Os Poemas Deixados Embaixo da Laranjeira escrita por Nooraks
Notas iniciais do capítulo
Venta lá fora, e eu, 'espectrador' olho com meus mortos olhos.
O Sonhador e a Carioca
Me perdoa, por amor
morena carioca, mas
meu coração é só
Paulista, e você pode
até tentar fazer lista
das boas coisas do Rio
de Janeiro, mas São
Paulo sempre foi agosto,
e a garoa, não do Cristo,
mas dos demônios me
tem muito mais que
aquele velho poema
sobre o seu balançado
e a tal Ipanema
Maranoite
Era noite, e ele
olhou pro mar
até amar a tu-
do e a todos
naufragou em
seus pecados
quando a maré
se extinguiu, já
de dia, Jade par-
tia sem ao menos
deixar-lhe uma
carta de amor
mas ele sorri
pois sabe que a
poesia das ondas
nunca foi transcrita
afinal, não se dita
aquilo que se pode
ler com a alma
Velha
A bossa nova
mesmo velha
nunca cala, não
se enjoa, na
minha alma, a
bossa ainda é
nova
Gênesis
Feitos de barro
feitos de esbarro
feitos de erros
nos mantemos
no chão, Eva e
Adão com nossos
pecados
E o Vento Levou
Ventei das
cicatrizes
de outro
amor pro
teu colo
chuvoso,
e agora
quero me
molhar na
tempestade
que você
chama de
vida
Muro
Chorava enquanto
ria, toda a vez que
você partia, eu
sentia o mundo
e o peso da guerra
fria, nesse cliché
de duas vogais &
Cia
Agradecimentos
A laranjeira imaginaria que possuía tantas decepções finalmente acaba de contar seus tristes contos sobre amor, a vida e tudo que há de mais estranho.
Mas o choro não é necessário, pois existem muitas frutas cítricas a serem experimentadas.
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