Rise of the Brave Tangled Frozen Dragons escrita por Black


Capítulo 14
Capítulo 13: Missing


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, aqui estou eu! Honestamente, sinto muito pela demora e espero que vocês possam me perdoar pela minha irresponsabilidade.
De qualquer forma, em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer aos comentários deixados no capítulo anterior. Como eu já devo ter dito antes, eu tenho os melhores leitores do mundo!
Agora, sem mais delongas, espero que gostem e boa leitura!



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Era início da manhã do último dia do prazo que North estipulara e todos já estavam do lado de fora do castelo, preparando-se para a partida. Os empregados do castelo vieram se despedir de sua rainha e sua princesa, visto que, ao que parecia, as duas ficariam fora por um tempo mais longo. Elsa resolvera deixar Kai e Gerda comandando o reino durante sua ausência, uma vez que confiaria mesmo sua vida aos dois empregados. Enquanto Anna se despedia de Kristoff e Sven e Hiccup, Jack, Rapunzel e Merida assistiam as irmãs de Arendelle, Elsa estava abaixada de frente para Olaf.

– Lembre-se das regras enquanto eu e Anna estivermos fora. – Ela advertiu o pequeno boneco de neve, que a olhava em um de seus poucos momentos de seriedade, indicando que prestava atenção. – Fique longe de tudo que envolver fogo. – Começou a listar. – Mantenha-se distante do armário de chocolates na cozinha, pois eu espero que ainda haja alguns lá quando chegar. – Sorriu docemente ao ver a face até então forçadamente séria de Olaf se contorcer em um sorriso divertido. – Não permita que Sven pegue seu nariz, ele pode não devolver. – Levou a mão até a cabeça do boneco de neve, acariciando ali como se desarrumasse os cabelos de uma criança real. – Cuide-se. – Pediu com sinceridade. – Promete que vai se cuidar? – Arqueou uma sobrancelha, aguardando uma resposta.

– Prometo. – Olaf garantiu com um sorriso enorme, fazendo com que a loira à sua frente também abrisse um sorriso.

– Este é o meu garoto. – Elsa respondeu e então abriu os braços, convidando-o para um abraço. O boneco de neve logo se atirou nela e envolveu-a com os braços de graveto, quase derrubando-a no chão de pedra do pátio do castelo no processo.

– Volte logo, mãe. – Olaf pediu ainda abraçando-a. O modo como ele a chamara a surpreendeu, afinal ele nunca havia feito isso antes, mas a rainha de Arendelle não podia dizer que não gostara. Ela abraçou-o com mais força antes de finalmente soltá-lo, esperando alguns minutos antes que o boneco de neve fizesse o mesmo.

– Claro. – Ela concordou com um sorriso, levantando-se e virando-se para Kai e Gerda, que, juntamente com Anna, Hiccup, Jack, Rapunzel e Merida, observavam seu momento de despedidas com Olaf. – Cuidem dele, por favor. – Pediu.

– Nós iremos, vossa majestade. – Gerda assegurou com uma pequena curvatura, recebendo um sorriso de sua rainha em resposta. Elsa então se aproximou da governanta e de Kai, parecendo subitamente apreensiva.

– E, se algo acontecer, seja com Olaf ou Arendelle... – A Rainha da Neve tentou falar, mas foi interrompida por Kai, que colocou uma mão em seu ombro em um gesto que tinha o objetivo de lhe passar alguma segurança.

– Nada irá acontecer, vossa majestade. – O homem garantiu, tentando soar o mais seguro que conseguia. Elsa precisava disso. – Acalme-se, tudo ficará bem. – Prosseguiu em sua tentativa de aquietar a ansiedade dela. – Mas volte o mais rapidamente possível, não sei o que faremos por muito tempo sem nossa rainha. – Brincou, percebendo-a abrir um pequeno sorriso nervoso.

– Farei o possível, Kai. – Ela respondeu, afastando-se dele e de Gerda e dando um último abraço em Olaf, como Anna também fizera, antes de seguir o chefe de Berk, o guardião da diversão, a princesa de Corona e a princesa de Highland em direção à floresta, onde Toothless fora deixado para não ser visto por qualquer cidadão.

