Aftermath escrita por IgorPaulino


Capítulo 2
Uma canção incandescente


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu nome é Igor, e sou o criador do Aftermath. Este é meu projeto que venho desenvolvendo há meses, e pretendo engrandecê-lo e um dia expandí-lo pra outras plataformas (jogos, livros, produções audiovisuais). Agradeço aos que leram, e caso se interessarem pela trama poderão acompanhar também pelo blog, cujo link estará nas notas finais. Obrigado a todos, e boa leitura =)



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Nunca conheci meus pais. Cresci num orfanato em Dallas, e era tudo tão fácil. Eles me alimentavam, me davam um lugar pra dormir e até me davam aulas. Nunca tinha me preocupado com meu futuro, era um cara que vivia o presente. E isso incluía as coisas normais na vida de uma criança. Brincadeiras, paqueras, e claro, as brigas. Eu aproveitava cada momento daquela época e não levava desaforo pra casa. Venci todas as brigas em que me meti quando mais novo. Sim, me orgulho disso. Enfim, chegou o dia em que completei dezoito e o orfanato já não podia mais me sustentar. Foi aí que meu mundo desabou sob meus pés.

Eu estava despreparado pra enfrentar o mundo real. Dentro do orfanato não havia preocupações. Não tinha que correr atrás do meu próprio almoço ou do lugar que eu dormiria à noite. Passei um tempo nas ruas, mas nunca pedi um centavo sequer de esmola. Fiquei acostumado a ter tudo na mão no orfanato e meu ego ficou enorme depois de dar porrada em cada moleque que se meteu comigo. Uma semana após sair do orfanato fui procurar emprego num restaurante da cidade. Eu estava faminto, então aquele lugar era minha primeira opção. Era bem organizado até: piso de tacos de madeira, grandes janelas que iluminavam todo o lugar, atendentes bem-educados e ótima comida.

Enquanto eu jogava todo meu charme na garçonete tentando buscar alguma ajuda pra conseguir o emprego, dois homens de jaqueta entraram pela porta. Um era gordo, alto e sem um pelo na cabeça. O outro, mais baixo, tinha uma aparência bruta e um cabelo despenteado que mais parecia uma juba de leão. Esse tinha uma cara de poucos amigos que nunca vi antes na vida. Ele andava sem pressa e despreocupado, enquanto o gordo o seguia desajeitado. Ele parou entre as mesas e anunciou em tom de impaciência:

–Boa tarde senhoras e senhores. Quero pedir a atenção de vocês por um minuto. Eu e meu amigo vamos levar seus pertences, então, por favor, não reajam ou alguém vai sair machucado. – ele sacava uma escopeta com tanta naturalidade como se estivesse tirando um cigarro do bolso. – Billy, pegue o saco.

O gordo tirou um saco de pano que estava pendurado na cintura e se aproximou da mesa mais próxima. As duas mulheres que estavam sentadas ali ficaram mudas de medo, mas Billy as ajudou:

–Bolsas, joias e sapatos no saco. Vamos! – Segurava um revólver com a mesma mão que segurava o saco enquanto apontava para as moças.

O outro homem se dirigiu até a cozinha e voltou de lá com os funcionários com as mãos na cabeça. Deu uma ordem e todos deitaram no chão, com exceção de um garoto que tentou partir pra cima dele, em vão. O homem desviou do soco do ajudante de cozinha e no mesmo embalo deu uma cotovelada que começou uma hemorragia nasal e jogou o coitado direto no chão.

– Cuido de você depois – ele falou.

Billy, o gordo, chegou até mim e antes que ele dissesse coloquei minha carteira no saco. Agora mais de perto, reparei que as jaquetas que os dois usavam possuíam o mesmo símbolo bordado no bolso, uma caveira entre duas escopetas cruzadas.

– Os sapatos também – ele disse. Sei que não se deve reagir nessas situações, mas meu ego não pode me deixar submeter à humilhação. Apenas o encarei, observando aquela face redonda que se assemelhava a um polegar. – Parece que o rapaz aqui não entendeu a situação. – ele disse para o outro, que respondeu:

–Então faz ele entender, droga. É só um moleque.

