Capitulo 58 : Felicidade.

– A irmã do seu pai?

– Pretendo vê-la em breve.

Alice morava na Inglaterra e a ideia de ver Lili viajando outra vez, sozinha, ainda o deixava preocupado. E justo agora que tinham se acertado...

– Eu...

A campainha toca. Do lado de fora estavam Elizabeta e Roderich, que não fizeram cerimonia alguma para entrar (Vash apenas observou com pesar os dois entrando na sala sem tirarem seus sapatos).

– Por que não me disse que estava de volta, Lili?!

Elizabeta a abraçou.

– S-Sinto muito...é que aconteceram tantas coisas esses dias...e... - começou a corar.

– Acho que seu retorno merece uma comemoração. –falou cordialmente Roderich.

– Isso! Festa! Festa!! –concordou Eliza.

Vash os fuzilou com o olhar, mas foi ignorado.

– Uma festa? É uma boa ideia!

– Vou buscar uma bebida! Posso ir ao Migros! –sugeriu a húngara.

– Isso! E eu posso tentar fazer o bolo! Pode me ajudar e também comprar os ingredientes? – Lili se empolgou.

– Espero que façam um bom trabalho. – Roderich se acomodou no sofá e ficou observando.

– E-Ei!! Não dei permissão para fazerem essa bagunça na minha...!!

Até que ele viu o olhar esperançoso de Lili.

– Esse ano eu não tive uma festa... – seu aniversário tinha caído no meio da semana e ela passou o dia com o tio.

– Tudo bem. Uma festa.

Não conseguia negar nada a garota.

Elizabeta abriu a porta. Mas teve vontade de fechá-la logo em seguida. Uma espécie de briga foi travada – Lili foi olhar curiosa para ver o que estava acontecendo- entre a húngara e um estranho visitante.

– Deixe-me entrar!!

– Saia daqui seu idiota!!

Ela não conseguiu barra-lo por muito tempo. Logo o desconhecido estava na sala, rindo estranhamente.

–Kesesesese! É claro que não iam deixar de convidar o incrível eu para uma festa!!

– Quem é esse?! – antes que respondesse Vash já o encarava como uma ameaça. Pensava em pegar sua arma.

– É nosso novo vizinho... – Roderich suspirou - ...infelizmente...mas tente ignorá-lo.

– Pode deixar que dou um jeito nele! –Elizabeta sorriu e foi buscar algo na cozinha.

– Ei, vocês!! Ao menos tirem os sapatos!! E quanto a você, er, seu nome? Ah, não interessa. Não o convidei, então pode ir se retirando!

Gilbert atormentava Roderich, Eliza tinha voltado com uma frigideira e tentava acertá-lo. Ninguém escutava o dono da casa, que já estava ficando irritado.

– Ora, seus...!!

Até que sentiu alguém segurando seu braço. Era Lili. Por um instante resolveu ignorar o grupo e voltou à atenção totalmente para ela.

– Sabe de uma coisa? Acho que não tive coragem de dizer esses dias, mas...

Ela ficou na ponta dos pés e sussurrou no ouvido dele, como se estivesse prestes a contar um segredo.

– Ichi liebe dich…

Então sentiu uma onda de felicidade tomar conta dele ao ouvir aquelas palavras simples – e ainda, não o havia chamado de irmão nenhuma vez naquele dia.

Ficou mais alguns segundos sem dizer nada, até que respondeu, sem jeito.

– Ich auch, Lili...

E aquela nova fase na vida dos dois estava apenas começando.