Ex-Presidiária escrita por Nakamura Tisuky


Capítulo 1
Pequena ladra


Notas iniciais do capítulo

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–Ai como ela é linda-disse Aninha com sua pequena bebê no colo.

Ela havia acabado de dar a luz

Deu a luz a uma linda menininha de cabelos enroladinhos e castanhos

Era uma bebê quietinha,quase não chorava, ficava quietinha no colo,na cama, onde estivesse era silêncio

Um dia quando estava dando de mamar para a menina um cara entrou no quarto

–Oi Ana-disse ______

–O quê você está fazendo aqui?Quem te deu permissão para entrar?-disse Ana assustada

–Os médicos oras,eu tenho todo o direito afinal eu sou o pai.

–Sai daqui agora.

–Quem vai me impedir?Mal consegue se mexer e ainda quer levantar e brigar?

Ana ficou em silêncio

–Agora me dê a criança.

–O quê?Está louco?Claro que não.

–Ana,já disse que sou pai e os direitos que você tem eu tenho também ou me dá a criança ou eu pego ela a força o que você quer?

Ana dá sua filha para ______ chorando

Como é linda,me lembra de você-ele disse .

–Parece mesmo comigo-Ana deu um sorriso-Agora pode me devolver ela,ela estava mamando.

–Acho que vou querer ficar com ela mais um pouco, quem sabe pelo resto da vida dela?

–O quê?

Cebola pegou uma das maquinas que tinha no consultório e atirou na janela, fazendo com que ela quebrasse

Ele jogou a criança que caiu em uma cama elástica, e foi pega pela sua esposa

Logo depois disso Ana levantou desesperada mas começou a sentir dores então começou a gritar

Os médicos ouviram e começaram a se aproximar do quarto,Cebola assustado pulou da janela também e fugiu com sua família de ladrões

–Senhorita Ana, não podia levantar ainda-disse uma das enfermeiras-A senhora está bem?

–Não, eu não estou bem, ele levou minha filha-ela dizia chorando e gritando.

–Como assim?

–Olha a janela quebrada,ele pulou com minha filha daí e fugiu antes que eu pudesse fazer alguma coisa.

–Mas quem era essa pessoa senhora?

–Cebola Menezes, o pai da criança.

Enquanto isso...

–Ah mas como ela é bonitinha-disse Mônica apertando de leve as bochechas da menina.

–Sim, ela é uma gracinha-dizia Magali olhando pra ela.

–Comprou as coisas pai?-disse Cascão.

–Claro que não,eu roubei-disse Cebola.

–Esse é o meu marido,ótimo trabalho querido,como foi?

–A farmácia estava fechada então entrei lá com roupas pretas e roubei fraldas,chupetas,mamadeiras e tudo quanto é coisa de bebê.

–Como conseguiu trazer tudo isso?-perguntou Cascão.

Com a ajuda da minha filhota né Magá?

–É papai-disse Magali.

–Bom, essa menininha vai ser perfeita para nos ajudar a roubar-disse Cebola-vamos treiná-la assim que ela começar a andar, é bom ela começar quando ainda estiver pequena pra entrar mais fácil em cofres,encanações e etc. etc.

–Foi como achar ouro-disse Magali.

–Melhor filha bem melhor-disse Cebola.

–Chegamos em casa pessoal-disse Mônica abrindo a porta.

–Aonde a bebê vai dormir papai?Não comprou ou roubou nenhum berço-disse Magali.

–Ela dormi comigo na minha cama-disse Mônica.

–E eu?-perguntou Cebola.

–O senhor vai dormir no sofá enquanto não arranjarmos uma cama pra bebê dormir-disse Mônica.

–Humpf-disse Cebola pegando cobertas e travesseiros e levando pra sala.

A família era de classe bem alta

Como eram ladrões roubavam tudo que quisessem ter então eles tinham bastante coisa

Depois de estar com a fralda trocada, e de barriga cheia, Marina dorme nos braços de Mônica,que deita ela na cama

Todos vão dormir

–EU QUERO A MINHA FILHA-gritava Ana na cama do hospital cercada de médicos, policiais, jornalistas e muita gente curiosa.

–Calma moça, explique o que aconteceu-disse um dos policiais.