Eu queria muito estar no orfanato de novo. Uma semana dormindo na rua e agora um assalto? Eu nem tenho nada pra roubarem. Quando menos percebi já estava vermelho de raiva, e começava a me lembrar das brigas do orfanato, mas agora era vida ou morte. O gordo botou a mão no meu braço, e eu a tirei com um empurrão. Ele apontou a arma pra mim, e num reflexo eu virei o rosto para o lado com olhos fechados e tentei me proteger com as mãos. Fiquei esperando ele atirar, mas só ouvi gritos de dor e certamente não eram meus. Olhei para frente e Billy estava se debatendo no chão e queimando vivo no piso de madeira. O comparsa dele apontou a arma pra mim com a cara mais fechada ainda, e disse:

–Quieto aí, seu maluco. Não se mexe ou eu juro que te furo inteiro. Droga, você é algum super-herói ou coisa assim?

Fiquei em silêncio, tentando entender o que eu havia feito. Alguns funcionários começaram a me incentivar em coro a fazer o mesmo com o segundo assaltante: “Queima ele! Mata ele!”.

Ele percebeu a pressão que estava sendo colocada em mim e arriscou:

–Venha comigo garoto. Vou te ensinar tudo que sei e ninguém vai se meter no seu caminho, você vai ganhar muito dinheiro!

A essa altura já tinha percebido que fui eu quem colocou fogo no Billy. Eu não sabia como, mas contanto que o bandido achasse o contrário ele não me atacaria. Sabia que aqueles dois não eram boa companhia, mas eu estava numa situação em que eu não tinha muitas escolhas.

–Eu vou com você. – respondi.

Ele abaixou a arma, e sem tirar os olhos de mim dirigiu-se para fora do restaurante. Fui logo atrás e paramos na porta, quando ele virou-se e disse:

–Espera aí – voltou para dentro e foi até o garoto que o atacou. – Disse que ia cuidar de você. –apontou a escopeta diretamente no queixo, de baixo pra cima, e explodiu a cara do coitado com um tiro. Billy já estava morto e os funcionários tentavam conter o fogo.

Andamos até o carro dele, um Interceptor preto, conhecido como um dos potentes mais fortes do país. Depois de entrar no carro, ele me entregou o saco de espólios e disse:

–Pega sua carteira. – ela estava no topo das carteiras do saco. Entreguei-a para ele. – Dá ela aqui. – ele pegou a carteira e viu minha identidade. Era a única coisa que estava comigo quando me deixaram na porta do orfanato. – Luke Haas, da Bélgica? O que tá fazendo na América, menino?

–Cresci num orfanato. Não conheci meus pais.

–Eu sou Jack. Todo mundo na Bélgica cospe fogo que nem você? Já vi muita coisa, mas isso é surreal.

–Sou o único. Se tentar alguma coisa eu te frito igual seu amigo! – mesmo não sabendo direito como fazer isso, blefei pra garantir minha segurança.

–Billy não era meu amigo, era só um gordo imbecil. Nossa gangue só se importa com o dinheiro, garanto que Jimmy nem vai se lembrar do Billy quando vir seus poderes.

–Gangue? Tem mais bandidos com você?

–Somos os Piratas do Asfalto. Roubamos tudo que queremos enquanto viajamos pelo país. Às vezes roubamos até o que não queremos, tipo esses sapatos. Só levamos pela zoeira, no final fazemos uma fogueira com eles. Ou só jogamos fora, depende do que o Jimmy mandar.

–Quem é Jimmy? É o chefe de vocês?

–É, ele é o líder. Mas ele não é flor que se cheire, mesmo pra gente que nem a gente. O canalha mata qualquer um que olhar torto pra ele, às vezes até os próprios Piratas. Tá certo que ninguém é amigo de ninguém, mas caramba, estamos no mesmo time.

–Então porque vocês não tiram ele e botam outra pessoa?

