Escrito nas Estrelas escrita por Maya


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey seus lindios :)

Boa Leitura, espero que gostem ♥



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Annabeth’s P.O.V


Eu tinha tudo pra acreditar que aquele ano seria horrível. Pra começo de conversa: que tipo de mãe obriga a filha a morar com o pai por um ano? Tipo, se fosse uma semana ou até mesmo um mês, tudo bem. Mas um ano?!
A história da minha vida é muito comum.
Até os doze anos, eu morei com os meus pais em Santa Barbara, na Califórnia, tendo uma vida completamente normal até que a minha mãe descobriu que o meu pai a estava traindo. Isso é uma coisa que eu nunca consegui perdoar.
Pouco depois, fui obrigada a deixar meus amigos, minha casa, a minha vida inteira e mudar pra Nova York com a minha mãe. Nunca mais voltei à Santa Barbara. Meu pai telefonava, mandava cartas e mensagens em redes sociais... Só que eu nunca o respondi.
E agora, para compensar os quase cinco anos em que eu o ignorei, vou ser obrigada a morar com ele.
-Annabeth, isso é para o seu próprio bem. Você precisa passar mais tempo com o seu pai! Você não teve contato com ele por quase cinco anos!- disse minha mãe enquanto dirigia (sim, ela atravessou o país com um carro, mais um motivo para a minha raiva, fala sério. Ficar em um carro por mais de dez dias é um pesadelo!). Apenas revirei os olhos em resposta.
Olhei pela janela e vi que chegávamos à cidade em que eu cresci... Será que Thalia ainda mora aqui? E Percy? Meu coração acelerou só de pensar se Will também estaria morando ali ainda.
A cidade não tinha mudado muito. O Restaurante Delfos ainda existia, o que me deixou imensamente feliz, pois significava que pelo menos Rachel ainda estava ali.
Minha mãe dirigiu até o final da curva principal e virou à esquerda, entrando em uma pequena chácara, cujo muro era um conjunto de cercas-vivas. Uma casa branca estava logo a frente.
Assim que o carro parou, meu pai apareceu na varanda. Ele, assim como a cidade, não tinha mudado nada. O cheiro de maresia preencheu as minhas narinas assim que desci do carro. Era possível ver uma pontinha do azul do mar logo atrás da casa.
Meu pai se aproximou devagar, observando-me.
-Como você cresceu!- ele comentou
“Lógico! Quatro anos têm o costume de fazer as pessoas crescerem”, segurei o comentário maldoso e fui o que minha mãe pediu para eu ser: gentil.
-Oi pai!- ta, eu sei que isso não é sinal nenhum de gentileza, mas o que eu queria fazer naquele momento era gritar pra ele que eu não queria estar ali.
Ele se aproximou mais e jogou os braços ao meu redor. Dando-me um abraço apertado.
-Ah Annabeth! Eu senti muita saudade.
E por mais que eu não gostasse de admitir, eu tinha sentido a mesma coisa.