–JÁ EXPLIQUEI 500 VEZES SEUS SURDOS O PAI DA CRIANÇA VEIO E LEVOU ELA EMBORA QUER QUE EU DIGA A MARCA DA CAMISETA QUE ELE ESTAVA USANDO TAMBÉM?-gritava Aninha furiosa.

–Calma senhora-dizia um dos médicos-Vamos pra outra sala onde terá mais sossego.

–DÁ LICENÇA PESSOAL NÃO IREMOS DAR ENTREVISTA NEM DEPOIMENTO-dizia um médico na frente "empurrando" todo mundo que vinha encher o saco da Aninha.

Finalmente eles conseguem entrar em um quarto tranquilo onde Aninha fica mais sossegada

–Calma senhora, iremos ligar para seus familiares e só se você quiser os policiais irão investigar o local e te pedir informações-disse uma enfermeira.

–Obrigada-disse Aninha.

–Tome aqui o seu jantar a senhora não come á horas-disse outra enfermeira.

–Obrigada de novo-disse Aninha com um sorriso.

Ela come a comida servida pelas enfermeiras e começa a chorar enquanto toma a sopa de legumes

–O que houve?-perguntou um médico.

–Tento esquecer o que houve,esquecer o que vai acontecer, esquecer de tudo. Mas não dá, a minha filha... foi sequestrada, assim que nasceu. Não tive tempo de fazer nada com ela, de viver um episódio mãe filha...Nada.

Os médicos e enfermeiras ficam emocionados com o que a jovem mãe disse e decidiram acalmá-la

–pense que..ela não morreu, foi sequestrada então ainda está viva,ainda está bem-disse uma médica-E foi sequestrada pelo próprio pai, ele não teria coragem de machucar ela.

–Eu espero que não-disse Aninha.

Os dias passaram voando e, logo Aninha já estava em casa de novo

–Oi filha-disse a senhora Fonseca com os braços abertos sabendo que a filha dela queria um abraço.

–Mãe..-disse Aninha correndo pra perto de sua mãe e dando um abraço apertado-eu quero a minha filha de volta.

–Eu sinto muito meu amor-disse dona Fonseca chorando-também queria que ela voltasse mas aquele miserável a levou embora.

–Vamos entrar?

–Vamos.

Eles entram em casa e sentam no sofá ainda abraçadas

De repente começa a passar um jornal

"Jovem tem sua filha sequestrada um dia depois de dar a luz, é com você Andréia"

"Ana era uma jovem que tinha acabado de dar a luz a uma menina no hospital jardim das cruzes em Maceió, mas uma coisa triste aconteceu, um dia depois de sua menininha nascer, ela foi sequestrada pelo próprio pai

Segundo a jovem, o pai da criança era um procurado pela polícia pelo fato de ser ladrão, e provavelmente usaria a menina para ajudá-lo a fazer essa fasanha

Ela não quis aparecer nas entrevista e nem responder muitas perguntas mas tirou nossas dúvidas"

Ana:É um desumano, um desumano. A minha gravidez inteira ele nunca me visitou, nunca perguntou como eu estava, nunca se importou com nada e agora que minha filha nasce ele vem buscar?

Pra coisa boa é que não vai ser, ele nunca se importou não é agora que vai se importar

Entrevistadora:O que aconteceu exatamente na hora do sequestro?

Ana:Ele entrou pediu pra pegar a menina e eu não queria deixar, eu sabia que uma coisa dessas podia acontecer tentei impedir mas ele disse que iria tirar de mim a força se eu não desse ela pra ele então eu dei

Ele disse que ia ficar com ela então pegou uma daquelas máquinas de hospital,jogou na janela e a quebrou, aí ele jogou minha filha lá de cima e eu fiquei com muito medo, mas ele fez um sinal de ok pra baixo então alguém pegou a criança

Então ele disse tchau pra mim e pulou da janela também e foi embora, eu tentei impedir , tentei mas não consegui"

"Esses foram os dados conseguidos com Ana Jesus Da Fonseca, a equipe do Jornal Brasional deseja que você consiga superar isso, consiga ser forte , boa sorte Ana"

–Tomara que eu consiga superar isso tudo mesmo mãe-disse Ana chorando.

Dona Fonseca abraça a filha

Continua...


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Notas finais do capítulo

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