Tremor escrita por Jessyhmary


Capítulo 4
Pedido Silencioso


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de dizer que...

AMORES!!!

Gentee!! Que saudades que eu senti de escrever e publicar aqui no Nyah! AAH!!
Mas olha, nada melhor do que voltar faltando um diazinho para a volta de Agents of S.H.I.E.L.D.!!!! Nossa! Tô mesmo muito feliz! Mês do meu níver, mês de MAoS, ganhei notebook novo... Coisa boa! hahaha ^^^

Mas vamos lá, sem enrolação pra esse capítulo que eu ameeei! Espero que curtam assim como eu. Beijos e vamos voltar com tudo, agents!

#BoaLeitura!



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Foi apenas um bipe silencioso.

Jemma Simmons estava concentrada demais para olhar para o seu antigo telefone celular. As únicas pessoas que a ligavam naquele número eram seus pais e ela realmente não estava com cabeça para atendê-los naquele momento. Todos os seus esforços estavam voltados para uma tela fragmentada, mostrando as imagens das câmeras que se estendiam por toda Chicago. Eles precisariam encontrar Skye antes das autoridades, se quisessem evitar o pior.

– Agente Simmons, o seu celular. – Sarah esboçou uma tentativa, mas fora ignorada pela cientista. – Ouviu?

– Não é nada de importante, agente Garza – Jemma respondeu ligeiramente incomodada. – Depois eu retorno para os meus pais.

– Jemma! – Fitz deu um salto na cadeira, quase derrubando a pasta que havia ao seu lado na mesa. – Acho que podemos usar isso!

– Isso, o quê, Fitz? – A cientista perguntou docemente, mas seus olhos brilhavam de ansiedade. – Seja mais específico.

– Eu tive essa ideia enquanto revisava os projetos antigos que fizemos. – Ele virou o notebook na direção das duas garotas. – Lembra de quando construímos os Anões?

Você os construiu, Fitz. Eu apenas forneci as especificações de leitura biológicas da Branca e do Dunga.

– Enfim – ele sacudiu a cabeça, meio agitado, apenas estranhando o fato de Jemma Simmons não querer levar o crédito por aquilo. – Lembra que usamos a placa de leitura de calor para converter os espectros em dados quantitativos?

– Sim. – ela respondia inocentemente, ainda não entendendo onde aquela questão se encaixava na tarefa de localizar sua Skye – Fizemos isso para calibrar os radares do Dunga, não foi?

– Exatamente! – Ele respondeu animado, retirando uma caixa de ferramentas de um dos armários. – Vamos construir um oitavo anão, Jemma.

Simmons apertou os olhos, fitando o garoto por alguns milésimos de segundo até compreender o raciocínio. Aquilo era brilhante.

– É claro! – Ela levantou-se sorrindo e olhou para o painel, voltando a encarar Fitz com uma expressão de surpresa. – Usaremos as ondas sísmicas emitidas por Skye para localizá-la!

– Claro que nesse caso, teríamos que construir um Anão-Labrador, mas ainda assim...

– É perfeito, Fitz! – Ela segurou as mãos do rapaz, enquanto Garza os ouvia sem entender coisa alguma. – Óbvio, pensaremos num nome decente mais tarde.

– Claro. – Fitz sorriu desconcertado. – Você nunca gosta dos nomes que eu coloco...

– Mas o que podemos usar como “farejador?”

– Eu estudei as possibilidades, e, pelos meus cálculos, poderíamos usar o mesmo mecanismo que utilizamos nos anões. Usaríamos a fonte energética de Skye como... Como...

– Alvo de acesso. – Simmons ajudou.

– Isso! E daí, poderemos criar anões que são atraídos pelo centro sísmico inconstante dela. Serão como labradores, mas serão anões...

– Sim, Fitz – ela revirou os olhos sorrindo. – Eu entendi. Quando podemos começar a construí-lo?

– Agora mesmo. Já estou com a caixa de ferramentas!

– Uau – Garza finalmente se pronunciou, depois de ficar completamente tonta com o papo nerd de Fitz-Simmons. – Quem precisa de uma Hacker Inumana quando se tem vocês dois?

– Mas só pensamos nisso depois que você nos deixou a par dos últimos acontecimentos, agente Garza. – Simmons tentou animá-la. – Você está nos ensinando muito sobre isso. Se não estivesse aqui, estaríamos no escuro sobre como agir a respeito de Skye, então, muito obrigada.

– Menos, agente Simmons. – Sarah sorriu envergonhada. – Eu é que agradeço pela paciência. Além disso, sempre quis conhecer a equipe de Coulson. Vocês sabem que não é todo dia que se cai de paraquedas numa equipe como esta.

– E por falar em Coulson – Fitz girou a chave de fenda e a devolveu para a caixa de ferramentas. – Irei comunica-lo sobre nosso novo dispositivo. Se começarmos agora, acho que ele fica pronto de noite mesmo.

