Todos os monstros são reais - Fic Interativa escrita por Annary Morgensterse


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Anny:Oie, queridos! Se segurem que vem treta!
Lady: Oie!! Espero que gostem deste cap, logo logo postamos mais um. Esse é narrado pelo Gabriel.



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Acordei no dia seguinte à luta, me levantei, tomei um banho rápido e coloquei uma calça jeans, uma blusa de mangas longas branca e um coturno como quase sempre.

Aparentemente Caroline estava cansada também e decidiu não nos acordar com megafones.

Cheguei a cozinha e estavam todos lá tomando o café da manhã, exceto por Emily.

Me sentei e Caroline me deu um pote com cereal e leite.

–Bom dia pra você também Gabe! – Falo Lena.

–Bom dia... – Respondi.

–Emily morreu no banheiro de novo. – Falou Daniel.

E no exato momento ela apareceu com um vestido curto rodado azul, saltos altos e o cabelo com uma tiara.

Mas o mais estranho de tudo, todas as marcas e cicatrizes tinham sumido de seu corpo.

–Onde suas marcas foram parar? – Perguntou Lena pasma.

–Não me diga que vai passear no mundo mundano de novo? – Perguntou Roll.

–Claro que vou. – Falou Ems pegando uma maçã.

–Prometi aos seus pais que te manteria longe de mundanos e principalmente de garotos mundanos. – Roll falou segurando o braço dela.

–Ela já namorou um mundano? – Perguntou Daniel.

–Qual o problema com isso? Ele foi bem melhor do que o caçador de olhos azuis ao meu lado. – Falou Ems olhando para mim.

Abaixei minha cabeça e sorri.

–Você tem exatamente 4 horas no mundo mundano, se não voltar antes disso...

–Vai fazer o que? – Perguntou Emily em um tom desafiador.

–Tacar fogo em suas roupas e seus livros. – Falou Roll.

Emily se virou e saiu depressa.

–O que vamos fazer hoje? – Perguntei a Roll.

–Treinar, e treinar e treinar... Enquanto eu leio algumas coisas. – Falou Roll. –Agora levantem essas bundas preguiçosas e vão pra sala de treinamento.

Todos pulamos das cadeiras e começamos a ir a sala de treinamento.

Nos trocamos e nos encontramos, inclusive Roll agora com alguns livros na mão.

–Vai ler o que? – Perguntou Lena indo até ela.

–Mitologias gregas. – Falou Roll. – Enquanto isso treinem em duplas. Lena e Gabriel e Daniel e Heitor.

–Isso é bem injusto, Emily no mundo mundano e a gente aqui treinando como escravos. – Falou Heitor.

–Shiu! – Falou Roll.

Lena veio até mim com duas espadas e me entregou uma.

Antes que pudéssemos começar a treinar ouvimos um grito.

–Ai! – O grito ecoou pelos corredores.

Todos fomos até a sala do portal e assim que chegamos lá vi uma garota cabelos loiros, de estatura média, pele bem clara e olhos azuis.

–Por que diabos o portal abriu bem em cima do sofá. – Falou a garota se levantando assim como suas malas.

–Portais são um sério problema. – Falou Heitor.

–Nem me fale. – Falou Lena.

–Qual seu nome? – Perguntei.

–Sou Hannah Lucille Goldenblood, mas Hannah basta. – Falou ela meio tímida.

Logo em seguida todos nos apresentamos e pelas ordens da capitã Roll a levamos ao corredor dos quartos.

–Então só vocês moram aqui? – Ela perguntou

–Não, tem outra garota chamada Emily, mas ela foi aproveitar o mundo dos mundanos hoje... – Falou Daniel.

–Estranho...

–Se quiser se trocar, nós esperamos, temos que treinar agora. – Falei.

–Ordens da capitã Roll. – Falou Lena.

–Ou podemos fugir do treinamento e ir a um bar no submundo. – Falou Heitor.

Todos ficaram quietos.

–Vocês nunca burlam regras? – Perguntou Heitor.

–Claro que....

–Não! – Falou Lena.

–Qual é pessoal, vais ser divertido, eu prometo. – Falou Heitor.

–Não vejo problema nisso. – Falei.

Todos concordaram menos Lena.

