Athena e Eu escrita por Naiane Nara


Capítulo 1
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Notas iniciais do capítulo

* Saint Seiya não me pertence legalmente, apenas ao meu coração. *



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Seiya

Ninguém vai aguentar ver Athena daquele jeito, será mais que insuportável. Mas parece que nesse único instante, ela não vai pensar em nós, não vai levar em conta tudo o que todos estamos sentindo.



Naquele curto momento, odiei que ela pensasse no bem geral; desejei que Saori fosse de novo egoísta, que pensasse mais em si, no quanto era perigoso o que estava fazendo, mas agora ela dava os passos que a deixariam mais perto dela, da morte que se aproximava. Athena vai se oferecer para a prova pedida, ou exigida, e nenhum de nós irá suportar.

*****

Perséfone

Eu não sentia angústia nenhuma, nem remorso, ao vê-la caminhando para mim tão suavemente. A expressão dela era delicada, parecia muito tranquila. Não, não sentia.


Em outro tempo, qualquer que fosse a expressão que eu visse me horrorizaria. Esse era o principal motivo para eu nunca ter revelado o poder total dos deuses. Mas havia também um segundo motivo: Nunca precisei fazer isso. Meu marido sempre cuidava de tudo.


Meu marido... É por ele que agora vou arrancar o coração dessa jovem que está à minha frente, por quem antes tinha tanto carinho: por que não arranquei o meu para oferecer a ele. É por isso que vou ser tão cruel quanto ele sempre desejou que eu fosse afinal... Eu nunca fiz o mais importante. Qualquer coisa que eu faça agora, por mais grandiosa que pareça, não vai me redimir, jamais vai me redimir. E é por isso que estou queimando o meu Cosmo, por que mesmo que eu saiba que não, eu preciso tentar. É a única coisa que me resta.



*****
Seiya

– Está pronta, Athena?

Noto uma angústia infinita no olhar dessa mulher, uma angústia que não me é estranha, como se eu já tivesse visto esse olhar vazio, os olhos sem foco.

O modo como ela se parece com uma estátua fria, como se não precisasse de movimento, de um novo ângulo de visão, um sonho, mais ar, nada... O rosto dela parece cansado, e a expressão, entediada. Onde é que eu já vi esse desespero mudo? E esses olhos tão vivos que não combinam com essa morbidez?

Devo parar com essas reflexões: não me importa o quanto ela sofre; se ousar machucar Athena não terá mais tempo nenhum de viver.

– Estou, Imperatriz do Submundo.

A voz melodiosa de Athena ecoou no salão, agora extremamente escuro. Lembra o Inferno.

– Por que me chama assim, filha de Zeus, deusa da Terra? Sabe muito bem que eu não sou mais o que você diz.

Nos olhamos, eu, Ikki, Hyoga, Shun e Shiryu, sem entender nada. De que falavam?

– Você é a Soberana, Palas, por que venceu. O Inferno já não tem mais Imperador, muito menos Imperatriz.

E seus olhos se encheram de água.

– Perséfone... – sussurrou a minha deusa, também comovida.

Perséfone? Então era ela a esposa de Hades? Olhei em volta, procurando o olhar de meus irmãos, preocupado. A vingança é o pior dos inimigos.

– Não se preocupe, Seiya. – disse Shiryu em voz baixa. – Ela foi raptada por Hades, lembra-se? Vingá-lo não deve estar nos seus primeiros planos.

– Athena! – bradou ela com uma fúria repentina - Se você está pronta, pode ofertar seu coração para sua irmã mais nova, para que eu me satisfaça dele.

Foi então que vi Saori abrir os braços em forma de cruz, e, junto com ela, esperei pela dor.


*****


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