Uma Sakura Para Um Uchiha escrita por Isabellynha


Capítulo 1
O beijo


Notas iniciais do capítulo

Hey, friends!!


Uma One... nem deu pra aguentar, povo!!
XD
Tive que fazer uma!!
Aproveite, boa leitura!



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♥ Uma Sakura Para Um Sasuke -O Beijo. ♥

Por - Haruno_Queen

---------------------> Sasuke

Era tarde da noite. Eu estava vagando incansavelmente em busca de algo para fazer naquela noite. Não havia nada além de um escuro, um vazio. Como ter retornado a ficar sozinho mesmo quando você voltou para onde deveria estar. Isso é solidão?

Eu lembro das palavras dela.

"Eu aprendi com você que a solidão pode ser dolorosa."

Ela aprendeu. Apenas agora. Enquanto eu, fui tomado pelo ódio e vingança. Eu me sentia vazio. Eu me sentia uma folha ao vento. Não me culpe por achar o mundo injusto, culpe a noite.

Os passos ficam mais lentos, a cidade vai ficando mais escura. Observo as poucas luzes no céu. Observo um caminho. São essas pessoas que eu devo proteger, agora. Não importa o que aconteça. Eu tive o privilégio de estar vivo e saber o que é ser um amigo. O que é ser alguém "especial", como eles dizem. Eu serei lembrado por muitas coisas no futuro. Serei diferente e escreverei o começo da vida de muitos. Espero que eles sejam pacientes em esperar.

Reconstruir o clã... é esse o meu objetivo. Antes, por não penar direito, aquilo era uma ideia vaga que achei que faria de alguma forma, sem pensar exatamente o que se deveria fazer: minha própria família. "Não há ninguém que ame você." Ela disse que me ama. Várias vezes. Então essa afirmação não é verdade. Como vou construir do zero algo tão grande? E com quem?

Passo por mais uma casa. Vazia.

Os olhos fixos em alguma coisa que passa conforme ando. Os pensamentos dispersos pela sensação de estar confuso. Seria um pecado dizer que não estou pronto? O que eu esperava? Reconstruir o meu clã lá fora, em qualquer lugar? Como eu faria isso?

Estúpido.

O que havia na minha infância: garotas estúpidas, tomadas pelo amor de mentira. Como são burras. Em apenas pesar que seriam amadas. Por mim. Merda, como são estúpidas.

Não consigo dormir

Fico acordando

Sem a mulher ao meu lado

A culpa está queimando dentro de mim

No fundo, estou machucado

Não consigo conviver com esse sentimento

Sakura fora do mesmo jeito: se deixava amolecer por qualquer coisa que eu dizia. Isso é péssimo. Ou era. Ela me idolatrava, me amava. Achei que a odiaria, por um tempo. Mas, ela sempre provou que poderia ser diferente, se ela quisesse. As coisas mudavam e eu me sentia responsável por qualquer coisa que acontecesse com ela. Me veio uns pensamentos desconhecidos, ações desconhecidas... Algo diferente que eu não poderia compreender.

Eu comecei a odiá-la e tentar afastá-la. Porque eu sabia de onde vinha esses meus sentimentos: minha mãe. Ela me amava. Diferente dessa garotas.

Estúpidas.

Sakura se parecia em muitos momentos com ela. Me protegia, me oferecia o que podia para me manter seguro. Mas ela não podia. Ela embora, assim como minha mãe. Morreria. Eu eu não queria perder esse sentimento. Era algo que eu conhecia quando pequeno, mas perdeu seu significado, com o tempo. Depois que Itachi...

Estúpido.

Eu a odiava por me "amar". Por me dar aquele sentimento estranho. Mas, que merda! Eu não queria perder ele. E ao mesmo tempo, parte de mim, que havia se acostumado com meu jeito frio, me pedi para olhar com mais cuidado: era ela, Sakura. Não minha mãe. Não uma pessoa que poderia se cuidar. E sim alguém desprotegida. E itachi poderia, ele poderia tirar isso de mim. De novo.

Estúpido.

