Os amores de Dominique Weasley

By Allison Reynolds

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"All you need is love"

(The Beatles)

Dominique Weasley possuía diversos amores em sua vida. Mas não da forma como você deve estar idealizando neste momento, tenho certeza. Dominique apenas gostava de apreciar as diversas formas que o amor é representado à sua volta, como se vivesse os diversos finais felizes de seu antigo livro de conto de fadas.

O primeiro exemplo que teve disso em sua vida foram seus pais.

Fleur e Bill eram, para ela, o maior exemplo de amor que poderia existir. O modo como sua mãe, religiosamente, acordava antes de todos para preparar o pão quentinho que Bill tanto gostava, ou como seu pai surpreendia Fleur com um buquê de flores em seu aniversário, mesmo que fizesse isso todos os anos.

Dominique sempre desejou um amor como esse, não apenas pela reciprocidade do sentimento que existia entre seus pais, mas também por ainda ter espaço para ser dividido entre seus filhos. O coração devia ser muito grande para caber tantas coisas boas, pensava a Weasley.

O segundo amor que encantou seu coração foi logo em seu último ano em Hogwarts.

Ver Rose Weasley, sua prima, visitar todos os dias seu melhor amigo na enfermaria após um acidente com Quadribol era encantador. Dominique com toda a certeza encantava-se ao ver os olhos da garota brilhando em uma preocupação evidente, aquilo era adorável.

O terceiro amor da vida de Dominique veio como consequência do segundo.

Após os paparicos da melhor amiga enquanto estava acidentado, Scorpius Malfoy tinha um brilho peculiar no olhar, como se demandar atenção da garota fosse algo do qual se orgulhar. Mas o amor podia ser visto em seu braço que, mesmo ainda dolorido pelo acidente, ajudava a carregar os diversos livros que Rose garantira ser essencial para o trabalho de transfiguração que tinham que fazer.

O quarto amor. Ah o quarto amor... causaria suspiros em qualquer bruxo de coração mole.

Cada vez que sentava nas velhas cadeiras da cozinha d'Toca e observava sua avó mexer o caldeirão com uma de suas delicias, Dominique sorria bobamente. Não apenas pela comida em si, mas pelo sentimento que Molly colocava em cada tempero daquele caldeirão borbulhante.

Se bem que a melhor parte na visão da Weasley era o momento em que ela colocava sua comida na mesa, enquanto todos se deliciavam, Dominique observava o sorriso feliz da avó ao observar a família reunida e aproveitando a comida que fizera com um pedacinho de seu coração.

O quinto amor causava, com toda a certeza, risos em Dominique.

Albus e James Potter eram as provas vivas de que os brutos também amam. Era divertido ver como suas constantes disputas por qualquer coisa sem importância, resultavam em brigas que, de início, pareciam sérias, mas que, minutos depois, eram esquecidas por algo mais importante como o sentimento fraternal que existia dentro deles.

O sexto amor era tão adorável quanto qualquer outro.

Dominique adorava visitar a irmã, não apenas pela companhia divertida, mas também para paparicar o sobrinho de poucos meses de vida. Era nessas visitas que a garota presenciava um amor de encher o coração; era lindo ver Victorie segurar a pequena criança e observá-lo com uma adoração difícil de descrever.

O sétimo amor... Bom, era o dela.

O desejo que carregava em seu peito, era o de conseguir um amor como cada um dos amores que a rodeava. Não precisava viver um dos contos de fadas de seu velho livro, mas queria fazer com que sentisse o amor de amantes, o amor de amigo, o amor de irmão e o amor que uma mãe tem por seu filho. Queria fundir todos esses sentimentos bons em apenas um.

Dominique sempre fazia descobertas, um tanto diferentes, confesso. Ninguém ainda havia pensado em descobrir um amor múltiplo, por isso a garota achou-se no direito de nomear aquele sentimento que descobrira existir em si.

Os amores de Dominique, oras. Não existiam palavras melhores para denominá-lo.