–Pensei que você era mais divertida Lena, é tão covarde a ponto de ficar em casa. – Falei, sabendo que ou ela ia explodir ou iria conosco.

–Não sou covarde, agora vamos logo! – Falou Lena.

Deixamos as armas na sala de treinamento e vimos que Roll tinha se trancado no escritório dela.

Aproveitamos e saímos.

Heitor estava andando na frente e nos guiou por várias ruas e becos estranhos até chegarmos em uma fachada decadente de madeira velha.

–Sério que esse é o bar legal que você falou? – Perguntou Hannah.

–Nem tudo é o que parece. – Respondeu Heitor.

Ele abriu a porta e entramos em um bar novinho.

Com detalhes dourados nas paredes, várias luzes coloridas, além da decoração haviam fadas, vampiros, lobisomens, feiticeiros e.... Emily.

Ela estava em cima de uma mesa dançando loucamente com uma fada ao seu lado.

–Emily? – Gritou Lena.

De repente o bar ficou em total silêncio e Emily olhou para nós.

–O que diabos estão fazendo aqui? – Perguntou ela pulando da mesa.

–Estamos fugindo do treino. – Falou Heitor.

–Mas acho que você dançando na mesa de um bar no submundo é bem mais estranho do que a gente aqui. – Falou Lena.

–Isso não vem ao caso, mas quem é essa? – Perguntou ela olhando para Hannah.

–Sou Hannah, cheguei hoje.

Emily acenou e sorriu.

–Algum problema Emily? – Perguntou um garoto de cabelos coloridos vindo até ela.

–Nenhum Ben.

–Mais caçadores?

–Eles não são problema Bem... Prometo que não vão fazer nada de errado.

O garoto assentiu e sumiu.

–Vamos! – Falou Emily puxando todos nós para os fundos onde havia uma mesa.

–Peça o que quiserem, Ben põe na minha conta. – Falou Emily.

–De todos no Instituto, nunca pensei que encontraria você em um bar. – Falou Heitor. – Fora a Lena, porque sem dúvida a Lena jamais viria aqui.

Lena deu uma cotovelada em Heitor que se encolheu por um minuto.

–Pensamos que ia ao mundo mundano. – Falou Daniel

–Eu nunca vou ao mundo mundano, venho sempre ao submundo, mas nem Roll, ou meus pais podem saber disso. – Falou Emily.

–Quem era aquele garoto? – Perguntei olhando para o garoto de cabelos coloridos.

Talvez eu tivesse uma pontinha de ciúmes da Emily.

–Ele é o Ben, dono do bar, eu conheci ele e uma das minhas visitas a Roll.

–Você e ele estão... – Falei.

–Namorando?

Assenti.

–Não! Ele é gay. Agora se não se importam vou falar com uma amiga, eu volto daqui a pouco.

Pedimos algumas comidas estranhas do submundo e ficamos sentados esperando elas chegarem.

Quando de repente um vampiro apareceu.

–Ora ora, caçadores aqui. – Falou ele. – Duas lindas garotas... Aposto que tem um ótimo sangue. – Falou o vampiro olhando para Lena e Hannah.

–Não encoste nelas! – Falei me levantando.

–Pelo que posso ver, vocês estão sem armas, dariam um ótimo banquete. – Falou outro vampiro que apareceu do nada.

Heitor se levantou e encarou o vampiro que olhava para Lena.

–Vamos descobrir se o sangue dela é realmente bom. – O vampiro puxou a cabeça de Lena que tentava se soltar. O vampiro estava quase com as presas em seus pescoço quando Heitor deu um soco o vampiro que recuou.

–Corram! – Daniel gritou.

Começamos a correr, as cadeiras caíram, e esbarramos em vários seres do submundo até que fomos encurralados por vampiros na porta.

–Algum plano? – Perguntou Hannah.

–Eu sabia que não devíamos vir aqui. – Falou Lena.

–Tarde demais para dar sermão Lena. – Falei.

Estávamos preparados para lutar até que todos os vampiros caíram no chão, como se tivessem caído no sono.

–Já disse que te amo Bem? – Falou Emily dando um abraço nele.

–Eu já sei disso Ems, e agora você e seus amigos me devem uma.