Primeiro, a odeio por ser chata. Depois, sinto tudo aquele sentimento, imaginando-a como alguém da minha família. O medo de perder esse "sentimento" é tão grande, que penso que Itachi pode tirar de mim. Quando na verdade, ele nem sabe que ela existe.

Possessão.

Proteção.

Eles costumavam gritar o meu nome

Agora, eles o sussurram.

Mas ela ainda mexe comigo. "Não mude o que você já sabe, Sasuke." Ela não é mais sua preocupação, eu pensava. Quando criança, eu era mesmo estúpido. O que eu fazia: sofrimento. Onde eu deveria estar: na escuridão. Não poderia ser diferente. Tinha que saber separar o que é daqui, de lá. Por isso a deixei, chorando.

Estúpido.

Passo pela casa dela.

Ela precisa estar dormindo. Assim como naquela noite, ela deveria. Ela não podia me visto. Mas, ela viu. Eu poderia ter encontrado qualquer pessoa naquela noite, mas ela... Ela foi a única que eu vi. Por que eu a escutei, quando já havia ouvido cada uma de suas palavras antes? Eu queria que ela dissesse? Será que eu poderia ter ido embora se ela não me dissesse que me amava uma única vez?

Estúpida.

Ela e o seu amor.

Um amor de mentira.

Que se tornou sólido.

E a tornou a única pessoa que eu não seria capaz de matar.

-Sasuke-kun..? -Era ela. Ela tinha de estar dormindo.

-Hn, Sakura... -escapou de meus lábios.

-O que está fazendo aqui? É tarde -seu olhar refletia em preocupação. Como poderia ser assim? Eu deveria dizer isso.

-Eu pergunto a mesma coisa.

Seu olhos fitam o chão com calma. Ela está triste, de novo.

-Tsunade-sama disse que eu poderia ficar mais tarde hoje, se quisesse. Já que meus pais não estão em casa, não preciso ouvir broncas -ela solta um sorriso, travesso.

Sem os pais... Sozinha. Não, ela está feliz, com isso. Não triste. Isso é... estanho.

-Quer entrar? -convida.

-Não -respondo. O que ela está pensando, que eu ficaria em sua casa? Tenho mais o que fazer, sozinho.

-Eu preciso resolver algumas coisas -concerto. Porque fiz isso? Mas, que droga. Ela não precisa saber o que vou fazer.

-Ah, sim... Desculpe -ela cora. Adoravelmente -Eu preciso terminar de arrumar algumas coisas, eu tenho mesmo que fazer isso. Antes que meus pais voltem... -ela lembra.

O estado dela. Tão cansada que não seria capaz nem de se manter em pé. Seus pais ficariam furiosos se não fizesse o que foi mando. Eu lembro de como é isso: inquietante. Para os que se importam. Ela não vai conseguir fazer isso sozinha, não a esta hora. Já é tarde.

-Eu ajudo você -declaro. Seus olhos brilham com a surpresa. Não por eu ter dito que faria isso, mas por não esperar que eu me importasse. Eu falho novamente.

Entro com cuidado em sua casa e observo a forma como é tudo organizado. Ela tira cuidadosamente suas botas e deixa em um canto. Tiro meus chinelos. É tudo mais colorido e cheio de fotos. A família, apenas Sakura, apenas a mãe...

Haviam umas caixas na sala e sentia sua agitação quando vê que deve arrumar tudo isso. São enormes caixas que tem diversas inscrições.

-O que são elas? -pergunto.

-São experimentos, ervas... Ganhei muitas coisas quando tive de substituir Tsunade-sama no hospital, já que havia renunciado.

Percebo como está orgulhosa de si mesma. Isso é importante para ela e provavelmente, algo que quer lembra durante toda a vida.

-Quer uma água, suco... -pergunta, com olhos agitados.

-Não... Obrigado. -digo.

Notei um pequeno traço de felicidade ao escutar "obrigado." Como aquilo poderia ser algo especial?

Você me faz experimentar algo

Que não posso comparar a nada

A não ser aquilo que espero

Que depois dessa febre, eu sobreviva

Levamos várias caixas para o quarto dela, organizando. Ela se sentia nervosa e se atrapalhava um pouco. Ela está constrangida. Já me sinto arrependido de ter vindo até aqui e tentado ajudá-la. Mas, algo me pedia para ficar. Algo estranho. Eu rezava dentro de mim mesmo para que aquelas caixas não acabassem. Eu não imaginava o porquê.

