Nunca Durma escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 5
Efeito dominó


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

Tô chegando com mais um capítulo!

Seguinte, nas notas da história, eu mencionei que os personagens de SPN só seriam citados, certo? Pois bem, a princípio, será isso mesmo, maaaaaas, vou tentar preparar uma surpresinha para vocês no epílogo atendendo alguns pedidos...

Por enquanto, no capítulo de hoje, um certo muchacho Winchester dos cabelos sedosos fará uma participação telefônica. Oi?

Ah! E com este capítulo, começa oficialmente a caçada ao menino Freddy, ok?

O título surgiu aqui na minha cachola por causa das conjecturas que os personagens farão sobre o caso.

Espero que gostem!



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Rachel estava deitada em uma das duas camas de solteiro de um quarto, em uma pousada em Springwood, onde ela havia acabado de se hospedar.

A caçadora havia atendido uma ligação antes de entrar ali e continuava com o celular contra a orelha, enquanto fitava o teto e ouvia milhares de recomendações do outro lado da linha. Sentindo-se um tanto irritada com a super proteção do interlocutor, ela soltou um suspiro e disse com toda a paciência do mundo:

— Sim, pai, eu sei que eu tenho que tomar cuidado com o monstro. Meu Deus, quantos anos o senhor acha que eu tenho? Vinte e dois, caso tenha esquecido. E, caso tenha esquecido também, esta não é a primeira vez que eu caço. Eu vou ficar bem. — após uma pausa, ouvindo uma pergunta, Rachel respondeu: — O Henry está lá fora, paquerando uma garota qualquer. Enfim, o Henry está sendo o Henry, como sempre. — após mais uma pausa, a garota levantou da cama, suspirou e encerrou: — Eu também te amo, pai. Diz para a diva da minha mãe que eu mandei um beijo? E que um dia ela vai ter que me explicar direitinho como aguenta toda essa sua paranoia?

Antes que Sam Winchester protestasse, Rachel riu e finalizou a ligação. Jogou o celular sobre a cama no mesmo instante em que Henry abriu a porta do quarto, carregando uma mochila nas costas e arrastando duas malas com dificuldade e, visivelmente, esbaforido.

— Obrigado por ter me ajudado com a bagagem, priminha. — agradeceu ele com sarcasmo, enquanto entrava e fechava a porta com um chute desengonçado.

— Você é o homem aqui, portanto, você cuida da bagagem. Eu, como sou mulher, apenas assisto e torço para você não cair, tropeçar ou algo do tipo — rebateu Rachel, sorrindo com deboche. Mas, quando Henry a fuzilou com o olhar, ela levantou as mãos em sinal de rendição e voltou atrás: — Certo, Bebê Awesome, não precisa choramingar, eu te ajudo. Mesmo porque a bagagem é praticamente toda minha.

Então, Rachel aproximou-se e pegou uma das malas. A arrastou até perto da cama e depois fez o mesmo com a outra. Depois disso, cruzou os braços contra o peito e estreitou o olhar na direção do primo, que tinha colocado a mochila sobre uma poltrona e se jogado na outra cama sem qualquer cerimônia.

Quando Henry suspirou e fechou os olhos, Rachel questionou:

— O que você está fazendo na cama da Isabel?

Confuso, o caçador abriu os olhos, fitou a prima e rebateu:

— Esta cama é para a Isabel? — depois que Rachel assentiu com um meneio de cabeça, ele quis saber: — E onde está a minha cama?

Rachel pegou uma chave, sobre uma cômoda que havia no quarto, a jogou na direção de Henry, que a segurou no ar, e então respondeu:

— A sua cama está no seu quarto que, por acaso, fica no final do corredor. Aproveite a estadia, senhor.

— Por que você alugou um quarto para dividir com a Isabel e não comigo? — estranhou ele, sentando-se na cama.

Rachel suspirou um tanto cansada e explicou em tom de brincadeira:

— Porque você é homem, meu primo, chato e controlador. E eu preciso conversar com a Isabel sobre os gatinhos da cidade, pensar em uma forma de enganar você e me encontrar com todos eles. Oops...

— Não tem graça. — protestou Henry, jogando um travesseiro na direção da prima.

Rachel o pegou no ar, riu e esclareceu calmamente:

— Olha, nós crescemos, Henry, e eu não quero mais dividir o quarto com você. No bunker, nós temos quartos separados, nas caçadas deve ser assim também. Eu sei que dividir o quarto ajuda a debater sobre os casos, mas existem outras formas de se fazer isso e eu realmente preciso de privacidade. Você também precisa. Além disso, a Isabel conheceu alguém e eu acho que ela precisa conversar a respeito. — ao perceber que o primo estava hesitante, Rachel arqueou uma sobrancelha e sugeriu: — A não ser, é claro, que você queira trocar de lugar com ela e então nós podemos conversar... Eu não sei... Que tal sobre a Emily?

