Ok, estava um clima bem tenso no quarto. Dean e Sam já teriam atirado na testa de Gabriel se pudessem, Castiel já deixava o clima pesado só por estar lá olhando para mim daquela maneira inconveniente e Gabriel... Bom, Gabriel estava sentado no sofá mascando chiclete como se nada tivesse acontecido.

– Nossa... Que clima. - Comentei quebrando o silêncio - O que veio fazer aqui, Castiel?

– Eu te trouxe...er... isto. - O anjo veio até mim, ele estava... Corado? Castiel estava envergonhado? - Sei que é um costume dar presentes nos aniversários, então eu trouxe um. Feliz aniversário, Meghan.

Ele segurou minha mão e colocou um saquinho de veludo na cor vinho nela, aquilo foi absurdamente fofo e seria mais especial ainda se não tivesse mais três pessoas nos olhando. Olhei para os irmãos e Sam estava com uma sobrancelha erguida e Dean tinha um sorriso malicioso brincando em seus lábios e ele ia soltar algum comentário indiscreto.

– Não ouse abrir essa boca, Deanno. - Ameacei. Puxei a cordinha que fechava o saquinho e o abri, virei na palma da minha mão e uma corrente prateada caiu nela, havia um pingente ponto de luz. - É lindo! Obrigada, Cass!

Me joguei contra o anjo o abraçando, ele não retribuiu de imediato mas acabou por me abraçar também. Era confortável e aconchegante e fiquei ali mais tempo do que o necessário, aproveitei para afundar meu rosto contra o pescoço dele para sentir seu cheiro calmante, aquele movimento acabou assustando ele, eu acho.

– Não precisa agradecer, Meghan. - Ele disse com a voz levemente rouca.

– Nós podemos sair, caso queira agradecer devidamente. - Gabriel falou me puxando de volta para o ambiente que esqueci que estava.

– Não seja idiota. - Soltei Castiel e me virei para o arcanjo que fazia uma bola de chiclete - Ah, você não consegue deixar de ser idiota!

– Não mesmo... Mas aproveitando que meu irmãozinho está aqui, queria trocar umas ideias com ele. - Gabriel se levantou e foi levando Castiel para fora do quarto - Nós já voltamos.

Quando os dois anjos saíram, eu guardei meu presente na mochila. Peguei o cupcake que Gabriel trouxe e sentei para terminar de comer. Sam e Dean se entreolharam e depois puxaram cadeiras sentando de frente para mim.

– Lá vem...

– Antes de mais nada; - Dean começou - Nós não esquecemos seu aniversário, só não comentamos porque você não... curte muito.

– Agradeço por isso.

– Ok... Mas vamos ao que interessa. Por que raios esse arcanjo está aqui? - Dean apontou na direção que ele tinha saído - Ele não é lá muito confiável.

– Eu já disse, ele é meu amigo! Pode ter enganado vocês algumas vezes...

– Ele me matou milhares de vezes só para torturar o Sam! - Dean me interrompeu.

– Mas foi ele quem deu a solução para vocês derrotarem Lúcifer e Miguel! Se não fosse por ele vocês teriam virado marionetes no showzinho daqueles otários! - Apontei para os dois.

– Meghan, nós nunca tivemos boas experiências com anjos... - Sam começou a explicar - E com os arcanjos foi pior ainda. Rafael quis controlar o céu e fez aquela guerra toda que te contamos, Miguel não passava de um idiota que se achava um príncipe herdeiro, nem comento sobre Lúcifer.

– Gabriel é diferente, ele é bom... Só irritantemente brincalhão. Confiem em mim. - Pedi à eles, essa vida já era solitária demais para sair por aí abrindo mão dos poucos amigos que me restaram.

– Não nos entenda mal, nós confiamos em você! - Dean segurou minha mão - Nós só não confiamos naquele filho da mãe!

– Bom, eu garanto que ele não vai fazer nada contra vocês. Então se contentem com minha palavra.

– Tudo bem, vamos dormir que amanhã o dia será cheio. - Sam se levantou.

– Ah sim. Outra coisa! - Dean levantou em seguida - Se vocês dois derem outro pití amanhã, eu vou tranca-los em um banheiro químico com o palhaço do McDonalds!