–Pode ter certeza que vamos pagar, mas agora vamos indo. – Falou Emily.

Ela veio até nós e começou a nós empurrar pela porta.

–E é assim que vocês arruinaram meu dia... – Falou Emily indo na frente de todos nós.

–E é assim que eu quase fui mordida... – Falou Lena.

–Roll vai nos matar. – Falou Daniel.

–Não se preocupem eu assumo as responsabilidades, falo que me meti em alguma encrenca e vocês vieram me salvar. – Falou Emily.

–Faria isso mesmo? – Perguntou Heitor.

–Claro, ela não via me matar ou coisa do tipo, já fiz coisas piores. - Emily falou.

–Podemos vir aqui de novo outro dia? Foi tipo muito legal! – Falou Lena dando um pulinho.

Todos rimos e percebemos que estava ficando de noite então começamos a fazer o caminho de volta para o Instituto, em alguns minutos chegamos e Roll estava bem na porta com um megafone na mão.

–Dez flexões cada um de vocês! – Falou ela.

–Sério? – Perguntou Emily.

–Agora! – Gritou Roll.

Todos nos abaixamos e começamos a fazer as flexões, só faltava essa.

Essa era definitivamente a sargento Roll.

Quando acabamos Roll nos fuzilou com o olhar.

–Roll a culpa não é deles, eu fui a um bar e precisei que eles me ajudassem, me meti em uma encrenca bem feia, mas tudo foi resolvido. – Falou Emily.

O silêncio que pairou logo foi quebrado por Roll.

–Eu entendo...

–Sério? – Perguntei surpreso.

–Claro que isso vai gerar uma punição para você. Vai lavar os pratos e limpar a cozinha hoje. – Falou Roll.

–Tudo bem... – Falou Emily indo para a cozinha.

Logo em seguida fomos também e vimos uma mesa prontinha e cheia de comida.

Jantamos e logo em seguida Lena e Heitor ficaram na sala junto com Daniel e Hannah vendo TV, Roll foi dormir e eu me sentei na bancada e fiquei lendo um livro, enquanto Ems lavava a louça.

–Tem certeza que não pode ler o livro em outro lugar? – Perguntou ela.

–Absoluta. – Falei sorrindo.

Ela se encostou na bancada e fechou meu livro, ela ficou mais perto e por um instante pensei que ela iria me beijar, mas ela logo tirou uma mangueira da pia e acertou água no meu rosto.

–Acho que precisa de um banho agora. – Ela falou.

–Você vai me pagar. – Falei começando a correr atrás dela.

Consegui a segurar, peguei a mangueira e joguei água nela.

Quando paramos estávamos ensopados.

Lena, Heitor, Daniel e Hannah estavam olhando para nós.

–E depois eu tenho problemas... – Falou Lena.

–Isso não são problemas Lena, isso é amor. – Falou Heitor.

Olhei para Ems e pensamos na mesma coisa.

Pegamos a mangueira e miramos em Heitor e logo em seguida nos outros.

Deixando todos ensopados.

Paramos no momento que Roll apareceu no começo da cozinha, ela estava de pijamas.

–Limpem isso, e pelo amor de Raziel, vão dormir! – Falou ela que saiu logo em seguida.

Todos começamos a rir, pegamos alguns panos e colocamos no chão.

Lena, Heitor, Daniel e Hannah foram para seus quartos e eu fiquei esperando Emily terminar de lavar a louça.

Ela acabou e ficou me olhando.

–Acho que vou dormir. – Ela falou.

Assenti.

Ela passou por mim e segurei o braço dela.

–Você ainda está brava comigo? – Perguntei.

–Eu nunca estive brava, eu estou magoada, e isso não passa de repente. Você viajou no meio da noite pra Idris e me deixou um bilhete. E isso partiu meu coração...

–Ems... – Falei.

–Boa noite Gabriel Lightwood. – Falou ela saindo.

Logo eu também fui dormir e só queria esquecer essa conversa.


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Notas finais do capítulo

Anny: Adivinhem quem é o próximo a narrar! Quem acertar ganha um pirulito imaginário e virtual- só pra variar.
Lady: Obrigada por terem lido, prometemos mais um cap com mais tretas!!