Ao ouvir aquilo, Henry lançou um sorriso amarelo na direção da prima, levantou da cama imediatamente, pegou a mochila e, enquanto caminhava até a porta, disse:

— Tudo bem, você me convenceu. Eu vou para o meu quarto.

Rachel sorriu satisfeita e o acompanhou. Antes de abrir a porta, Henry virou-se, deu um beijo na testa da garota e recomendou:

— Juízo, priminha.

— Este conselho é para mim ou para você, priminho? — redarguiu ela, lembrando-se da troca de olhares entre Henry e uma garota que passava pela calçada, quando os dois chegaram na pousada.

— Acho que para nós dois. — admitiu ele, soltando um suspiro e em seguida deixou o quarto.

Fazia menos de dois minutos que o rapaz havia saído de lá, quando Rachel ouviu o seu celular tocando. Então ela pegou o aparelho sobre a cama, viu quem era e atendeu confusa:

— Henry? Por que diabos você está me ligando se nós estamos no mesmo lugar?

Do outro lado da linha, enquanto percorria o quarto alugado por Rachel para ele, o caçador lembrou em tom acusatório:

— Talvez porque você me expulsou daí e insinuou que existem outras formas de nós nos falarmos sem que eu invada a sua privacidade?

Após um longo momento de silêncio, Rachel finalmente se pronunciou:

— Ah, é. E então? Você está bem instalado?

— Na verdade, eu estou confuso. — confessou Henry. — Por que tem duas camas de solteiro no meu quarto?

Houve mais um momento de silêncio, durante o qual Rachel pensou em uma forma de explicar aquilo sem entrar em conflito com o primo. Sabendo que de um jeito ou de outro, ele não ia gostar da resposta, ela simplesmente contou:

— Bem, eu esqueci de mencionar que você vai dividir o quarto com o Erik. O cara que está vindo com a Isabel.

— Eu vou dividir o quarto com um estranho? — questionou Henry, desaprovando aquilo completamente.

— Não é um estranho, é um cara que a Isabel conheceu. — reforçou a garota, tentando transparecer naturalidade.

— Como eu disse, um estranho. — retrucou Henry, e em seguida questionou: — O que aconteceu com o lance da privacidade? Você disse que eu também precisava disso, lembra?

— Eu quis dizer privacidade de gêneros. Meninas em um quarto, meninos em outro. — argumentou Rachel, e quando ouviu o primo respirar fundo do outro lado, ela mudou de estratégia: — Olha, é por pouco tempo. Só até resolvermos este caso.

Henry respirou fundo mais uma vez, coçou a nuca por um instante e depois disse em tom ameaçador:

— Você me paga.

Sem se intimidar, Rachel recomendou:

— Qual é, Henry? Faça um novo amigo. Vai ser divertido.

E então, sem dar chance para que ele retrucasse, ela encerrou a ligação.

XXX

Isabel e Erik chegaram cerca de quarenta minutos depois. E tanto Rachel quanto Henry ficaram impressionados quando o rapaz se apresentou como Erik Colt, mas, depois de trocarem um olhar cúmplice com Isabel, eles entenderam que o rapaz não conhecia a verdadeira história por trás do seu antepassado e prefiram não comentar nada sobre o assunto. Conversariam sobre aquilo depois com Isabel, quando tivessem a oportunidade de ficarem a sós com ela.

Apesar de não ter gostado da ideia de dividir o quarto com Erik, Henry logo saiu um pouco da defensiva, já que o rapaz se mostrou muito simpático e sincero. No entanto, foi o visível interesse de Erik em Isabel que fez Henry tentar uma aproximação, afinal ele precisava descobrir exatamente quais eram as intenções de Erik com a sua amiga.

Em outras palavras, assim como fiscalizava a vida da prima, Henry também fazia o mesmo em relação à Isabel. De uma forma mais sútil, é claro, mas ele tentava cuidar dela. Não queria que ninguém a machucasse.

Depois que os quatro tomaram banho e trocaram de roupa, eles foram até uma lanchonete em frente à pousada. Enquanto Isabel, Erik e Rachel faziam suas refeições, Henry, que tinha terminado um pouco antes, foi conversar com uma garçonete do lugar.