-Esta é a última -diz, com um sorriso no rosto.

Olho para o seu rosto: suado, fraco. Eu sabia que ela não iria conseguir fazer tudo isso sozinha. Não acho que isso é um trabalho que ela deva ter.

Estamos dentro do seu quarto, e o relógio já marca 00:13 da manhã. É muito tarde.

E muito cedo.

Ela chega perto de mim com um sorriso no rosto, cansada.

-Obrigada, Sasuke-kun. Eu não teria conseguido fazer isso tudo se não tivesse me ajudado -ela, fala com entusiasmo. E só se dá conta de que chegou perto demais, quando eu dou um sorriso forçado para ela. Ela ri um pouco e se afasta. Uma gota de suor atravessa o meu rosto e logo percebo que ela arfa, com a proximidade.

Existe algo nela, que eu preciso descobrir o que é.

Culpa de não ter reconhecido o seu amor. Eu preciso me redimir, de alguma forma.

Aproximo lentamente sue corpo ao meu, quando ela encontra uma parede, tentando se afastar de mim quando eu, só aumento o contato. Ela fica nervosa e finalmente se cala. Então ela pode ficar sem palavras?

Encosto a ponta de seu nariz com o meu, juntando sua respiração com a minha. Ela olha fixamente para minha boca e eu olho para seus olhos, verdes. Reluzentes. Ela esboça um sorriso nervoso, tudo nela está a flor da pele. É tão confuso. Pensei que ela quisesse isso. Não, ela quer, porém está nervosa.

Eu preciso...

Pedir desculpas...

Encosto os nossos lábios inferiores com os superiores perfeitamente, pressionando-a contra a parede. Sua respiração acelera e tenta se controlar. Seus olhos, agora fixos aos meus, me olham com um certo desejo recém descoberto. Algo novo, um sentimento novo. Era a única maneira de pedir desculpas.

-Desculpe... -levemente sussurrei contra a sua boca.

Até que junto sua língua com a minha, acariciando-a levemente, sentindo o encaixar-se perfeitamente no beijo, com vontade. Levemente mordo seu lábio inferior, escutando uma lamúria sair de sua boca. Eu não posso parar. Tomo levemente sua cintura para o meu corpo, ansiando seu toque. Ela puxa suavemente meu cabelo, puxando alguns fios. Sua boca tem um gosto diferente, algo que nunca conheci. Eu não posso parar, não agora.

Nossas línguas devolvem carícias, intensidade, ânsia... Tudo junto ao mesmo tempo. Diversos pensamentos soltos, deixados ao vento. Saboreio cada canto daqueles leves lábios. A inocência, o desejo... Eu me senti impedido de não ir mais bruscamente, porque ela pode se machucar. Quero fazer isso do jeito dela. Com...

Amor.

Um doce amor.

Um leve amor.

Algo que eu nunca pensei que seria verdade.

O que um jogo perverso para jogar

Para me fazer sentir desse jeito

O que algumas coisas más que eu faço

Para deixe-me sonhar com você

Que coisa perversa de dizer

Você nunca se sentiu assim

O que algumas coisas más que eu faço

Que me fazem sonhar com você.

Me afasto, sem ar. Procuro algum som, mas não há nada além de nossas respirações, se tocando se enchendo naquele quarto.

As palavras começam a sair de forma que não posso impedi-las.

-Sakura... eu... -tentei me controlar.

Ela sentiu que eu poderia falar alguma coisa de importante, e realmente era. Quando for dito, nada mais pode machucar se negar essas palavras, depois.

A deixei naquele quarto. Fui embora. Era demais poder aguentar o transtorno de ter que dizer porque fiz isso. Eu nem mesmo sei o que aconteceu ali. Apenas penso comigo e continuo vagando por Konoha. Mil pensamentos devem ter tomado conta da minha mente, mas eu apenas conseguia pensar:

"Como ela dormiria essa noite?"


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Notas finais do capítulo

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