Os seis caminharam pela floresta completamente em silêncio. Elsa e Hiccup não pareciam incomodados com o fato, visto que ambos eram bastante afeiçoados a um bom momento de paz e calma. Anna e Rapunzel cochichavam entre si, incapazes de passar muito tempo sem que suas bocas trabalhassem em um fluxo incessante de palavras. Merida e Jack tinham a impressão de que enlouqueceriam gradativamente se algo não fosse dito, por mais que apenas enquanto faziam seu caminho até onde o chefe de Berk abrigara seu Fúria da Noite.

– Então, para onde iremos agora? – Merida decidiu romper o silêncio que, a seu ver, era bastante desconfortável. Aquele tipo de situação em nada lhe agradava, principalmente envolvendo pessoas com quem ela teria de estar durante um período de tempo que ainda lhe era indefinido.

– Temos que chegar à oficina do North. – Jack respondeu, grato por finalmente alguém decidir iniciar uma conversa. Silêncios prolongados não eram de seu agrado, ele era o guardião da diversão, no final das contas. Preferia uma boa conversa e algumas brincadeiras com neve, embora esta última opção não estivesse disponível no momento, embora não por falta de neve, visto que ali estavam a Rainha da Neve e o espírito do inverno.

– Como faremos isso? – Rapunzel arqueou uma sobrancelha em sinal de confusão e curiosidade. Ela sabia que a oficina de North ficava no polo norte, como era dito em todas as lendas e livros sobre o Papai Noel, e, com Toothless podendo carregar apenas duas pessoas e um espírito que voava por si só, ela não conseguia pensar em uma maneira de todos os seis alcançarem seu objetivo.

Finalmente, chegaram à clareira onde o dragão do chefe de Berk se encontrava. O Fúria da Noite estava deitado, mas imediatamente se levantara ao notar a chegada de seu melhor amigo e os novos companheiros. No entanto, a pergunta de Rapunzel não saíra da mente de nenhum deles. Tendo apenas um dragão como meio de transporte disponível para leva-los ao polo norte, como chegariam lá?

– Toothless é capaz de puxar um trenó de gelo? – Elsa perguntou de repente, sua mente trabalhando em um plano para leva-los a seu objetivo. Porém, ela ainda precisava de algumas informações adicionais para saber exatamente o que teria que fazer.

– Não sem ajuda de outro dragão. – Hiccup respondeu, entendendo o que se passava na cabeça da rainha de Arendelle, mas incapaz de imaginar o que ela faria em seguimento ao que ele dissera. Ele tinha a sensação de que ela tinha um plano, mas não sabia do que se tratava.

Elsa franziu o cenho enquanto seus pensamentos trabalhavam a toda velocidade. Apertou os lábios em uma linha fina, tão presa em sua própria mente que sequer notou os olhares dos outros cinco sobre ela, aguardando que ela desse uma solução para seu problema. Por fim, ela abriu um pequeno sorriso entusiasmado antes de concretizar sua ideia. Fora necessário realmente pouquíssimo tempo para que ela levantasse suas mãos e, com alguns movimentos de seus dedos, criasse um trenó de gelo bastante semelhante ao que North tinha na oficina, embora a loira jamais tenha sido capaz de vê-lo. Logo em seguida, percebendo os olhares inquisitivos sobre si, visto que Hiccup dissera que Toothless não seria capaz de puxar o trenó por sua própria conta, ela continuou seu uso de magia. Focando seu olhar atentamente no Fúria da Noite, ela continuou a trabalhar em uma pilha de gelo e neve recém-criada que aos poucos ia tomando forma. Ao terminar, todos foram capazes de ver um dragão de gelo exatamente igual a Toothless, que olhava de olhos arregalados sua cópia. O animal de gelo continuou imóvel por alguns segundos antes de se mover, olhando para o dragão que inspirara sua criação.

– Você tem que estar brincando comigo. – Jack murmurou enquanto olhava boquiaberto para a mais nova criação da Rainha da Neve, quase incapaz de acreditar no que os poderes da loira podiam fazer. Era, sem dúvidas, surpreendentes, embora suas habilidades mágicas fossem, de muitas formas, semelhantes.

– Parece que agora você fez um dragão. – Anna disse em tom de brincadeira, aproximando-se de sua irmã e enganchando seu braço com o dela, sorrindo orgulhosamente para a rainha de Arendelle quando esta a olhou de uma forma aparentemente satisfeita consigo mesma.

– Imagino que seja o suficiente para puxar o trenó. – Elsa declarou, chamando a atenção dos demais, que até então encontravam-se ocupados demais admirando o Fúria da Noite de gelo , para si.

