Na manhã seguinte, Jack, Hiccup e Merida estavam sentados à mesa da sala de jantar tomando seu café da manhã. A mesa era simplesmente enorme e continha todos os tipos de alimentos que se podia imaginar espalhados por ela, e a maioria das cadeiras, que não eram poucas, estava vazia, incluindo a da cabeceira e a que ficava à sua direita, indicando que Elsa e Anna ainda não haviam aparecido para tomar café, tampouco Rapunzel. Um bocejo chamou a atenção dos três para as enormes portas do salão, por onde a princesa de Corona entrava com uma expressão cansada em seu rosto, mas com um sorriso satisfeito emoldurando os lábios.

– Noite difícil? – Jack questionou ao ver o quanto a morena estava cansada. Ela, porém, apenas balançou a cabeça e sorriu enquanto se sentava e passava o olhar por toda a comida à sua frente, aparentemente decidindo-se com o que começar. – Então por que parece cansada? – O espírito do inverno insistiu curioso.

– Passei um tempo com Elsa e Anna. – Rapunzel finalmente respondeu, gerando olhares de surpresa nos outros três. Eles haviam visto quando a princesa de Corona fora para seu quarto, já bastante tarde, então quando ela arranjara tempo para interagir com a rainha e a princesa de Arendelle? – Por falar nelas, onde elas estão? – A morena arqueou uma sobrancelha, olhando em volta pelo salão e encontrando Kai e Gerda conversando sobre algo enquanto vistoriavam o café da manhã dos convidados da realeza de seu reino. – Kai, Gerda, onde estão Elsa e Anna? – Perguntou, atraindo a atenção dos dois empregados.

– Imagino que a princesa Anna ainda não tenha acordado, ela não é uma pessoa da manhã. – Gerda sorriu calorosamente para a filha da irmã de sua antiga rainha. A mulher já trabalhava naquele castelo há anos, de modo que conhecia bem a agora rainha de Corona.

– E Elsa? – Rapunzel insistiu, afinal o nome de sua prima mais velha não fora mencionado. Kai e Gerda se entreolharam, aparentando estar confusos com a falta de conhecimento da morena.

– Rainha Elsa já tomou café da manhã. – Kai falou ainda um pouco confuso. Ele não imaginava que Rapunzel já conhecesse suas primas muito bem, mas que pelo menos soubesse um pouco sobre os hábitos da loira.

– Quando? – Jack quis saber, arqueando uma sobrancelha em sinal de confusão. – Nós estivemos aqui por bastante tempo e não a vimos. – Gesticulou para si mesmo e para Hiccup e Merida, que assentiram com a cabeça, fitando Kai à espera de uma resposta.

– Aproximadamente quatro horas antes de vocês. – Kai respondeu, assistindo logo em seguida como Jack, Hiccup e Merida engasgaram com a comida e começaram a tossir, incrédulos com a informação que haviam acabado de receber.

– Mas nós estamos aqui desde as oito! – Merida exclamou assim que conseguiu falar em meio á tosse. Se Elsa havia tomado café da manhã quatro horas antes deles, ela havia feito isso às quatro da manhã. Quem tomava café ás quatro da manhã?

Rapunzel, ao perceber o horário em que sua prima despertara, também engasgou com a comida que consumia, tossindo com força. Ela ainda se lembrava da hora em que retornara ao seu quarto. Eram quase três horas da manhã quando finalmente parou de brincar com Anna e todas voltaram aos seus aposentos. Baseado naquilo, a morena duvidava que sua prima loira sequer houvesse dormido. Definitivamente, a rainha de Arendelle tinha problemas graves com insônia, mas se era causada por seus pesadelos, seu trabalho ou suas brincadeiras noturnas, a princesa de Corona não saberia dizer, apesar de, internamente, ponderar se não seriam todos os três.

– Onde ela está agora? – Hiccup perguntou aos dois empregados, que haviam abafado os risos para com a cena embaraçosa que havia se desenvolvido naquele salão. Certamente os convidados não estavam acostumados aos hábitos da rainha de Arendelle.

