A Sky Full Of Stars escrita por Gaby


Capítulo 2
Qual é, não foi tão ruim assim Ally


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar o segundo cap. hoje mesmo haha
Espero que gostem :)
Um certo loiro vai estar presente nele hehe
Enjoy



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Pov. Ally

Já não estava aguentando mais, no quarto horário, o penúltimo do dia, minha cabeça já estava doendo. Esperei dar o intervalo entre o quarto e o último horário e fui para trás do último prédio, é um ótimo lugar para se passar o tempo. O clube de biologia da escola usa esse lugar, daí eles me deram permissão pra frequentar aqui quando eu quisesse, o lugar é realmente bonito.

Sentei-me encostada em uma parede e fiquei escutando apenas o som do vento batendo nas folhas das plantas, uma vez ou outra escutava um grito de algum professor, o que me fazia rir porque a maioria dos gritos era do Mr. Krisbian, a voz dele é hilária.

–Parece que eu não fui o único que teve a ideia de matar aula aqui. –Uma voz masculina diz ao meu lado se aproximando, quase me fazendo morrer do coração. Dou um pulo por causa do susto o que me fez ficar em pé.

–Ai garoto qual o seu problema? Quase me mata do coração idiota. –Assim que levanto o rosto a fim de olhar para a pessoa, reconheci a cabeleira loira que vi na aula de história e de matemática.

–Foi mal – Ele disse rindo.

–Isso mesmo, ri da desgraça dos outros. Me diz a necessidade de quase me provocar um enfarte? – Quando me assusto eu fico uma pilha de nervos, é uma sensação horrível.

–Ei Srta. Exagerada foi sem querer – Controlou o riso – Mas que o pulo que você deu foi engraçado, ele foi.

É eu tenho que confessar, eu quando me assusto é hilário. Se eu pudesse me ver assustada eu com certeza zuaria a minha própria cara.

–É foi engraçado – Quando vi nós dois estávamos rindo. Pera aí, eu nem conheço esse garoto. Parei de rir na mesma hora e me sentei novamente.

–Posso sentar com você? –Ele perguntou apontando paro o local ao meu lado.

–Tanto faz. – É eu sou meio grossa com as pessoas, problem? São todas iguais mesmo.

–Você tem uma capacidade incrível de mudar de humor de um segundo pro outro – Ele ria de mim novamente.

–Nossa que interessante. –Fingi uma cara de interessada.

–Okay rainha do sarcasmo, eu sou Austin Moon. E você? – Ele estendeu a mão pra mim, em forma de cumprimento.

–Ally Dawson. – Peguei a mão dele. Isso foi meio por impulso, eu devo ter dormido de mal jeito hoje, Allyce Dawnson não faria isso. – Uma pergunta, por que está me seguindo Moon?

–Não estou te seguindo, apenas dei o azar de ter as mesmas ideias que você Dawnson.

–Que azar o que? Você devia era agradecer aos deuses por terem te dado a honra de esbarrar comigo. –Eu disse jogando o cabelo pro lado e nós dois começamos a rir de novo.

–Cansada de ouvir os gritos do Mr. Krisbian também? –Esse é o professor com a voz hilária, que por acaso é meu professor de matemática, e agora, é professor do loiro também.

–Eles até que são engraçados – Rimos – Mas você é novato, cansa tão rápido assim?

–Eu dei o azar de me sentar na frente hoje, minha cabeça estava quase estourando. Eu quero ser uma galinha se aquele cara não for uma mulher disfarçada, a voz dele é de mulher cara. Sem zuera. – E o garoto estava certo, a voz desse professor é hilária exatamente por isso.

–É pode ser, uma mulher bem feia a propósito. –Eu ria só de imaginar.

–Nem me diga - Ele riu também. –Já reparou no nariz dele cara? Parece que levou um soco e nunca mais voltou pro lugar.

–Você pode falar muito né narigudo – Eu zuei ele, e nós dois rimos. Estranhei. – Ei eu acabei de zuar o seu nariz, não vai falar nada?

–Foi uma zuera legal, mas qual é, comparado ao nariz dele o meu é o mais lindo do mundo. –Ele disse empinando o nariz, o que me fez rir ainda mais.