Hiccup assentiu ainda surpreso pelo que via à sua frente. Seria definitivamente difícil imaginar a cena de Toothless olhando desconfiadamente para seu clone de gelo se o próprio chefe de Berk não visse por si só, mas isto estava acontecendo bem ali em frente a ele. O treinador de dragões, com a ajuda do espírito do inverno, então amarrou seu amigo dragão e o Fúria da Noite de gelo ao trenó. Rapunzel, Merida, Elsa e Anna rapidamente se acomodaram na construção de gelo, seguidas por Hiccup e Jack, que tomaram os espaços restantes. Então, os dois dragões alçaram voo, subindo até acima das nuvens enquanto guiavam o trenó a toda velocidade pelos céus com o chefe de Berk segurando as rédeas.

– Como exatamente são os outros guardiões? – Anna decidiu quebrar o silêncio que novamente se instalara entre eles, curiosa. Tantas vezes em sua infância ela imaginara o Coelho da Páscoa, a Fada do Dente, o Papai Noel e Sandman que sequer acreditava que finalmente iria conhecer as figuras lendárias.

– Eles são bem legais. – Jack deu de ombros como se não fosse algo realmente relevante ou interessante. – Assim que os vir, Fada vai tentar olhar seus dentes. – Citou de bom humor, rindo dos olhares confusos dos demais sobre si. – Ela é completamente obcecada com dentes e, se forem muito brancos, ela não vai deixar vocês em paz por toda existência. – Riu com as lembranças de suas próprias experiências dentárias com a guardiã. – Tem o North, ou Papai Noel, como vocês devem conhecer. O grandão é bem entusiasmado e tudo isso, mas não diga que a Páscoa é mais importante que o Natal quando estiver perto dele. – Advertiu enquanto as recordações das brigas do bom velhinho com o Coelho da Páscoa por causa do assunto citado invadiam sua mente e uma gargalhada ameaçava explodir dele. – Tem o Coelhão, ou Coelho da Páscoa, embora eu prefira Canguru. – Percebeu os olhares confusos dos outros sobre si, mas apenas deu de ombros. – Vocês vão descobrir o motivo quando o virem. – Explicou entre risadas que lutava para segurar, mas que acabavam por escapar dele. Coelhão ficaria furioso se tivesse mais cinco pessoas que o chamassem pelo apelido desprezível que ele odiava. – De qualquer forma, agora eu acho que devo falar do Sandman, ou Sandy, como o chamamos. – Prosseguiu. – Ele não fala e usa a areia de sonho para se comunicar, mas ainda assim é difícil entender o que ele quer dizer, principalmente quando ele faz rápido demais. – Deu de ombros e, por fim, não falou mais nada, mantendo os olhos no caminho que o trenó de gelo seguia pelo céu claro.

O resto do caminho se seguiu de forma tranquila, com conversas fluindo livremente entre o grupo. Hiccup contou um pouco mais sobre sua história, sobre sua mãe e sobre a namorada que havia deixado em Berk, Astrid, como Jack percebera anteriormente. Merida relatou sobre seus dias com sua mãe e a relação das duas após o incidente com os ursos em Highland. Rapunzel explicou a Anna como era a vida de casado, visto que a ruiva esperava ansiosamente o momento em que Kristoff tomaria coragem para pedi-la em casamento enquanto Elsa apenas assistiu com uma expressão impassível, embora, internamente, não tivesse dúvidas de que, desta vez, concederia a benção para o casamento de sua irmã mais jovem, afinal sabia que o vendedor de gelo era um bom rapaz, tendo as ajudado tanto em seus momentos mais difíceis. Jack observava com entusiasmo seus novos amigos, fazendo alguns comentários sarcásticos ocasionais acerca das desventuras que passaram durante suas vidas.

Finalmente, o espírito do inverno avistou as primeiras montanhas que rodeavam aquela na qual estava situada a fábrica de brinquedos do Papai Noel. Chamou a atenção de Hiccup e gesticulou para lá. O castanho acenou em compreensão e guiou Toothless e sua cópia de gelo até o lugar indicado. Por fim, o trenó pousou de frente para a porta da oficina e todos saíram dele. O chefe de Berk logo desamarrou Toothless e o dragão feito por Elsa, que se aproximou de sua criação.

– Está livre para ir. – A loira sorriu gentilmente para o fúria da noite azul-gelo, que balançou a cabeça em afirmação antes de alçar voo e se perder pelos céus, longe da vista de todos naquela montanha.