–Ninguém dá a mínima pra esse babaca. Estamos fazendo dinheiro, isso é o que importa. E também no nosso ramo é bom que o líder seja um degenerado que nem ele, ajuda a manter nossa identidade.

...

Paramos em um acampamento numa área desértica. Apenas algumas árvores e arbustos cresciam ali, mas eram facilmente vencidos em número pelos veículos dos Piratas do Asfalto: possantes, picapes e as famosas motos “choppers”. O esquisito que me trouxe saiu do carro levando a escopeta, e deixou pra eu levar o saco. Vários outros bandidos com a mesma jaqueta estavam lá ou fumando, ou bebendo ou jogando cartas. Ou os três de uma vez. Fomos até o maior das picapes, onde estava Jimmy.

–Jack, você voltou! – falava gritando como se estivesse bêbado. – Como foi o assalto!? Cadê o gordo!?

–Já era. Mas o garoto aqui vai ser um bom substituto.

–É mesmo, hein? E porque isso? O que você tem menino?

–Ele pôs fogo no Billy com as próprias mãos. Deve ser algum super-poder ou essas coisas de quadrinhos.

–Não brinca! Trate de adestrar o menino, Jack! Não adianta nada um lança-chamas ambulante que não saiba em quem mirar. Tô doido pra ver o moleque em ação.

–Luke – ousei corrigir. – Meu nome é Luke.

–Dane-se seu nome – Jimmy respondeu. – Prove seu valor na minha tripulação!

...

Jack cuidou de mim desde que virei um Pirata, dois anos atrás. Treinei duro pra aprender a controlar as chamas, mas enfim consegui, e minhas mãos eram realmente lança-chamas. Jimmy fazia questão de me por em todos os assaltos para que eu fosse o plano B caso tudo virasse caos, mas ele estava sempre me vigiando.

Naquele dia era pra gente roubar um banco do interior do Texas, em uma pequena cidade no meio do deserto. Jack e eu ficamos em um telhado do outro lado da rua pra fornecer apoio com rifles de precisão. Jimmy e os outros fariam o trabalho mais difícil.

–Você não precisa fazer isso Jack. – disse enquanto observava a cara mal-humorada de sempre de Jack.

–Fazer o quê? – ele respondeu olhando através da mira do rifle em direção ao banco.

–Me ajudar desse jeito. Jimmy não confia em mim desde o dia que você me trouxe, ele vai acabar perdendo a confiança em você também.

–Não se preocupe comigo Luke, aquele otário me ama. O problema com você é que você é perigoso. Você podia matar todos os Piratas com uma mão só. É por isso que eu to te ajudando. Não vou deixar você matar meus irmãos, e não vou deixar meus irmãos te matarem.

–Mesmo assim, o Jimmy não vai com a minha cara. E se um dia ele quiser me derrubar, aquele maluco pode derrubar você também.

–Eu arrebento os dentes podres dele antes dele tentar. Sei como me cuidar garoto, até já aprendi a atirar bêbado. Olha só, eles tão entrando.

Eles entraram no banco, e dez minutos depois o lugar estava rodeado por viaturas. Sirenes e alarmes ocupavam todo o espaço sonoro da cidade. Eles estavam cercados, e Jack recebeu via radio o sinal para fazermos nossa parte. Nos posicionamos e começamos a derrubar os policiais com calma, um a um. Quando eles perceberam nossa posição, Jimmy saiu com duas bolsas enormes recheadas de dinheiro penduradas nas costas e atirando com um lançador de granadas. Outros cinco Piratas saíram logo atrás com mais bolsas de dinheiro armados com metralhadoras, e rapidamente jogaram as bolsas nas picapes e começavam a fugir, enquanto Jack e eu corríamos para a rua através de um beco. Os tiros não paravam, e os policiais continuavam chegando sem parar. Jimmy parou o carro rapidamente perto do beco para entrarmos. Jack subiu na carroceria, e me apressou. Quando me segurei pra subir, fui atingido na perna e caí pra trás. Jack pulou pra me ajudar.