– Credo! - Eu e Sam dissemos juntos.

Fui até o banheiro vestir meu moletom para dormir, decidi colocar o colar que Castiel me dera, era lindo e brilhava assim como os olhos dele. Quando voltei para o quarto, ele e Gabriel já estavam de volta de onde quer que tivessem ido. Me despedi do arcanjo o agradecendo pela visita, ele me deixou alguns doces e se foi. Castiel por outro lado permaneceu no quarto assistindo algum filme antigo na TV.

Em menos de uma hora, Dean já estava em sono profundo e Sam estava pegando no sono. Castiel não dormia e sugeri que ele fizesse uma maratona de filmes, ele ficou assistindo super concentrado. Era engraçado que um soldado dos céus que viu de tudo ficasse tão entretido com meros filmes. Fiquei observando as expressões de dúvida e surpresa que ele demonstrava até pegar no sono.

–-

Acordei com o barulho da conversa entre Dean e Castiel, ao que parece a doença fantasmagórica havia feito outra vítima, me sentei no sofá me esticando e tentando pôr alguma ordem na bagunça que eu chamava de cabelo, Sam estava no banho e eu teria que esperar que ele desocupasse o banheiro.

– Quais as novidades? - Perguntei chamando a atenção dos dois que conversavam.

– Mais um morreu de susto, precisamos ir lá investigar.... Ocorreu ontem à noite e a família muito prática já fez o velório... - Dean me respondeu.

– Bom, para não perder tempo você pode ir para o circo com o Sam e eu vou na casa do defunto com o Castiel. - Sugeri.

– Ah, que espertinha... Além se livrar dos palhaços vai conseguir um tempo à sós com o anjo! - Dean sorriu para mim enquanto Cass nos olhava confuso.

– Isso se chama unir o útil ao agradável! - Levantei e peguei a mochila enquanto Sam saía do banheiro secando os cabelos.

– O que é útil e agradável? - Ele perguntou.

– Nada, só estávamos combinando como as coisas vão ser por hoje... - Eu disse passando por ele.

Prendi meus cabelos em um coque, tirei o colar e coloquei junto das roupas para não correr o risco de derruba-lo no ralo e fui tomar um banho rápido, me arrumei colocando a roupa séria de FBI e saí dando de cara com um Sam bem enraivado.

– Qual o problema? - Perguntei.

– Por que eu tenho que ir para o circo e você vai para a casa da vítima?

– Ah, então venha comigo para a casa da vítima e o Cass vai com o Dean. - Dei de ombros.

– Sammy, deixa de ser um maricas! Você vai comigo para o circo, não deve ter ninguém maquiado a essa hora! - Dean falou sério - O Castiel vai com a Meghan!

Mesmo de má vontade, Sam acabou aceitando ir com o Dean. Eu realmente não ligaria se ele viesse comigo no lugar de Castiel mas o Dean tem aquele probleminha de que não pode se separar do irmão. O fato de que os dois cismaram que eu e o Cass temos um caso e temos que ficar juntos para todo o sempre e sempre também influenciou nessa decisão.

Sim, o anjo é muito bonito e sexy. Mesmo bêbado e inocente ele beija muito bem. Eu não ligaria nem um pouco de me envolver com ele, seja lá quais consequências isso me causasse. Mas no momento essa ideia me parece meio absurda.

Os irmãos pegaram o Impala e foram para o circo, eu e Cas fomos no meu carro para a casa da vítima, ao chegar lá estava rolando aquelas reuniões pós-velório para "celebrar a vida" do defunto. Fui falar com alguns membros da família para ver se descobria algo. Todos estavam muito abalados e a única que parecia bem para conversar era a esposa da vítima.

– Ele andava muito nervoso nos últimos dois dias! Ficava nos cantos da casa com um olhar assustado... - Ela me explicava enquanto Castiel buscava algumas coisas no andar de cima.

– Ele já tinha apresentado algum problema assim antes? De ansiedade ou cardíaco? - Perguntei.

– Não, nunca! Você acha que isso tem alguma ligação com as mortes do Toby e Howard?

