A Filha de Poseidon escrita por Jessie Mikaelson Chase Alone


Capítulo 7
Capitulo 7- Morte na sua forma mais horrenda.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/580486/chapter/7

Annabeth

Entramos na van as 6 da manhã, Quiron tava apressado né? Não. Quem tava apressada era a Paola. Fiquei na janela, Paola no meio e Leo na outra janela.

–Então, pura curiosidade morbida. Pra onde vamos?- perguntei

–Pro centro.- Leo falou cansado e começando a tirar algumas coisas do cinto de ferramentas. Paola uniu as sobrancelhas e levantou pra sussurrar algo no ouvido de Argos.

–Confie em mim.- ela disse depois que ele balançou a cabeça, por fim Argos suspirou pelo nariz.

–O que disse a ele?- perguntei curiosa. Paola me olhou com um brilho intenso nos olhos.

–Passei o endereço de um lugar pra onde podemos ir e pensar no que temos de fazer.- ela disse

–Cumprir a missão ou salvar o Olimpo?- Leo perguntou

–Ta, disso eu sei. Mas a profecia só falou o que eu teria de fazer. Mas não aonde teriamos de ir, nem do que proteger o Olimpo.- Paola disse, sorri e assenti.

–Você tá certa.- falei

–Eu acho... que pode ter a ver com a minha antiga profecia. Aquela que recebi aos dez anos.- Paola disse.

–Como era mesmo?- perguntei- O fogo acendera a chama sobre o anjo do mar

–Aquela que mais ama, você perderá.-Paola disse meio... infeliz

–A sabedoria um destino tragico terá.- falei após engolir em seco

–A menos que impeça a era do Caos de voltar.- Marga disse estremecendo

–O Olimpo destruido ou salvo...- falei lentamente

–Pelos irmãos que serão o primeiro alvo.- Paola terminou de proferir a profecia.

–Ah, legal, agora não basta o grande risco de eu morrer, eu ainda vou destruir um anjo.-Leo disse entediado, eu e Paola o ignoramos.

–Isso quer dizer que sua antiga missão ainda não foi cumprida.- falei, Paola assentiu

–Mas... ainda não sabemos pra onde ir.- ela observou sabiamente.

–Garotas, não sejam tolas. É obvio.- Leo disse. O olhamos surpresas- temos de dormir.- ele disse com um meio sorriso.

–O que?- gritei

–Preguiçoso.- Paola disse.

–Idiotas, temos de ter um sonho de semideus.- Leo disse

–Ahhhh.- eu e Paola exclamamos em unissono.

–Isso. Agora, acho que chegamos.- Leo disse, haviamos parado na frente de uma casa sobrado, com uma varanda que se estendia por todo o segundo andar, persianas azuis nas janelas, um jardim, uma porta de madeira clara, uma varanda branca, a casa também era branca e muito bonita.

–Bem-vindos a minha casa.- falou Paola e saimos do carro, paramos na varanda e Paola revirou a mochila até encontrar um molho de chaves. Ela abriu a porta.-Bem na verdade é da minha mãe. Mas da na mesma.

–Pura curiosidade. Sua mãe sabe que você é...- eu ia falar, Paola se segurou na soleira da porta.

–Ela sabe.

–E ela tá em casa.- Leo perguntou, Paola demorou um pouco pra responder, notei os dedos dela apertarem a soleira, ela passou a mão no rosto, respirando de forma irregular.

Ela devia tá chorando.

–A minha mãe... tá morta.- falou a Paola.- Pedi pro meu pai cuidar da casa.- ela explicou e entrou antes que pudessemos perguntar qualquer coisa.

Na sala, que tinha paredes azul-agua, o carpete de veludo preto com branco, tinha um grande sofá branco com almofadas pretas, uma poltrona de malha azul, uma estante de madeira clara, uma grande TV de tela plana, na estante haviam retratos, albuns de fotos, filmes caseiros.... a janela era grande e as persianas azuis estavam fechadas.