–É pode ser. – Nossas risadas foram cessando aos poucos. Faz tempo que eu não converso com ninguém assim, muito tempo mesmo. Foi legal, sei lá. Conversar com o loirinho aqui até que é divertido. Eu zuava ele o tempo todo e ele entrava na zueira rindo comigo. A maioria das pessoas apelam, mas ele sabe zuar, isso é legal. Afastar esse garoto não deu muito certo, me diverti conversando com ele. Eu me divertindo, okay isso soa tão estranho.

–Me conta como achou esse lugar para matar aula? Só o clube de biologia frequenta aqui, e você não tem cara que gosta de biologia. -Estávamos em silêncio e eu resolvi dizer alguma coisa, parece que o garoto não é muito bom em começar assuntos.

–Eu estava correndo porque a Sra. Meredith estava supervisionando os corredores e de tão sortudo que sou, deixei a mochila cair e ela ouviu. Aí eu saí correndo e vim parar aqui. Fim de história. – Ele riu se lembrando do ocorrido.

–Uau sua sorte me admira. –Falei o mais irônica possível e nós rimos.

–Existe cara de quem gosta de biologia? Nunca reparei que nerds de biologia tinha a mesma cara. –Se fingiu de desentendido.

–Foi um modo de falar, mas sei lá, você não tem “cara de quem gosta” de biologia. Ou gosta?

–Não mesmo. –Rimos de novo.

Acabei descobrindo que ele e fissurado por música também e toca muitos instrumentos. Se me lembro bem é violão, piano, bateria e guitarra. Nós ficamos conversando sobre músicas bandas, cantores...

–Fala aí uma cantora feminina que você goste. –Eu perguntei. Estávamos discutindo sobre os gostos musicais um do outro.

–Avril Lavigne, com certeza. E você?

–Também gosta de algumas músicas dela. Tipo, das minhas preferidas acho que a Celine Dion, é meio antigo eu sei, mas as músicas dela são relaxantes e te fazem flutuar. –Fechei os olhos enquanto me lembrava das melodias das músicas que eu gostava.

–Ela é boa mesmo, canta pra cacete. –Ele riu fraco. – Outra cantora que você admire?

–Hmm...Demi Lovato. –Eu disse e o garoto arregalou os olhos.

–Outra que canta bem pra cacete – Nós rimos – As letras dela são perfeitas né?

–Exatamente. – Eu assenti e ficamos em um silêncio confortável. “Confortável”, eu nunca me senti confortável enquanto conversava com alguém. Na maioria das vezes eu acho que não nasci para ter amigos, para conhecer alguém, me casar, ter filhos...enfim essas bobeiras que toda garota “normal” pensa. Mas quando estou conversando com o Austin, é diferente, sei lá, pelo menos por enquanto está sendo legal.

–Nunca vou conseguir compor que nem ela – Ele riu fraco – Na verdade minha criatividade é mais travada do que aqueles computadores velhos que parecem ser da idade da pedra.

–Ah, não é tão difícil assim. Escreve sobre o que você sente lá no fundo, sobre seus sonhos, suas experiências e etc. – Me arrependi de ter dito isso, agora ele me olhava abobado com alguma coisa. – O que foi?

–Não vai me dizer que você compõe..

–Não, não... eu vi isso na internet. –Tentei desconversar

–Hum...-Ele parecia desconfiado.

Foi mal cabelo de miojo, mas isso é bem pessoal pra contar á alguém. Se eu contar ele iria implorar pra ler, e as letras estão no meu diário. Então...NEVER.

Ficamos conversando assuntos aleatórios até o final da aula, no caso os outros estavam na aula, os dois bonitões aqui não estavam. Mas tanto faz.

Despedimo-nos e fomos cada um para um lado. É essa conversa não foi tão ruim assim. Qual é Ally, foi legal. Foi aí que eu percebi que não sabia nada da vida dele, exceto pelo seu nome e a paixão pela música e tals. Mas eu também não posso reclamar disso, eu nunca contaria minha vida pra alguém, o porquê é, os seres humanos não merecem a confiança um dos outros, simples assim. Desde pequena eu via isso, eu presenciava e vivia isso todos os dias.

O cara que minha mãe amou e confiou tudo à ele, não passava de um....cretino imbecil que eu espero que mofe na cadeia. Só de lembrar já me dá uma raiva, eu aperto o passo indo mais depressa para casa.


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Notas finais do capítulo

E então? Comeneteeeeeem :D
bjinhos



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