Bem-vindo ao Central Park

Logo que eu cheguei na escola, avistei minhas melhores amigas: a loira, Directioner e Little Monster, Bea; a japinha, estilo Moe, Ami-chan; as loucas por livros, morena e ruiva, Camile e Bianca; e a morena, fanática por fanfics, Thaís. Minhas BFFs! Cumprimentei todas e começamos a conversar, logo o sinal bateu e entramos na GHS para começar mais um dia de aulas no nono ano. Muito tempo se passou até o último sinal bater, e saímos da escola, direto para o parque.

Quando chegamos ao parque, nossa amiga Ronie, estava lá nos esperando. Ronie, o nome dela é Verônica na verdade, mas ela prefere ser chamada de Ronie mesmo, é loira de cabelos lisos até o ombro, super animada e fanática pela série de livros Jack Black e Ron!

Arrumamos a toalha, preparamos o piquenique, sentamos e começamos a conversar e a comer. Quando olhei meu relógio, já era dez pra sete, e todas comemoramos a minha rebeldia com um bom gole de Coca, e quando a Lua cheia subiu no céu, eu fiquei maravilhada. Era linda, perfeita! Vi que todas estavam iguais a mim: boquiabertas e com olhos arregalados! Mas uma coisa me incomodava: a Bea e Thaís estavam inquietas, como se esperassem alguma coisa ruim, estranho, comecei a criar hipóteses do motivo de elas estarem assim, mas logo meus pensamentos foram interrompidos por um ruído alto que veio do meio das árvores, mas como ninguém notou decidi ignorar, mas aí veio outro ruído, mais alto, o que fez todos que estavam no parque perceberem e do meio das árvores surgiu uma criatura imensa, com cabeça de touro e corpo de homem. Eu não podia acreditar no que eu estava vendo, era impossível, surreal!

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Aquela coisa nos viu, e começou a nos perseguir! Minhas amigas se levantaram às presas, e saíram correndo como nunca antes visto, e enquanto corríamos daquela criatura mitológica ouvi o que estavam conversando.

– Mas o que um tanque de guerra está fazendo no meio do Central Park à essa hora?- disse Camile.

– E você acha que eu sei?!- rebateu Bianca.

– Mas do que vocês estão falando- perguntei - Vocês não estão vendo o Minotauro nos perseguindo?!

– Você ta louca, Maria?! Que Minotauro? Você esta lendo muitos livros de mitologia, só pode!- disse Ronie.

– Mas....- eu ia dizer alguma coisa, mas Bea me interrompeu- Pouco importa se é um taque de guerra, um Minotauro ou um elefante pedalando um monociclo, é melhor corrermos para não virarmos batata frita!

“Droga! Mas o que ele está fazendo?! Até parece que esta procurando alguém...”, pensei sobre a criatura quando vi que ela (ou ele) não parava de farejar o chão em busca de alguma coisa, depois desse pensamento, continuamos a correr até parar atrás da estátua da Alice no país das Maravilhas, e primeira coisa que eu fiz pode ser considerada estúpida ou até heróica, mas.....

– Vão pra casa!- eu gritei pra elas, e elas assentiram e começaram a correr em direção a Madison Avenue, mas a Ami- chan, a Bea e Thaís ficaram.

– Maria você não vem?- perguntou a Ami-chan, com um tom de preocupação.

– Não Ami, eu vou depois, agora vá antes que aquela coisa chegue aqui- ela assentiu e saiu correndo, e depois me dirigi a Bea e a Thaís- O que vocês ainda estão fazendo aqui?

– O que você acha? Te protegendo, oras!- rebateu Thaís.

De repente percebi que os olhos delas estavam mudando de cor! Antes castanhos, os olhos delas estavam de cores irreais! A Bea tinha olhos cinza e a Thaís tinha olhos roxos! Roxos! E o mais impossível veio depois, quando elas tiraram, não sei da onde, espadas, a da Bea tinha um tom dourado e a da Thaís, meio que bronze. Foi a gota d’agua!

– O que é que está acontecendo? Vocês só podem estar brincando, né?- perguntei incrédula. – Primeiro um Minotauro, depois espadas!?

– O Minotauro está atrás de você! Por isso estamos te protegendo e por isso usamos espadas, oras!- disse Thaís

– Mas porq.....- a Bea me interrompeu- Olha, não temos muito tempo para explicar, OK? Só peço que entregue isso aos seus pais, assim que chegar em casa, tudo bem?

Ela havia me entregado um envelope pequeno, com um selo que eu não reconheci de nenhum lugar, tinha um morango e um pégaso desenhado.

– Agora vai!- disse Thaís mas continuei parada, fitando o envelope- Vai!- dessa vez a Thaís gritou, fazendo um sinal com a mão para me mandar embora.

– Mas e vocês?- perguntei

Elas se olharam e começaram a fitar o chão, foi aí que eu entendi.

– Não, não e não, vocês vem comigo!- eu disse

– Maria, estamos aqui para te proteger- replicou Bea

– Mas vocês não podem lutar contra aquela coisa! Não podem! Vocês vão... v-vão....- nessa hora comecei a chorar, enquanto o Minotauro nos farejava.

– Maria, vamos ficar bem, OK? Não precisa se preocupar, agora vai!- disse Bea, com uma doçura que eu não conhecia.

– M-mas......

Elas me olharam e ficamos nos encarando por um tempo, eu não podia deixá-las lá para lutar contra aquele monstro, não podia, mas num impulso as abracei, me virei a sai correndo feito louca. Quando parei, olhei para trás e as vi acenando do mesmo jeito que faziam quando nos despedíamos na porta da escola, depois desse pensamento, me virei de novo e recomecei a correr, enquanto uma lágrima rolava pelo meu rosto.