– Ótimo. – Simmons e Garza responderam ao mesmo tempo.

Fitz deixou a sala juntamente com Sarah, seguindo em direção à sala do Diretor. Jemma, por sua vez, deixou seu corpo afundar no sofá macio. Finalmente haviam achado um meio de rastrear Skye e isso era motivo suficiente para fazer com que sua respiração voltasse a fluir harmonicamente pelos seus pulmões. Aquela não havia sido uma semana fácil para ninguém.

– Nós vamos te achar, Skye – ela prometeu baixinho, como se cochichasse para si mesma. – Não precisa ter medo.



(...)



– Como está o status da conta bancária?

– Temos saldo positivo. Parece que você planejou isso há séculos.

– Tenho meus depósitos espalhados pelo mundo, Agente 33.

– Percebi. – ela sorriu, enquanto abria um cofre numa estação de metrô. – Qual a sua localização?

– Estou a cinco minutos da estação. – Ward respondeu, verificando se estava sendo seguido pelo retrovisor do carro. – Espere com o dinheiro do lado de fora.

– Okay.

Ward desligava o telefone, enquanto fazia uma careta. Esticar o braço ainda causava alguma dor no tórax, mas nada que ele não pudesse aguentar. O sangue estancado apenas carimbava o curativo num traço fino e desengonçado, lembrando-o constantemente de que sua doce e inocente Skye havia se transformado numa agente fria e calculista, seguidora fiel de Melinda May.

Desceu do carro numa postura séria; o terno bem alinhado destoava vez ou outra quando encontrava o nó nas suas costas. Por mais quebrado que pudesse parecer, ele seguiria atrás dela. Enquanto estivesse vivo.

– Bom trabalho. – ele cumprimentou a comparsa com um beijo nos lábios.

– Está tudo aqui. – ela olhou discretamente para a bolsa, notando os olhares desconfiados dos seguranças. – Como voltou de viagem?

– Foi tudo bem – Ward suspirava, enquanto passava o braço pelo ombro da agente 33, que estava “de cara nova.” – Apenas as mesmas reuniões chatas de sempre.

– Você trabalha demais, querido. – ela alisou o ombro dele enquanto passavam sem levantar suspeitas pelo segundo grupo de policiais. – Vamos para casa, sim? O Ken está voltando da escola, podemos passar por lá e nós três vamos almoçar fora.

– Essa é uma ótima ideia.

Mais um beijo e o disfarce de marido e mulher estava completo. Ward e Melyssa – pelo menos esse era o novo nome de sua identidade falsa – haviam sobrevivido ao esquema de segurança da Estação e seguiam de volta para o carro. Grant Ward acabara de se passar por pai e isso o fez sorrir ironicamente, como se debochasse de seu próprio destino. Aquele era um papel que ele nunca havia pensado em tomar para si.

– Foi moleza.

– Você é um marido exemplar. – ela sorriu, enquanto fechava a porta do carro. – Gostou da minha nova eu?

– Melhor do que a máscara que você estava usando esses dias, com certeza.

– Idiota. – ela esmurrou o braço dele com força, esquecendo-se da sua lesão no tórax. – Foi você que deu a ideia da máscara!

– Ai! – ele fez uma careta e continuou sorrindo, encarando a estrada adiante. – Era aquilo ou entregar o jogo. Rendeu um belo apelido.

– Nunca mais me chame de...

– Madame Máscara! – Ward interrompeu, irritando-a propositalmente.

– Olha – Ela respirou fundo antes de pensar em arrancar o fígado dele. – Você não está numa posição muito favorável para me fazer raiva. – ela pronunciou pausadamente enquanto Ward prendia a risada. – Então, se você gosta de ter um fígado... Não me chame disso novamente! Foi por isso que eu adotei um novo nome, não lembra?

– Okay, okay, tudo bem. – Ward levantou uma das mãos. – Eu me rendo.

– O que você conseguiu em Washington?

– Contatos.

Ward entregou o celular para “Melyssa”, enquanto permanecia focado no movimento do trânsito. O vídeo que reproduziu automaticamente na tela fez com que ela franzisse a testa como se as imagens estivessem saltando em seus olhos com violência.

– Mas o que diabos...

– É isso mesmo, Lyssa. – Ward sorria, enquanto olhava o vídeo com sua visão periférica vez por outra. – A garota que procuramos está ali na frente, a menos de dois quilômetros de distância.

– Mas como assim? O que ela está... Oh. Meu. Deus! – A antiga agente 33 mal podia notar a semelhança entre a garota com que lutara e aquela que aparecia no vídeo destruindo meio quilômetro apenas com as mãos. – Essa não é a garota!

– É claro que é, Melyssa. Eu a reconheceria em qualquer lugar do mundo.

– Como sabe que ela está perto? E como ela faz essas coisas?

