PLDT-Novos conflitos escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 28
The End.


Notas iniciais do capítulo

Tanto tempo depois, venho aqui, com o capítulo final dessa história, que significou o começo para mim, aqui eu aprendi a amar fanfics, a sentir o que os personagens sentem, a amar uma ideia a abraçá-la e dar vida a ela. Não quero me estender, não posso me desculpar o suficiente, apenas dizer que o que mais houve aqui foi amor.

Boa Leitura!



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Quando um coração é turbulento, há uma razão, algo aconteceu, ou algo deixou de acontecer, algo o sobrecarregou ou algo faltou. Por tanto tempo, longos e longos anos, e a cada ação dela, foi buscada uma explicação do porquê Melyssa ser daquela jeito, o que havia de fato ocorrido com ela, o que poderia justificar tamanha falta de empatia, ou excesso de riscos em cada situação, eles só não sabiam que a resposta não estava no passado, o futuro era que estava pronto para vir e contar seus motivos.

Hector.

Joeye.

Steve.

Bernardo.

Gustavo.

Não. Nenhum desses homens era o responsável por acalentar um coração tão revoltado. A resposta era falta. Melyssa sentia falta de algo que só conseguiu quando em uma noite chuvosa os gêmeos Monique e Ethan nasceram, nessa ordem respectivamente. Os olhos claros dela derramaram as lágrimas mais cheias de orgulhos possível, e nem mesmo as horas de parto que a deixaram exausta tiraram todo brilho que a mesma adquiriu no nascimento deles. Não, aquele brilho nunca foi embora.  Cada momento de fúria semi igual, cada momento em que a solidão venceu qualquer outro sentimento, cada grito de raiva, cada choro desvairado, cada descoberta dolorosa, cada momento que ela não soube quem era, se esvaiu, foi embora, ela finalmente havia descoberto o que deveria fazer; lutar para que aquelas crianças tivessem um caminho mais feliz e calmo que o seu.

Uma família lhe faltava. A sua família. Agora ela os tinha.

Quando contou ao seus familiares sobre a gravidez as reações foram variadas; seus pais, apesar de temerem como sendo tão imatura ela pudesse ser mãe, choraram emocionados, a abraçaram, e a parabenizaram, tal como sua irmã. Joeye pareceu o mais feliz de todos, praticamente afirmando que seria padrinho deles, junto com Jessy que já planejava todo o enxoval sem nem mesmo saber o sexo.  Hector a desejou tudo de bom, Sabrina mesmo um tanto ressentida por ela ter engravidado de outro que não fosse seu irmão, também ficou alegre por ela. Ícaro gritou muito por vídeo chamada, e disse que ela podia contar com ele para o que quisesse.

Ninguém a julgou por o filho ser de Gustavo. Ao longo desse tempo, aprenderam que o amor não pode ser julgado. Não podemos escolher quem amar, não podemos simplesmente querer que sejamos escolhidos se a outra pessoa não nos ama. Bernardo foi o que mais seguiu essa lição, porque quando soube da gravidez de Mel, apesar de ficar triste por aquele não ser o caminho deles em conjunto, sabia que era o caminho para a felicidade dela, e tudo que ele sempre quis foi que ela fosse feliz.

A gravidez foi cheia de cuidados, principalmente da parte de Gustavo, toda a experiência com Cecília o fez ficar receoso, mas, nada impediu a felicidade deles ao longo de noves meses. Demorou menos de três para se apaixonar por Mel, e nove para se reapaixonar. Fizeram cada etapa juntos, choraram juntos, riram juntos, prometeram em silêncio serem sempre o refúgio um do outro. Não colocaram títulos. Seus toques não passaram de abraços carinhosos, mas, eles sabiam, estavam reconstruindo algo, ao passo que Mel estava construindo quem ela realmente era.

Nesse meio tempo na auto busca por si mesma e sua salvação decidiu que carros não eram mais seu lance, e voltou para seu hobby favorito; o piano, com tempo e disposição sobrando a  se candidatou para ser professora na Gilbert’s Parker’s e a escolha não poderia ser melhor.

Queria ter visto mais Bê, queria ter mais uma de suas conversas sinceras, sentia falta de sua pele, de seu cheiro, não de modo atrativo, mas, sim do aconchego daquela amizade, mas, sabia que ele seguir em frente dependia dela não puxá-lo para trás.

