Tremor escrita por Jessyhmary


Capítulo 6
Clube da Torta


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! :D
São 02:19 da manhã e eu aqui postando isso... kk (Qual é, já postei algumas mais tarde do que isso... kkk
Enfim, só quero agradecer a tod@s vcs e dizer que o nosso grupo no whats está fluindo muito bem! *_* Quem tiver interesse em participar pode deixar o número em MP que eu adiciono.

Beijos e #BoaLeitura! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/579628/chapter/6

– Chocolate ou caramelo?

– Como se você não soubesse.

– Foi mal. – a morena de cabelos longos levantou as mãos em sinal de desculpas. – Sei lá, você poderia acordar hoje querendo a de chocolate...

– Só traga a torta rápido, Jéssica! – Carol prendia o cabelo num rabo de cavalo enquanto falava com a amiga pelo comunicador. – Esses garotos estão para me comerem viva.

– Nossa... Tem quantos até agora?

– Sei lá, não contei. Deve ter em torno de cinco.

– E precisa contar para saber? – a morena zombava do outro lado da linha.

– Ah, Jéssica, vai se ferrar! E traz logo essa comida, tchau.

Carol respirou fundo e apoiou as mãos sobre o balcão. À sua frente, cinco rostos desconfiados a encaravam um tanto confusos. Definitivamente não tinha vocação para ser babá de um bando de adolescentes com poderes, mas não podia deixá-los vagar por aí causando mais estragos do que um adolescente comum pode fazer.

– O que pensa em fazer conosco? – O garoto com voz assustada perguntou, temeroso. – Essas penas estão começando a coçar.

– Você tem asas? – O mais velho zombou, enquanto moldava um pedaço de madeira com as mãos. – Combina mesmo com a sua cara de frango.

– Vocês dois querem dar um tempo? – Samantha levantou-se, ficando de frente para os outros dois sentados no sofá. – E você, deixa ele em paz.

– Vai fazer o quê, garota com tatuagem esquisita? – ele levantou-se e a encarou, tentando provoca-la. – Ainda não vi o que você consegue fazer.

– Ah, quer experimentar, é? – Samantha espalmou as mãos e os microraios começaram a estalar na ponta dos seus dedos. – Quer acabar tostado como o último que mexeu comigo?

– Okay, parou a palhaçada! – Carol arremessou um copo de alumínio no meio deles, fazendo o barulho ecoar pela sala de estar. – Vocês parecem um bando de bebês chorões! Que saco!

– Você disse que ia nos ajudar. – Samantha diminuiu o tom de voz.

– E vou. Mas assim não dá! – ela respirou fundo e sentou-se na mesinha de centro, olhando para eles. – Olha, vocês não fazem ideia de como as coisas mudarão para vocês de agora em diante. Mas se continuarem lutando uns contra os outros, achando tudo isso uma grande piada, vocês vão acabar virando ratos de laboratório e, na boa, eu não vou mover um dedo para tirá-los de lá.

Todos eles abaixaram a cabeça, quase como se tivesse sido ensaiado. Carol era uma exímia heroína, em todos os sentidos da palavra, mas não deixaria que um bando de moleques ditasse as regras para ela. Se eles quisessem sobreviver, seria dentro dos termos da Capitã.

– Estamos com fome. – Mark levantou a cabeça e esparramou-se no sofá.

– Transforma esse iphone em comida, Mãos de Massinha. – Foi a vez de Carol dar o troco. – Parece que é muito bom em modelar coisas, guri.

– Ei! Depois você me diz para...

– Isso é pra você ver como é legal quando as pessoas te apelidam. – ela rebateu. – E todos estamos com fome. Jéssica está chegando com comida a qualquer momento.

– Olha só eu aqui. – a mulher entrava na casa, segurando duas tortas de debaixo do braço. – Com comida.

Mal ela pronunciou aquelas palavras e ao seu redor estavam cinco garotos segurando garfos, um com mais fome do que o outro. Jéssica olhou para Carol espantada e a loira deu de ombros, como se aquilo sustentasse seu argumento.

– Eu te disse, Drew. – ela afastou-se dos garotos e seguiu para atrás do balcão enquanto assistia os garotos abrindo uma das caixas quase que em desespero. – São uns pequenos animais.

