Talula me encontrou no corredor e veio até mim.

– Charl...está bem?- ela disse. Eu ri para ela.

– Está tudo ótimo. - eu disse rindo, a noticia que minha mãe poderia estar viva me deixou tão alegre.

– Ontem na festa, dançou com Heizon não foi?- ela disse e caminhamos para fora do castelo.

– Dancei, mais não foi nada demais...Loki aparceu e eu tive que ir atrás dele.- eu disse e ela levantou a sombraçelhas.

– Depois que você saiu, Heizon foi embora, não sei porque, pelo o que eu o conheço ele não perderia uma festa com boa comida.- ela disse.

– Preciso que me ajude em algo.- eu disse e ela me olhou desconfiada.

– O que?- ela disse.

– Quero ver uma pessoa.- eu disse.

– Quem?- disse ela.

– Heimdall, ele vê tudo...- eu disse.

– mais você quer saber oque?

– Quero ter certeza que minha mãe está viva.

Ela me olhou surpresa.

– Charl...não pode...

– Talula! Eu tenho direito, é da minha vida que estamos falando.- eu disse e ela suspirou.

– Por que você tem que ser tão dramática? - disse ela me puxando, saimos do castelo...

– Hey, não iamos para Heimdall? - eu disse.

– Não, na mesma hora que você falasse a ele seu pai ja saberia.- ela disse.

Entramos na cidade...Estavamos na parte dos comercios, tinha cada coisa, tinha ferreiros, tinha remédios,

Até que ela me parou na frente de uma porta.

– Coloque o capuz.- ela disse... Meu vestido tinha um capuz camuflado...peguei e estendi cobrindo meu rosto.

Ela bateu na porta.

Um cara gordo e feio abriu.

– Queremos ver a Constelação.- disse ela e ele abriu passagem.

Tinha muita gente naquele lugar, fedido, havia muitos homens.

Ela me levou até o balcão e havia uma mulher de cabelos crespos e loiros, e com os mesmos olhos de Talula.

– Constelação?- ela disse. A mulher servia bebidas aos homens.

A mulher a olhou e ficou surpresa.

Foi até ela.

– Talula...o que quer?- ela disse.

– Precisamos da sua ajuda.- disse Talula...eu me posicionei ao lado dela.

– Quem é ela?- disse a mulher apontando para mim.

– Vamos para um lugar menos público, por favor. - disse Talula quase emplorando.

– Tudo bem.- disse a mulher.

– Heizon...- gritou a mulher e meus olhos se arregalaram assim como os de Talula, ela me olhou e se cobriu com a capa. E mandou eu ficar em silêncio, se Heizon me ver me levará de volta ao castelo.

– Pode ir que eu dou conta Constelação. - disse ele a mulher. Constelação? Que nome mais ostil.

Constelação saiu de trás do balcão e nós a seguimos, fomos para fora e não muito longe dali nos levou a uma casa que eu presumi ser dela.

Entramos, e era muito melhor que aquele lugar, limpo e arrumado.

Talula tirou o capuz.

– O que quer?- disse Constelação.

Eu tirei meu capuz e ela arregalou os olhos.

– O que a princesa faz aqui, é muito perigoso.- disse ela baixinho como temesse que alguém poderia escutar.

– Calme Const, precisamos da sua ajuda.- ela disse.

– Esse é o problema, estão falando que uma pessoa está querendo mata-la, não podem andar por ai sozinha.- ela disse.

– Mais está de dia.- eu disse.

– Não ha hora nem lugar para morrer.- ela disse. Aquilo me assutou um pouco.

– Só preciso saber se minha mãe está realmente viva.- eu disse. Ela levantou as sombrançelhas.

– Nem se Heimdall o melhor tentasse iria conseguir vê-la, se fosse assim cresceria aqui. Sua mãe não pode ser vista, só se ela querer- ela disse. Abaixei minha cabeça...

– Mais eu vejo na princesa algo, quer descobrir quem realmente é...Mais eu não posso lhe ajudar. Agora volte ao castelo. Não está segura.

