Quitting Time escrita por Mikizin


Capítulo 1
Quitting Time


Notas iniciais do capítulo

Nada a declarar. Tá eu tenho UMA coisa a declarar! EU AMO CONTESTSHIPPING E ESSES DOIS DEVIAM SER CANNON!!!#prontofalei



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1. "Eu te amo"

A primeira vez que a garota disse aquelas três palavrinhas a ele foi quando ele se machucou gravemente para ajudar sua roselia, que tinha sido atacada por um bando de arcanines. Se não fosse pela butterfree do garoto, que achara a moça na floresta, nem se saberia o que podia ter acontecido com o garoto desmaiado o após ter caído de um "semi-penhasco", como a garota gostava de chamar.

May acordou de uma soneca, que aconteceu enquanto ela estava sentada numa cadeira — nem um pouco confortável, na opinião dela — que estava num canto do quarto do garoto. Roselia, que já havia se recuperado, estava ao lado do garoto de cabelos verdes, que permanecia desmaiado.
Se aproximou com passos leves e curtos, chegando até a cama. Observou o rosto sereno do garoto, ela esperava que ele acordasse logo. Estava ficando preocupada. Olhou roselia pelo canto do olho, o olhar preocupação sobre o rosto do garoto estava presente nas orbes esverdeadas da pokemon, devia estar se sentindo culpada pelo que aconteceu com o garoto.

—Roselia. - chamou a mulher de cabelos rosados na porta — Não quer dormir um pouco? Assim quando o Drew acordar estará novinha em folha para continuar a jornada.

Roselia olhou a morena e ela entendeu o recado.

– Pode deixar que eu cuido dele.

Roselia sorriu, e saiu do quarto acompanhada da enfermeira.

—Não sei quem se preocupa mais, a roselia com o Drew ou o Drew com a roselia. - a morena murmurou a si mesma, arredando uma cadeira do canto do quarto ate próximo a cama do garoto.

Ela observou o rosto dele. Estava mais preocupada do que devia estar, precisava ter certeza de que ele ficaria bem.

Mas o que...?

Mas o que raios ela estava pensando? Ele era o Drew. O Drew!! Aquele garoto que tinha um ego enorme e não se deixava abalar por nada! Claro que ele ficaria bem! Mas...

Mesmo assim, ela precisava de um sinal, algo que indicasse que ele ficaria bem e voltasse a ser aquele garoto chato de sempre.

Mas foi aí que:

—Roselia...- o garoto murmurou, se mexendo na cama.

Aqueles dois não tinham jeito. Sempre preocupados um com o outro. May soltou um risinho, tudo na tentativa falha de tentar diminuir sua preocupação com o rapaz.

— Seu idiota. Vou tratar de te dar uma bela surra quando acordar por me deixar preocupada assim. - a morena murmurou, segurando a mão do rapaz desacordado.

Quando soube pela enfermeira Joy que talvez ele pudesse entrar em coma por causa da queda ela sentiu aquele aperto ruim no peito.

Ah, era aquilo a incomodando de novo.

Aquele sentimento no qual ela não tinha ideia de onde surgira, mas de todo jeito, era forte.

A morena sentiu seus olhos arderem. Apertou a mão dele como se aquilo fosse o fazer acordar. Quando menos percebeu, já se encontrava dormindo.

Algumas horas — ou minutos, ela não tinha certeza — depois acordou com seu estômago reclamando. Ela olhou para o garoto. Logo em seguida para sua mão, que permanecia segurando a dele. Seu rosto adquiriu um tom rosado, porém um mínimo sorriso era perceptível em sua face. Deu um beijo na testa do garoto e saiu do quarto, em direção ao refeitório.

Com pouco minutos de caminhada ela chegou até o refeitório do centro pokemon. Pediu um chocolate quente e um pedaço de torta de limão. Mas foi aí que uma mulher de cabelos róseos conhecida como enfermeira Joy entrou desesperada e aparentando estar cansada pela porta do refeitório. Percorreu seu olhar por todo o cômodo até dar de cara com a Maple.

— Ele acordou. - e essa frase fora o suficiente para a morena disparar em corrida até o quarto do rapaz.

May não fazia ideia de como chegara tão rápido ao quarto do rapaz, mas quando recobrara a consciência, já estava abrindo a porta do quarto de Drew e correndo até a cama dele para lhe dar um abraço apertado sem se importar com a exclamação que ele soltou.

— S-Seu idiota! Não sabe como eu fiquei preocupada! - garota reclamou o abraçando com força — Achei que iria perder você para sempre, seu retardado! - E garota não se importou em deixar cair todas as lágrimas que estava segurando até então.

O garoto até então assustado com a reação da garota sorriu a abraçando também e sussurrando um "desculpa". Quando May se acalmou, tratou logo de sussurrar, somente para ele ouvir, o que estava preso na sua garganta:

— Eu te amo, idiota. Promete que não faz isso de novo, por favor. - sussurrou com o rosto escondido na curva da pescoço dele, tentado esconder a vermelhidão que se apoderou de sua face.