– É, estou percebendo.

– Mais cinco minutos e o do cabelo espetado teria me fritado com as mãos de carvão.

– Ele parece quente.

– Piada idiota, Drew. – Carol girou os olhos nas órbitas, enquanto assistia os meninos devorando a torta. – É melhor sair daí antes que eles te incluam no cardápio.

– Com licença, jardim de infância. – ela levantou uma das tortas e eles protestaram com as bocas cheias de recheio de chocolate. – Vou colocar a torta no centro da sala antes que vocês me devorem junto.

– Deixa e sai correndo. – Carol alertava, sorrindo sarcasticamente.

Jéssica deixou a torta de chocolate na mesinha e afastou-se, escondendo a torta de caramelo atrás de si com a ajuda das suas teias.

– Está aí, crianças. Tem bastante chocolate pra vocês, comam tudo.

– Eles são uns monstrinhos, não?

– São mesmo. Achei que era exagero seu.

– Eu nunca exagero.

– Não, Carol? Sério? “Nunca”? – Jéssica abriu a caixa que guardava a outra torta e pegou dois garfos. – Toma, seja feliz.

– Adoro essa torta.

– E eu não sei?

– Hum... Isso é muito bom – ela apreciava a primeira garfada de olhos fechados. – Comprou na Stela’s?

– Foi. – Jéssica mordia um pedaço da sua fatia, mexendo com o garfo aleatoriamente. – Ei, aconteceu uma coisa estranha ontem.

– O quê?

– Eu encontrei outra... Outra deles.

– Como assim? Ontem? Por que não me contou? Eu teria voado para lá e ajudado você com...

– Não, não, Carol. Não foi preciso. Ela só estava confusa.

– Ela te machucou, se mostrou relutante?

– Não, nada. Ela tinha acabado de causar um estrago, estava meio sensível... Mas eu contei sobre nós. Contei que podíamos ajuda-la.

– E cadê ela?

– Ela disse que precisava falar com alguém antes de se juntar a nós. Eu dei o número do meu celular para ela.

– Número do celular?! Ficou maluca?! – Carol quase colocou a torta inteira para fora. – Sabe que isso pode comprometer nossa segurança, não sabe? E se ela trabalhar para alguém...

– Ela trabalha, Carol. Para a S.H.I.E.L.D.

– Mentira! – Danvers olhou para a amiga, incrédula com aquela informação.

– Ela é uma agente de operações que acabou de ter seus poderes ativados. Está sozinha e com medo. Eu aconselhei que ela procurasse sua família, amigos e explicasse a situação para eles.

– E ela?

– Não falou nada, só escutou. Depois disse que queria conversar com uma amiga. Provavelmente vai explicar a situação e virá para cá.

– Vai ser bom ter uma agente treinada para ajudar a conter essa molecada. – Carol falava com a boca ainda cheia de torta. – Ela será um grande reforço para nós.

– Ela é bem nova também. Não dou nem vinte e cinco para ela. Mas você tinha que ver... Ela estava até tranquila comparada aos outros que encontramos.

– Claro que estava. Ela é uma agente. Está acostumada a lidar com coisas desse tipo. – Carol largou o garfo em cima do balcão, observando o vão. – Ela vai ligar logo, então. Provavelmente, ela sabe o que se deve fazer numa situação como essas.

– É, espero que sim.

– Como ela se chama? – Carol virou-se para a amiga dessa vez, encarando-a.

– Skye – Jéssica desviou o olhar, observando a janela aleatoriamente. – O nome dela é Skye.



(...)



– Preciso de uma permissão especial, senhor.

Jemma apresentava-se diante do Diretor da S.H.I.E.L.D. arriscando ser descoberta. Felizmente, àquela altura Coulson já conhecia o que Simmons havia se tornado: uma agente independente e madura que conseguia liderar sua própria equipe e que sabia muito bem como manusear uma pistola.

– Por que precisa ir até Chicago sozinha? Sabemos que quer encontrar Skye, mas será mais seguro se formos todos juntos.