–Tá tudo bem Luke, a bala pegou de raspão. Agora se levanta que a gente tem que dar o fora! – assim que ele me ajudou a levantar, Jimmy já tinha ido embora, e os policiais nos cercaram. Jack e eu fomos levados para a cadeia.

Duas semanas depois estávamos indo a julgamento em Dallas. Ou melhor, Jack estava. Eu fui levado no ônibus da prisão para outro lugar. O ônibus tinha grades por toda parte e as correntes não me deixavam nem coçar o nariz. Quando o ônibus parou, os guardas me mandaram descer, e lá fora havia um avião e vários guardas de terno. Não me disseram uma palavra; me ignoravam completamente quando eu perguntava pra onde eu iria. As metralhadoras apontadas pra minha cabeça mostravam o medo de que eu os queimasse.

O avião voou por horas até descer no aeroporto de Atlanta. Vários carros de escolta me levaram até um complexo composto por um grande prédio de cinco andares, mais diversas torres de vigia e galpões, e um grande estacionamento a céu aberto. Fui levado ainda com algemas para dentro do prédio, e depois para o elevador. Subimos até o último andar, onde havia corredores e quartos por todo o andar. Em um dos quartos, um homem me esperava. Tinha expressão de mau-humor, barba rala e cabelos lambidos.

–Boa tarde, Luke. Meu nome é Jacob.

...

Entramos em um avião e voamos por horas até chegarmos a um aeroporto improvisado na Síria. Era uma base americana pronta pra retaliação. Descemos e fomos levados de carro até o acampamento.

Tudo estava destruído e em chamas, exceto por entradas de pequenas estruturas que iam para o subterrâneo. Nós fomos pra lá, e nos deparamos num complexo de corredores rústicos que davam acesso a várias salas de cirurgia e escritórios.

Eu, Jacob e Isaac corríamos pelos corredores em meio a explosões que causavam terremotos, às vezes derrubando algumas das paredes de pedregulhos. Num dos tremores, o chão se desfez e Isaac desapareceu no buraco logo à frente. Jacob e eu olhamos para a escuridão lá em baixo, mas não era possível ver nada no meio da fumaça além do breu.

–Isaac! Você está bem? – gritei.

–Estou bem – a voz de Isaac ecoou do buraco – Parece que tem mais celas pra baixo, procurem uma escada! Se meu pai estiver mesmo aqui, vocês tem que olhar cada uma das celas!

Continuamos a checar o primeiro andar, procurando tanto por Harry quanto por qualquer outra coisa de valor segundo Jacob. Vez ou outra, parávamos em salas repletas de papéis e instrumentos cirúrgicos, e Jacob guardava nos bolsos alguns documentos que descansavam sobre a mesa. Haviam também salas com vidros cheios de substancias estranhas, vasos com belas flores púrpuras e vários terrários com insetos.

No final dos corredores encontramos a escada para o segundo andar subterrâneo. A luz, embora existente, era escassa. A lanterna que Jacob trouxera nos guiou pelas celas da masmorra, onde agonizavam de dor vários prisioneiros com uniformes do exército americano, mais alguns com leves vestes brancas. O estrondo das explosões sobrepunham os murmúrios daqueles pobres condenados.

Em certo ponto do trajeto, notamos movimento à frente, e a lanterna nos permitiu identificar Isaac encostado na parede do final do corredor, aparentemente assustado.

–Isaac? O que aconteceu? Viu alguma coisa?

–Encontrei alguns dos terroristas aqui, mas acho que os matei. Eles atiraram em mim assim que me viram, mas eu prendi eles no corredor e revidei com lanças negras.

Só então reparei que mais a parede onde Isaac nos esperava não era de pedregulhos, mas sim algum material negro e fosco, como o que ele me mostrara em Atlanta com sua foice.

–Vamos continuar – disse Jacob – Alguns documentos que encontrei continham o nome de “Harry Evans”. Ele definitivamente está aqui.