– Ela finalizou seus contratos e reuniões previstos para hoje e saiu, disse que iria ter uma conversa importante com os trolls. – Gerda deu de ombros, acostumada à rotina de Elsa. Sabia, no entanto, que dormir tão pouco fazia mal à loira, mas não podia fazer nada a esse respeito. Se a Rainha da Neve colocava algo em sua cabeça, não existia alguém capaz de fazê-la mudar de ideia.

– Trolls? – Jack, Hiccup, Merida e Rapunzel repetiram surpresos. Sabiam bem da existência de magia, afinal cada um deles tinha experiências próprias com ela, mas não tinham conhecimento de que trolls habitavam Arendelle.

Kai e Gerda acenaram em concordância e, ao perceberem que aqueles quatro não lhes fariam mais qualquer pergunta, voltaram à sua conversa anterior. Jack, Merida, Hiccup e Rapunzel tomaram seu café da manhã em silêncio, pensando sobre o que deveriam fazer. Eles deveriam tentar convencer Elsa e Anna a acompanha-los, visto que teriam apenas até o dia seguinte para saírem de Arendelle e retornarem ao polo norte. Os minutos se transformaram em horas e então, um novo barulho chamou-lhes a atenção para as portas, por onde Anna entrava.

– Eu já estava pensando que você só viria para o almoço, ruivinha. – Jack alfinetou, resultando em Anna, em um gesto completamente infantil de sua parte, mostrar-lhe a língua, o que contribuiu apenas para que o espírito do inverno caísse em gargalhadas.

– Kai, Gerda, onde está Elsa? – Anna quis saber enquanto se sentava. Sabia que sua irmã tomava café da manhã bem mais cedo que uma pessoa normal, mas não podia deixar de se perguntar onde ela estaria naquele momento, se em alguma reunião ou em seu escritório revisando algum contrato de negócios com algum reino.

– Ao terminar suas tarefas previstas, rainha Elsa saiu para ver os trolls, sua alteza. – Gerda respondeu educadamente, sorrindo para a princesa mais jovem, que lhe devolveu o sorriso com animação e entusiasmo.

– Ela disse o porquê? – A ruiva arqueou uma sobrancelha e, embora sorrisse, estava confusa com o fato de a loira sair do castelo. Elsa jamais saía. Estava sempre ocupada com os assuntos do reino para aproveitar por muito tempo o mundo que havia após as paredes dos muros do castelo.

– Ela disse para avisá-la que iria discutir com Pabbie sobre os nossos convidados e a proposta feita ontem. – Foi Kai quem falou, gesticulando para Jack, Hiccup, Merida e Rapunzel, que pareceram genuinamente surpresos com isso.

– Mas eu pensei que ela já estava decidida a não nos ajudar. – O chefe de Berk disse com surpresa. Ele realmente não imaginava que Elsa realmente pensasse sobre o que haviam dito anteriormente. Durante sua conversa no escritório, ela parecia completamente certa sobre sua decisão.

– Aparentemente não. – Anna abriu um sorriso maroto, feliz com a possibilidade de poder sair em uma aventura com sua irmã e sua prima. Pabbie certamente daria os conselhos certos à rainha de Arendelle. – Terminem o café da manhã e vamos. – A princesa ruiva ordenou e começou a comer rapidamente.

– Vamos para onde? – Rapunzel arqueou uma sobrancelha, surpresa com a súbita mudança de assunto e os modos pouco educados de Anna.

– Vamos ao Vale das Rochas Vivas. – A princesa de Arendelle respondeu com um sorriso, fazendo com que os outros quatro trocassem olhares ansiosos, pois, o que quer que acontecesse no lugar onde viviam os trolls, certamente seria de vital importância para a missão que eles tinham de realizar.

...