Rachel a reconheceu imediatamente. Era a mesma garota que tinha passado pela calçada da pousada e flertado com o primo, quando eles chegaram na cidade. Mas, ao contrário do que Rachel imaginava, Henry não estava flertando com a garota naquele momento, na verdade, ele estava tentando descobrir informações relevantes sobre as mortes ocorridas, recentemente, em Springwood.

Algum tempo depois, ele finalmente voltou para a mesa, sentou-se e relatou:

— Quatro pessoas morreram nas últimas duas semanas. O curioso é que o intervalo entre um assassinato e outro está diminuindo consideravelmente.

— Uau! Eu estou impressionada, priminho. — confessou Rachel de um jeito debochado. — Por um momento, eu pensei que você estava marcando um encontro com a garota peituda ali, mas pelo visto eu me enganei.

Henry lançou um sorriso torto na direção de Rachel e rebateu:

— Não que isso seja da sua conta, priminha, mas sim, eu vou sair com a garota peituda ali. Mas só depois que nós resolvermos este caso. Caçada primeiro, prazer depois.

— Quanta responsabilidade, Henry Jones Winchester. É assim que eu gosto. — disse Rachel com sarcasmo.

— Ei! — falou Isabel, chamando a atenção dos dois, enquanto Erik tentava não rir de tudo aquilo. — Por acaso, a garota peituda mencionou quais eram as fobias das outras vítimas?

— Desculpe, eu estava distraído demais olhando para o decote dela. — brincou Henry, rindo um pouco, mas quando a nephilim estreitou o olhar na direção dele, o rapaz se endireitou na cadeira e relatou: — Não, ela não mencionou porque, aparentemente, as outras vítimas não tinham nenhuma fobia. Só o último cara que tinha um histórico de afogamento.

— E como as outras vítimas morreram? — indagou Erik.

Todos olharam para ele por alguns instantes até que Isabel, um tanto desconfortável, desconversou:

— Eu não sei se é uma boa ideia você se envolver nisso.

Inconformado com a resposta, ele argumentou:

— Eu estou em Springwood, onde mortes bizarras estão acontecendo, sentado com três caçadores que querem colocar um fim nisso. Portanto, eu já estou envolvido. Então... Me deixe ajudar de uma vez.

Antes que Isabel retrucasse, Henry relatou:

— De acordo com a perícia, uma garota, Tina Gray, foi espancada até a morte, mas o namorado dela, Rod Lane, que estava no quarto quando tudo aconteceu, afirmou que a viu ser arrastada pelo chão, jogada contra as paredes, contra o teto e contra todos os móveis possíveis, inúmeras vezes, por uma força invisível, enquanto ela dormia. Obviamente, a polícia não acreditou na história e prendeu Rod Lane por homicídio. E eu até poderia sugerir que nós fôssemos conversar com ele, mas o sujeito também está morto. A polícia diz que foi suicídio, mas um preso que estava em outra cela, alega que viu o lençol da cama do Rod se mover sozinho, dar a volta no pescoço dele e sufocá-lo enquanto ele se debatia, tentando acordar. O preso chamou os policiais, mas quando eles chegaram, Rod Lane já estava morto. Terceira vítima, — anunciou ele — Will Maxwell, o preso que testemunhou a morte de Rod Lane. Ele morreu na noite seguinte, e embora a polícia não tenha encontrado a arma do crime, a perícia tem certeza de que a causa da morte foi uma hemorragia, causada por um um objeto cortante no tórax dele.

— Você descobriu tudo isso com a garota peituda? Nossa! — surpreendeu-se Rachel.

— Ela trabalha em uma lanchonete, muito frequentada por policiais, portanto, ela ouviu as histórias. — explicou o caçador.

Em seguida Isabel arrematou:

— E a quarta vítima foi o policial que encontrou o corpo do Will. Seu nome era Ben Ryan e, de acordo com um relato que eu li, da irmã dele, ele ficou muito abalado com as mortes dos dois presos. O delegado lhe deu o resto do dia de folga, ele foi para casa e morreu afogado em sua cama, também enquanto dormia.