– Não acha que um dragão de gelo voando por aí pode causar um tumulto? – Merida arqueou uma sobrancelha em resposta a mais recente ação de Elsa, sem acreditar que a Rainha da Neve simplesmente deixaria o Fúria da Noite de gelo voar livre e sem qualquer restrição.

– Tanto quanto um boneco de neve falante. – Elsa deu de ombros, um gesto mais relaxado do que a maioria que ela realizara em seu castelo em Arendelle, como o que acontecera quando estavam no palácio do gelo. Desde que saíram do reino que a loira governava, ela era mais descontraída e menos formal. A fachada de rainha parecia ter sido posta de lado em razão da distância que havia entre ela e suas responsabilidades reais.

Com a resposta de Elsa, Merida também deu de ombros, decidindo-se por não se importar. As duas então se viraram para Jack, gesto este que foi repetido por Hiccup, Anna e Rapunzel. O espírito do inverno sorriu animado com a perspectiva de ver as reações de seus novos amigos aos guardiões, e vice-versa. Seria tão divertido quanto aparentemente fora para Anna quando ela os levou ao castelo de gelo da rainha de Arendelle. O albino caminhou até a porta da frente, mas parou pouco antes de abri-la, franzindo o cenho.

– Qual o problema? – Hiccup perguntou, confuso com a súbita tensão que irradiava do despreocupado guardião da diversão. Jack fez sinal para que ele se calasse e, surpreso, o treinador de dragões obedeceu.

Hiccup, Rapunzel, Anna, Merida e Elsa apuraram os ouvidos, buscando saber qual era o motivo da inquietação de Jack. Porém, nada escutaram. As montanhas do polo norte estavam completamente silenciosas, de modo que todos olharam para o espírito do inverno, aguardando uma explicação.

– Está quieto demais. – O albino explicou em tom baixo antes de lentamente levar sua mão à maçaneta da porta, abrindo-a com o mínimo de barulho que conseguia fazer. Silenciosamente, caminhou para dentro da fábrica, fazendo sinal para que os outros cinco o seguissem.

Ao entrarem, perceberam que não havia uma única luz no local, deixando tudo no mais completo breu. Jack tateou pelas mesas que sabia haver ali e encontrou velas, acendendo-as e entregando-as aos companheiros, que então puderam olhar em volta. O que viram, certamente, não era nada como o que haviam imaginado ser a mágica oficina de brinquedos do Papai Noel. O lugar estava completamente destruído e alguns ietes cobertos de sangue jaziam no chão, aparentemente mortos. O líquido carmesim manchava o piso e as paredes, assim como um estranho pó negro, areia de pesadelo, o espírito do inverno concluiu. Os brinquedos anteriormente fabricados ali estavam completamente destroçados e espalhados. O cenário macabro era aterrorizante, acentuado pelo escuro aliviado apenas pelas velas seguradas pelos seis recém-chegados.

– O que houve aqui? – Rapunzel perguntou temerosa, passando os olhos verdes arregalados por cada canto visível da fábrica. Não conseguia acreditar que aquele era o mesmo lugar com a qual sonhara quando criança.

– Breu. – Jack disse com desprezo e ódio mal contidos em sua voz, semicerrando os olhos e trincando os dentes. Aparentemente, as duas semanas que passara fora não foram totalmente desperdiçadas pelo espírito do medo. – North! – O mais jovem entre os guardiões chamou, na esperança de que, ao menos, um de seus companheiros houvesse restado ali, mas não obteve qualquer resposta se não o silêncio mortal. – Fada! – Novamente, sua tentativa não teve resultado. – Coelhão! – Tentou mais uma vez, porém, nada se seguiu aos seus apelos. – Sandman! – Ele sabia que era ridículo chamar por Sandy daquele modo. Mesmo que o guardião dos sonhos ainda estivesse ali, ele era mudo e não poderia responder com sonoridade. – Eles não estão aqui. – Disse por fim.

– Então, o que aconteceu com eles? – Anna perguntou, quase com medo da resposta que poderia se seguir à sua pergunta. Inconscientemente, agarrou o braço de Elsa, que, estranhamente, permaneceu estranhamente rígida em seu lugar, sem sequer olhar para ela.

– Foram levados, eu acho. – Jack respondeu com um suspiro frustrado, irritado consigo mesmo por ter demorado tanto a retornar com os escolhidos do Homem da Lua. Talvez, se houvesse conseguido vir mais cedo, nada daquilo teria acontecido.