Finalmente, após terminarem suas refeições, Anna, Hiccup, Jack, Rapunzel e Merida se prepararam para a pequena excursão ao Vale das Rochas Vivas, como a princesa de Arendelle havia identificado, sendo aquele, aparentemente, o lar dos trolls com quem Elsa fora discutir sua possível participação na batalha contra Breu. As princesas de Highland e Corona não ficaram particularmente contentes por montarem em cavalos que não os seus próprios, mas não podiam fazer nada, dado ao fato de que Angus e Maximus haviam ficado em seus respectivos reinos. Jack voando, afinal cavalos não o agradavam muito. Hiccup, por sua vez, fora buscar Toothless. Anna se encontrou particularmente chocada com a visão do dragão, mas, após alguns minutos, decidiu por não se surpreender tanto, afinal sua irmã era ninguém menos que a Rainha da Neve. Com a princesa de Arendelle já montada em seu cavalo, todos seguiram na direção em que a ruiva lhes indicava.

Após passarem pelo fiorde e adentrarem na floresta, a viagem prosseguiu em um silêncio quase desconfortável que, após alguns minutos, Merida se sentiu obrigada a quebrar, pois imaginou que ficaria louca se não o fizesse.

– Por que Elsa sentiria a necessidade de discutir o assunto com os trolls? – A ruiva perguntou de maneira quase descrente. – Ela é a rainha, oras! – Exclamou, fazendo com que então todos entendessem o motivo de sua confusão anterior. Todos olharam para Anna, aguardando que a ruiva mais jovem respondesse.

– Elsa confia no julgamento deles. – Anna respondeu com simplicidade. Ela conhecia bem sua irmã, apesar de todo o tempo que passaram separadas. Se a Rainha da Neve pedira conselhos aos trolls, ela realmente não se julgava capaz de tomar uma decisão por conta própria. – Provavelmente, ela está insegura quanto ao que fazer. – Deu de ombros.

– Insegura? – Jack repetiu com incredulidade sendo a única expressão em seu rosto. A pessoa que conhecera no escritório do castelo de Arendelle era tudo, exceto insegura.

– Ela não parecia sequer considerar nos ajudar quando conversamos ontem. – Hiccup se pronunciou, falando mais para si mesmo do que para os outros. O castanho não havia percebido que havia verbalizado seus pensamentos até que percebeu os olhares dos outros nele. Apenas deu de ombros, apesar de um pouco incomodado com a súbita atenção.

– Acredite, ela é realmente muito boa em esconder seus pensamentos e sentimentos. – Rapunzel retrucou, lembrando-se da noite anterior, de como Elsa imediatamente abriu um sorriso ao ver Anna, apesar da conversa que estavam tendo, apenas para ver a irmã mais nova feliz. Lembrou-se de como ela fingiu estar contente apenas para que sua irmã caçula também ficasse. A princesa de Corona certamente notou os olhares dos outros em si, curiosos sobre como ela saberia disso tendo conversado tão pouco com a rainha, mas não se importou.

– Você tem razão, ela é. – Anna concordou, sendo ela a única que não olhava Rapunzel de um modo chocado e confuso, apesar de que não conseguir entender como sua prima sabia disso tendo passado uma quantidade de tempo tão curta com sua irmã. – Quero dizer, vocês falaram que Arendelle podia estar em perigo, então eu não duvido que ela tenha ficado maluca por dentro. – Riu de suas próprias palavras, imaginando o estado de sua irmã por trás da aparente calma e serenidade. – E, se ela foi ver Pabbie, então está realmente pensando em ajudar vocês. – Concluiu com um sorriso pequeno. Internamente, ansiava por uma aventura e, principalmente, ansiava por passar mais tempo com sua família, o que incluía tanto Rapunzel quanto Elsa.

O resto da viagem se seguiu em silêncio, apenas com alguns comentários ocasionais sobre a missão que levara Hiccup, Jack, Merida e Rapunzel até ali ou sobre como Anna verdadeiramente esperava que Elsa aceitasse ajuda-los. Eles estavam, honestamente, apreensivos com a decisão da rainha. Os trolls poderiam influenciar a situação, embora nenhum deles soubesse se aquela era uma notícia boa ou ruim. A princesa de Arendelle garantiu aos quatro companheiros que Pabbie iria ajudar Elsa a tomar a decisão mais sensata e correta, de modo que eles não deveriam se preocupar, pois tudo iria acabar bem.