Erik pensou um pouco sobre tudo o que tinha ouvido e então anunciou:

— Bem, eu vou dizer o que eu acho. — e após uma breve pausa, opinou: — Esta coisa... Se alimenta de medo. Se você tem uma fobia, ótimo, ele encontrou a sua fraqueza e vai se aproveitar disso, mas se você não tem uma fobia em específico, ele te mata do mesmo jeito, afinal todo mundo tem medo de morrer, certo? — antes que Rachel, Isabel ou Henry se pronunciassem, Erik prosseguiu: — Está claro que esta coisa só ataca quando a sua potencial vítima está dormindo. Talvez, quando as pessoas estão nesse estado, ela ou ele consiga entrar em suas mentes e despertar o medo do qual se alimenta. Definitivamente, esta coisa está perseguindo as pessoas que tiveram contato com as vítimas, que testemunharam as suas mortes, que eram mais próximas delas e que, por isso, ficaram mais impressionadas. Isso coloca a irmã de Ben Ryan e os colegas de serviço dele como as potenciais próximas vítimas. Por outro lado, à medida que os boatos se espalham e que mais pessoas ficam impressionadas com essas mortes, o medo se propaga de uma forma incontrolável e qualquer um pode ser um alvo. Mas, o que mais me intriga nisso tudo é a vítima número 1. Por que esta coisa foi atrás de Tina Gray, para começo de conversa? Por que ela era especial?

Houve um longo momento de silêncio durante o qual os três caçadores fitaram Erik um tanto impressionados com o seu raciocínio. Em seguida, Rachel olhou de soslaio para Isabel e decidiu provocar a amiga, dizendo:

— Bonito e inteligente. Exatamente como você falou.

Sentindo o seu rosto corar, a nephilim chutou a perna de Rachel embaixo da mesa e protestou:

— Cala a boca, eu não disse isso!

Enquanto Rachel se recuperava da agressão, Isabel se endireitou na cadeira e olhou para a frente. Mas, ao fazer isso, ela encontrou o olhar de Erik fixo em seu rosto, que ficou ainda mais vermelho e quente. Ele a encarava com um interesse palpável e era como se esperasse uma ressalva sobre o que Rachel havia dito. Percebendo isso, e mesmo sabendo que não podia dar esperanças a Erik, Isabel deixou escapar:

— Não que você não seja.

Rachel sorriu discretamente diante daquilo e Henry revirou os olhos antes de recomeçar:

— Foco, por favor, pessoal. — quando Isabel e Erik desviaram do olhar um do outro, Henry prosseguiu: — Então, eu sugiro que vocês dois descubram o que puderem sobre Tina Gray, enquanto eu e a Rachel vamos atrás das potenciais vítimas.

Antes que Isabel protestasse, já que não queria ficar sozinha com Erik, Rachel levantou seguida por Henry, que deixou algumas notas de dinheiro sobre a mesa para pagar a conta. E então os dois deixaram a lanchonete sem olhar para trás.

Isabel adiou aquele momento o quanto pôde, mas por fim, olhou na direção de Erik, que esboçava um leve sorriso naquele rosto que a nephilim classificaria como... Lindo. Ele mantinha as sobrancelhas um pouco arqueadas e o olhar fixo nela.

— O que foi? — perguntou Isabel, fazendo-se de desentendida e erguendo a cabeça numa tentativa nula de demonstrar que não estava constrangida.

— Você disse que me acha bonito e inteligente, e mesmo assim quer ser apenas minha amiga. Eu só estou confuso. — expôs o rapaz.

Isabel respirou fundo, tentando manter o foco, e então lembrou:

— E você disse que queria me ajudar no caso, então me ajude.

Erik suspirou profundamente, se inclinou um pouco para a frente e indagou:

— Por onde nós começamos?

Isabel olhou por cima do ombro dele e Erik seguiu o seu olhar. Logo ele viu a garçonete que havia conversado com Henry momentos antes. Ela estava atrás do balcão, secando alguns copos e os colocando em uma prateleira atrás de si. Então ele voltou-se para Isabel, sorriu e assegurou:

— Eu prometo que não vou olhar para o decote dela. Mesmo porque eu tenho alguém mais interessante para olhar.

Sentindo que o seu rosto ia enrubescer novamente, Isabel levantou antes que Erik percebesse e o chamou:

— Vamos?

O rapaz levantou também e a seguiu, enquanto continha um sorriso. Logo os dois se aproximaram do balcão e puxaram assunto com a garçonete.

XXX

Do lado de fora, Henry e Rachel caminhavam pela calçada apressados. Havia anoitecido rapidamente e a temperatura tinha caído consideravelmente nas últimas horas. Um vento contínuo e frio percorria as ruas estreitas e arborizadas de Springwood.

— Eu não acredito que ele é descendente de Samuel Colt. — disse a caçadora, referindo-se a Erik.

— E eu não acredito que ele está a fim da Isabel. — resmungou Henry, preocupado com a amiga. — Você viu o jeito que ele fica olhando para ela? Jogando todo aquele charme só porque é mais ou menos arrumadinho?