– Ah.... A senhora conhecia os outros dois senhores que morreram recentemente?

– Eles estudaram com meu marido, não chegavam a ser amigos... Ele dizia que eles eram um pouco brigões na faculdade... Mas acho que mesmo assim a morte deles mexeu muito com meu marido, ele começou a ficar daquele jeito depois que voltamos do velório do Howard. - A mulher começou a segurar o choro.

Era óbvio que o homem tinha pego a doença com o tal do Howard... Mas o que o circo tinha a ver com tudo isso?

Castiel voltou para a sala, ele olhou para mim como se tivesse encontrado algo. Eu agradeci à mulher, desejei os pêsames e me retirei do local com o anjo.

– Então, o que encontrou? - Perguntei depois que eu e Cass entramos no carro.

– Uma fotografia, da vítima de hoje com os outros mortos da semana e mais algumas outras pessoas. Estava em cima da cômoda no quarto. - Ele me entregou a foto.

– Castiel, isso é perfeito... Essas pessoas podem saber de algo ou até mesmo serem as próximas a morrer! - Eu sorri para ele, que deu um meio sorriso em resposta - Vou ligar para o Dean e ver o que descobriram.

– Meghan, se não precisa mais da minha ajuda... Eu tenho umas coisas para resolver. - Ele falou olhando sério para mim.

– Ah... Claro, pode ir. Obrigada, Cass! - Eu disse, ele assentiu e sumiu no ar.

Liguei para o Dean mas ele não atendia, coloquei a foto do lado e liguei mais uma vez. Estava ficando nervosa com o fato de que poderia ter acontecido algo. Voltei para o hotel e continuei ligando. Será possível que ele não tinha visto a ligação??

Quando entrei no quarto comecei a ligar para o Sam que também não atendia. Ok, era oficial. Tinha acontecido alguma coisa! Ai meu Deus! O que pode ter acontecido com aqueles dois? Precisava descobrir, mas isso significa que eu teria que ir ao circo. Não, aqueles palhaços iriam me pegar! Iriam rasgar os cantos da minha boca igual ao Coringa e me fazer ficar com um sorriso eterno!

O que raios está acontecendo comigo? Eu preciso salvar os Winchester!

Fui trocar de roupa e colocar uma mais prática, quem sabe quando eu precisaria correr? Notei que tinha umas manchas vermelhas no meu braço. Ah droga! Devia ser alergia à alguma coisa! Que horror! Era só o que me faltava. Saí do banheiro assim que meu telefone começou a tocar me assustando.

– Ai que susto! Preciso colocar um toque menos escandaloso - Peguei o celular e vi o nome do Dean na tela - Alô? Deanno?

– Meghan, o que aconteceu? Tem tipo umas 20 ligações suas nos nossos celulares...

– O que aconteceu com vocês? Por que não atenderam?

– Estávamos investigando, descobrimos algumas coisas e você?

– Achei umas pistas, vocês podem vim para o hotel logo por favor?

– Já estamos a caminho... Por quê?

– Eu... Estou com medo de ficar sozinha aqui. - Admiti mal acreditando no que eu mesma estava falando.

– Você está o quê? - Ele perguntou tão chocado quanto eu.

– Estou com medo! Acho que... AI NÃO! Eu devo ter sido infectada na casa do homem que morreu! - Comecei a pular no lugar desesperada - Deeeean. - Choraminguei no celular.

– Calma, já estamos chegando... Converse com o Sam! - Ele passou o celular para o irmão mais novo que começou a tentar me acalmar.

– Meghan, se acalme... Não tem nada a temer e nós já chegaremos aí. - Sam tentava por tudo me acalmar, mas não dava certo, a ansiedade só crescia dentro de mim e eu podia jurar que tinha algo vindo me pegar.

– Sammy! Por favor! Eu acho que tem algo atrás de mim! - Eu me encolhi no canto do quarto.

– Já estamos chegando, já estou vendo o hotel! Aguente aí! - Ele desligou.

– Não! Saaaaaam! Ai meu Deus! Ele me deixou e agora aqueles palhaços vão vim me buscar! Isso se os germes desse hotel de quinta não me matarem primeiro! - Me levantei e me afastei da parede.