– Obrigada irmã.- disse Talula. Irmãs? Nossa...

Constelação nos acompanhou até fora.

Voltamos a caminhar.

E todos me olharam...Merda, esqueci do capuz...Eles se revenciaram...quando eu sinto um pressentimento que algo estaria vindo na minha direção

Me viro e alguém me joga no chão. Talula.

Ela saiu de cima de mim e olhei para o chão e era um machado que haviam atirado em mim...

Mulheres e criaças começaram a gritar...

– Minha Nossa.- disse Talula olhando para frente, e la estava a criatura encapuzada.

Ela se aproximou de mim e Talula com rapidez pego uma espada do ferreiro que estava em cima dela e partiu para cima dele...Mais ele a jogou longe, eu me levantei...Peguei o machado...Não conseguia ver seu rosto mais é bastante grande.

– Quem é você? - eu perguntei. Mais ele não disse nada.

– O que quer?- eu disse.

– Apenas o que é meu de volta.- ele disse, uma voz rouca.

– Aqui não tem nada seu Crosser.- eu disse.

– Tem certeza? Tudo que constitui você é meu. Seus poderes são meus, e eu os quero de volta.- ele disse...Eu sorri de lado.

Ergui o machado aos céus e um grande barulho de trovão foi ouvido, um raio caiu sobre o machado e atirei o raio nele, como meu irmão Thor.

Crosser gritou e uma nuvem negra o cobriu, e não estava mais lá, soltei o machado e ele ficou chamuscado. Talula se levantou e me abraçou...

– CHARLOTTE. - gritou alguém.

Thor, e ele caminhou até mim furioso.

– Vocês duas são duas minúsculas sorrateiras.- disse ele, parecia bravo.

...

Chegamos no castelo e Talula e eu ficamos de frente ao Rei.

Loki estava ao lado de Fregga.

– COMO OUSAM SAIR SEM DIZER NADA?- disse Odin, continuamos caladas.

– Desculpe meu rei.- disse Talula.

– Não diga nada Talula, sei que minha filha tem grande poder de convencer as pessoas, igual ao irmão dela. Ja está entrando em confusões. - disse ele me olhando. Thor franziu o cenho.

– Se Loki não tivesse lido seus pensamentos talvez estaria morta.

– Eu consegui derrota-lo, ele fugiu.- eu disse.

– Acha que apenas uma derrota irá impedi-lo? Menina tola, não o conhece o suficiente.- Disse Odin e eu suspirei.

– Afinal, o que estavam fazendo lá? - disse Thor.

– Eu...- ia dizendo mais Talula me interrompeu.

– Só estavamos vendo armas, espadas.- disse ela.- Temos muita afeição por armas.

– Elas estão dizendo a verdade Loki? - perguntou meu pai.

Ele nos olhou...Aquele dedo duro...Ele riu de lado.

– Não. - disse ele e eu abri a boca em um "O"

– Estava procurando informações sobre Angiel.- disse Loki, Fregga olhou para baixo e Odin me olhou.

– Sei que tem curiosidade, mais por favor filha, não saia mais do castelo sem avisar.- disse ele.- Podem ir.

Angiel? Nome da minha mãe. Pelo menos isso eu descobri.

Olhei para Loki, aquele fofoqueiro imbecil.

Ele riu de lado e saimos para o meu quarto.

Entrei e sentei na cama.

– Charl, acha que ele voltará? - Talula me perguntou.

– Não sei.- eu disse.- Não achou estranho oque ele disse sobre meus poderes? -eu disse.

– Talvez seja blefe dele.- ela disse.

Olhei para Talula e ela estava suja.

E eu também.

– Vá, tome um banho...- eu disse a ela.

– Tem certeza?

– Sim, deixe que eu me viro por aqui.- eu disse. Ela assentiu e saiu.

E preparei meu banho, entrei na banheira de bronze e relaxei.

Sai e me enrolei no pano que usam como toalha.

Quando cheguei a parte do quarto que fica a cama e o armario Loki estava sentado na minha cama, ele riu malicioso...