– Não é exatamente por isso, senhor. – Jemma segurava um tablet nas mãos. – Fitz e eu construímos um dispositivo que ajudará a localizá-la, mas só funciona se nós conseguirmos medir a amplitude das ondas causadas pelo fator sísmico de Skye.

– Resumindo? – Coulson franziu a testa, querendo pular logo para a parte importante da informação.

– Preciso que me libere para colher algumas amostras no local próximo ao epicentro na hora do acidente. É possível que a essa hora, Skye esteja fugindo para longe depois de causar o acidente em Chicago. Ela pode estar em um navio de carga nesse exato momento. Só saberemos sua localização com a ajuda do novo Skômetro.

– “Skômetro”? – Coulson a olhou com uma cara engraçada. Não me diga que isso é...

– A junção de “Skye” com “Sismômetro.” – Ela respondeu constrangida. – Não olhe para mim. Fitz foi quem deu o nome.

– Okay. – ele andou até sua mesa e pegou um arquivo. – Fitz vai com você colher esses dados?

– Não, senhor. Vou precisar que ele fique aqui no avião, equalizando a frequência das ondas. Ele vai basicamente converter os dados em tempo real até que o ajuste permita criar um padrão de onda compatível com o rastro deixado pela Skye.

– May vai com você, então.

– May? – Simmons pareceu se alterar mais do que o normal. – Mas por quê... Senhor?

– Por acaso sabe pilotar um avião, agente Simmons?

– Não, senhor.

– Então sua pergunta está respondida. – Coulson respondia quase sorrindo, enquanto folheava as páginas de um arquivo recente. – Temos um quinjet liberado, May vai até Chicago com você e ponto final.

– Sim, senhor.

A britânica saiu da sala de Coulson se perguntando como raios faria para despistar Melinda May. Definitivamente, ela teria que ganhar o Oscar de Melhor Atriz para conseguir passar despercebida por May desse jeito. Ou... Usar a parte da ciência que Melinda desconhecia. Isso. Jemma apelaria para a biologia. Espera aí, isso não seria fraude? Tecnicamente estaria manchando o nome da ciência... Mas vamos, era por uma boa causa, afinal de contas!

– Fitz... Eu preciso ir até Chicago com a May.

– Mas o que...

– Preciso muito colher umas amostras, fotografar e documentar tudo que possa ser útil sobre os poderes da Skye. Quero ver se isso ajuda para filtrarmos os dados do novo dispositivo.

– O Skômetro.

– Fitz, não. – ela levantou uma das mãos e apertou os olhos. – Eu me recuso a chamar isso assim.

– Mas qual o problema com...

– Isso não importa. Olha – ela se aproximou dele e abaixou o tom. – Preciso que fique aqui e receba todos os dados que eu enviar, tudo bem? Se o Diretor perguntar algo, apenas diga que está sincronizando os dados para formar um padrão. Use termos científicos, palavras complicadas... Não deixe que desconfiem de nada.

– Mas Jemma, eu...

– Sem perguntas, por favor. Quando eu chegar, prometo que eu explico tudo, tá?

– Jemma... Você vai ficar bem, não vai?

– Mas é claro que vou, Fitz! – ela sorriu, meio sem jeito. – É só uma noite fora. May e eu estaremos de volta pela manhã.

– Tudo bem. Manterei a história.

– Obrigada.

Jemma sorriu para Fitz e foi para seu dormitório fazer uma pequena mala. Calmantes, kit de primeiros socorros, rosquinhas, água... Havia praticamente um kit de sobrevivência caso Skye precisasse. A bioquímica queria certificar-se de que a viagem não seria uma perca de tempo. A última barreira, no entanto, seria fazer com que a Piloto a deixasse ir sozinha de noite até o local combinado com Skye.

– Está pronta? – May bateu na porta do quarto de Simmons, alguns minutos depois. – Partiremos em cinco minutos.

– Sim, May... Estou.

E guardando a foto da amiga novamente na gaveta, Simmons pegou sua mala e dirigiu-se até a garagem, onde partiria para Chicago com Melinda May.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eita, quero ver ela passar pela Melinda sem levantar suspeitas! kkkk

"She's the Cavalry!"

O que acharam?

#Itsallconnected! :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tremor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.