A porta foi arrombada e eu gritei o mais alto que pude fechando os olhos, os palhaços tinham chegado! Ai Deus, se é que está aí, não deixe eles me pegarem!

– Meghan! - Um me chamou, já era! Ele sabia meu nome... Ele tinha a voz do Dean. DEVIA TER ENGOLIDO O DEAN! - Abre os olhos!

– Não, não me mate! - Eu implorava ainda com medo de abrir os olhos.

– Meghan, somos nós! - A voz do Sam me chamou e eu abri um olho, depois o outro. Eram os irmãos mesmo.

– Ah... São vocês... - Eu pus a mão no coração, estava absurdamente acelerado - Graças aos céus. Que susto, hein?

– Bom, você está infectada com certeza. - Sam me puxou até o sofá e me fez sentar - Mas nós descobrimos umas coisas, as duas primeiras vítimas mataram um dos trabalhadores do circo. Um dos caras que limpava as jaulas dos animais.

– Sim, soube que eles aprontavam na época de faculdade. A última vítima conhecia eles e foi infectada no dia do velório do segundo morto. - Falei depois que me acalmei - Tem uma foto deles ali em cima da mesa. Mas não toquem!

Dean foi olhar a foto, ao que parece aquele grupo todo estava morrendo. Ele contou que o homem que foi morto, havia sido encontrado amarrado de cabeça para baixo numa árvore próximo ao circo. Seja lá qual o tipo de brincadeira que aprontaram, não foi de muito bom gosto e acabou muito mal. O pior nessa história toda é que o homem havia sido cremado.

Bobby disse que esse tipo de espírito vingativo poderia ser morto novamente, não era uma certeza mas uma possibilidade. Poderia morrer de medo uma segunda vez. Mas e eu nessa história toda? Se não desse certo eu só tinha mais um dia de vida?

Eles decidiram que iriam na noite seguinte, pois precisavam saber mais sobre o homem, seus medos e como exatamente ele morreu. E se não desse tempo de me salvar?

Eu fiquei pirando o resto da tarde e da noite enquanto Sam pesquisava em seu notebook e Dean comia uns salgadinhos deitado na cama e assistindo tv.

– Dean! Faça alguma coisa! Eu posso morrer a qualquer momento! - Eu falei para ele andando de um lado para o outro no meio do quarto.

– O que você quer que eu faça? - Ele perguntou erguendo uma sobrancelha.

– Não sei! Me distraia! Ou melhor... O Castiel pode me curar! Sim! Chame ele... CASTIEL! - Eu gritei antes que Dean se quer abrisse a boca, mas nada aconteceu - CASS!

– Meghan, ele não vai vim agora... Ele deve estar ocupado. - Sam falou.

– Ou ele foi morto! CASTIEEEEEL!

– Que coisa! Ele não morreu! Se acalme! - Dean se levantou e me sacudiu pelos ombros - Nós vamos tirar você dessa! Agora vai dormir para melhorar um pouco.

Eu tentei me acalmar e fui para o sofá tentar dormir um pouco, obviamente eu não consegui e só fiquei me remexendo a noite toda. Maldito espírito! Maldito anjo que não aparece quando mais precisamos! Acho bom ele ter uma boa desculpa para quando chegar aqui ou eu vou depenar ele. Depois de muitas horas e muitos sustos com qualquer barulho anormal, eu consegui dormir.

Na manhã seguinte, Sam e Dean saíram sem me acordar antes, deixaram apenas um bilhete explicando que queriam que eu descansasse enquanto eles arrumavam as coisas para matar o espírito. Ótimo, como se ficar trancada nesse quarto ajudasse. E a coceira no braço não passava de jeito nenhum. Pelo contrário, a mancha estava maior, tomando conta de quase todo o meu braço e eu acho que cocei enquanto dormia.

Pelo o que eu sabia, levava pelo menos dois dias para que o medo tomasse conta da vítima, por que estava indo mais rápido comigo? Talvez por eu estar tão perto da minha maior fobia, com certeza isso deve ter ajudado a piorar. Ótimo!