Drew piscou um par de vezes até seu cérebro conseguir processar a informação preciosa que saíra da boca da garota.

— Prometo.

E May conhecia o garoto o suficiente para entender que aquele era o jeito dele dizer que a amava também.

2. Gosto de calda de chocolate

—Drew.

Nada. O garoto permanecia com seus olhos vidrados na televisão.

—Drew.

Silêncio. Apenas os ruídos da tevê eram escutados.

— Andrew Hayden!

Mais silêncio. May estava começando a se irritar. E todos sabem que não é uma boa ideia irritar May Maple.

—Alô? Oi Ash, aqui é a May e... - quando a morena percebeu o telefone já não estava mais em suas mãos. Ela olhou para trás dando de cara com Drew. Ela sorriu, adorava quando seus planos para causar ciúme no seu namorado dava certo.

—O você quer? - ele falou, sério.

—Nada. Só queria dividir um pouco do delicioso fondue de chocolate que preparei com meu namorado de cabelos exóticos, mas pelo visto ele está entretido demais com um programa de tevê. - ela respondeu, sarcástica, enquanto pegava um pouco da cauda de chocolate com uma colher.

Ele simplesmente retirou a colher da boca da garota e a beijou, coisa que fez o rosto da morena quase entrar em combustão pelo susto. Ele se separou dela, jogando a colher na pia.

— Obrigado pelo fondue. Quando for subir não esqueça dos morangos. - o garoto de cabelos exóticos falou, enquanto subia as escadas com a tijela de fondue em mãos.

May piscou um par de vezes até a ficha cair.

— Volta aqui agora!

3. Praia.

O Grand Festival havia acabado, tendo como vencedor o garoto de cabelos exóticos. A festa de comemoração depois do Grand Festival começaria em meros trintas minutos e May havia simplesmente desaparecido. Bom, na verdade ele não a via dês das semi-finais no qual a morena tivera perdido para Soledad.

E ele ficou, de certo modo, decepcionado.

Ele esperava que a morena estivesse lá para apoia-lo e torcer por ele, mas ela parecia ter desaparecido da face da Terra! Não conseguindo acha-la em lugar nenhum, ele seguiu para o baile de comemoração do Grand Festival, iria perguntar a Soledad se a mesma havia visto a fugitiva.

-Olá Soledad. - ele cumprimentou.

-Olá, Drew. Vejo que parece meio inquieto, aconteceu algo? - a amiga ruiva o perguntara. Ela usava um vestido vermelho vinho com uma abertura na perna, um colar de perolas e suas madeixas ruivas estavam presas em um coque frouxo.

-A May, ela...

A ruiva sorriu.

-Ela está lá fora, na praia. Disse que queria pensar um pouco.

Com a resposta que queria, ele se despediu da mais velha e saiu a procura da fugitiva morena, May Maple.

Ele a avistou parada na areia, descalça. Ela estava realmente mais linda que o normal. Aquele vestido azul caira tão bem nela que parecia ter sido feito sobre medida. Parecia perdida em pensamentos enquanto olhava par o mar, já que pareceu não perceber ele se aproximar por trás e a abraçar, soltando um exclamação quando isso aconteceu.

- Posso saber porque desapareceu? - ele perguntou com a voz rouca e extremamente sexy mordendo o lóbulo de sua morena em seguida, coisa que a fez corar mais de cinquentas tons de vermelho.

-V-Você mão devia estar lá dentro comemorando? - ela perguntou, ignorando a pergunta do outro.

-Sem você lá não iria ser a mesma coisa. - ele comentou, apoiando o queixo no ombro dela, vendo um sorriso tímido se formar nos lábios finos da moça.

-Bobo.- ela riu.

-Mas, serio. Porque sumiu?

-Eu... Eu queria pensar um pouco sabe. As vezes eu penso se eu realmente deveria ter saído em jornada sabe, seria tudo tão mais fácil se eu tivesse ficado em casa para assumir o gym do papai... Mas por outro lado, eu nunca teria conhecido pessoas incríveis que me ajudaram muito, sabe. Me sinto um pouco confusa.

-Hm... - ele apenas respondeu.

-As vezes eu penso em desistir de tudo e voltar para Pentalburgh. Mas é tão confuso. São tantos momentos bons que se mesclam com os ruins que fica difícil decidir.

-Bom... - ele falou, virando-a para o encarar. - Acho que posso ajudar.

E depois disso ela só sentiu lábios quentes serem pressionados contra os seus. Era uma mescla de sensações que ele não sentira com nenhum outro, com ele era sempre tão... Único.

E, naquele momento, ela teve certeza de que passaria tudo aquilo de novo - todas as perdas, todas as incertezas e lagrimas - se aquele idiota no qual ele imaginara milhares de vezes esganar fizesse-a sentir aquela sensação incrível de novo.

