Te amarei para sempre. escrita por detectiveupton


Capítulo 1
É você, sempre foi você.




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Fazia algumas horas em que estava ali, sentada com as mãos unidas diante a meu rosto. Eu não sabia rezar, realmente. E mesmo com a ajuda de Callie no dia anterior, isso não era possível para mim. Então, apenas fiquei em silêncio. Eu tinha certeza que Ele sabia o que se passava em meu interior, e o quanto estava agradecida por Ele ter deixado Derek salvar meu irmão. Ouvi alguns passos se aproximando, até a pessoa sentar-se ao meu lado. Ergui o olhar e sorri ao vê-lo. Era Mark. Era incrível o quanto havíamos ficado próximos depois em que me separara de Derek, mas não de maneira carnal, mas cúmplices, amigos. Olhei para seus lindos olhos claros e ele sorriu, o sorriso mais encantador e sincero.

- Já está aqui à bastante tempo, Addie, vamos eu vou levá-la para comer algo. Estão nos esperando. – Mark segurou minha mão e esperou que eu ficasse de pé. Não relutei, afinal, estava morrendo de fome. O segui em direção a grande recepção do hospital.

- Mark... – Ele me olhou de canto, franzindo as sobrancelhas. – E o casal feliz, como está? – Suas sobrancelhas se uniram mais ao ouvir minha pergunta. Apenas ignorei, estava curiosa para saber como Derek e Meredith estavam.

- Não acredito que ainda não o tirou da cabeça, Addison! – Ele me reprovou assim que parou em frente a um balcão, onde antes uma enfermeira estava e lhe entregava alguns papéis para assinar. – Sério, ele preferiu ela...

- Só estou curiosa, ok? Não tenho mais Derek em meus pensamentos. Só quero saber se ele está feliz. – Logo o cortei com minhas palavras e encostei o braço no balcão, bufando. De certa forma aquilo era verdade. Queria saber se aquela mulher estava fazendo-o feliz, como ele merecia. Mas, depois que ele salvara a vida Archer, de certa forma, eu não conseguia tirá-lo de meus pensamentos. Não que eu esperasse que tivéssemos mais alguma coisa, alías, Derek estava casado novamente. Mas eu precisava saber se ele estava feliz, para ficar tranqüila e enfim, colocá-lo de volta a sua caixinha.

- Sei, sei... – Ele revirou os olhos após assinar os papéis e deixá-los ali. – Pelo o que sei estão bem. – Foi o que ele apenas disse. Eu assenti vendo Sam, Naomi e Derek se aproximarem. Rindo de alguma coisa. – Então vamos comemorar? – Olhei para ele, desde quando ele gostava de Archer ao ponto de querer comemorar? Ele entendera meu olhar confuso e riu. – Não, ok. Estou feliz de estarmos reunidos de novo.

- Ah, não é só você, Mark! – Disse Naomi alegre e rumando em direção a porta, pegando Mark pelo braço e levando-o junto. – Me conte as novidades... – Aos poucos a voz da morena fora se distanciando e olhei para os dois homens que ficava ali comigo.

- Então vamos ou vão ficar aqui? – Eles sorriram e Sam foi o primeiro a seguir Naomi e Mark, deixando-me para trás com Derek. – Não vai avisar sua esposa? – Olhei para ele, confusa, porém, o mesmo apenas deu de ombros e seguiu Sam. – Ok! – Andei um pouco mais rápido e fiquei no meio dos dois, pegando em seus braços, assim como costumava fazer na faculdade.

- Isso é nostálgico. – Derek disse baixo, erguendo o ante-braço para que descansasse o meu sobre o dele.

- Realmente. – Sam concordou, rindo ao ouvir a risada de sua ex-mulher.

- E você e Naomi? Não se resolveram mais? – Derek perguntou, enquanto rumávamos para o bar do Joe.

- E você e Addison? Não se resolveram? – Arregalei os olhos e o fuzilei. Qual era o rumo da conversa mesmo?

- Para, isso não é o caso. – Fui soltando o braço de Derek, sentindo aquele contato desconfortável demais. Ele com um gesto simples, segurou minha mão e colocou de volta de seu braço. Era inacreditável o quanto ele ainda me conhecia e sabia quando eu estava desconfortável com algo.

- Desculpe. – Sam riu baixo e olhou para meu ex-marido, que por sinal estava mais lindo do que nunca. Bufei aos meus pensamentos, tentando me concentrar ao que conversavam. Sam contou à Derek que não, que não havia mais nenhuma chance deles voltarem, e que ele também estava saindo com alguém, porém, não alguma irmã de sua ou seu melhor amigo. Eu ri com aquilo, fazendo-o me olhar confuso.

- Desculpa, mas foi engraçado... – Derek ria junto à mim, concordando com o que eu dizia.