– Parece que alguma coisa naquele templo desencadeou uma mudança global em pessoas do tipo dela. Eu sabia que Skye era um 0-8-4, mas nunca imaginaria que ela seria capaz de fazer isso. Ela tem uma força extraordinária.

– Ótimo – a mulher revirou-se no assento azul escuro do Siena roubado, nitidamente preocupada. – E como acha que iremos capturá-la se nem mesmo podemos chegar perto dela?

– Ah minha querida Lyssa... Ela virá conosco. Eu tenho um plano infalível.



(...)



Novamente, o silêncio fora quebrado por um bipe fraquinho que se apoiava bravamente na breve luzinha piscando na tela do celular.

Bip. Bip-Bip. Bip.

Jemma apenas olhou o aparelho ao longe e decidiu guardar o material que havia restado no laboratório. O novo Anão-Labrador – Pela falta de nome mais decente – já estava quase pronto para ser testado, faltando apenas algumas configurações das quais Simmons tratava com afinco, mesmo com seus olhos pesados pelo cansaço. Apenas ocupou-se em conferir todas as peças e depois revisou o dispositivo como um todo, ajustando cada detalhe que estava faltando.

– E com o índice de alcance biológico produzido a partir do sangue de Skye – Simmons ajustava a fórmula que saía do tubo de ensaio direto para uma pequena cápsula que se acoplava ao Anão-Labrador. – Nós finalizamos! – ela dizia para si mesma, já que era a única pessoa no laboratório. – Bom, tecnicamente... Conseguimos.

Jemma sentou-se novamente na cadeira giratória e escorregou para a ponta da mesa, apenas com o impacto com que se jogou à ela. Estava nitidamente cansada. Suas mãos estavam esbranquiçadas e trêmulas; seus olhos acompanhavam duas manchas escuras em volta, fruto de muito trabalho e poucas horas de sono e, em cima da mesa, estava uma garrafa vazia de café. Ela certamente não dormia direito há dias.

Bip. Bip-Bip. Bip.

Simmons apenas levantou o rosto que estava praticamente enterrado entre as mãos. Tivera a impressão de ter cochilado um pouco, perdera a noção do tempo. Era preciso dormir.

Mas o bipe ainda parecia vivo e insistente.

Olhou para tela e percebeu que um número restrito havia ligado 11 vezes naquele dia. Pensou rapidamente em qual tinha sido mesmo a última vez que falara com os pais e por que tanta urgência em contatá-la agora. O relógio digital no canto superior direito marcava 01:35 da manhã. Ela resolveu esperar mais um pouco, encarando o visor como se o desafiasse a acender novamente. Após alguns segundos, o telefone tocou e ela esperou tocar três vezes. No quarto Bip ela atendeu com a voz sonolenta:

– Alô.

– Oi.

O coração de Simmons pareceu estancar ferozmente, expulsando de si todo o sono que sentia naquele momento.

Era ela. Não podia não ser.

– Não fala nada, não fala meu nome. Só me escuta.

Simmons acenou positivamente com a cabeça, como se a pessoa do outro lado da linha pudesse vê-la.

– Não tenho muito tempo. Podem estar rastreando essa chamada no momento, então, eu estou arriscando meu pescoço para falar com você. – ela suspirou. – Vai chegar uma mensagem criptografada pra você alguns segundos depois que eu desligar o telefone. Você já sabe como descompactá-la. Leia-a e cumpra com o que estiver escrito lá.

Simmons apenas engolia em seco, ouvindo o latejar crescente de seu coração em seus ouvidos. Não era hora para Skye fazer suas travessuras.

– Por favor, Jemma...

Bip-Bip-Bip-Bip.

Esse era o som que Simmons temia ouvir. O som que a afastava bruscamente de Skye. A quebra de linha, a ruptura. A chamada havia sido encerrada sem aviso, apenas a deixando absorta em seus pensamentos. Mas, como havia lhe dito Skye, a mensagem chegaria. E Jemma sabia que era importante, já que Skye tinha tido o trabalho de criptografá-la.


“ENCONTRE-ME NA BIBLIOTECA NEWBERRY AMANHÃ ÀS 20:00. – WEST WALTON STREET, 60610, CHICAGO, IL. VÁ SOZINHA. NÃO SEJA SEGUIDA E, POR FAVOR, POR FAVOR MESMO: TENHA CUIDADO! DESCULPA POR TE METER NESSA, MAS REALMENTE PRECISO DE VOCÊ. – SKYE.



– Skye. – Simmons murmurou num suspiro, deletando a mensagem em seguida. – No que você está pensando, sua louca?


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Notas finais do capítulo

Nossa... Tenso... Palpites?

P.S.: Lembrei muito da FeR escrevendo esse capítulo... Você sabe o porquê. :*

#Itsallconnected #StandWithSHIELD #JustOneDay!!



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