Finalmente, depois de algumas horas realmente longas demais, Anna sorriu ao avistar uma clareira rochosa. Rapunzel, Merida e Anna rapidamente amarraram seus cavalos em algum ponto qualquer enquanto Jack aterrissava e Hiccup instruía Toothless a lhe esperar enquanto conversava com os trolls. Então, os cinco seguiram em direção à clareira.

Era um lugar bastante caloroso. Havia vapor saindo de fissuras do chão rochoso, de modo que, mesmo no inverno, seria impossível haver neve ali. Era grande e com pouca vegetação, sendo quase tudo essencialmente rocha. Por fim, havia várias pedras redondas espalhadas pela clareira circular, todas cobertas de musgo.

– Ei, pessoal! – Anna chamou animadamente, sorrindo ao andar por entre as pedras. Acenou para as rochas redondas no chão e murmurava coisas para elas, como se estivessem conversando.

Hiccup, Jack, Merida e Rapunzel permaneceram parados observando com as bocas escancaradas, ponderando se a princesa de Arendelle havia perdido o juízo. Porém, antes que qualquer um deles pudesse verbalizar seus pensamentos, as rochas começaram a tremer e rolar pela clareira, transformando-se em pequenos seres com braços e pernas gordas, olhos, boca e grandes narizes, todos usando roupas aparentemente feitas de musgo e com cristais brilhantes pendurados no pescoço. Eles olharam para Anna por um curto período de tempo, piscando duas vezes, antes de um dos trolls gritar.

– Anna chegou! – Uma voz feminina vinda de uma das rochas animadas soou pela clareira, sendo seguida por vários gritos de comemoração enquanto todos seguiam na direção da princesa ruiva, que se abaixou e sorriu para os amigos.

– Kristoff não está aqui ainda, querida. – Um dos trolls se aproximou da menina, sorrindo gentil e calorosamente para ela, segurando-a num abraço apertado que quase a sufocou antes de soltá-la.

– Sim, eu sei, ele me disse. – Anna respondeu com um sorriso amigável para o troll à sua frente, aparentemente contente. – Bulda, nós estamos aqui para ver o vovô Pabbie. – Explicou, gesticulando para os outros quatro que vieram com ela, que ainda permaneciam atônitos com a visão à sua frente. Os trolls olharam fixamente para Hiccup, Jack, Merida e Rapunzel, piscando duas vezes, antes de um deles gritar.

– Ela trouxe amigos! – Uma voz masculina anunciou animada, sendo seguida por mais gritos de alegria quando os trolls rapidamente rolaram até onde estavam os outros quatro, puxando-os para o centro da clareira, onde Anna se encontrava.

– Tudo bem, antes que vocês comecem a cantar, embora eu não me importo quando vocês cantam, afinal eu realmente adoro. – Anna começou a falar sem perceber que estava jorrando palavras sem parar. – Vocês têm vozes maravilhosas, mesmo quando estão falando dos hábitos estranhos do Kristoff e, sobre aquela coisa do quintal, eu não precisava saber daquilo, mas, de qualquer forma, apenas não cantem e não pensem que é porque eu não gosto, eu gosto, é só que... – Olhou em volta, percebendo todos olhando para ela, fazendo com que finalmente notasse que estava divagando. – Céus, eu preciso da Elsa para me dizer quando eu falo demais. – Suspirou e revirou os olhos, mas logo em seguida sorriu para Bulda. – Nós estamos com pressa e realmente precisamos falar com o vovô Pabbie. – Finalizou meio sem graça pelo fluxo constante de palavras que escapara de sua boca há poucos minutos.

Bulda assentiu, porém, antes que pudesse se mexer para chamar Pabbie, os trolls rolaram para deixar um caminho livre, por onde o próprio líder passou, aproximando-se de Anna. Aquele usava uma capa de grama nos ombros, diferentemente de apenas musgo, como os demais.

– Olá, Anna. – Ele sorriu gentilmente para a menina, aproximando-se dela, que estava abaixada para ficar mais próxima à altura dele com Jack, Hiccup, Rapunzel e Merida de pé atrás dela. – O que a traz aqui? – Pabbie perguntou com curiosidade.

