendo sincero e terminando com você porque percebeu que você não era pra ele?

— Eu não sei, Lily, eu o amo tanto — Lene soluça mais um pouco — agora terei que vê-lo em fotos como eu costumava vê-lo dormindo, eu vou sentir ele me esquecer como eu o sentia respirar, eu continuarei saindo com nossos amigos em comum, como você, só pra perguntar como ele está. — Lene finalmente para de chorar e enxuga suas bochechas molhadas — Eu espero que ele esteja bem onde quer que ele esteja.

— Você vai ficar bem, Lene, você vai superar, você sempre supera, eu espero que você não esqueça o quão incrível você é e eu sei que por aí pelo mundo tem um cara que vai ama-la incondicionalmente do jeito que você merece.

— Você que é uma pessoa incrível, Lily, a pessoa que te conquistar terá muita sorte de tê-la ao seu lado — ela me abraça e a campa toca. — Obrigada por tudo, obrigada por ser essa amiga maravilhosa.

Saímos da sala e eu decido não ficar para assistir as aulas e ir para casa, a vida amorosa de Lene era quase uma comédia romântica, a única diferença era que nenhum dos relacionamentos dela dava certo, e em todos ela se entregava de corpo e alma, sempre dava tudo de si, sempre se apaixonava perdidamente e no fim ela era sempre a que saía mais machucada, entretanto, de certa forma eu a invejava porque ela sempre se jogava de vez, como se o amor fosse um mar em que ela sempre se afogasse e quando era salva respirava e olhava o quanto aquela água azul era linda e pulava novamente, eu era completamente o oposto, eu estou sempre colocando só o meu pé, checando a temperatura da água, eu nunca mergulho, nunca me afogo, nunca me machuco, nunca tenho histórias porque tenho medo de me machucar.

Chego em casa e me jogo na minha cama e olho para o teto, talvez eu acabe me apaixonando pelo garoto de Chewe, talvez não, mas eu nunca iria saber se não tentasse, se não ousasse. Suspiro e olho pro meu violão encostado na parede e decido fazer outra música sobre Lene, só que essa não teria um final tão feliz quanto o outro.

Me dediquei tanto a música que quando a terminei de escrever e fazer o arranjo, já era noite e quase no horário do ensaio e hoje James viria me buscar para ir, tomo um banho rápido, me arrumo e o espero no quarto fazendo pequenos reajustes antes de claro, perguntar a opinião de James sobre a música.

Quando James chega peço para mamãe manda-lo subir para o meu quarto.

— Você sabe que estamos quase atrasados, não é? — fala James assim que entra no quarto, inclusive ele estava lindo com os cabelos negros molhados e despenteados.

— Eu sei, pedi pra você subir porque quero te mostrar uma música que escrevi hoje, sobre a Marlene — ele revira os olhos — sim, de novo sobre ela.

— Ela já terminou com o Charlie?

— Ele terminou com ela — ele arregala os olhos — sim, eu sei, estranho, né? Enfim, vem ver a letra, eu a escrevi como um dueto.

James pega a letra e a analisa.

— Até pra terminar Charlie é um cara incrível, né

— Não, James, deixe de ser idiota, ele disse que a amava e no fim disse que queria mais viver uma mentira, isso não é coisa que se faça. — retruco

— Ok, ok, você quer cantar essa música agora? Posso cantar a parte masculina. — Sugere James.

— Eu escrevi isso como um dueto justamente pensando em nós dois. — digo e ele sorri.

— Em nós dois?

— Claro, achei que seria ótimo ter um dueto de nós dois na banda. — digo e dou um tapinha em seu braço

— Ah sim, então vamos começar?

— Claro — digo e começo a tocar e James deixa a letra para que nós dois possamos ver.

https://www.youtube.com/watch?v=kALSETZ9ngk

No fim da canção eu olho para James com um olhar de interrogação.

— Incrível, isso com certeza tem que ir pro repertório da banda.

— Sério? — digo e largo o violão para abraça-lo

— Claro — diz e me abraça de volta — também acho que é bom ter um dueto.

Me afasto um pouco e ficamos com os rostos próximos o suficiente para sentir a respiração um do outro, ficamos um tempinho assim e devo confessar que sim, senti vontade de beijá-lo.

— Estamos atrasados, Lily — diz James e eu abaixo a cabeça.

— Sim, estamos, vamos? — me levanto da cama e o espero na porta tentando esquecer a repentina vontade que eu tive.


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Notas finais do capítulo

Tem JiLy um pouquinho de JiLy siiiim, mas não se empolguem, espero que tenham gostado e por favor deixem review que eu prometo postar na semana que vem, vou deixar na sinopse também o trailer da fanfic que eu amei e eu espero que vocês gostem também, beijos e até semana que vem, é uma promessa. AH, e eu usei a versão do Boyce Avenue dessa música porque eu gostei mais dela assim, achei mais bonita.