–O.k, hã... eu vinha passar o mês aqui de vez em quando depois de ir morar com meu pai então... a comida deve prestar porque... Tyson e Tritão vinham aqui encher a despesa todo mês... - Paola explicou e foi em direção à cozinha.

– Ei, que tal assistir esse?- Leo perguntou de repente, olhei pra ver de qual ele tava falando, era um filme caseiro, intitulado ''Ballet VS Equitação'', sorri e colocamos, quando Paola voltou cinco minutos depois estávamos sentados no sofá assistindo, ela se sentou na nossa frente e começou a assistir.

''Mas mamãe, eu não quero fazer balé, eu quero fazer aula de equitação - uma Paola de cinco anos com roupa de bailarina e cara emburrada falou.

''Mas filha, você já faz equitação no acampamento, e você fica tão linda nessa roupa.''- A mãe de Paola argumentou

''Muito ridícula, você quer dizer. E eu sou pequena de mais pra montar nos pegasos. numa aula daqui eu posso ao menos montar os potros''- Paola argumentou cruzando os braços

''Mas Paola...''

''Mas nada mamãe. Eu não vou fazer balé.- Paola de cinco disse e desfez o coque antes de sair correndo. Paola atual levantou e desligou o DVD

– Ei!- Leo e eu exclamamos. Paola nos olhou momentaneamente antes de correr pro andar de cima.

Paola

Corri pro quarto de minha mãe. Peguei a chave pendurada ao lado da porta, desde que ela morrera eu não entrava ali, e assim que entrei... senti a presença dela ali. Seu cheiro impregnava o local, nem olhei o quarto me joguei em sua cama e comecei a chorar, e em meio ao choro em algum momento dormi.

E sonhei com aquele dia.

Sonho/Flash Black modo ON.

Eu estava com Jenni e Connor numa missão. Tinha dez anos. Minha mãe estava conosco. Corríamos em direção ao cemitério Laufayatte em New Orleans. Um exercito de monstros na nossa cola. Não qualquer tipo de monstro. Arai. Ligia. E telquines. Três de cada. Jenni foi jogada no chão e Ligia começou a beber de seu sangue. Gritei para que Connor a ajudasse, mas ele estava meio ocupado com os telquines. Eu enfrentava as Arais, o pescoço de minha mãe sangrava, por causa do momento em que Ligia atacara seu pescoço, cinco minutos atrás.

Desferi um golpe através do corpo de uma das Arais e tive uma dormência na perna. Atravessei o corpo da outra ao cair de joelhos, desta vez meu pescoço começou a sangrar. Ligia. Aquela vagabunda me jogara uma maldição. A terceira Arai se jogou sobre mim enfiei a espada em seu peito num ato reflexo. Minha mãe gritou, com esforço me virei para olha-la. E tudo começou a passar em câmera lenta.

Presas amarelas surgiram na boca de minha mãe, seu cabelo ficou branco, seus olhos ficaram vermelhos, asas surgiram em suas costas, suas pernas se tornaram uma perna de gente e a outra de... alguma espécie de mistura entre um cavalo e um leão. Suas mãos viraram garras perigosas, capazes de decepar minha cabeça. Minha mãe virara um monstro. Ela olhou pra mim como se não me conhecesse e disse numa estrindente e fina voz rouca.

– Morra semideusa.- e se jogou sobre meu corpo, num ato reflexo, decepei a cabeça de minha mãe, e aos poucos ela explodiu num monte de areia que foi soprada pelo vento.

Não tive tempo pra assimilar o que fizera, pois meus amigos precisavam de mim, mas quando a culpa me atingiu não teve cura. Os únicos que sabiam o que eu fizera eram Jennifer, Connor e Travis.

Eu matara uma Arai. Recebi uma maldição. ''E a pessoa que mais ama, você perderá''. Uma parte da profecia se cumpriu. Perdi quem eu mais amava. Pois minha mãe virou um monstro e eu a matei. Eu matei mãe...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha de Poseidon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.