*~*~*


Depois de me despedir da minha mãe (admito que chorei) meu pai me guiou para dentro de casa.
Para a minha surpresa, a mobília da casa continuava a mesma (Já estou ficando assustada, a cidade continua a mesma, o meu pai continua o mesmo e até a mobília! Será que essa cidade congelou no tempo no período em que eu passei fora?!). Graças a Deus, o meu quarto foi reformado (aliás, uma garota de dezesseis anos não deve ter um quarto cor-de-rosa, cheio de bichinhos de pelúcia!)
-Fique à vontade querida. Sua avó tomou a liberdade de procurar uma designer de interiores para redecorar o seu quarto. Espero que tenha gostado.
-Eu adorei pai- falei- vamos ver a minha avó hoje?
Acredito que a única pessoa dali com a qual eu mantive contato tenha sido a minha avó, pois era doloroso demais ter isso com outras pessoas.
-Claro. Ela está louca para ver você- respondeu-me ele enquanto saía do quarto
Eu já tive bons momentos ali.
Depois de acomodar as minhas malas (o que não foi uma tarefa fácil porque eu trouxe várias), sentei-me no meu antigo balanço que ficava na varanda, cuja vista era a praia.
Lá em baixo visualizei um casal que perseguia um ao outro.
O cara de cabelo preto possuía uma pele tão branca quanto a da ruiva, eles estavam em um momento tão filme de romance que me senti extremamente culpada em estar ali bisbilhotando.
A cena de filme romântico virou cena de comédia. O rapaz tropeçou na pedra e deu de cara no chão. A ruiva se ajoelhou ao lado dele e limpou a areia do seu rosto, logo depois o beijou. Sou realmente uma romântica incurável. Derreti-me toda com a cena.
Depois de um longo banho, vesti um short jeans com renda branca e uma blusinha rendada, também branca, e prendi meus cabelos loiros em um coque porque estava morrendo de preguiça de penteá-lo.
Desci as escadas e deparei-me com o meu pai ao piano. Apenas naquele momento eu percebi que não tocava piano desde quando me mudei para Nova York.
-Pai?- chamei-o
-Oi filha- cumprimentou ele- quer tocar um pouquinho?
Sentei-me ao seu lado e juntos tocamos “Nearer my God to Thee”. Confesso que há tempos eu não sentia tanta emoção (super dramática, eu sei).
Assim que terminamos, meu pai me olhou com um brilho muito fofo nos olhos.
-Pronta pra rever sua avó?- perguntou-me ele
-Super pronta.
A casa da minha avó ficava no centro da cidade. Era uma casa de madeira, com uma enorme varanda.
-Meu Deus! Que mulherão!- brincou ela assim que me viu
Depois de muita conversa meu pai provavelmente notou o quanto eu estava cansada e nós fomos caminhando pra casa.
-Fico feliz que esteja se esforçando. Eu achei que iria dar uma de adolescente revoltada aqui- comentou ele
-Você sabe que eu sou incapaz de bancar a adolescente revoltada. Não faz parte da minha natureza isso.
Ele acenou que sim.


*~*~*


Desci as escadas correndo igual a uma louca. Estava super atrasada.
-Bom dia flor do dia!- cumprimentou meu pai
-Bom dia pai!
Ele olhou pra mim e começou a rir.
-O que? O que foi?!- questionei enquanto mordia um pedaço (enorme por sinal) da minha maçã.
-Filha, você ta com a calça do pijama.
Merda.
Subi as escadas (sendo uma louca novamente) e peguei a primeira calça jeans que encontrei.
Meu cabelo estava preso em uma trança de lado (a preguiça de penteá-lo tinha me feito prendê-lo novamente).
Meu pai me levou até a escola. Eu já havia estudado ali. Ah! Bons tempos (credo, pareci uma velha agora).
Primeira aula é de história. Sala 4B... Achei!
Bati na porta e assim que o professor deu autorização para entrar, eu o fiz.
-Novata?- perguntou o professor
-Mais ou menos...- murmurei- Estou meio que voltando pra cá.
-Se apresente para a turma- mandou ele
Que cara mais petulante (nem sei o que é isso, mas tudo bem).
-Olá “turma”- simbolizei aspas com os dedos, o que fez todos rirem, olhando pela sala notei o olhar de dois garotos fixos em mim, um loiro e um moreno... Interessante- eu sou Annabeth Chase, eu já estudei aqui, ou seja, não sou novata, vou apenas passar o ano aqui. Sou de Nova York.
Os olhos dos meninos se arregalaram assim que eu disse “Annabeth”.
-Gostei de sua apresentação Annabeth. Sente-se na segunda dupla da terceira fileira, a Srta. Dare não chegou então perdeu o lugar.
“Srta. Dare”... É a Rachel! Ela ainda estuda aqui!
Eu não lembro o que aconteceu naquela aula. O olhar do menino ao meu lado não facilitou a concentração na matéria. Que tipo de escola dá matéria no primeiro dia de aula?!
Assim que saí da aula, senti uma mão forte agarrando o meu pulso. Era o menino moreno da aula.
-Então... Annabeth Chase?- assenti (achei que ele estava tentando confirmar o meu nome) Sério que não se lembra de mim? Eu fui capaz de identificar você logo de cara. Os seus olhos continuam os mesmos.
-Eu te conheço?-perguntei já perdendo a paciência com aquele cara. Olhei-o nos olhos, olhos esses, como o verde do mar. Minha mente começou a trabalhar a todo vapor. Olhos verdes. Moreno. Santa Barbara. Conclusão: Percy Jackson, meu melhor amigo de infância.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram e querem que eu continue, deixem reviews! Porque se não tiver não haverá motivo para continuar.
Beijinhos e até o próximo :3



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