Acordei, como sempre, sete horas da manhã fui para o banho e depois para escola onde tinha marcado de encontrar Kemi e Lucas nas arquibancadas da rua. Chegando lá eles estavam sentados me esperando.
É. Mas essa festa é diferente. – disse Kemi – Oi! – Continuou.
Bom dia! – Falou Lucas.
Oi, bom dia! – Respondi.
Conversamos por um tempo, então o time de futebol da nossa escola cujo capitão era Andrew, namorado da Kemi, e o co-capitão era Luka, meu namorado, foi pra quadra.
O Andrew andou malhando? - Perguntou Lucas.
Sim, ele anda dizendo que precisa ficar com um corpo melhor. Sabe como ele é né?
Andrew e Luka vieram na nossa direção. Nos beijamos e eles voltaram para a quadra.
Não sei mais o que eu falo pro Andrew – Desabafou Kemi.
Sobre? – Perguntei.
Sobre Nicholas Black, o mais novo vampiro da cidade de Dark City! – Respondeu ela em um tom de comercial.
Há alguns meses atrás apareceram corpos sem nenhum sangue, achamos estranho e fomos procurar respostas mas nem o delegado soube explicar, então nós mesmos começamos a investigar. Vimos, então, que havia um vampiro na cidade e soubemos quem era quando percebemos ver a mesma pessoa em cada lugar em que nós íamos para achar respostas,como se tivesse nos vigiando. Encontramos Camille que também estava procurando respostas mas ela sabia que era um vampiro muito antes pois ela era uma bruxa. Descobrimos que era Nicholas Black. Dizia ter voltado para a cidade para visitar o tio. Quando começamos a pesquisar ainda mais sobre ele, Nicholas nos ameaçou então paramos até sabermos como lidar com aquilo.
É, também não sei o que falar para o Luka.
Vocês resolveram as coisas? – Perguntou o Lucas.
Mais ou menos. Sinto que desde que a gente brigou as coisas não estão as mesmas, como se nós estivéssemos obrigados a ficar juntos. Sinceramente, nem sei se ainda gosto dele.
Bom, eu acho que vocês tem que resolver isso de uma vez se não daqui a pouco vocês brigam de um jeito que não vão nem querer ver a cara um do outro.
Eu sei.
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Naquele dia eu e o Luka acabamos marcando de se encontrar na casa dele para conversamos e decidimos acabar o nosso namoro para o bem dos dois. Quando estava dentro do carro voltando para casa vi alguém no meio da estrada, tentei parar o carro mas acabei capotando. Acordei algumas horas depois na cama do hospital. Me sentia ótima porém diferente.
Os médicos disseram que estava tudo bem então fui pra casa. Estava com fome então Kemi me fez um sanduíche, mas não consegui comer. Comecei a sentir dor de cabeça, enjoo, muita fome, meus olhos doíam ao olhar para qualquer tipo de luz. De repente, descobri o que estava acontecendo. Disse para Kemi e Lucas que iria dar uma volta sozinha.
Alguns minutos depois cheguei á casa de Nicholas. Quando entrei ele estava deitado no sofá tomando uma garrafa de whisky.
Foi tu não foi? – Perguntei em um tom de ameaça.
Eu que roubei essas garrafas de whicky? Culpado. – Falou em um tom sarcástico.
Foi tu que causou o acidente, não foi? – Perguntei me aproximando dele até ficar perto o suficiente para ver que ele poderia até estar surpreso com isso. – Foi tu que me transformou, não foi Nicholas? - Ele levantou e parou na minha frente.
Sobre o acidente, não fui eu. Sobre a transformação, sim, isso fui eu.
Por que?
Porque? Porque tu estava quase morrendo não tinha como te ajudar era te dar o meu sangue ou te ver morrer. Olha, eu posso te ajudar com isso. Eu sei que tanto tu quanto os teus amigos me odeiam mas eu sou o único que pode te ajudar. Ok?
Ok. Mas eu quero respostas e nenhum deles pode saber sobre nada disso, viu?
Te vejo amanhã, Love. Ah! Toma! – Falou jogando uma bolsa de sangue humano. – Vai precisar.
Fui para casa, tomei o sangue e dormi. No outro dia levantei, me arrumei, tudo normalmente, mas não podia ir para escola pois não tinha um anel do dia, como Nicholas chamava. Fiquei em casa, esperei escurecer e depois fui para a casa do Nicholas.
Durante semanas eu me encontrei com ele sem ninguém saber.
Então, acha que ta preparada? – Perguntou Nicholas.
Pra que?
Pra caçar sozinha.
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Fomos até um restaurante/bar. Sentei no balcão, pedi um whisky, comecei a observar procurando por alguém para me alimentar. Achei! Do lado do bar havia uma homem uns três anos mais velho. Ele parecia perdido. Fiquei observando ele. Uns cinco minutos depois ele saiu, fui atrás dele. Ele entrou em um beco então, parei na sua frente, ele ficou assustado pois não havia me visto chegar perto dele. Mordi seu pescoço. Me alimentei. Fiz ele esquecer e dei um pouco do meu sangue para que ele se curasse como Nicholas disse.
Alguns minutos depois voltei para o balcão do bar/restaurante onde encontrei Nicholas e contei o que havia acontecido. Voltamos para a casa dele onde nos sentamos no sofá em frente a lareira, cada um com um copo de whisky. Nicholas era realmente muito diferente do que pensava.
Então, gostou da primeira caçada? – Perguntou.
Acho que fui bem.- Falei rindo. – Isso é estranho.
O que? – Falou Nicholas surpreso.
Quando algum dia a gente iria estar sentados aqui, tomando whisky e conversando civilizadamente? – Falei.
Bom, de nada. Se não fosse eu te dar meu sangue tu não estaria aqui.
Sabe, por incrível que pareça, eu me sinto muito melhor como vampira do que eu já senti como humana. – Contei
De nada de novo. – Riu Nicholas.
Eu acho que a Kemi, o Lucas e a Camille estão suspeitando de alguma coisa. – Falei.
Não duvido.
Quer saber, é minha vida. Agora eu sou imortal, sou uma vampira sei exatamente o que faço.
Parabéns! Agora só falta tu explicar isso para eles. – Falou Nicholas.
Por uns minutos nos olhamos então como se não houvesse nada além daquele momento, nos beijamos. Largamos os copos de whisky, subimos as escadas.