Havíamos chegado ao Joe. Era a primeira vez que Sam e Naomi estavam ali, e durante várias e várias vezes diziam o quanto aquilo era nostálgico. Mark havia pegado uma das mesas e nos sentamos. O lugar não estava tão cheio como de costume o tornando mais agradável.

Sam, Naomi e Mark se levantaram, dizendo que iriam pegar mais bebidas. E Derek ficava ali, sustentando o silêncio. Era incrível como a hora passava voando ao nado deles. Apoiei os cotovelos sobre a mesa e encostei o rosto em minhas mãos, dando um longo suspiro. Era hora de colocá-lo de volta à sua caixinha.

- Está tudo bem? – Perguntou o moreno, parecendo perceber o desconforto.

Dei meu melhor sorriso para ele e assenti. – Está sim, Derek. Só acho que... – Seus olhos assim como os de Derek se arregalaram ao ouvir aquela música tão conhecida.

- Mas o que...? – Derek falou alto assim que os amigos cantavam a música que ele havia escrito para Addison e cantado em seu casamento.

- Ah, eu não acredito. – Disse rindo, mas por dentro eu queria sair dali e gritar, chorar... Talvez. Balancei a cabeça em negativo, olhando para o amendoim que comia. Não pude perceber a reação de meu ex-marido, mas logo, assim que terminaram de cantar eles ficaram quietos. Flash backs da noite de meu casamento passaram como um filme em minha mente. Os juramentos de amor eterno, o sim de Derek, ele cantando, todos que amávamos ali, rindo. A festa de casamento, a lua de mel.

Fechei os olhos brevemente e logo os abri. – Eu preciso ir ali fora. – Logo levantei antes mesmo que alguém me questionasse. Rumei em direção à porta, o mais rápido que consegui , porém, deparando-me com a forte chuva. Típico de Seattle. Bufei e cruzei os braços, encolhendo-me a encostando-me na parede, abrigando-me a pouca cobertura que tinha ali. Fechei os olhos novamente e malditas involuntárias lágrimas caíram por minhas bochechas.

“Eu te amo, Derek, eu te amo! – Dizia com as mãos em seu rosto, enquanto olhava em seus olhos. Ele sorria, aquele sorriso que tanto me encantava.

Não, não mais que eu. – Ele respondeu, fazendo-me sorrir de volta. E seus lábios estavam por toda parte, minhas bochechas, meu nariz, minha testa, meus lábios, ele beijava tudo o que estava ao seu alcance. – Eu te amo mais, Addison e quero ficar com você pelo resto de minha vida. – Ele sussurrava em meu ouvido, enquanto me despia e caminhávamos em direção a sua cama.

Faça amor comigo. – Eu sussurrei e ele riu, rouco, com os lábios em meu pescoço.

É o que eu farei, meu amor. – Ele disse. “

As lágrimas escorriam fortes dessa vez à aquela lembrança, a lembrança da primeira vez que fizemos amor. Ouvi a porta do bar se abrir e rapidamente tratei de enxugar as irritantes lágrimas, porém, ele já tinha visto.

- Addison... – Me amaldiçoei por estar chorando daquela forma. Aliás, que tipo de mulher eu era? Já havia passado, passado anos desde que havíamos nos separado. Mas doía, doía muito ainda.

- Eu vou para o hotel, estou cansada. – Menti. Apenas não queria ficar perto dele, eu era fraca perto dele.

- Addison, eu ainda sei quando mente. Nunca foi boa mentirosa. – Ele me advertiu e eu sorri, assentindo e me virando, ficando em sua frente. Seus cabelos estavam um pouco úmidos devido a chuva. Ele percebeu que eu olhava e passou a mão neles, colocando-os levemente para trás. – Melhor? – Ele sorriu e dei alguns passos para trás para que ele pudesse se abrigar da chuva em baixo da cobertura em que estava. E assim ele fez.

- Sim, melhor. – Eu assenti e olhei rapidamente para baixo. – Derek, eu ia dizer... Mas, infelizmente, nossos amigos me atrapalhou e bom... – Ele me olhava com atenção. Derek estava mais velho e com a aparência mais cansada, mas aos meus olhos, extremamente lindo, como sempre fora. – Eu preciso colocá-lo de volta dentro daquela caixinha... – Ele franziu as sobrancelhas.

- É isso que você quer? Colocar-me dentro à uma caixinha? – Ele perguntou, e definitivamente eu não sabia o sentido daquelas palavras.