4. Sono.

—Vamos seu preguiçoso... Acorda logo. - May reclamou com um bico enquanto tentava acordar o coordenador cutucando a bochecha do mesmo.

Vai por mim, quando está cansado Drew Hayden consegue dormir até mais que um snorlax.

— Andrew Haydeeeen~! - morena reclamou, debruçada sobre ele na borda da cama.

E foi aí que ela sentiu um dos braços fortes do rapaz a envolver pela cintura e, quando recobrou a consciência, já estava deitada ao lado dele, que mantinha seus olhos fechados e um dos braços ao redor da cintura da Maple, impedindo-a de sair.

— Andrew Hayden! - ela esbravejou, corada.

— Nah, vamos ficar assim só mais um pouquinho. - ele falou num tom de sono.

Ela, com o rosto vermelho - e só Arceus sabe se era de raiva ou de vergonha, ou talvez os dois - puxou a coberta mais para o seu lado e alinhou-se nos braços fortes do rapaz.

5. Presente de Aniversário.

Estava frio. Era uma gélida manhã de novembro*, onde pouquíssimas pessoas se encontravam andando na rua. No chão, imperceptíveis moléculas de água congelada.

May era uma dessas pouquíssimas pessoas que se encontravam na rua. Era muito raro a garota acordar cedo assim, mas era um dia importante é precisava achar um presente de aniversário para o "cabeça de gosma". Ela teve que acordar cedo, desligar o despertador do garoto para ele acordar atrasado - coisa que não faria diferença já que estavam de férias -, mas ela queria ter mais tempo para achar um presente perfeito para ele. Ah, e claro, ela deixara também um bilhete dizendo que ela tinha saído e era para ele estar no parque as dez.

Mas no momento ela precisa se concentrar em achar o presente certo para ele! Ela não iria desistir até achar algo que combinasse com ele!

Só que sua determinação depois de 30 começou a falhar.

Enquanto estava sentada numa mesa de um café do shopping, a Maple se pegou pensando em algo que seu namorado gostava. Bom, ela sempre via ele usando cachecóis quando estava frio. Ela então pagou pelo capuccino com creme de morango que tomara e foi andando sem pressa até a loja do shopping que vendia cachecóis.

Enquanto olhava a vitrine do local, ela teve sua atenção presa por um cachecol esmeraldino que possuía uma rosa vermelha bordada na ponta. Parece até que foi feito para ele, pensou.

O pagou e pediu para embrulha-lo e, sem presa - checando que ainda eram nove e meia e o parque se encontrava perto de onde estava - foi andando até o local marcado.

Quando chegou, ele já estava lá. Estava de costas para ela, por isso não a viu chegando. Tampou os olhos do rapaz a sua frente e sussurrou em seu ouvido:

—Parece que alguém aqui está fazendo 16 anos. - e em resposta teve braços quentes a abraçando e uma voz rouca sussurrando em seu ouvido:

— Parece que alguém aqui é bom em datas.

— Feliz aniversário, Senhor Rosa. - falou a morena, vendo o rosto dele adquirir um tom avermelhado.

—V-Você vai parar de me chamar assim quando?

—Nunquinha.

— Tudo bem, princesa.

— Chato. - ela reclamou com um bico. Mas ai ela lembrou do pequeno embrulho na sacola. —Ah... Eu comprei uma coisa para você.

—Hm?

— Não sei se vai gostar. - ela virou o rosto, corada. — É só para na passar em branco. - falou estendendo a sacolinha a ele.

—Obrigado. - ele sorriu enquanto abria o embrulho. Seu sorriso aumentou ao perceber o cachecol verde.

Quando May parou de caminhar e olhou para o garoto e viu que ele estava sorrindo, não pode evitar o sorriso que nascera em seus lábios. Ele colocou o cachecol em seu pescoço e, aproveitando que o cachecol era comprido, enrolou o pescoço da garota também, que afundou o rosto no mesmo tentado esconder a com rósea que se apoderou desse.

Ela o observou pelo canto do olho. Aquele cachecol havia ficado realmente bom nele. E ela também não podia negar que ele também era muito lindo.

—Vai ficar me olhando até quando?

Ela não respondeu com palavras, apenas beijou a bochecha do mais velho sussurrando um "Happy birthday, Drew" enquanto se separava. Ele virou o rosto, corado e ela não pode conter o risinho preso em sua garganta.

Algumas coisas continuam iguais na relação deles, já outras tomaram um rumo no qual ela nunca imaginaria. Tanto ela quanto ele não poderiam negar aquela sensação quente que ambos sentiam quando estavam juntos.

Era inexplicável, imprescindível, inquestionável, era o que fazia seu estômago dar voltas e seu coração bater desesperadamente. Esse sentimento estranho era mais que mera coincidência. Era amor.


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