Rachel riu daquilo e contrapôs indignada:

— Mais ou menos arrumadinho? O cara é um gato, Henry! E a Isabel será muito boba se deixar um gato daqueles escapar assim. Eu não deixaria. — e quando Henry a olhou de canto e fechou a cara, visivelmente incomodado com aqueles comentários, Rachel segurou em seu braço, o fazendo parar e ficar de frente para ela. E então argumentou: — Olha, eu sei que você se preocupa com ela. Eu também me preocupo com a Isabel, mas o Erik parece ser um cara legal e parece se importar com ela. Então se os dois se entenderem, deixe assim, ok? A Isabel passou por tanta coisa. Ela merece ser feliz, você não acha?

Henry pensou um pouco, baixou a guarda, e por fim respondeu:

— Sim, ela merece. Mas é por isso mesmo que esse tal de Erik vai ter que provar direitinho que tem boas intenções em relação à Isabel. Do contrário, eu não quero saber se ele é descendente de Samuel Colt, de Deus ou do Diabo. Eu simplesmente mando ele ir embora daqui e nunca mais procurá-la, entendeu?

— Entendi. — assentiu Rachel, erguendo as mãos em sinal de rendição. — Se ele for um aproveitador qualquer, o que eu não acredito que ele seja, eu mesma faço isso, ok? Mas agora, em relação às potenciais vítimas, o que nós vamos fazer exatamente?

— Eu acho melhor nós nos dividirmos. Eu vou até a delegacia, descubro quem era mais próximo de Ben Ryan, e você procura pela irmã do sujeito. — propôs Henry.

— E o que eu digo para ela? Nunca durma? — questionou Rachel, percebendo como aquele caso seria complicado.

— Algo do tipo. — sugeriu Henry, sem conseguir pensar em outra coisa.

Sem escolha, Rachel assentiu com um meneio de cabeça e começou a se afastar do primo, que seguiu na direção oposta. Mas então ela lembrou-se de algo importante, olhou para trás e gritou:

— E onde ela mora mesmo?

Henry olhou para a prima, lembrou que tinha perguntado isso para a garçonete com quem havia conversado antes, e gritou de volta:

— Elm Street!

— Ok! — respondeu Rachel, seguindo em frente.

Como ela e Henry tinham passado por aquela rua antes de chegarem na pousada, a caçadora sabia exatamente onde ela ficava.

No entanto, Rachel deteve o passo quando ouviu o barulho de sirenes ao longe. Ela olhou na direção do primo, que também havia parado e olhava tudo em volta, tentando descobrir de onde vinha aquele barulho. Logo, duas viaturas da polícia local e uma ambulância viraram à esquina e passaram, em alta velocidade, pela rua onde os dois estavam.

Henry encontrou o olhar da prima e aproximou-se a passos largos dela, enquanto deduzia:

— Tarde demais. Alguém acabou de morrer na Eml Street.

— E eu aposto que sei quem foi. — disse Rachel, com tristeza ao imaginar que a vítima da vez era a irmã de Ben Ryan e, portanto, eles não tinham conseguido salvá-la.

— Só tem um jeito de confirmar se o seu palpite está certo. — encerrou Henry, enquanto os dois seguiam para o local.


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Notas finais do capítulo

Preciso dizer que eu amei escrever este capítulo? Eu ameiiiiiiiiii!

Esse comecinho com a Rachel e o Henry discutindo sobre privacidade achei tão fofis e engraçadinho kkkk

E claro, o clima instigante entre Isaberik só aumenta, com direito a chute na canela da Rachel e Isabelzinha admitindo que o moçoilo é bonito e tem conteúdo... Esses dois...

Ah! Alguns nomes, como Tina Grey, e também a descrição de algumas mortes, eu peguei emprestado do filme A Hora do Pesadelo. Outros nomes e mortes eu estou inventando, ok?

Por falar no filme, eu mais ri do que tudo no filme de 1984, certo? Maaaaaaas, essa semana, caçando uma coisinha no Youtube descobri uma cena do remake. E assim... Essa cena sim me assustou um pouquinho e, ao mesmo tempo, achei muito da hora kkkkkkkkkkkkkk (tanto que já comprei o filme e quero ver tudinho em breve).

Quem quiser conferir a cena está aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0wM1nNx7t4A

E sim, é a Katie Cassidy, nossa eterna e diva Ruby loira.

Well, mas voltando a falar sobre o capítulo de hoje, será que alguém morreu na Elm Street? E será que foi mais ou menos deste jeito aí? Ou pior? Oi? Freddy atacou novamente? E agora? Quem poderá nos defender?

Ahahahah em breve tem mais um capítulo, algumas respostas e mais perguntas!

Inté lá!

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