Foi no último mês que decidiu comprar uma casa, e Gustavo de modo protetivo sugeriu se instalar lá para ajudá-la a cuidar dos gêmeos quando nascessem, o que era uma medida provisório tornou-se um status definitivo e agradável.

Gêmeos. Foi icônico o dia que descobriram, a médica brigou muito com eles por um grupo enorme querer participar da consulta, mas, quando Melyssa, com toda certeza disse que aquela era sua família, foi impossível negar seu desejo. Gustavo parecia prestes a desmaiar quando soube, mas, Mel tão surpresa quanto ele pegou em sua mão e o garantiu que ele conseguiriam então ele acreditou. Os outros a abraçaram em ânimo e disseram que sempre cuidariam dos dois.

No chá de bebê organizado por Jessy, quando Mel anunciou que seus nomes seriam Ethan e Monique em homenagem a uma brincadeira com Clove, essa riu muito, mas, depois gritou em orgulho.

Agora, segurando seu filho e sussurrando sobre como o amava, Gustavo balançava a pequena Monique emocionada. Estavam os dois ali, mimando seus pequenos.

— Eles são tão lindos. — Mel disse se desmanchando em lágrimas de emoção, Guto que não estava melhor que ela concordou.

— Estou tão feliz, obrigado. — a sinceridade que seus olhos demonstraram no agradecimento fizeram Mel perceber que tudo pelo que passaram valeu a pena, em algum momento tudo que aconteceu foi necessário. Foi único.

— Obrigada também, por ter sido meu segurança, por ter se apaixonado por mim, por escolher continuar assim por tanto tempo, por tudo. — falou sorrindo, Gustavo assentiu, tentando entender o quão maior isso podia ser. — Eu te amo, Gustavo. — afirmou não pelo calor do momento, mas, pela certeza escondida, pelo amor correspondido.

— Isso significa que estamos recomeçando? — questionou baixo, se aproximando do rosto dela, em busca da caricia de compromisso, do beijo esperado.

— Isso significa que estamos começando. — porque era isso, nunca de fato começaram, de modo saudável, sem mentiras, sem farsas, sem escolhas impulsivas, eles tinham toda calma agora para decidirem, para se entregarem, para se amarem. Havia uma chance e eles a pegaram.

O beijo aconteceu com gosto de novo, de esperança, de gratidão, de verdade.

[...]

2 ANOS DEPOIS.

A música que tocava enquanto Melyssa caminhava em direção a ele era suave como uma brisa marítima no fim da tarde. O sol indo embora, o céu em tons alaranjados iluminando seu vestido branco enquanto seus pés sem nenhuma hesitação caminhavam pela areia branca e aquecida. Ela sorria, o sorriso típico dela desde que sua vida mudou, e seu pai, que a segurava pelo braço mal conseguia reconhecer a maturidade que a filha alcançou ao longo desse tempo.

Ethan no colo de Joeye olhava concentrado para a mãe, parecia saber o quão importante esse momento era. Seu melhor amigo acenou, demostrando todo seu orgulho, enquanto Jessy apenas chorava emocionada. Aquilo finalmente fazia sentido, casar-se finalmente fazia algum sentido. Porque agora, ela queria isso de verdade. Com aquela pessoa de verdade.

Monique soltou um barulho fofo enquanto Lyndsay a segurava, e isso fez com que Melyssa e Gustavo sorrissem ainda mais. A praia preenchida de pessoas naquele casamento não conseguia tirar a atenção dos dois sobre seus bebês.

Seu pai a deixou em frente a Gustavo, dizendo para cuidar dela. Como se fosse necessário pedir, depois do dia que a conheceu foi tudo que veio fazendo.

A cerimônia seguiu em seu ritmo normal. Mel agradeceu pela normalidade.

Houveram sorrisos.

Houveram lágrimas.

Houveram palavras.

Houveram dois “sim”.

Houveram palmas.

Houve um beijo.

Houve uma história.

O que não houve foi seu fim.

Porque aquilo não era mais um começo, mas, também não era um final.

Era uma jornada.

Duas personalidade ligadas, dois destinos traçados, novos conflitos, tudo culminou em uma jornada.

E eles a iam viver do melhor modo.


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Notas finais do capítulo

Mel e Guto endgame.
Obrigada.



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