– Na verdade, eu esperava encontrar Elsa aqui. – A ruiva respondeu sem graça, brincando com as pontas de suas tranças, embora sorrisse para o troll, que assentiu com a cabeça e sorriu para ela.

– Ela esteve aqui. – Ele declarou com um pouco mais de seriedade presente na face de rocha. Hiccup, Rapunzel, Jack e Merida se entreolharam, afinal não sabiam o que podia ter saído da conversa da rainha de Arendelle com o rei dos trolls. – Com aquele seu amigo boneco de neve, Olaf, devo acrescentar. – Riu em tom baixo. Ele realmente gostava do boneco de neve mágico. – Ela veio me perguntar sobre os quatro recém-chegados ao reino. – Virou-se para o guardião da diversão, o chefe de Berk, a princesa de Highland e a princesa de Corona. – Presumo que sejam vocês. – Disse e eles assentiram.

– O que o senhor disse para ela? – Rapunzel se pronunciou, caminhando até estar ao lado de Anna e se abaixando para ficar mais próxima à altura do líder dos trolls, como sua prima fazia.

– A verdade. – Pabbie respondeu com naturalidade, sorrindo de forma gentil para a morena. – Sobre a ameaça de Breu ao mundo, sobre a profecia do Homem da Lua. – Jack soltou a respiração que até então não percebera estar prendendo, aliviado. – Porém, ela realmente não se julga capaz de ajuda-los. – O troll suspirou com aparente cansaço.

– Como assim? – Hiccup quis saber, confuso, repetindo o gesto de Rapunzel e se abaixando próximo ao troll, olhando-o com uma sobrancelha arqueada.

– Rainha Elsa é uma pessoa insegura. – Pabbie declarou com seriedade, abandonando o sorriso, aparentando estar bastante preocupado. – É uma monarca boa e justa, mas, como qualquer pessoa, ela tem seus medos. – Prosseguiu, recebendo acenos afirmativos dos cinco que o olhavam. – Ela já sabe que tudo isso é verdade e que vocês precisam de ajuda, mas simplesmente não acredita que pode ser útil. – Concluiu.

– Onde ela está agora? – Jack questionou inquieto. Aparentemente, eles não haviam completamente conseguido a ajuda da rainha, mas, ao menos, sabiam por onde começar a fazer alguns progressos.

– Ela foi embora há algum tempo. – O troll respondeu com um pequeno sorriso começando a se formar em seu rosto, aparentemente contente com seu pensamento mais recente.

– Então, ela já não deveria ter voltado para o castelo? – Merida arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços. Elsa estava, definitivamente, se provando uma pessoa difícil de lidar, principalmente porque sequer sabiam onde encontra-la.

– Ela disse que iria a um lugar onde poderia pensar livremente. – Pabbie declarou com um sorriso, olhando diretamente para Anna, que deixou um sorriso enorme se formar em seus lábios ao perceber a que lugar o velho troll estava se referindo.

– Obrigada, vovô Pabbie. – Anna agradeceu animadamente, recebendo um curto aceno afirmativo do troll antes que ele rolasse para longe e se transformasse novamente em uma rocha, como os demais fizeram logo em seguida. A princesa de Arendelle imediatamente começou a correr na direção onde ela e os companheiros deixaram os cavalos e Toothless, sendo seguida pelos outros quatro.

– Onde estamos indo? – Rapunzel quis saber, curiosa para conhecer o lugar onde Elsa poderia “pensar livremente”, como Pabbie havia lhe dito.

– Vocês verão. – Anna respondeu sorridente, montando em seu cavalo enquanto Jack chamava o vento, Hiccup montava em Toothless e Merida e Rapunzel faziam o mesmo com os cavalos que usaram para chegar ali. – Sigam-me. – A princesa de Arendelle pediu e atiçou o seu cavalo a correr, rapidamente se distanciando da clareira com os amigos em seu encalço.

Sim, ela sabia bem para onde deveriam ir e, por um momento, sentiu-se estúpida por não ter percebido que Elsa seguiria para aquele lugar quando precisava tanto pensar. Com um sorriso quase diabólico, Anna começou a imaginar as reações dos amigos ao finalmente verem a mais bela obra da Rainha da Neve.