- Eu preciso. – Apenas disse. – E preciso ir para o hotel. – Disse as palavras o mais rápido que pude ao avistar um táxi se aproximar. Corri em direção ao mesmo e estendi o braço, apenas ouvindo-o gritar meu nome. Entrei no veículo, apenas agora lembrando-me que havia esquecido minha bolsa no bar. Mas não voltaria, o pagaria com o que tinha de dinheiro no quarto. Em poucos minutos estávamos na frente do prédio. Expliquei ao motorista que havia esquecido a bolsa e pedi para que ele esperasse, pegaria o dinheiro e logo o traria. Então, assim o fiz. Não demorando muito para estar novamente dentro do aconchegante quarto. Eu precisava de um banho, estava encharcada. Retirei as roupas molhadas e as deixei em um canto do quarto, depois daria algum jeito de secá-las, então, entrei no banhei, enchendo a banheira e jogando alguns sais de banho. Entrei na mesma e fechei os olhos.

Estava bom demais até ouvir batidas na porta. Saí da água, tomando cuidado para não escorregar e me enrolei em uma toalha branca. Deveria ser Naomi com minha bolsa e sorri com isso. Precisava de meu celular e de minha amiga. Fui em direção a porta e a abri, surpreendendo-me ao ver Derek ali, completamente molhado.

- O que faz aqui? – Perguntei rápido demais.

- Esqueceu sua bolsa no bar e eu quis trazer. – Ele disse um tanto sério.

- Naomi ou Sam poderia ter feito isso, mas... Obrigada. – Disse ao pegar minha bolsa e me virar para jogá-la em cima do sofá. Olhei para ele novamente, parecia um cachorro sem dono, todo molhado. Meu coração se apertou e suspirei dando passagem para que ele entrasse. – Vem, entra. Antes que fique resfriado e sua mulher nos culpe por isso. – As palavras queimaram em minha garganta. Eu costumava ser sua mulher. Pensei, fechando a porta assim que Derek passou, retirando sua jaqueta e colocando em cima do sofá. – Eu vou colocar uma roupa... Pode tirar a sua se quiser... – Arregalei os olhos ao perceber minhas palavras. – Eu quero dizer, para se secar e o ar está ligado, então será mais fácil e... – Ele sorria com meu nervosismo. Eu não era assim, sempre foi convicta com minhas palavras e confiante. Não essa Addison covarde e atrapalhada. Naquele instante tudo desapareceu e avancei em sua direção, levando minhas mãos para seu rosto e colando nossos lábios. Nos primeiros segundos Derek estava tenso, porém, logo relaxou e entreabriu os lábios, dando passagem para minha língua. Suas mãos foram para minha cintura, apertando-a com força, e, aquele ato fazendo que a toalha caísse por meu corpo. Logo separei nossos lábios e olhei para meu corpo nu, diante do dele, e ele fez o mesmo, dando um sorriso de canto.

Aquela noite havia sido confusa, nossos corpos se encontraram novamente se enroscando e encaixando-se de maneira perfeita, assim como era à anos atrás. Nunca havia me esquecido de como era bom entregar-me a Derek, do quanto era prazeroso. Mas, relembrar daquela forma, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido – depois da melhora de meu irmão – Derek parecia ter saudades daquilo, assim como eu e foi maravilhoso.

Beijei levemente sua testa, estávamos deitados, nus. Derek ainda estava dentro de mim, com o corpo sobre o meu. Meus dedos delineavam os músculos de suas costas fazendo-o arrepiar vez ou outra e voltar a se mexer dentro de mim. Ficamos naquilo durante grande parte da noite.

O silêncio atormentava o quarto e meus pensamentos, não sabia o que ele pensava, e se me bombardearia dizendo o quanto aquilo havia sido errado.

- Derek... – Ele erguei a cabeça e me olhou assim que ouviu minha voz. – Está quieto demais. – Ele sorriu e beijou entre meus seios. Respirei fundo e ele sorriu novamente.

- Apenas descansando. – Ele ainda me olhava, então, levei uma das mãos para seus cabelos e fiz um leve cafuné. E assim como sempre fazia, o moreno fechou os olhos aproveitando o carinho. – O trabalho tem sido cansativo e ficar assim é bom. Eu gosto de ficar assim com você. Eu gosto de você. Eu amo você. – Ele simplesmente disse e me olhou, dando um sorriso largo. Eu não sabia o significado daquele amor, e nem mesmo a intensidade. Mas ouvir aquilo dele me deixou sem chão, ou melhor nas nuvens.

- Eu... Eu sempre te amei. – Sussurrei e apertei os braços ao seu redor. Ele se posicionou em cima de mim, e novamente me penetrou.

- É você, sempre foi você. – Ele disse abafado, perto de meu ouvido. E essas palavras me fez sorrir, fazendo-me me sentir sua, inteiramente sua.

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Notas finais do capítulo

Ai, como eu queria que tivesse acontecido mesmo Addison e Derek. KKKKKKKK Bom, espero que gostem. Beijos. ♥