– Então, precisamos procurar pela fábrica. – Hiccup sugeriu, recebendo a atenção de todos, exceto de Elsa, que permanecia sem fitar qualquer pessoa em particular, a cabeça inclinada para trás, como se ela estivesse fitando o teto. – Nada é perfeito, ele deve ter deixado algo que indique onde... – Foi interrompido quando finalmente notou a queda de temperatura que vinha acontecendo já há alguns minutos, mas que foi ignorada por todos em razão da situação em que se encontraram. Todos os olhares se voltaram para a Rainha da Neve.

– Elsa, o que...? – Rapunzel começou a perguntar, mas expressão completamente em branco no rosto de sua prima a fez parar de falar. A face de Elsa parecia estranhamente desolada, sem emoção, mas os olhos... Os olhos estavam completamente cheios de terror. Finalmente, e com relutância, a morena seguiu o olhar da loira e, tal qual ela, não conseguiu bloquear o medo em seus olhos. Os demais fizeram o mesmo, tendo em seus rostos expressões semelhantes às de Elsa e Rapunzel.

Pois, no teto da fábrica, pendurados por estacas sangrentas feitas de areia de pesadelo, estavam os ietes que não puderam anteriormente serem vistos no chão. Estavam todos contorcidos em ângulos impossíveis e dolorosos. Sangue pingava de seus corpos agora flácidos e era um milagre que não houvesse sujado qualquer das pessoas abaixo deles ainda. Passado o choque inicial, finalmente era possível perceber que suas posições não eram puro acaso e seu sentido apenas tornava tudo mais doentio. Os ietes estavam contorcidos tão brutalmente com o objetivo de formas letras, que, por sua vez, formavam uma frase que imediatamente martelou na cabeça de todos os que estavam ali presentes:

Um pequeno lembrete de algo que não deve ser esquecido.

Uma gota de sangue pingou, manchando o rosto pálido de Jack, que não conseguia tirar os olhos das palavras escritas com os corpos das criaturas que outrora foram seus amigos tanto quanto os guardiões. O albino se encontrava atordoado, não acreditando no que estavam bem diante de seus olhos. Sua mente, porém, vagamente processou o uso excessivo de palavras com sentidos sinônimos a lembrança em uma frase tão pequena.

– Eu sei onde ele está. – O espírito do inverno finalmente conseguiu forçar as palavras a saírem, embora não houvesse qualquer emoção presente em seu tom de voz. Ainda estava aturdido para conseguir sentir algo em resposta ao que havia no teto da oficina.

– Onde? – Hiccup foi o primeiro dentre os demais a conseguir falar, forçando seus olhos para longe da visão macabra, embora soubesse que dificilmente seria capaz de esquecer o que havia acabado de ver.

– Onde as memórias de todos são guardadas. – O guardião da diversão respondeu, finalmente saindo de seu estado de torpor e vagando entre tropeços pela oficina escura, em direção à porta que sabia ser do escritório de North. Entrou e, em poucos minutos, saiu. Se o escritório do Papai Noel apresentava o mesmo estado do resto da oficina, ele nada disse a esse respeito. Ergueu um globo de neve para que todos pudessem ver. – Palácio dos Dentes. – Sussurrou para o objeto e o arremessou para frente.

Uma abertura se originou em pleno ar, formando a visão de um palácio aberto. Estava distante demais para que fosse possível ver se estava, de algum modo, semelhante à oficina, porém o guardião da diversão não tinha dúvidas de que aquele era o lugar onde o bicho-papão estava e, possivelmente, os demais guardiões também. Gesticulando para os demais o seguirem, Jack pulou no portal, sendo seguido por Hiccup, Elsa, Anna, Merida e Rapunzel.


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Notas finais do capítulo

Por favor, perdoem qualquer erro, pois eu realmente não pude revisar o capítulo, por mais que tenha demorado muito para postá-lo.
Mas, e então? O que vocês acharam? Eu não sei escrever muito bem essas cenas tensas, mas espero ter conseguido fazer um bom trabalho. São vocês que devem me dizer se eu fiz algo de bom ou não.
Não pretendo demorar muito a postar o próximo capítulo, de modo que, assim que atingir a meta, provavelmente estarei de volta, então, por favor, me digam suas opiniões, sendo elas boas ou ruins.
Até o próximo capítulo!