Isaac tocou a parede negra e ela lentamente diminuiu de tamanho, até ficar menor que a palma de sua mão e sumir em sua pele. Jacob apontou a lanterna e revelou um massacre: vários terroristas caídos no chão, com suas túnicas beges manchadas de sangue em vários pontos onde haviam sido perfurados pelas lanças de Isaac, que devem ter saído da parede negra que usou para se proteger. Andamos entre os corpos para prosseguir, seguindo Isaac. Enquanto passávamos, reparávamos melhor nos rostos barbudos em desespero, caídos com suas AK-47 ainda nos braços. Pude contar uma dúzia deles, até onde a luz permitia ver.

–Espera aí – Jacob disse. – Este aqui é Harry!

Isaac virou-se de volta para os cadáveres, desacreditando das palavras de Jacob. Voltou alguns passos devagar, caiu aos joelhos ao ver que um dos barbudos não estava de túnica como os outros; este vestia discretas roupas sociais, abarrotadas e rasgadas. Nele havia apenas um ferimento no peito, que encharcava metade da camisa.

–Não pode ser – murmurou Isaac – Porquê logo aqui? Porquê logo agora?

–Espera – interrompi – Ele ainda respira!

Isaac ergueu o rosto, e viu também o peito de Harry sofrendo para encher-se de ar. A lança de Isaac havia perfurado seu pulmão.

–Rápido – disse Jacob – Vamos levá-lo de volta, temos um kit médico no carro!

Isaac e eu erguemos Harry sobre os ombros, enquanto Jacob carregava suas pernas. Aceleramos o passo, lutando para nos manter em pé em meio aos tremores. Subimos os lances de escada, corremos o primeiro andar e saímos à superfície.

A poeira estava alta, cercando carros e containers em chamas. Terroristas corriam longe sem parar, muitos sem saber parecer pra onde ir. No meio da confusão, uma garota em trapos brancos corria de meia dúzia de terroristas. Em um momento, vimos ela arremessando contra eles uma esfera que explodiu e soltou uma grande fumaça verde-musgo, e os perseguidores caíram tossindo sangue até morrer.

–Vocês viram aquilo? – Jacob perguntou. – Rápido, vão ajudar a garota, eu levo Harry pro carro!

–Não! Temos que salvar meu pai! – Isaac gritou.

–Vamos, cara! – eu disse, puxando Isaac pelos ombros – Ele vai ficar bem, eu prometo, mas temos que ajudar a garota! Ela está lutando sozinha contra todo mundo!

Isaac soltou seu pai com Jacob, e correu comigo sem sequer olhar para trás. Ele parecia mais sério do que o normal.

–Ele vai ficar bem, Isaac.

–Não se preocupe comigo, Luke. Vamos ajudar a garota, resolveremos um problema de cada vez.

E ele parecia determinado a resolver. Corremos até a misteriosa garota, que corria em direção perpendicular à nossa. Quando ela percebeu nossa presença, parou e entrou em posição de combate.

–Espera, viemos te resgatar! – gritei a ela – Meu nome é... – ela arremessou algo em nós, mas estranhamente não havíamos notado ela tirar de lugar nenhum. No ponto mais alto da parábola, visualizamos uma bola verde e opaca caindo em nossa direção.

–Corra! – Isaac gritou, levantando um muro negro pra nos proteger da bomba. Corremos pra longe da fumaça tóxica, e quando voltamos nossa atenção pra ela novamente, três terroristas a cercavam. Mandei um jato de fogo no que estava mais próximo dela, enquanto Isaac sacou sua foice e a fincou no chão, fazendo a ponta sair logo à frente do segundo terrorista e o empalando no queixo, de baixo para cima. O terceiro saltou em cima dela e a derrubou enquanto a imobilizava, mas começou a gritar de dor quando ela tocou seu rosto, que agora começava a necrosar. Ela se levantou e viu os outros dois mortos. Olhou para nós e gritou:

–Me ajudem, por favor!


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Notas finais do capítulo

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Novos capítulos deverão sair semanalmente, não percam o próximo =)



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