Me levantei e fui até o banheiro tomar logo um banho, se as coisas estavam indo mais rápido comigo, logo as alucinações iriam começar. Parei de frente a pia para escovar os dentes, quando levantei o rosto para o espelho vi um palhaço atrás de mim, mais precisamente alguém com uma máscara de palhaço. Dei um grito e saí em disparada do banheiro tropeçando na primeira cama e rolando até o meio das duas. Quando olhei na direção do banheiro não havia ninguém. Meu coração estava batendo num ritmo absurdo, tanto que começou a doer!

– Ai... Se eu morrer, volto para importunar Dean e Sam por me deixarem sozinha!

Me apoiei em uma das camas para levantar e lá na minha frente estava a pessoa com máscara de palhaço mais uma vez. Dessa vez a voz nem saiu, apenas caí para trás e fui tentando me arrastar para longe e cada vez mais ele se aproximava. Era só uma máscara, uma pessoa com uma máscara mas meu coração parecia querer sair pela boca.

Então ele foi tirando a máscara lentamente, foi pior. Era o meu irmão. Era o Kyle. Ok, já não estava entendendo mais nada ali. Só sei que se meu coração batesse mais forte iria romper a pele.

– Olha só pra você... Bem viva aí e nem soube cuidar de mim! - Meu irmão falava sério com os olhos vazios vindo em minha direção, seu rosto começou a se desfigurar e decompor, como um zumbi - Você me deixou morrer, Meghan!

– Não... Eu fiz de tudo para te trazer de volta....AI! - Eu tentava falar mas a dor só aumentava.

– Você me trouxe de volta só para me matar de novo, só para me fazer sofrer com todas as memórias do inferno! Adivinhe só? Eu ainda estou lá! QUEIMANDO! E daqui há uns anos quando você chegar lá, eu serei o primeiro a te torturar! - Kyle ia chegando mais perto e seu rosto só piorava, eu nem conseguia olhar.

Seria ali o meu fim, morrer de medo da culpa. Já podia ouvir os cães do inferno vindo me buscar e estraçalhando o as portas e janelas. Não queria que fosse desse jeito, pretendia fazer tanta coisa, eu queria gritar mas Dean e Sam nunca me escutariam, ninguém me escutaria, eu nem conseguiria falar. Quem sabe um último sussurro desesperado.

– Cass...

Meu peito doía e já podia ver os cães dentro do quarto, mas ao fundo, beeeem lá no fundo eu ouvi as asas batendo e vi o anjo de sobretudo no canto do quarto me olhando confuso. Eu estava contorcendo de dor olhando nos buracos negros que eram os olhos do meu irmão. Castiel pareceu entender o que estava acontecendo e veio até mim colocando sua mão, que tinha uma luz branca muito forte, sobre o meu coração. Os cães sumiram e Kyle também, bem na minha frente. Castiel me curou.

– Me perdoe pela demora. - Ele disse depois que me curou - Eu tentei vim antes...

Antes que ele balbuciasse mais desculpas, eu me levantei e o puxei pela gola do sobretudo o beijando. Ele ficou paralisado por um momento e ate senti que suas bochechas pegavam fogo. Fofo! Ele podia ser o anjo mais bobo do céu, por se submeter a viver entre nós, mas ele me salvou. Me separei dele e ele realmente estava vermelho, me encarava sério e muito surpreso. Caramba! Que olhos incríveis.

Eu ia beijar ele de novo? Sim! Claro que sim! Mas aí os dois patetas entraram no quarto e eu me afastei dele. Cass continuou lá parado, vermelho como uma pimenta enquanto Sam e Dean nos olhavam confusos.

– Interrompemos algo? - Sam perguntou.

– Sim! Eu quase morri aqui! POR MUITO POUCO!– Eu me virei para eles, agora ia descontar minha frustação - No último segundo o Castiel apareceu para me salvar! Mas e se ele não tivesse aparecido? Eu ia morrer sozinha ali!

– Nós descobrimos como matar o espírito, achamos que você aguentaria até de noite! - Dean veio até mim.

– Mas não iria aguentar! Deviam ter me levado junto.... Olha, vamos matar logo essa coisa! - Peguei a mochila e saí do quarto antes que desse um tapa na cara de cada um ali.